A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

ESTUDO REVELA COMO MEMÓRIAS DE LONGO PRAZO SÃO APAGADAS

Estudo revela como memórias de longo prazo são apagadas

Nossas memórias são mantidas por sinalização química entre células cerebrais, e estas, por sua vez, dependem de receptores especializados chamado AMPA. Quanto mais deles existirem na superfície onde as células cerebrais se conectam, mais consistente é a memória. Uma equipe de cientistas liderados por pesquisadores da universidade de Edimburgo, no Reino Unido, descobriu recentemente, que o processo ativo de limpeza da memória acontece exatamente quando as células do cérebro removem receptores AMPA das conexões cerebrais. Ao longo do tempo, se a memória não é utilizada, os AMPA podem diminuir de número, fazendo com que esta seja apagada, gradualmente.

O estudo em ratos revelou o processo, apontando novas formas de combater a perda de memória associada a condições como Alzheimer e outros tipos de demência, também a longa duração de memórias indesejadas (como casos de transtornos de estresse pós-traumático, por exemplo) poderá ser desvendada a partir da nova descoberta.

Ao bloquear a remoção dos receptores AMPA com uma droga que os mantém na superfície da célula o esquecimento natural de memórias parou, segundo a pesquisa, drogas que atuam nesse bloqueio já estão sendo investiga como alternativas terapêuticas.

Os cientistas não descartam, porém, o caráter adaptativo do esquecimento auxiliando, inclusive, na aprendizagem.

 TREINAMENTO

O treinamento de memória com componentes imprevisíveis pode ser mais eficaz no aprimoramento da memória episódica do que treinar com elementos previsíveis, de acordo com novas descobertas de pesquisadores da UT Dallas, publicadas na revista Frontiers in Psychology.

As memórias episódicas são aquelas associadas a eventos autobiográficos, como uma festa de aniversário do passado ou a primeira viagem a um parque de diversões. Esse tipo de memória é fundamental para a nossa capacidade de recontar histórias com precisão.

O teste foi feito em 46 adultos com idade entre 60 e 86 anos em três fases diferentes: antes do treinamento de memória, imediatamente após o treinamento e um mês e meio após completar o treinamento. Os participantes foram separados em dois grupos – treinamento previsível ou treinamento imprevisível – e não diferiram em termos de educação ou habilidades cognitivas.

OUTROS OLHARES

IOGA TIPO VALE-TUDO

As posturas milenares desenvolvidas no Oriente para conectar corpo e mente agora servem de inspiração para ginásticas mirabolantes no ar e na água.

Ioga tipo vale-tudo

Não é de hoje que a ioga, técnica milenar nascida no Oriente, atrai ocidentais em busca da transcendência do corpo e da mente – sem falar, claro, da capacidade de trançar cabeça, tronco e membros em poses inimagináveis, feitas para ser postadas no Instagram. Calcula-se que nos últimos dez anos o número de praticantes tenha triplicado e alcançado 40 milhões de pessoas no mundo, mais de 500.000 delas no Brasil. A ioga tradicional proporciona benefícios comprovados cientificamente, como o alívio do stress e o aumento da concentração. Mas, como não podia deixar de ser em tempos de obsessão pela boa forma, os movimentos lentos e harmônicos vêm sendo adaptados para acrobacias, passos de dança e outras modalidades de exercício físico que trocam a serena posição de lótus no tapetinho emborrachado pelo vigor de uma ginástica localizada.

