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VOLTA ÀS AULAS

Saiba como agir na retomada de atividades das crianças em meio à alta de casos de Covid

A vacinação infantil avança a passos lentos no Brasil devido ao baixo número de doses disponíveis. Por outro lado, a nova variante Ômicron se espalha rapidamente, aumentando exponencialmente o número de brasileiros diagnosticadas com Covid-19. Soma-se a esse cenário o início do ano letivo, programado paro os próximos dias, e a retomada de atividades coletivas das crianças, como aulas extracurriculares, prática de esportes, aniversários de coleguinhas etc. A maior parte dos estados não vai exigir comprovante de imunização dos estudantes ou não fará disso um impeditivo para frequentar as aulas. Esse é o cenário perfeito para muitas dúvidas e preocupação de pais e responsáveis. Para ajudar a tornar esse momento mais tranquilo, esclareceremos as principais dúvidas para uma retomada mais segura.

CASO UM CONTATO ESTEJA INFECTADO

A recomendação é que crianças que tiveram contato próximo (na mesma sala de aula, por exemplo) com um colega que testou positivo para a doença façam quarentena, em casa, até a realização do teste. Em geral, recomenda-se que pessoas assintomáticas que tiveram contato com um caso confirmado esperem cinco dias antes de fazer o exame. Se o resultado for negativo, podem retomar às atividades.

“Se houver um positivo, o certo é testar todas as crianças daquela sala de aula, pois isso é considerado contato íntimo”, diz o infectologista e pediatra Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

CRIANÇAS COM SINTOMAS GRIPAIS

A recomendação é que toda pessoa, criança ou adulto, com um quadro de síndrome gripal, que inclui tosse, febre, coriza e dor de garganta, deve iniciar a quarentena até a realização do teste. Se o resultado for positivo, o isolamento deve ser mantido por sete dias após o início dos sintomas. Ou seja, a retomada das atividades é permitida a partir do oitavo dia, desde que os sintomas já tenham melhorado e não haja febre por dois dias.

“A recomendação é não ir para a escolas e estiver com sintomas, mesmo que sejam leves. Também é indicado avisar a escola e colegas”, orienta o geneticista pediatra Salmo Raskin.

E SE JÁ TIVER A PRIMEIRA DOSE?

Embora os estudos não tenham avaliado o grau de proteção em crianças após a primeira dose, há imunidade parcial. Ela começa 14 dias após a aplicação e vai aumentando.

“O sistema imunológico amadurece essa resposta e ela fica completa 14 dias após a segunda dose. A CoronaVac sustenta essa proteção parcial por quatro semanas e a Pfizer, por até oito semanas. Daí a possibilidade de alongar o intervalo entre as doses do imunizante da Pfizer em crianças”, diz Kfouri.

Raskin ressalta a importância de completar o ciclo vacinal, em especial agora com a Ômicron, que tem maior capacidade de driblar os imunizantes.

PFIZER OU CORONAVAC?

Os médicos afirmam que, como para os adultos, a melhor vacina é aquela que estiver disponível. Os médicos ressaltam que as duas vacinas são seguras, eficazes e atenderam os mesmos critérios de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um estudo realizado no Chile, onde os dois imunizantes foram usados em crianças, mostrou que a efetividade contra hospitalização é a mesma. Contra infecção sintomática, a proteção é semelhante.

Vale ressaltar que a Pfizer é a única aprovada para crianças de 5 anos e para meninos e meninas imunocomprometidos, como transplantados e aquelas que vivem com HIV.

A COBERTURA VACINAL IDEAL

Não há um percentual de cobertura vacinal – o total de pessoas imunizadas em um determinado grupo ou população – contra a Covid-19 definida para crianças, mas especialistas são unânimes em dizer que quanto maior, melhor. Isso vale para todas as vacinas e não seria diferente com a de Covid.

“A cobertura ideal está associada à efetividade da vacina e à infectividade da variante, presente no momento. Por exemplo, no início da pandemia, com a variante de Wuham, falava-se em 70%  de cobertura vacinal. Agora, com uma cepa mais infectante e vacinas menos efetivas contra ela, consideramos 90%”, destaca Salmo Raskin.

