A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

CORPO E MENTE EM BOA HARMONIA

Vitimização e revolta podem afetar a saúde física e mental, por isso é importante exercitar o bom humor e superar a negatividade, tão presente em tempos de crise.

Corpo e mente em boa harmonia

Se tudo já anda difícil ultimamente com a crise mundial, refletida na crise financeira, na crise profissional, na crise pessoal constatada pela geral crise de valores e na crise social diante da degradação das relações familiares e interpessoais, imagine se levarmos a vida com mau humor e negatividade!

Somente nos serviria para tornar mais pesada e difícil a caminhada e de nada ajudaria a resolver nossos problemas e desafios.

Temos que enfrentar muitas situações sofridas e desagradáveis na vida, nas quais não temos como modificar ou evitar os percalços do caminho. Nesses casos, o caminho a percorrer tenderá a ser o mesmo. Não se terá muito do que fugir. E o que fará a grande diferença no percurso desse caminho será a forma como escolheremos ultrapassá-lo.

Poderá ser mais árduo se escolhemos passar com pessimismo, desesperança, vitimização ou revolta. Ou será amenizado, caso escolhamos ou consigamos aprender a passar com a manutenção do bom humor, da positividade, da aceitação e da gratidão. Já que precisaremos passar por aquilo, por que não encarar de forma madura e aprender as lições que a situação difícil nos vem convidando a enfrentar?

À medida que vamos nos conhecendo e nos desenvolvendo enquanto seres humanos, mais tranquila e prazerosa se tornará nossa vida. E uma lição fundamental para uma vida mais tranquila e feliz talvez seja a maneira como nos habituamos a encarar e lidar com as situações do nosso cotidiano.

Quem de nós nunca conviveu com pessoas que chegam tão críticas, “reclamonas” e pesadas que acabam contaminando o ambiente e as pessoas presentes, trazendo um clima de mal-estar e peso? São pessoas que, independentemente de chegarem falantes, questionando e expondo suas ideias e opiniões pessimistas e controversas, ou apenas chegarem carrancudas e fechadas em seu próprio mundinho pessimista, já nos trazem um impacto negativo forte. Nos deprimem, nos cansam, nos abatem e nos sugam, mesmo que não tenhamos consciência disso.

E quem não se recorda da convivência leve e fácil com pessoas “solares”? Aquelas pessoas que chegam trazendo alegria, bem-estar e otimismo? Pessoas que nos fazem sentir melhor, que nos fazem acreditar no que precisamos para ter a força necessária para passar pelas provações da vida? Pessoas que, despretensiosamente, espalham uma sensação boa pelo simples fato de estarem ali em nossa vida com sua forma positiva de ser.

Temos esses dois tipos de pessoas: as positivas e bem-humoradas na maior parte do tempo e as pessoas negativas, pessimistas e predominantemente mais mal-humoradas. Cabe a cada um de nós avaliar nossa forma de ser e de pensar sobre as coisas e tentar nos ajustar, da forma que nos é possível, para poder viver sem tanto desgaste, sofrimento e pesar.

PESSOAS TÓXICAS

Para as pessoas que convivem compulsoriamente ou não com as pessoas chamadas “tóxicas” alguns cuidados devem ser aprendidos para que não sejam sacrificadas ou prejudicadas por essa convivência estreita e duradoura. Seja pela convivência pessoal, incentivada pelo amor sentido por essa pessoa, ou pela obrigatoriedade da convivência profissional, por exemplo, há que se tomar algumas medidas para preservar o bem-estar na relação e a saúde emocional e física dos envolvidos.

A convivência com esse tipo de pessoa nos traz a necessidade de desenvolver uma série de aprendizados para com o outro e para conosco, no sentido de não sermos contaminados ou lesados por essa convivência. Deve-se procurar a melhor forma de lidar sem se deixar contaminar mentalmente, emocionalmente ou energeticamente pela pessoa tóxica.

Essa é uma decisão e uma atitude que devem partir de quem convive com o ser tóxico. Isso porque a pessoa, quando é tóxica, muitas vezes não tem consciência ou ingerência sobre o mal-estar que carrega e o lixo emocional que acaba despejando nos circundantes.