Uma das variações mais populares é a air ioga, praticada, como o nome indica, no ar, com a ajuda de um tecido resistente que aguenta até 300 quilos – adaptação da ioga antigravidade criada em 2007, nos Estados Unidos, por um ex-acrobata e coreógrafo da Broadway, Christopher Harrison, e licenciada para mais de quarenta países. A aula começa com o sankalpa, quando os alunos se concentram em mentalizar seu objetivo, e depois há a entoação de um mantra. Isso feito, acabou o sossego. Dali em diante, cada um sobe em um pano preso ao teto da sala e põe-se a tentar reproduzir os malabarismos do instrutor. O apogeu da sequência é a “invertida”, a posição de plantar bananeira com o corpo esticado como um poste, imortalizada nas redes sociais por celebridades como Gisele Bündchen e Xuxa. Dica: no ar, é mais fácil conseguir. “O tecido dá maior segurança e ainda reduz o risco de lesões, já que não é necessário usar o apoio da cabeça no chão”, diz Danielle Langer, professora da academia Bio Ritmo, que oferece a modalidade.

A sala de air ioga comporta vinte alunos e, sempre que um horário é aberto, as vagas se esgotam em minutos. Praticante da ioga convencional há mais de uma década, a arquiteta carioca Fernanda Prados, 43 anos, decidiu aventurar-se na aérea duas vezes por semana. “Estou conseguindo evoluir bem, porque o tecido facilita o encaixe das posturas mais difíceis”, diz. Outra vertente em alta, a acro ioga combina os movimentos da ioga aos da ginástica acrobática e é praticada em dupla ou trio: uma pessoa fica embaixo, deitada, e seus braços e pernas erguidos sustentam quem estiver executando as posturas. Definitivamente, não é para amadores – exige treino, força e concentração. Em uma hora, queimam-se 500 a 1.000 calorias, tanto quanto em uma hora de spinning ou de corrida na esteira. Quem preferir o ambiente aquático poderá deleitar-se com aqua ioga (na piscina) ou sup ioga (sobre uma prancha, no mar).

A ioga foi criada na Índia, há mais de 5.000 anos, como uma filosofia de vida centrada na conexão de corpo e mente através de recursos como meditação, respiração e execução dos ássanas, posturas inspiradas em animais ou na natureza. Variações sempre existiram, mas sem se descolar do propósito original – daí os adeptos do exercício tradicional torcerem o nariz para as heterodoxas práticas modernas. “Na ioga tradicional não tem essa competição para chegar a determinada postura. Nós acreditamos numa evolução mais natural, sem todos esses malabarismos que vemos por aí”, diz Vladimir Hersen da Costa, instrutor há 23 anos e coordenador do espaço fundado pelo professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil. Uma das vertentes mais controvertidas, a bikram chegou a virar febre nos Estados Unidos, com escolas espalhadas por toda parte, mas perdeu um bocado do charme quando seu inventor, o indiano Bikram Choudhury, caiu em desgraça em meio a uma enxurrada de denúncias de assédio sexual a partir de 2013. A bikram, também conhecida como hot ioga, consiste em uma série fixa de 26 exercícios executada em uma sala fechada, a 40 graus de temperatura e alta umidade – em tese, para reproduzir o clima da Índia (Choudhury costumava circular vestindo apenas uma sunga cavada). O fundador fugiu dos Estados Unidos para o México e o método bikram mudou de dono, mas continua em uso, inclusive no Brasil.

Qualquer que seja a aplicação das posturas da ioga, ela sempre trará benefícios para a forma física – desde que utilizada com seriedade. “São movimentos que atuam sobre as fibras de colágeno dos músculos e tendões, melhorando a resistência e a força, além de contribuírem para um condicionamento cardiorrespiratório mais eficiente”, diz o médico Sérgio Maurício, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Sendo assim, está valendo até a experiência da fazenda de criação de cabras no Estado de Oregon, nos Estados Unidos, onde os animais circulam livremente entre os alunos durante as aulas. Ou até a beer ioga praticada em Berlim, na Alemanha, que prevê uns goles entre uma postura e outra. Com o perdão dos puristas, faz sentido – são, ambas, terapias de efeito comprovado para o corpo e a mente.