MÁSCARA E CUIDADO PÓS-VACINAÇÃO

Kfouri explica que o que norteia as medidas de restrição, que incluem recomendações do uso de máscara e distanciamento social, não é o status de vacinação, e sim a taxa de transmissão, um índice que mostra quantas pessoas cada infectado é capaz de contagiar (acima de 1, o indicador mostra tendência de alta).

“Quando há alta transmissão, todos os cuidados devem ser incentivados, independentemente da vacinação. Nas épocas de baixa transmissibilidade pode haver maior relaxamento, como no fim do ano passado ­ relembra o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O BEABÁ DA VACINAÇÃO INFANTIL

A VACINA É SEGURA PARA CRIANÇAS?

Sim. Dados de estudos clínicos e de mundo real mostram que a imunização infantil é segura. O perfil de segurança do imunizante da Pfizer no teste em crianças foi semelhante ao observado em outras faixas etárias. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, dor de cabeça, dores musculares e calafrios. Não houve nenhum caso de Covid-19 grave entre os participantes, e nenhuma ocorrência de doenças cardíacas raras, como miocardite e pericardite. Registros de vários países mostram que o principal evento adverso após a vacina infantil é a dor no braço.

MEU FILHO ESTÁ COM SINTOMAS DE INFECÇÃO, COMO CORIZA E DOR DE GARGANTA. ELE PODE SER VACINADO?

Depende. Antes da vacinação é preciso descartar a possibilidade de a criança estar com Covid-19 ou gripe. Por isso, a recomendação é realizar o teste. Se o diagnóstico for positivo para uma delas, o recomendado é adiar a imunização até a recuperação completa para gripe. Se for Covid, o prazo é de 30 dias após o início dos sintomas. Por outro lado, se após a consulta médica ficar constatado que a criança tem apenas um resfriado, rinite ou algo com sintomas leves, a vacinação está liberada.

A VACINA PODE PROVOCAR MIOCARDITE?

A miocardite é uma rara inflamação cardíaca associada à vacina da Pfizer, é uma das principais preocupações dos pais. O risco existe, mas é muito baixo e não deve desencorajar a imunização. No estudo clínico, por exemplo, nenhum caso de problema cardíaco grave foi relatado. Os riscos de uma forma severa da Covid em não vacinados são considerados bem mais preocupantes.

POR QUE VACINAR SE CRIANÇA TEM COVID MAIS LEVE?

Embora o risco de crianças desenvolverem quadros graves e morrerem em decorrência da doença seja mais raro, o número total de óbitos pela doença nessa população supera a de qualquer outra doença imunoprevenível. De acordo com dados do Ministério da Saúde, são 2.500 brasileiros com idade inferior a 20 anos mortos por Covid-19 desde o começo da pandemia. Na faixa etária que pode se vacinar, de 5 a 11 anos, foram 324. Há ainda o risco da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIMP) e de sintomas de longo prazo.

O QUE ACONTECE SE A CRIANÇA FIZER 12 ANOS ENTRE AS DOSES?

 A orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é que a criança termine o esquema de imunização com a mesma vacina recebida na primeira dose. Ou seja, mesmo já tendo completado 12 anos, a criança irá receber o imunizante pediátrico.

AS CRIANÇAS PODERÃO RECEBER A VACINA CONTRA COVID-19 NO MESMO DIA QUE OUTRAS VACINAS DO CALENDÁRIO INFANTIL?

Não. A Anvisa recomenda que haja, no mínimo, um intervalo de 15 dias entre a aplicação do imunizante contra a Covld-19 e as outras vacinas do calendário infantil. A precaução é necessária, pois ainda não existem dados sobre a aplicação simultânea de vacinas em crianças.

O IMUNIZANTE USADO NA APLICAÇÃO EM CRIANÇAS É O MESMO DOS ADULTOS?