Para piorar a situação, não é difícil constatarmos que, quando a pessoa tóxica consegue despejar sua negatividade e contaminar o ambiente e os circundantes, ela se sente melhor e aliviada. Como se pudesse dividir um pouco da carga e do peso da negatividade e pessimismo carregados por ela naquele momento; o que acaba reforçando ainda mais esse tipo de mecanismo e atitude inconsciente.

É comum que essas pessoas não tenham consciência de todo o processo de descarga e alívio do peso e negatividade. Mas é fato que, muitas vezes, quando se apresentam no auge de seu pessimismo e mal-estar, não se contentam enquanto não perturbam e descarregam parte de sua energia de perturbação sobre algo externo.

Para os que convivem com isso, infelizmente, o fato de se abater, perturbar-se e pegar parte da carga negativa da pessoa tóxica não representa nem de longe uma maneira viável de ajudar essa pessoa. Já que o simples fato de dividir com ela aquela carga ruim e difícil não a ajudará a tomar consciência do seu padrão de comportamento e, muito me­ nos, a modificá-lo, para que não continue sofrendo e causando o sofrimento a quem convive com ela.

Por mais estranho que pareça, o mais indicado é se proteger daquela carga e perturbação e deixar que a pessoa tóxica possa chegar a um nível tão elevado de negatividade e perturbação que deseje ou necessite fazer algo para modificar aquele padrão negativo de pensamento/comportamento.

E esse desafio, muitas vezes, vai passar pela necessidade de aprendermos a aceitar nossa impotência diante dessa realidade, já que nenhum esforço feito do lado de fora será suficiente para modificar o estado mental ou emocional pessimista se o tóxico não desejar se es­ forçar para tal.

POR TRÁS DA NEGATIVIDADE

Mas o que será que nos faz ser mais negativos ou mais positivos? Será um hábito adquirido ou aprendido em nossa história pregressa? Ou seria algo intrínseco em nós, como uma predisposição da pessoa?

É fato que cada caso deve ser avaliado de forma isolada. E dentre os diversos casos de pessoas predominantemente negativas e pessimistas encontraremos alguns em que podemos observar a existência desse mesmo padrão nos pais ou circundantes próximos, que serviram como modelo ou exemplo, e ensinaram, mesmo que indiretamente, as pessoas tóxicas a assumirem esse tipo de postura e forma de funcionar diante da vida.

Quando se fala em comportamento aprendido, não falamos de algo que é escolhido e recebido de forma consciente. Fala-se de um comportamento que passa a ser introjetado e repetido, muitas vezes, sem que o descendente deseje, concorde ou admire aquilo nos seus ascendentes.

Entretanto, também podemos encontrar casos em que a pessoa toxica parece não ter tido contato com pessoas negativas durante sua infância e juventude, mas, mesmo assim, traz em sua personalidade os traços de pessimismo, negatividade e, por vezes, depressão. E isso lhe é trazido de forma intrínseca, como uma característica pessoal que não aparenta ter sido herdada ou aprendida de nenhum dos genitores, responsáveis ou circundantes.

É natural termos pensamentos negativos ou nos sentirmos mal-humorados, desesperançosos ou pessimistas diante de determinados momentos ou situações em nossa vida. Por si só, não se trata de um problema. O problema é quando esse estado se prolonga por mais tempo do que deveria, causando mais pessimismo, desmotivação, desistência, baixa de energia, isolamento social e consequências bioquímicas relacionadas a alterações do sono, do apetite e até da produção hormonal.

 

CARACTERÍSTICAS

Dentre as principais características podemos encontrar a tendência a ser uma pessoa “pesada”, que costuma ter por hábito fazer críticas ou reclamar de tudo e de todos, tendendo a desaprovar ou desanimar os que com ela convivem por não acreditar que nada bom ou positivo vá acontecer,  tendendo a ser uma pessoa encrenqueira, que problematiza tudo a sua volta. São pessoas que se apresentam constantemente com mau humor e não aceitam brincadeiras com facilidade.

