POESIA CANTADA

CAÇADOR DE MIM

MILTON NASCIMENTO

CAÇADOR DE MIM

COMPOSIÇÃO: LUÍS CARLOS SÁ / SÉRGIO MAGRÃO

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

OUTROS OLHARES

A HORA CERTA DE COMER

Um novo campo de estudos investiga a relação entre o relógio biológico e a forma como o corpo aproveita os nutrientes. As evidências são claras: quando se alimentar é tão relevante quanto o que se levar à boca

“Se você comer tarde da noite ou começar o café da manhã em um horário totalmente diferente a cada manhã, estará constantemente deixando seu corpo fora de sincronia. Não se preocupe, a solução é igualmente simples: basta definir uma rotina alimentar e cumpri-la. Tempo é tudo”, escreveu Satchin Panda, um dos maiores especialistas do mundo em ritmos circadianos, no best-seller The Circadian Code: Lose Weight, Supercharge Your Energy, and Transform Your Health from Morning to Midnight.

É recomendação baseada no princípio da chamada crononutrição, uma área relativamente nova da ciência e que nos últimos anos ganhou tração inédita. Ela investiga o modo pelo qual o relógio biológico, ou ritmo circadiano, influencia o aproveitamento dos nutrientes que ingerimos. O que foi levantado até agora demonstra que quando comer é tão importante quanto o que comer. Tome-se como exemplo o mais recente estudo divulgado. Feito por pesquisadores da Universidade Waseda, no Japão, e publicado no início de julho na revista Cell Reports, o trabalho buscou esclarecer se consumir a maior parte da quantidade diária recomendada de proteínas no café da manhã, em vez de fazê-lo no jantar, resultaria em maior massa muscular. A resposta: sim. A hipótese é que, pela manhã, o metabolismo de proteínas é mais eficiente, contribuindo para o aumento do volume muscular.

Outras pesquisas indicam que a digestão e a absorção de carboidratos e de gorduras também variam de acordo com o relógio interno. “Os alimentos são processados de modos distintos dependendo do horário em que os consumimos”, afirma a nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia. Os horários das refeições, enfim, têm grande influência no ganho e na perda de peso e no risco do desenvolvimento de condições como diabetes e doenças cardiovasculares.

Determinados hormônios, enzimas e o sistema digestivo estão preparados para a ingestão de alimentos pela manhã e à tarde, quando o organismo precisa de energia para dar conta das tarefas cotidianas. Ànoite, o que ele necessita é descanso. Por isso o sistema endócrino regula o sobe e desce de hormônios ao longo da vigília e do sono de forma a sincronizar produção e hora. Pela manhã, os níveis de cortisol e de insulina estão no máximo. Os dois hormônios atuam em conjunto para facilitar o armazenamento de energia. O cortisol contribui para a fabricação de insulina, responsável por permitir a entrada da glicose circulante no sangue dentro das células. O metabolismo, ou capacidade de queimar calorias, também é maior. Ànoite, o corpo se prepara para o relaxamento. Aliberação da insulina diminui, o cortisol dá lugar à melatonina, hormônio que induz ao sono, e o metabolismo fica mais lento. Os compassos são precisos. “Mudanças na rotina alimentar podem levar a alterações que prejudicam a saúde”, diz o geneticista Marcelo Sady, diretor do laboratório Multigene. A sinfonia do corpo humano pede harmonia.

CADA PRATO A SEU TEMPO

Sincronizar as refeições de acordo com o relógio biológico contribui para manter o peso e a saúde como um todo

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 20 DE AGOSTO

O VALOR DE UM AMIGO VERDADEIRO

Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão (Provérbios 17.17).

Escasseiam os exemplos nobres da verdadeira amizade. Nem todas as pessoas que desfrutam da nossa intimidade são nossos amigos verdadeiros. A Bíblia fala de Jonadabe, jovem que frequentava a casa dos filhos do rei Davi e deu um conselho desastroso a Amnom, culminando em grandes tragédias para a família do rei. Há amigos nocivos que são agentes de morte, e não embaixadores da vida. Há amigos utilitaristas que só se aproximam de você para conseguir algum proveito pessoal. Há amigos de boteco que apenas alugam seus ouvidos para conversas tolas e indecorosas. O verdadeiro amigo é aquele que está ao lado na hora mais escura da sua vida. É aquele que chega quando todos já foram embora. O amigo ama sempre e na desventura se torna um irmão. Uma das declarações mais lindas de amor que encontramos na Bíblia é a de Rute para Noemi, ou seja, de uma nora para sua sogra, sendo esta viúva, estrangeira, pobre, idosa e sem condição de oferecer nenhuma retribuição. Jesus é o nosso exemplo mais excelente acerca da verdadeira amizade. Ele já não nos chama servos, mas nos trata como amigos. Ele não apenas nos falou sobre sua amizade, mas nos demonstrou seu amor, dando sua vida por nós.