Os imunizantes são os mesmos, porém os frascos e a diluição são diferentes. A vacina pediátrica contém um terço da dose para pessoas a partir de 12 anos. Para distingui-las, os frascos são laranja, enquanto o adulto é identificado pela cor roxa. Cada um abriga dez doses e pode ser guardada por dez semanas entre 2’C- e 8’C

HÁ ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO?

Nenhuma. Apenas para as crianças que demonstrarem reação mais pronunciada depois da aplicação da primeira dose.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 30 DE JANEIRO

NÃO TENHA MEDO

Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Josué 1.9).

Moisés, o grande líder de Israel, estava morto. O povo ainda não havia entrado na terra prometida. Precisava cruzar o rio Jordão e conquistar cidades fortificadas. Os inimigos eram muitos e poderosos. O povo estava com o ânimo abatido por causa da morte de seu líder. É nesse contexto de luto e desânimo que Deus desafia Josué: Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel (Josué 1.2). Os líderes passam, mas Deus continua no trono. Os homens nascem e morrem, mas Deus continua liderando o seu povo. Quando parece que chegamos ao fim da linha, Deus continua com as rédeas da história em suas onipotentes mãos. Josué tinha muitos motivos para ter medo, mas Deus oferece a ele o melhor antídoto, sua companhia! Com Deus ao nosso lado, cruzamos rios caudalosos, escalamos montes altaneiros, descemos a vales profundos e enfrentamos desertos causticantes. Nossa vitória não vem do braço da carne. É Deus quem luta as nossas guerras. É Deus quem adestra as nossas mãos para a peleja. É Deus quem desbarata os nossos inimigos. É Deus quem nos sustenta na caminhada e nos introduz na terra prometida. Em vez de termos medo, devemos ter fé. Em vez de olharmos para as circunstâncias, devemos olhar para o Deus que está no controle das circunstâncias!

GESTÃO E CARREIRA

CONSTRUINDO EMPRESAS FELIZES

O comportamento da pessoa feliz afeta todos à sua volta. O economista britânico Richard Layard, coautor do World Happiness Report, escreve em seu livro Can we be Happier? (ainda sem tradução para o português): “Existem muitas coisas na  vida  importantes para nós –  incluindo saúde, liberdade, autonomia e realização. Mas se perguntarmos por que elas são importantes, geralmente podemos dar outra resposta – por exemplo, porque elas fazem as pessoas se sentirem melhor”. A felicidade de todos conta igualmente, incluindo a das próximas gerações, que serão diretamente impactadas com as escolhas que fazemos agora. Logo, o nosso foco deve se deslocar para aumentar o bem- estar em nossa vida pessoal, lares, escolas, locais de trabalho e comunidades.

Se concordarmos com essas afirmações, estaremos na direção de construir organizações mais felizes e, consequentemente, mais prósperas. A dualidade aqui permite uma inversão dos fatores, já que prosperidade e abundância estão diretamente conectadas com a felicidade, conforme defende Sonja Lyubomirsky, em A Ciência da Felicidade. “O negócio do negócio é o negócio” é  uma frase célebre do economista Milton Friedman em um artigo para o New York Times em 1970. Seu argumento era de que o papel da liderança é maximizar os resultados, custe o que custar, e que qualquer esforço fora dessa perspectiva deveria ser punido. Esse tipo de pensamento, que ainda prevalece, é responsável por ações prejudiciais dentro e fora das organizações, gerando impacto negativo para o meio ambiente, a saúde e o bem-estar dos colaboradores e consumidores.

Seguindo a lógica da Ciência da Felicidade, é um fator gerador de infelicidade. Assim pontua Alexander Kjerulf em seu livro Leading With Happiness: “Pense por um segundo em como seria viver em um mundo onde os líderes empresariais colocassem a felicidade em primeiro lugar. Imagine que os negócios se tornariam uma força geral para o bem, maximizando não apenas os lucros, mas também a vida das pessoas”. Ainda segundo Kjerulf, “esses líderes criam organizações sustentáveis – não apenas ambientalmente, mas também econômica, social e psicologicamente. A vida de seus funcionários é melhor e mais feliz por trabalharem lá. A vida dos clientes é melhorada pelos serviços ou produtos da empresa. E o mundo é, de certa forma, um lugar melhor porque a empresa existe”.