Esse tipo de pessoa, geralmente, apresenta relações interpessoais e afetivas comprometidas, já que comumente tem dificuldade de convivência com os demais e uma inaptidão para estabelecer relações mais íntimas e afetuosas com as pessoas.

Dizemos que essas pessoas são do tipo “reclamonas” se não externa, no mínimo internamente, pois apresentam uma mente conturbada, focada no pior: no medo, no negativo, na falha, sem conseguir paz e descanso.

Suas mentes estão sempre a apontar coisas negativas acerca delas mesmas e do mundo – das situações e pessoas com quem convivem. E isso as faz sentirem de forma pesada e negativa e se comportarem de forma igualmente desagradável, criticando, desaprovando, bufando ou desvalorizando tudo o tempo inteiro.

Outra característica que é comum nessas pessoas é o fato de apresentarem dificuldade de aceitar elogios. Isso ocorre pelo fato de, normalmente, possuí­ rem a autoestima comprometida. Já que o hábito de enxergar e julgar as coisas e pessoas de forma negativa se estende também, inevitavelmente, à maneira como elas se encaram e enxergam suas capacidades, conquistas e aptidões.

Dessa forma, percebemos já nas crianças que apresentam essa maneira de ser em sua estrutura pessoal uma certa tendência a desqualificar as coisas boas ou positivas que se apresentam em sua vida. Parecem pessoas que vivem insatisfeitas consigo e com as coisas ao seu redor o tempo todo, pois estão sempre focando e valorizando o que lhes chega de pior e desqualificando ou minimizando as coisas boas e agradáveis de seu dia a dia.

Há quem diga que lhes falta gratidão. Uma vez que apresentam esse comportamento, no qual se maximiza o negativo e se desconsidera o positivo das situações ou pessoas com quem se relacionam.

E eis que surge uma nova questão que pode ser levantada: será que as pessoas tóxicas, no fundo, não sabem ou não se permitem aproveitar coisas boas da vida devido a um mecanismo de culpa ou autossabotagem? Seria esse padrão de comportamento uma espécie de autopunição gerada por uma estrutura interna culpada? Essa é uma questão primordial no tratamento de pessoas negativas. O que parece que as leva a adotarem essa postura na vida, que leva à degradação de sua realização pessoal e das relações que elas possam ter com o mundo a sua volta?

O que ela pode ou precisa fazer para modificar essa sua estrutura e passar pelos revezes da vida de forma mais tranquila e amena?

O negativo/mal-humorado tende a se colocar como vítima da sua vida e dos circundantes ao invés de se responsabilizar enquanto agente de sua própria vida. Isso não os ajuda a reverter seu mal-estar.

Pode ser que a pessoa negativa tenha em si, mesmo que não aparente, um traço maior de insegurança diante das coisas, e seu medo de tentar e não dar conta pode fazer com que ela desista antes mesmo de tentar e acabe se tornando alguém frustrado e amargurado.

O fato nos aponta a importância de cuidar de nossa cabeça e nos libertar de crenças limitantes sobre nós mesmos que acabamos introjetando ao longo da vida. Resultado de nossa mente in­ segura, associada a falas e situações vivenciadas com pessoas que nos são caras e nos fizeram acreditar em nossa incapacidade a ponto de desistirmos de nós mesmos e aceitarmos a máscara que nos imputaram sem que a questionássemos. Crenças que nos limitam e nos reduzem a algo diferente do que somos. O negativo pode ter aprendido esse comportamento com seus pais ou pessoas importantes em sua história pregressa. Quando convivemos ou, pior do que isso, quando fomos criados por pessoas negativas, podemos nos contaminar com esse difícil modo de funcionar. E por mais que reconheçamos o padrão mal-humorado ou negativo de nossos circundantes, e nos incomodemos ou prejudiquemos com isso, podemos acabar reproduzindo in­ conscientemente o mesmo padrão pessimista. E quando nos damos conta, já estamos reproduzindo a desistência, a vitimização, a desmotivação em nossa vida e tornando nosso caminhar cada vez mais duro e frustrante.