 PARA TODOS OS GOSTOS

Os diferenciais entre as novas modalidades de ioga praticadas no Brasil

Ioga tipo vale-tudo. 2

GESTÃO E CARREIRA

UMA RAZÃO DE SER ALÉM DOS NÚMEROS

Cada vez mais empresas em todo o mundo tentam definir um propósito que não se resuma a apenas ganhar dinheiro – e traga um apelo convincente e inspirador para consumidores e funcionários.

Uma razão de ser além dos números

Uma medida inédita passa a valer para os 100.000 funcionários da centenária fabricante de alimentos Danone em 130 países neste ano. Cada um deles receberá uma ação da companhia, listada na bolsa de Paris, e poderá comprar outras em condições favoráveis. Trata-se de um passo simbólico para ajudar a envolver todos os milhares de empregados mundo afora em torno de uma espécie de mutirão. Até maio, eles serão convocados para participar da construção de um plano para desdobrar localmente metas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas. O resultado deverá ser um conjunto de ações e indicadores para várias diretrizes, como gerar lucro visando ao crescimento sustentável ou melhorar a saúde da população nas comunidades locais. Alinha mestra desse esforço está num documento denominado “manifesto”, lançado em 2015 pelo francês Emmanuel Faber, presidente mundial da Danone. Trata-se de uma série de compromissos tão ativistas quanto o nome sugere, como: “Permaneceremos unidos para um planeta saudável e vamos dedicar todas as nossas energias para proteger e preservar a abundância da vida”.

Definir uma razão de ser, ou um propósito, que vá além de ganhar dinheiro e remunerar os próprios acionistas e funcionários tem sido um desafio colocado para cada vez mais empresas no mundo. Um levantamento da consultoria EY, realizado em 42 países com mais de 2.000 líderes, mostra que 44% deles dizem trabalhar em companhias em busca de um propósito. Algumas já o encontraram, como a Danone, a companhia aérea americana Southwest Airlines, a fabricante de artigos esportivos Nike e a fabricante de alimentos Nestlé. É um movimento que se coloca no mesmo patamar de relevância daquele que disseminou a missão e os valores corporativos nos anos 60 em diante. “A missão é o que uma empresa faz, a visão mostra para onde ela vai, os valores indicam seu comportamento, e o propósito esclarece por que ela existe”, afirma o americano Joey Reiman, presidente e fundador da consultoria Bright House, pertencente ao The Boston Consulting Group e que Já ajudou mais de 2.000 companhias no mundo a definir seu propósito.

Uma pesquisa realizada todos os anos pela consultoria Deloitte para revelar tendências em gestão aponta que, em 2018, pela primeira vez, a maior preocupação, indicada por 65% dos presidentes de empresas entrevistados em 130 países, foi desenvolver o que a consultoria chama de “empresa social”. Trata-se de definir as companhias que se propõem a colaborar para atender a necessidades reais da sociedade. O movimento ganhou força com a crise financeira desencadeada nos Estados Unidos após a quebra do banco de investimento Lehman Brothers em 2008. Além de ser a pior recessão já registrada desde 1929, a crise recente ajudou a disseminar a percepção das empresas como vilãs que só visam ao próprio lucro sem se importar com a destruição que possam causar ao redor. De lá para cá, o escrutínio público em relação à atuação das companhias só aumentou. Larry Fink, fundador e presidente do conselho de administração do fundo de investimento americano Black Rock, responsável pela gestão de mais de 6,3 trilhões de dólares em ativos, valor equivalente a mais de três vezes o PIB do Brasil, resumiu a questão em cartas abertas de 2018 e voltou a dizê-la em 2019. Nelas, Fink declarou que as empresas não atingem seu pleno potencial sem traçar um propósito que vá além do financeiro. “A sociedade está demandando que empresas, tanto públicas quanto privadas, sirvam a um propósito social”, ele escreveu. “Para prosperar ao longo do tempo, todas as empresas devem não apenas entregar resultados financeiros como mostrar que se prestam a uma contribuição positiva para a sociedade.”