E não ignore o primeiro beneficiado: esses líderes estão mais felizes porque sabem que sua liderança está tornando as coisas melhores, não piores. Finalmente, líderes felizes criam melhores resultados para suas organizações, porque a felicidade tem uma longa lista de efeitos positivos nos resultados financeiros.

Um dos mais influentes dinamarqueses do século XX, Knud Ejler Logstrup, foi professor de ética e filosofia da religião na Universidade de Aarhus. Ele defendia que nós afetamos todas as pessoas com as quais interagimos e temos a responsabilidade de cuidar bem delas, impactando-as positivamente, assim a felicidade assume um papel definitivo no sentido da vida.

Por que devemos ser gentis com nossos semelhantes independentemente de condições, circunstâncias, gênero e raça? Porque isso as deixa felizes e, por consequência, nos torna mais felizes. Essa lógica pode ser aplicada nas mais diversas áreas da vida.

Vale ressaltar que, no World Happiness Report, a Dinamarca é sempre um forte concorrente a encabeçar a lista, e o estilo de vida do dinamarquês, o chamado Hygge (ligado ao conforto e ao afeto), está entre os mais copiados do mundo. Segundo dados do The Global Gender Gap Report de 2018, a Dinamarca está entre os países que possuem melhores índices, para citar um exemplo, de igualdade de gênero.

Empresas felizes desempenham melhor e seus colaboradores são mais produtivos, criativos, comprometidos. Isso é o que mostra a edição 2020 do estudo anual Diversity Matters (diversidade importa), da McKinsey. A pesquisa traz informações sobre como a diversidade étnico-racial, de gênero e de orientação sexual na América Latina e especificamente no Brasil pode afetar os resultados corporativos. Foi realizada com 3.900 colaboradores de 1.300 das maiores empresas do Brasil, do Chile, do Peru, da Argentina, da Colômbia e do Panamá.

Entre os dados mais interessantes estão:

• Mulheres em cargos executivos têm uma probabilidade 26% maior de alcançar resultados financeiros  superiores aos executivos de companhias da mesma área.

• Diante do cenário de crise (a pesquisa foi realizada durante a pandemia da covid-19), o desenvolvimento de produtos e serviços para diferentes públicos torna-se essencial e  precisa disseminar valores humanos. A inovação torna-se questão de sobrevivência.

• A  promoção de ambientes de trabalho inclusivos tem se provado efetiva para motivar e estimular a criatividade dos colaboradores.

O estudo mostra que colaboradores de empresas que adotam a diversidade relatam níveis muito mais altos de inovação e colaboração do que seus pares de outras empresas. Esses colaboradores têm maior probabilidade de:

• Afirmar que podem propor novas ideias e tentar novas formas de fazer as coisas (152%).

• Concordar que a organização aplique ideias externas para melhorar sua performance (77%).

• Reportar que a organização melhora consistentemente sua forma de fazer as coisas (72%).

• Afirmar que colaboram, compartilhando ideias e melhores práticas (64%).

”A correlação entre performance financeira e ambiente diverso pode mudar a visão até dos mais céticos em relação às práticas de inclusão de diferentes grupos”, diz Heloisa  Callegaro, sócia da McKinsey.

***No  Fórum Internacional de CEOs em 2020, promovido pelo grupo Gestão RH, a ex-sócia da consultoria McKinsey, atualmente CEO do Banco BMG, Ana Karina Bortoni Dias, declarou: “Se os líderes não assumirem práticas que promovam felicidade, pelas razões certas, que seja então pelo impacto no resultado, no lucro das empresas”.

SANDRA TESCHNER – é chief happiness officer, certificada na Flórida International University (FUI) em “Gestão de Felicidade”, focado em mostrar o quão importante a felicidade é para quaisquer organizações e como é primordial ter um gestor da “Ciência da Felicidade” em um quadro de colaboradores.