 

TRANSTORNOS DE HUMOR

Transtornos do humor são aqueles nos quais o sintoma central é a alteração do humor ou do afeto. Ele influencia diversas áreas da vida do indivíduo (profissional, familiar, social…). Segundo a Classificação Internacional de Doenças atual, o CID-10, podemos dividir o transtorno de humor em diversas categorias, que vão desde uma depressão/ diminuição a uma elevação do estado de humor e da atividade realizada pelo portador do referido transtorno.

1. EPISÓDIO MANÍACO: Consiste em algumas ocasiões de elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania).

2. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: Consiste em algumas ocasiões de elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e, em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão).

3. EPISÓDIOS DEPRESSIVOS: Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão, leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capa­ cidade de concentração, associadas, em geral, a fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se, em geral, problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança e, frequentemente, ideias de culpabilidade e/ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo, perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar os três graus do episódio depressivo: leve, moderado e grave.

Além desses tipos principais, encontramos algumas outras variações do transtorno de humor, tais como: os transtornos de humor [afetivos] persistentes, a ciclotimia e a distimia.

 

MUDANÇA DE PADRÃO

Buscar uma terapia para ajudar a transformar o padrão mental habitual negativo em neutro ou positivo e modificar a leitura que se faz da vida e das situações que nos cercam é sempre uma saída eficaz. Faz-se necessário um aprendizado sobre a forma de encarar as coisas, para que haja uma mu­ dança de valores e de comportamento do indivíduo diante da vida. E a base disso tudo está na identificação e na mudança do padrão mental e de comportamentos antigos que alimentam a criação de pensamentos tóxicos.

Uma nova Psicologia, conhecida como Psicologia Positiva, nos ensina que é possível aumentar nosso nível de satisfação com nossa vida, nos tornando mais positivos e diminuindo nossa exposição ao que pode nos trazer negatividade (como noticiários, jornais e mídias negativas, pessoas e situações tóxicas – que nos trazem algum prejuízo ou mal-estar), além de pensamentos e comportamentos que mantemos e nos trazem sentimentos destrutivos e desgastantes, baixando nossos níveis de alegria, motivação e nossa imunidade, inclusive.

Isso não quer dizer que precisaremos “viver numa bolha”, mas, sim, evitar a excessiva exposição a situações maléficas e desnecessárias para nossa sobrevivência. Além disso, podemos ser grandes cobradores quando queremos. Então, deixar de criticar a si e aos outros, evitar o cinismo, as mentiras e as relações que podem trazer negatividade são outras formas de diminuir esse mal-estar.

Segundo essa vertente, o melhor mesmo seria aumentarmos a positividade. Pois mesmo que não consigamos evitar algumas atitudes de negatividade, poderemos nos beneficiar de um maior bem-estar se aumentarmos a positividade em nossa vida.

Para isso, há alguns facilitadores importantes como:

1. Fazer atividades físicas regulares, com o intuito de, além de cuidar do corpo, cuidar principalmente da mente.

2. Adotar práticas de meditação, de yoga, dentre outras práticas que trazem grandes benefícios para nosso bem-estar e nossa qualidade de vida.

3. Praticar relaxamento, a respiração consciente, manter contato com a natureza, com as artes – como a música, a dança, o canto, pintura etc., praticar a gratidão ou uma atividade de caridade são algumas das coisas que podem trazer positividade, bem-estar e qualidade de vida para as pessoas.

Às vezes, é muito difícil mudar sozinho. Nesse caso faz-se necessária a aceitação de algum tipo de ajuda, por menor que seja, até que a pessoa consiga tomar consciência do seu quadro e fazer o primeiro movimento de mudança.

OUTROS OLHARES

O QUE É CAMP?

Parece esquisitice, e é mesmo. Entenda como o termo da moda vai mudar a forma de você consumir

O que é camp

Antes de você pular esta página por motivos de tenho-coisa-melhor-para-fazer-do-que-ver-gente-fantasiada, um aviso: a Lady Gaga, na foto ao lado, tentou traduzir, ainda que de forma capenga, o futuro próximo da cultura de massa, cujos produtos ninguém estará alheio a ver, consumir ou investir. Nem você.