Mas, para ter impacto prático, é preciso que a mensagem faça sentido com a história e o DNA da empresa. Na fabricante de papel e celulose brasileira Suzano, fundada há 95 anos pelo imigrante ucraniano Leon Feffer, o mergulho para a descoberta do propósito levou cerca de um ano. Ao longo de 2017, uma consultoria entrevistou mais de 300 funcionários, de todos os níveis e localidades em que a Suzano atua, para entender que percepção eles tinham sobre o impacto de seu trabalho na vida das pessoas. O objetivo era construir, partindo do entendimento dos funcionários, a identidade da companhia, que, entre outras coisas, produz papéis utilizados em material escolar. Para isso foram feitas perguntas como: “Você acha que seu trabalho ajuda na educação brasileira? Por quê?” Além disso, um grupo de funcionários voluntários de diversos níveis hierárquicos resgatou a história da empresa e momentos como a vinda do fundador para o Brasil. A partir de então, o propósito passou a ser orientado pela frase “Desbravamos, cultivando a vida”. “Mais que uma frase na parede, o propósito deve orientar a rotina de trabalho”, diz Walter Schalka, presidente da Suzano. Um exemplo de como a frase entrou no dia a dia é o aumento da autonomia, inspirado pelo sentimento de “desbravar”. Se antes todos os investimentos eram aprovados exclusivamente pela alta liderança, agora as equipes nas fábricas podem decidir como distribuir um orçamento. A ideia é que, colocados à frente das decisões, os empregados reflitam mais sobre o objetivo do que fazem. Em relação a cultivar a vida, a empresa realiza ações para os funcionários entenderem o impacto dos produtos para os consumidores. “Um lenço que produzimos pode servir para consolar; e um caderno, para construir um futuro”, afirma Schalka. Falar é importante, mas não basta.

Só atitudes tornam o propósito tangível. Por esse motivo, há cerca de cinco anos os funcionários da farmacêutica Roche recebem a cada semestre, num auditório da companhia em São Paulo, um grupo de pacientes tratados ou em tratamento com os medicamentos produzidos por ela mesma. Todos os empregados, inclusive os 750 que trabalham em outras regiões do Brasil, podem acompanhar a transmissão ao vivo. “A equipe vê como trabalha para salvar vidas, e não apenas para gerar números”, diz Patrick Eckert, presidente da Roche no Brasil. Segundo ele, a medida ajuda a tornar tangível o propósito da companhia, lançado em 2013 pela matriz suíça: “Fazer agora o que os pacientes precisarão no futuro”.

Nesse esforço por conectar os funcionários ao propósito da empresa, a fabricante de bens de consumo Unilever, com 161.000 funcionários no mundo, deu um passo além. Em 2017, a companhia comandada pelo inglês Paul Polman passou a oferecer em todos os 190 países em que atua um programa no qual os participantes são convidados a definir seu propósito pessoal. No Brasil, 2.380 funcionários já receberam o treinamento. Ao longo de um dia, um profissional de recursos humanos se reúne com um grupo de até quatro pessoas. As conversas incluem experiências da infância, gostos pessoais e, finalmente, uma reflexão sobre como suas ambições e aptidões pessoais estão ligadas à vida profissional. Danilo Bastos, gerente da regional de vendas leste, que abrange Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, conta que precisou tomar decisões emocionais importantes já aos 12 anos de idade e quase nunca se sentiu numa zona de conforto – o que de certa forma o preparou para lidar com situações de mudanças constantes.

“Nunca tinha feito uma análise estruturada sobre isso”, afirma Bastos. “A proposta é incitar a reflexão”, diz Luciana Paganato, vice-presidente de recursos humanos da Unilever. “Encontrar no trabalho parte de seu propósito pessoal aumenta a produtividade e a satisfação.”