EU ACHO …

O ANTIMARKETING

Raramente pessoas incomuns que valem a pena na vida parecem tão incomuns

Nem tudo muda na velocidade dos comerciais de banking. Ofereço aqui algumas ideias que podem parecer, à primeira vista, estranhas. São verdades ancestrais – logo, o antimarketing – e que as pessoas sabem que funcionam como modo de conduta. São verdades banais, cotidianas.

Não se deve meter a colher na briga de marido e mulher. Disclaimer: refiro-me aqui a brigas que não são violência doméstica, antes que algum inteligentinho de plantão venha encher o meu saco.

Não se meta em briga de casal porque a relação entre duas pessoas tem inúmeras camadas superpostas que não autorizam uma interpretação simplista do tipo que melhores amigas costumam dar. E mais, é muito provável que o casal se resolva, e você fique com cara de idiota intrometida, e, quem sabe, sua amiga, que você achou que estava ajudando, comece a suspeitar que você está mesmo é interessada no homem dela.

Cão que ladra não morde. Batata!, como diria Nelson Rodrigues. Quem muito fala nada faz, quem é silencioso é mesmo o perigoso. Para o bem e para o mal. Como se dizia no tempo em que homens se interessavam por mulheres – antes que muitas delas se tornassem um tanto tóxicas -, quem come quieto come duas vezes. Na era do marketing, todo mundo é cão que ladra, mas não morde.

Quem com porcos se mistura farelo come. Frase típica de pais quando ter filhos valia a pena. A frase sempre era recebida pelos filhos como uma forma de preconceito. Claro, nem sempre os pais acertavam, mas, suspeito, inúmeras vezes acertavam, até hoje. Seu amigo come de boca aberta, anda sujo, não dá bom dia, parece não ter mãe em casa e não consegue dizer no que o pai trabalha? Batata! Rolo à vista.

Aliás, quando alguém não consegue dizer no que trabalha numa frase curta e com verbos e substantivos claros, e, ao contrário, usa muitos adjetivos e advérbios, você está diante de dois casos prováveis. O primeiro é que a pessoa quebrou, já passou da idade de começar de novo – e hoje essa idade é cada vez mais jovem – e ela está te enrolando por vergonha ou porque quer achar um otário – ou otária – para investir nela.

A outra possibilidade é pior ainda. O cara é um bandido, picareta, corrupto. Fuja. Não existe nenhuma forma de atividade humana tão interessante ou peculiar que não caiba numa frase curta com, no máximo, um verbo e dois substantivos.

O pior é sempre o mais simpático. Ou numa forma diferente: o picareta é sempre o mais simpático, divertido, falante e, aparentemente, tem a capacidade de dominar o salão. Uma das verdades mais antigas em termos de caráter é que a virtude é tímida e discreta, nunca se anuncia ao entrar no ambiente. Raramente pessoas incomuns que valem a pena na vida parecem tão incomuns.

Deus ajuda a quem cedo madruga. Outra verdade dura de engolir .Acordar cedo, ter disciplina, força de vontade, foco, saber que na vida a felicidade é uma raridade; é para os melhores. Temperamento é destino. Diga o que quiser; a fisiologia pode decidir o futuro da sua vida, em grande medida.

Se você tem um vizinho que nunca tem os mesmos carros na garagem, caras as mais diferentes saem da casa dele o tempo todo e se, a princípio, ele se mostra excessivamente simpático, cuidado. Se você prestar atenção, provavelmente, descobrirá que sua área de atividade é um tanto ilegítima. Os filhos da minha filha meus netos são – os do meu filho serão ou não. A relação que se tem com os netos depende fundamentalmente da mãe deles. Nunca brigue com a sua nora ou ex -nora, porque a chance de você ser uma mera visita na vida dos seus netos será enorme. Quem negar esse fato é um mentiroso.

Todo mundo tem seu preço. E quem diz que não tem,  é o mais barato de todos. A vida é dura, injusta, imprevisível, brutal, cruel, grande parte de todos os adjetivos opostos ao que acabei de citar se compra com dinheiro. A desgraça nos põe todos a venda em algum momento.