Nova York, 6 de maio de 2019. Como todos os anos, a primeira segunda-feira do mês reserva à internet uma saraivada de memes prontos diretamente do baile do Metropolitan Museum, que arrecada fundos para o Instituto de Vestuário do museu. Até então mais glamourosos do que espalhafatosos, os looks das celebridades convidadas são o foco do baile de gala, que tem como tema a exposição anual do Instituto do Vestuário. O mote escolhido neste ano foi esta palavra estranha: camp. E como esse termo se traduziu nos vestidos usados pelas estrelas? Basicamente em aparentes absurdos, como esses quatro looks em camadas que Lady Gaga trocou no tapete rosa montado numa das extremidades do Central Park, o local da festa.

Para entender essa corrente estética é preciso compreender o que é considerado natural pela maioria. O oposto da naturalidade ou do socialmente aceitável é, na prática, a base do camp, que potencializa a imagem extravagante e afronta olhos acostumados à sobriedade das coisas. Parece esquisito, e é mesmo. O escritor Oscar Wilde (1854-1900), hoje, é considerado um dândi, um homem extremamente elegante, mas em sua época era chacoteado pelos volumes dos casacos de pele, pelos acessórios e pela alfaiataria suntuosa. Camp. Aconteceu o mesmo com o francês Luís XIV (1638-1715), o Rei Sol, pai do luxo e das frescuras da etiqueta. Foi camp também.

Ambos e outros estetas da imagem são referências da mostra Camp: Notes on Fashion, do Metropolitan. A expressão vigora há centenas de anos, sem nome próprio, para transgredir a imagem vigente. Só em 1964 foi explicado pela escritora Susan Sontag, no ensaio Notes on Camp (ou “Notas sobre Camp”), publicado na revista Partisan Review e mote do convescote fashion de agora.

É do texto de Sontag que partem algumas ideias lançadas pela marca mais influente da atualidade, a Gucci, que, sob a batuta do estilista Alessandro Michele, impôs na prateleira uma explosão de cores, transparências, babados, tachas e brilho, tudo junto e misturado, como manda o camp pronto para consumo. Além de patrocinar a festa, a marca vestiu boa parte das celebridades. Houve dragões no vestido de Saoirse Ronan, uma cabeça de plástico nas mãos do ator Jared Leto e uma fileira de looks vitorianos trajados pelos cantores Harry Styles e Florence Welch. Desvirtuar o consenso de beleza e também subverter os estereótipos de sexualidade na autoimagem é o mantra do modo camp de agir, vestir e viver. Por isso, o glamour das drag queens nos anos 60 e 70 é visto como seminal para o entendimento dessa corrente. Sontag relacionou a montação exagerada das drags com o camp, mas não definiu o ato como político. Um erro, na visão de alguns estudiosos. Em retrospecto, a luta por direitos civis nos Estados Unidos estava no auge, assim como a repressão aos direitos humanos por parte de uma política de tolerância zero engendrada por governos ocidentais.

Ativistas LGBTQ+ começaram a emular padrões de comportamento femininos, assim como roupas escandalosas para a época, como forma de contestação. O flower power, a arte pop, o rock e tudo o que viria na esteira da ebulição social daqueles tempos foram produtos da opressão. O camp passeou por essas manifestações e, na conjuntura geopolítica nervosa de hoje, volta a pairar sua teatralidade na cultura pop. Mas há um ingrediente novo, tão dourado quanto o look usado pelo ator Billy Porter: a forma como o mercado lucra com o modismo. Grande acontecimento cinematográfico de 2018, o filme Bohemian Rhapsody, sobre a banda Queen e sua estrela maior, Freddie Mercury, faturou 3,6 bilhões de reais. Outro ícone, este camp dos pés à cabeça e que tem parte do guarda-roupa exposto na mostra do Met, o inglês Elton John ganhou a cinebiografia Rocketman. Lançada no final do mês de maio, é promessa de cifras estelares.