Segundo o levantamento da consultoria EY, entre as companhias envolvidas nessa jornada a maioria considera que o principal desafio é levar o propósito para o centro de suas estratégias. “É o ponto em que a companhia está disposta a abrir mão de parte das oportunidades de negócios para seguir à risca o próprio propósito”, afirma Betânia Tanure, especialista em cultura corporativa e fundadora da consultoria BTA. É um passo fundamental para evitar o que recebeu o nome de purpose washing, ou seja, a tentativa de criar uma imagem que não corresponde à realidade. Um exemplo de como estabelecer essa conexão está numa das indústrias mais atacadas nos últimos tempos, a de alimentos. Em uma das acusações, as empresas desse setor têm sido apontadas como responsáveis pelo aumento da obesidade em países emergentes. Em resposta, companhias como a Nestlé têm tomado decisões de mudança. Desde 2016, “Melhorar a qualidade de vida e contribuir para o futuro mais saudável” tornou-se a frase que deve reger o dia a dia dos funcionários. Em janeiro de 2018, a divisão de chocolates e confeitos nos Estados Unidos foi vendida à italiana Ferrero. A ordem é concentrar esforços para ganhar relevância em produtos saudáveis. Para isso, a Nestlé já anunciou que pretende mudar até 10% de seu portfólio, composto de mais de 2.000 itens. No Brasil, por exemplo, a empresa colocou nas prateleiras uma aveia orgânica. A Danone tem feito algo parecido, com a compra em 2016 da americana White Waves, fabricante de leite de amêndoas e produtos orgânicos, por 10 bilhões de dólares. Nos dois casos, o motor das mudanças não foi apenas filosófico, mas pragmático. Desde 2015, o mercado de produtos orgânicos cresce cerca de 30% ao ano em todo o mundo. A reformulação foi feita sob pressão de sócios minoritários ativistas, diante de vendas praticamente estagnadas nas categorias tradicionais desse setor nos últimos anos. Como indica o levantamento realizado pela consultoria Deloitte, o fenômeno da “empresa social” vai muito além de altruísmo. Ter propósito é cada vez mais uma condição de sobrevivência das empresas, essencial para manter a reputação, atrair, reter e engajar trabalhadores e cultivar a lealdade entre os consumidores.

 UM PROPOSITO PARA CHAMAR DE SEU

Os passos dados por algumas empresas para encontrar e disseminar um novo sentido de existência

COMO DEFINIR

O propósito deve ter proximidade com a história das empresas e seu DNA. Ao mesmo tempo, deve estar conectado a uma necessidade real da sociedade e ser capaz de inspirar os funcionários.

Exemplo:

Antes de definir um propósito em 2017, a fabricante de papel e celulose Suzano resgatou a história de seu fundador e entrevistou funcionários para entender como eles enxergavam a empresa.

COMO PROPAGAR

A mensagem precisa ser simples e ter vínculo com medidas concretas, a ponto de cada funcionário conseguir enxergar seus desdobramentos no dia a dia.

Exemplo:

A farmacêutica Roche, cujo propósito é “fazer agora o que os pacientes precisam no futuro”, leva pacientes para conversar com os funcionários e explicar como os medicamentos da marca os ajudam quando estão doentes;

COMO ENGAJAR

Um caminho é estimular os funcionários a descobrir seu propósito pessoal e quais são suas conexões com as atividades que cada um exerce no dia a dia dentro da empresa.

Exemplo:

A fabricante de bens de consumo Unilever já treinou 2.380 funcionários no Brasil para que descobrissem o propósito pessoal e como ele se relaciona com o trabalho. O programa começou em 2017 no mundo todo.

ALIMENTO DIÁRIO

SEGREDOS DO LUGAR SECRETO

Alimento diário - livro

CAPÍTULO 12 – O SEGREDO DA HUMILDADE

 

Nossa busca violenta de Deus deve ser regada com um espírito gentil e humilde. A humildade é a base de toda a oração. O humilde diz: “Senhor, fico vazio sem sua plenitude; fico aos pedaços sem sua inteireza; fico fraco sem sua força; fico sem direção sem sua sabedoria. Sem você, não sou nada. Preciso de você! Preciso tão desesperadamente que estou me derramando diante de você aqui no lugar secreto”.