Enfim, como dizem os franceses, procure a mulher e você encontrará onde o ralo começou. Dinheiro, poder e sexo movem o mundo desde sempre. Não são as  virtudes que movem o mundo, mas os vícios.

*** LUIZ FELIPE PONDÉ

ESTAR BEM

FOBIA DE DENTISTA CRIA INOVAÇÕES NOS CONSULTÓRIOS

Motorzinho sem barulho, gás sedativo e ambiente acolhedor estão entre os recursos para driblar medo da cadeira

A dificuldade em dormir na noite que antecedia a visita ao dentista era uma realidade na vida da influenciadora digital Kika Macedo. Ela temia reviver o que enfrentou quando sofreu um acidente de carro, há 25 anos, e perdeu os dentes da parte frontal da boca. Do período de recuperação no hospital, ela se lembra das  anestesias que demoravam a fazer efeito e, consequentemente, das dores dos procedimentos.

Devido a esse trauma, cuidar da saúde bucal nunca foi algo tranquilo. Esse medo descomunal é real e tem nome: odontofobia.

Assim como outros tipos de transtornos de ansiedade, essa fobia deve ser tratada com a ajuda de um profissional da psicologia ou da psiquiatria. Como o medo de dentista é algo bem comum no Brasil, há mais de dez anos os profissionais vêm implementando em seus consultórios medidas para minimizar o problema e possibilitar que o paciente consiga fazer seu procedimento bucal com o menor incômodo e dor possíveis.

Entre as intervenções, estão desde criar um ambiente mais sereno, com menos cara de consultório dentário, até a sedação consciente – semelhante à realizada nas endoscopias, em que o paciente “apaga”, mas pode despertar quando for chamado.

“Algumas pessoas têm um trauma muito grande de dentista, normalmente relacionado a algo que ocorreu na infância”. Há o lado do profissional também, que muitas vezes se distancia dos pacientes, não escuta o que eles têm a dizer. Falta um pouco de empatia”, avalia a dentista Natalia Liuzzi, especialista em reabilitação estética e funcional, e dona da clínica Odonto Liuzzi. “A partir de uma experiência ruim, o paciente passa a generalizar como se todos fossem ruins.

Para ela, o profissional precisa ouvir o que o paciente tem a dizer antes de falar.

“Nessa conversa,  é preciso que as explicações dos procedimentos sejam feitas de forma mais leiga”, defende. O medo excessivo de ir ao dentista faz com que os pacientes só procurem um profissional quando não conseguem mais resolver o problema sozinhos e, muitas vezes, após longos períodos de automedicação, Isso resulta em lesões profundas e graves, que, se tratadas desde o início teriam um prognóstico bem melhor e com menos necessidade de intervenção do dentista.

COMO REDUZIR O MEDO

O barulho do motorzinho e a necessidade de tomar anestesia local para a realização de alguns procedimentos são os gatilhos mais listados por quem evita visitar o dentista a todo custo. E engana-se quem pensa que a região bucal é mais sensível por conta dos variados nervos que passam por essa área. Liuzzi conta que é a própria tensão do paciente que aumenta a sensação de dor depois de uma leve agulhada na gengiva.

Em seu consultório, Liuzzi implementou a anestesia consciente para tratar seus pacientes com odontofobia. Com a ajuda de quatro anestesistas, com o paciente sendo monitorado por equipamentos de sinais vitais o tempo todo, a equipe faz o paciente “dormir” durante todo o procedimento.

“O objetivo é fazermos o máximo que conseguirmos durante aquela consulta. Se o paciente vai fazer uma extração e colocar uma prótese, escaneamos a boca dele com nosso aparelho em 3D e produzimos a prótese em nosso laboratório próprio, seja em resina ou cerâmica. Em seguida, colocamos na boca do paciente, tudo no mesmo dia. A intenção é reduzir o número de consultas”, explica.

O objetivo é que, com o passar do tempo e o crescimento de confiança no profissional, o paciente vá deixando de lado a anestesia geral, passando a utilizar a local, cuja duração é bem menor e não demanda descanso pós-procedimento.