Um telefone-banana, ao estilo do álbum Sunday Morning do Velvet Underground; um champanhe grifado da Lady Gaga; uma roupa do alienígena Ziggy Stardust, criado por David Bowie; uma capa de botijão de gás com o azul da joalheria Tiffany. Todos são exemplos concretos de produtos à venda e de como o camp, esse exagero calculado, pode ser consumido. O fast fashion atual já reproduz em doses homeopáticas essa corrente. O paetê, que até há pouco tempo servia só de adorno para vestido de festa, passou a forrar moletom, calça e todo tipo de acessório nas redes de lojas populares. Os tecidos metalizados tomaram de assalto até a roupa de academia. Como se trata de indústria que produz em larga escala e erros podem causar prejuízos dolorosos, a nova ordem deve entrar tímida no armário. Ao mesmo tempo, a velocidade de reposição per- mite experimentações. Prepare-se, portanto, para roupas volumosas, ombros marcados e algumas plumas. Certo mesmo é que brilho não vai faltar.

GESTÃO E CARREIRA

ESPECIALISTA EXPLICA COMO TER SUCESSO EM NOVOS CARGOS

Especialista explica como ter sucesso em novos cargos

Uma das grandes queixas de profissionais é a falta de resultados depois de muitos anos de empresa. Mas como mudar essa realidade? O professor Luciano Salamacha, do MBA da Fundação Getúlio Vargas conta que, após uma palestra, um engenheiro o procurou dizendo que estava desestimulado porque não tinha os mesmos resultados de quando começou na empresa como estagiário e seguiu na companhia até se tornar gerente.

Salamacha faz uma analogia à carreira de qualquer pessoa a um copo d’água. “Ao ser estagiário o copo está vazio, o líquido que será utilizado para enchê-lo será o mérito alcançado em cada atividade. O profissional fez algo bom, alguém reconheceu, o copo começa a encher. Claro, quando uma pessoa entra numa função básica em uma empresa qualquer feito se torna reconhecimento. O tempo passa, o estagiário é promovido o copo enche. Uma nova função é um novo copo, que vai enchendo segundo o desempenho, só que com mais cobranças.”

O professor explica que a cada novo cargo, obrigatoriamente, se espera outra performance. Logo, quando o profissional não entende esse novo ciclo em sua vida, tende a continuar com comportamento de estagiário, mas querendo reconhecimento como engenheiro, por exemplo.

Cada promoção é um novo ciclo, um novo copo para encher. E, a partir das promoções, aumentam as responsabilidades e a exigência de performance. O que antes era motivo de elogios como a coordenação de um trabalho em equipe, agora é uma questão de responsabilidade inerente ao cargo. É nesse momento em que muitas pessoas, de maneira inconsciente, tentam voltar ao desempenho que antes enchia o copo mais rápido, ou seja, deixam de se comportar como gestores para voltar a executar a tarefas que antes rendiam alta performance. Entretanto, os copos não são os mesmos.

Salamacha é enfático: não adianta a carreira evoluir se a mente não acompanhar. Uma mente atrasada no ciclo pode levar o profissional a querer se comportar, no novo cargo, como no anterior. “Temos que nos preparar para os saltos na profissão”. O professor diz que neurocientificamente, cada vez que uma pessoa se sente insegura, tende a correr em busca de um porto seguro que, neste caso, seria tentar voltar a atuar tal qual agia quando recebia mérito. Na carreira isso é um erro fatal.

O professor lista 9 dicas de como fazer para a sua mente seguir sua carreira:

CUIDADO COM A AUTOCRÍTICA,

Quando se conquista um novo cargo não se tem obrigação de saber tudo sobre aquela função logo no primeiro dia. Diminua sua exigência a respeito da qualidade de sua performance no início.

SEJA APRENDIZ EM QUALQUER CARGO.

Toda vez que chegamos em uma nova função temos que nos colocar na posição daquele que ainda tem o que aprender, aquele que ainda não sabe de tudo. Todo mundo precisa de tempo para aprender uma nova função, seja ela qual for.