A falta de oração é o primeiro sinal da independência proveniente do orgulho. Começamos a reduzir nosso tempo secreto com Deus quando estamos nos sentindo ótimos acerca de nós mesmos, cheios de energia, otimistas em relação ao futuro e confiantes quanto ao caminho que estamos trilhando. Esse é o primeiro sinal de que estamos ficando cheios de confiança de nós mesmos.

Esta manhã, mesmo antes de saber que estaria escrevendo este capítulo, eu estava apreciando as palavras de Agur, que escreveu: “Sou o mais tolo dos homens; não tenho o entendimento de um ser humano. Não aprendi sabedoria, nem tenho conhecimento do Santo” (Provérbios 30.2-3). A sabedoria de Agur estava em ter uma autoavaliação adequada acerca de sua própria tolice. Quem dera que todos nós tivéssemos essa mesma consciência! Isso faria com que nos ajoelhássemos e nos voltássemos para a fonte de toda a sabedoria, para o “o único Deus que detém toda a sabedoria’. Se Ele detém toda a sabedoria, onde isso nos coloca?

Quando você enxerga a grandeza de Deus e a sua bancarrota, é gerada uma grande alegria pelo fato de se humilhar perante o Senhor. Com que deleite os anciões lançam suas coroas aos pés do trono! Eles pegam o que representa a compilação agregada de todas as suas conquistas e lançam aos pés dele, de quem tudo primeiramente procedeu. Ele nos deu e, portanto, podemos devolver. Nada disso foi ideia nossa; tudo começou e termina com Ele. Ele é tudo. À medida que nos unimos a Deus, a pobreza de nossa identidade pessoal é perdida na plenitude de sua grandeza eterna.

Davi escreveu: “Meu coração está firme, ó Deus! Cantarei e louvarei, ó Glória minha!” (Salmos 108.1). Sabemos que esse versículo se refere ao lugar secreto, porque o termo “meu coração está firme” sempre era usado para falar a respeito de seu compromisso pessoal de ficar a sós com Deus. Davi entregou seu coração a Deus, por isso disse: “ó Glória minha’.

Mas qual era a glória de Davi? Era a soma total de todas as suas realizações. Davi tinha a glória de um rei – riqueza, honra, prestígio, dignidade, esplendor e poder. Ele também tinha a glória de ser um salmista e um profeta. Ele pegou tudo o que Deus lhe deu e o tornou, e apresentou ao Senhor por meio de canções e louvores.

Quanto maior o seu prestígio, maior o prazer de entregar tudo perante a majestade de Deus. Que privilégio derramar as realizações de nossa vida aos pés dele com profunda consciência de sua grandeza inigualável! Quanto maior eu for, maior alegria terei em levar essa grandeza e prostrá-la a seus pés. “As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória’ (Apocalipse 21.24).

Ele nos dignifica ao permitir que tenhamos algo para trazer à sua presença com humildade e devoção. Deus nos dignifica – com afiliação, glória, aceitação, realeza, propósito, significância, riqueza, honra, salvação, sabedoria, revelação, entendimento, status, caráter, santidade, vitória – e dessa forma podemos apreciar o mais alto privilégio de lançar tudo aos seus pés.

Que privilégio santo nós temos! Podemos vir à sala do trono de sua presença e nos esvaziarmos de toda a dignidade, nos prostrando perante Ele, adorando-o com todo o nosso ser.

O servo de Deus que nada tem não encontra maior alegria do que buscar cada vez mais maneiras de se humilhar na presença do Todo-poderoso: “E me rebaixarei ainda mais, e me humilharei aos meus próprios olhos. Mas serei honrado por essas escravas que você mencionou” (2Samuel 6.22).

Lance-se aos pés dele hoje, Ele é digno do mais alto louvor!

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