GESTÃO E CARREIRA

OS QUATRO MAIORES MITOS SOBRE COMPUTAÇÃO EM NUVEM NA ATUALIDADE

Muitas empresas se deparam com a necessidade de expandir seu parque de TI, mas esbarram na limitação do data center, que só é escalável até certo ponto.

É nesse cenário que tem se tornado uma tendência global que companhias dos mais variados setores rodem suas aplicações na nuvem.

De acordo com pesquisas da Gartner, somente os investimentos globais com serviços de nuvem pública devem aumentar 18% em 2021 e atingir US$ 304,9 bilhões. A estimativa é que a computação em nuvem deve representar 14,2% do mercado de tecnologia da informação até 2024.

A tecnologia em nuvem vem sendo aderida por empresas devido à sua solução que possibilita o uso de recursos da computação por meio da internet, excluindo a necessidade de que sejam instalado aplicativos em dispositivos para usufruir de serviços online. Mas ainda é cercada por diversas dúvidas das companhias, e até dos profissionais de T.I…

“Apesar de ser um tipo de investimento já bastante difundido entre as empresas, a tecnologia em nuvem ainda é um ponto de dúvida e principalmente de muitos mitos, que podem até gerar prejuízos, como por exemplo pontos voltados para custos e segurança”, pontua Diogo Santos, CTO da Claranet Technology S/A. Pensando nisso, o executivo separou alguns dos principais mitos envolvendo a tecnologia em nuvem. Confira!

1. – INVESTIR EM NUVEM NÃO É TÃO BARATO

MITO. A estrutura da nuvem é extremamente flexível e permite que a empresa pague apenas pela capacidade utilizada, o chamado pay as you go. Isso ajuda companhias com mudanças drásticas no volume de tráfego devido a sazonalidade de campanhas a otimizar os custos com nuvem.

Um e-commerce durante o período de Natal, por exemplo, vai precisar de mais espaço na nuvem para coletar e armazenar os dados de compra de seus clientes. Passado este período de pico, a empresa volta a usar e pagar apenas pela estrutura menor de tráfego de que precisa, pois a estrutura de cloud é bastante escalável.

2. – O AMBIENTE DA NUVEM NÃO É SEGURO

MITO. O ambiente da nuvem é muito mais seguro que o de servidores tradicionais em data centers. Isso porque a nuvem está baseada em redundância, o que significa que o mesmo dado fica registrado em ambientes distintos para evitar falhas e perdas, o que é conhecido como “disaster recovery”.

Além disso, os provedores de nuvem (como Amazon, Google e Microsoft) usam criptografia avançada e firewalls para identificar possíveis invasores e preservar todos os dados hospedados no ambiente. Esses provedores ainda contam com os profissionais mais qualificados para garantir a segurança da nuvem.

3. – OS PROVEDORES DE NUVEM VASCULHAM OS DADOS

MITO. Ainda existe um mal entendido muito grande sobre esta questão, e é comum que as empresas imaginem que o provedor de nuvem tenha acesso a seus dados, o que na verdade não acontece.

Players reconhecidos em todo o mundo por seu profissionalismo, como Google, Amazon e Microsoft tem uma longa atuação no mercado e oferecem um serviço exclusivamente de segurança na nuvem, ao invés de “investigar” ou até vasculham os dados de seus clientes. Ainda assim, a prática do mercado é que as empresas contratantes e os respectivos provedores assinem contratos de confidencialidade.

4. – A SEGURANÇA DA NUVEM É RESPONSABILIDADE DO PROVEDOR

MITO. Para entender de quem é a incumbência por garantir a segurança da nuvem, é essencial ter em mente que o mercado trabalha com o modelo de “Responsabilidade Compartilhada”. Isso equivale a dizer que segurança e conformidade são atribuições compartilhadas entre o provedor e o cliente, que roda suas aplicações na nuvem.

Segundo esse modelo, o provedor é responsável por proteger a infraestrutura que executa todos os serviços oferecidos na nuvem. Essa infraestrutura é composta por hardware, software, redes e instalações que executam os serviços da provedora.