ATENDIMENTO A IDOSOS

O dentista Thomaz Regazi, especializado no atendimento a PcDs, pacientes oncológicos, idosos, pediátricos com necessidades especiais e acamados, afirma que uma alternativa ao uso da anestesia é a utilização da sedação via óxido nitroso, popularmente conhecido como gás hilariante ou do riso.

“Com esse gás, o paciente entra em um estado de leveza, todos os seus reflexos são diminuídos”, explica Regazi. “Ao terminar o procedimento, o paciente deixa de inalar o gás e fica 15 minutos usando somente oxigênio. Depois desse período, ele está apto a fazer todas as atividades de seu dia a dia, diferente da anestesia sedativa, que necessita de descanso pelo restante do dia”.

O especialista destaca que esse tipo de sedação provoca uma redução na quantidade de sangramento, devido à desaceleração do ritmo dos batimentos cardíacos, e uma maior duração dos agentes anestésicos, que levam mais tempo para serem metabolizados pelo corpo durante o processo.

No entanto, o uso do óxido nitroso deve ser evitado em alguns casos, como em pacientes no primeiro trimestre da gravidez, com deficiência de vitamina B12, com histórico de problemas de saúde mental e com histórico de abuso de substâncias.

CUIDADOS COM A BOCA

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, a mais recente no país, mostraram que menos da metade da população brasileira (49,4%) se consultou com um dentista nos 12 meses anteriores à entrevista. A recomendação é que todos visitem profissionais especializados em saúde bucal pelo menos duas vezes ao ano, para manter a limpeza dos dentes e prevenir problemas.

Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia e usar o fio dental diariamente são medidas que diminuem a incidência de cáries e outros problemas que possam afetar a saúde bucal da população. O fio, por exemplo, garante a higiene entre os dentes, uma região que a escova sozinha não consegue alcançar.

Especialistas recomendam também o uso de pastas de dente não abrasivas – sem “pedrinhas” – e enxaguantes bucais sem álcool, como forma de reforçar a limpeza da boca sem prejudicar as estruturas do dente e a mucosa oral.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

COMECE O ANO CUIDANDO DE SUA SAÚDE MENTAL

Campanha Janeiro Branco lembra que o início do ano é momento de cuidar da mente; veja algumas dicas de como lidar melhor com as próprias emoções

A campanha Janeiro Branco existe desde 2015 para lembrar sobre a importância de ter a saúde mental em dia. O professor de Psicanálise Ronaldo Coelho avalia que a procura por ajuda psicológica tem aumentado no Brasil, mas saúde mental, na opinião dele, não é prioridade do ponto de vista governamental.

”No SUS temos um cenário em que, de toda a verba do sistema, apenas 3% é destinada para a saúde mental. Esses dados mostram que o cenário é trágico para os menos favorecidos. Em resumo, o que vemos em nosso país é que, ainda mais num momento como esse, quem tem condições de investir numa boa psicoterapia o faz. Quem depende do SUS está bastante desamparado”, aponta.

Para o especialista, também há dificuldade na manutenção do tratamento. ”É difícil conseguir um verdadeiro acompanhamento e quando se consegue um atendimento ele é de qualidade baixa, não pelas capacidades dos profissionais, mas pela altíssima demanda que não permite aos serviços se estruturarem da forma que deveriam ser!”

E o início de um ano já é um momento de reflexão para muita gente. Pensar sobre objetivos que não foram alcançados e os desafios que virão é difícil e, muitas vezes, os sentimentos de frustração e incapacidade predominam.

”Muitas vezes as pessoas não entendem o que acontece com elas. Não entendem que depressão é tristeza ou que ansiedade atrapalham a vida no dia a dia e acabam deixando de lado a mente e dão mais atenção ao corpo físico. O cérebro precisa estar equilibrado e valorizado e não ficar ligado no automático”, afirma o neurocirurgião Fernando Gomes, neurocientista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Segundo ele, as principais queixas de início do ano são ansiedade e depressão, mas o excesso de trabalho também está prejudicando. “Cada vez mais existem pessoas se enquadrando na Síndrome de Burnout pelo excesso de home office e aulas online. Não existe ainda a relação direta de horas trabalho se comparado ao que de fato uma pessoa produz e rende nestas horas.