APRENDA A CONQUISTAR A AUTORIDADE DO SEU CARGO.

Quando uma pessoa é promovida pode ganhar poder, mas não necessariamente autoridade. A autoridade é quando as pessoas reconhecem em você o conhecimento da área, alguém que deve ser seguido, ouvido, ponderado e considerado. Autoridade se conquista na equipe com mais compartilhamento.

ENTENDA QUE VOCÊ NÃO É MAIS O MESMO.

Ao ser promovido foi excluído de um bando e passa a participar de outro. Não é mais igual aos outros do antigo grupo. Entenda o que o novo bando espera de você.

SEJA HUMILDE.

Entenda por que pessoas na mesma posição que você está agora agem da forma que agem. Veja com o olhar do outro que já esteve na mesma posição que você. Aprenda recalibrar o olhar para a nova função.

ENTENDA O QUE A EMPRESA ESPERA DE VOCÊ E DA FUNÇÃO.

Não fique no automático É tudo novo, novos desafios, corra atrás.

SINTA-SE SEGURO PARA FAZER O FOLLOW UP.

Promoção exige acompanhamento. É como um jogo de videogame, a cada fase a dificuldade aumenta, o número de pontos é conquistado mais devagar.

NÃO VOLTE CASAS NESSE JOGO.

Quando a pessoa vai percebendo que não performa como antes, ela tenta resgatar a forma que evoluiu na empresa. Mas nem a pessoa, nem o cargo, nem a empresa são os mesmos. A mente tem que evoluir.

NÃO ABANDONE SEU CARGO DE GESTOR PARA RETOMAR A OPERAÇÃO, A MENOS QUE SEJA CRUCIAL.

Você já fez isso e agora o papel é outro. Entenda-o e o assuma.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 22: 22 e 23

Alimento diário

ADVERTÊNCIA CONTRA A OPRESSÃO DOS POBRES

 

V. 22 e 23 – Depois deste solene prefácio, poderíamos esperar algo novo e surpreendente, mas não, aqui há uma advertência, clara e comum, mas muito necessária, contra os costumes bárbaros e desumanos de opressão às pessoas pobres. Observe:

 

I – O pecado propriamente dito, que é roubar o pobre, tornando-o ainda mais pobre, tirando dos que têm muito pouco e assim, deixando-os sem nada. É uma péssima atitude roubar qualquer homem, mas é um grande absurdo roubar o pobre, a quem todos deveriam socorrer – pressionar; com nosso poder, aqueles a quem deveríamos regar com nossa generosidade – oprimir os aflitos, e assim aumentar a aflição deles – julgar contra eles, desta maneira beneficiando os que os roubam, o que é tão ruim como se nós mesmos os roubássemos. Os ricos não permitirão que sejam alvos de injustiças, mas os pobres não têm como evitar, e por isto devemos ser ainda mais cuidadosos para não sermos injustos com eles.

 

II – Os agravos do pecado.

1. Se, em razão de sua pobreza, a sua incapacidade de se proteger nos encoraja a roubá-los, é ainda pior; isto é roubar o pobre porque ele é pobre; não é apenas algo infame e covarde aproveitar-se de um homem porque ele não tem como se defender, mas não é natural, e prova que os homens são piores do que os animais.

2. Ou, se isto for feito sob pretexto de lei e justiça, isto é oprimir os aflitos à porta, quando deveriam estar protegidos do mal e ter a justiça feita a seu favor, e contra os que os oprimem.

 

III. O perigo que acompanha este pecado. Aquele que rouba e oprime os pobres, o faz correndo riscos, pois:

1. Os oprimidos constatarão que Deus é o seu protetor perpétuo. Ele defenderá a sua causa, e não permitirá que eles sejam destruídos ou esmagados. Se os homens não os defenderem, Deus o fará

2. Os opressores descobrirão que Ele é um justo vingador. Ele trará represálias sobre eles, roubará as almas dos que os roubam; Ele lhes retribuirá, em juízos espirituais, em maldições para suas almas. Aquele que rouba o pobre descobrirá, no final, que é um assassino ele si mesmo.

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