Todos ainda estão aprendendo com isso e por isso as expectativas precisam ser controladas para não aumentar ainda mais o estresse e a fadiga mental já neste início de ano”, orienta.

Para o especialista, é comum abrir mão do tempo de descanso para realizar outras atividades, o que ele considera um erro: “Muitas pessoas tentam tirar justamente momentos de lazer e ócio. Esses momentos são importantíssimos para que possamos trabalhar melhor, sermos mais criativos e produtivos, sem contar que essa recuperação do organismo é o único meio de se ter uma vida saudável sem se violentar “.

Uma dica importante é organizar e verificar se o tempo que tem disponível bate com suas metas, se cabe na sua rotina e se você está realmente disposto a uma mudança de estilo de vida para alcançar aquilo a que se propôs. “Querer algo exige de nós um processo muito mais profundo do que simplesmente pular sete ondas e jogar para o universo para que ele lhe traga aquilo que pediu”, ressalta o professor de Psicanálise Ronaldo Coelho.

Praticar mindfulness, ou o método de atenção plena, regularmente, é uma ótima forma de cuidar da saúde mental. Você consegue lidar melhor com os desafios do dia a dia, com as próprias emoções e com os outros. Luíza Bittencourt, instrutora sênior de mindfulness, listou dicas para cuidar da saúde mental:

VIVA O MOMENTO PRESENTE

Sempre que perceber sua mente fugindo para o passado ou para o futuro, respire fundo e volte a atenção para o que está fazendo no momento. Vamos treinando nossa mente a estar mais presente no aqui e agora, que é onde nossa vida está de fato acontecendo.

MEDITE

Faça cinco minutos de meditação por dia no horário que for melhor para você (pesquisas recentes mostram que isso já faz diferença no seu cérebro).

O mindfulness também é capaz de reduzir o estresse, ansiedade e aumenta e muito a sensação de felicidade e bem-estar. “Realmente muda o seu cérebro, o moldamos de uma forma mais benéfica. Eu mesma era muito cética, achava que esse tipo de coisa não era pra mim, mas foi o que mais mudou minha vida e minha saúde”, diz Luíza.

SEJA ATIVO (A)

Movimentar-se é fundamental. Escolha uma atividade que te traga prazer e mexa seu corpo. O professor de Psicanálise Ronaldo Coelho ressalta que algumas pessoas colocam metas sem levar em consideração que precisam se sacrificar para conquistá-las. “Muitas pessoas acham que para ser fitness, por exemplo, basta querer e ‘ter força de vontade’. Mas não é assim que funciona. Para encaixar uma rotina de exercícios na sua vida,  você terá de decidir do que vai abrir mão: tempo de descanso, do seu momento nas redes sociais, do seu lazer. Enfim, esse tempo que estava sendo utilizado com outra coisa será trocado por outra atividade”, diz.

CONTROLE AS EMOÇÕES

Quando sentir uma emoção mais desafiadora, coloque uma mão no peito e outra no abdômen e acompanhe o movimento dessas áreas subindo e descendo. Isso te ajudará a se autorregular.

DIGA NÃO

Aprenda a dizer “não” e respeite seus limites. Se permita desacelerar sempre que precisar, descansar também é muito produtivo.

GRATIDÃO

Nossa mente tem o chamado ”viés da negatividade·”. Registre sua gratidão diária em um caderno ou no seu celular, aprenda a curtir também os momentos simples do seu dia: uma comida deliciosa, uma vista bonita enquanto vai para o trabalho, um elogio que recebeu. A mente tem a tendência a focar no que falta, no que ainda não fizemos ou conquistamos, no que deu errado. Mude isso. Pesquisas mostram que, quando praticamos a gratidão, trazemos inúmeros benefícios para nossa saúde física e mental.

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