Por sua vez, o cliente tem a responsabilidade determinada pelos serviços de nuvem que ele mesmo selecionou. Isso inclui a quantidade de operações de configuração que ele deverá executar como parte de suas responsabilidades de segurança.

“É importante ter um parceiro para sustentação do seu ambiente em nuvem para que sejam seguidas as melhores práticas de compliance, além de gerir de forma inteligente e segura todas as soluções fornecidas”, finaliza o executivo.

FONTE E OUTRAS INFORMAÇÕES: https://br.claranet.com/.

EU ACHO …

SEGUNDO TEMPO

Ela vinha se sentindo cansada e cansada. A falta de ânimo era constante até para o que mais gostava. Achou que era depressão e, de médico em médico, ouvia diagnósticos parecidos, algumas vitaminas e menos trabalho. “É natural na sua idade”, diziam. Se aquietou por algum tempo, mas sua personalidade não a deixaria se conformar. “Natural na minha idade? Que idade é essa, afinal, que nos faz querer ficar deitada sem fazer nada? Isso não é idade de vida, é idade de morte.” Voltou a procurar os médicos, voltou a ouvir a mesma resposta, voltou a imaginar uma saída.

A questão é que se seu corpo dizia uma coisa, a cabeça e a alma diziam outra. A falta de concentração para seu trabalho mental vinha acompanhada de planos de crescimento profissional. A exaustão que a fazia dormir 12 horas tirava o tempo para execução de sonhos que permaneciam, mesmo assim, em combustão constante só aguardando a força física para entrar em operação. Não era possível desejar fazer tanto e poder fazer tão pouco. A vida ainda pulsava dentro dela. Faltava algo, isso estava claro, A questão era: o quê? E com a ideia fixa na descoberta para o que era o “natural para a mulher na sua idade” refletiu que seus médicos, todos homens, podiam ter estudado, mas não conheciam, por experiência, o que era exatamente ser uma “mulher naquela idade”.

Resolveu, então, ligar para mulheres na tal idade. A cada ligação, um véu era retirado. Ouvia de mulheres conscientes da luta para não se deixar conformar com o tal diagnóstico. Na primeira conversa, ouviu de cara, pela primeira vez que poderia estar entrando no climatério – período em que a mulher passa da fase reprodutiva para menopausa – e a palavra lhe deu um calafrio. Todas as ligações a levaram a constatação do difícil, único e solitário caminho para a menopausa vivido pelo sexo feminino.

Ouviu durante dias experiências diferentes, mas com denominadores comuns: cansaço, dificuldade de concentração, tristeza, falta de informação e vergonha de se expor ao parceiro, tanto em mulheres no auge de suas carreiras profissionais com vidas ativas e cheias de sonhos como em mulheres com uma vida mais tranquila. Além das conversas fundamentais com suas iguais, foi ler sobre o assunto. Procurou uma médica mulher para poder abrir o coração e falar sobre suas incertezas e também certezas. Encontrou amparo e informação nos novos estudos sobre o tema, hormônios, vitaminas, exercícios, livros. Entendeu que a ciência trabalhou a favor das mulheres nos últimos 50 anos e que hoje teria opções para reconstruir seu caminho de volta à vitalidade física.

Há um mês, tem colocado em prática seu plano e essa semana, aos 51, concluiu a primeira etapa com louvor. Como tem mania de fazer promessas, cumpre aqui a primeira: falar sobre a menopausa abertamente para normatizar o assunto, criar pontes de conhecimento para mulheres dessa e das próximas gerações se sentirem seguras quando seu momento chegar e acabar com a ideia de que a menopausa é o começo do fim. Na verdade, pode ser considerado o primeiro minuto do segundo tempo. Momento em que jogos são virados e vencidos usando a experiência do primeiro tempo, aliada ao vigor pulsante do meio do jogo.

*** ALICE FERRAZ – é especialista em Marketing de Influência e escritora. Autora de “Moda à Brasileira”.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

DA EMOÇÃO À AGRESSÃO

A manifestação de raiva infantil é considerada normal e é expressa por intermédio da agressividade. O problema é quando ocorre a perda da inocência da criança em função de consequências desse comportamento

A raiva é um sentimento que faz parte da natureza humana e a agressividade é um comportamento emocional. A agressividade seria a manifestação da raiva. A agressividade é algo inerente ao ser humano, vem dos instintos básicos, sendo necessária para a sobrevivência do ser humano.

A manifestação da raiva é normal na infância e deve ser vivida pela criança, sendo que essa sente raiva e a expressa através de ataques de agressividade, como choros compulsivos, reações de negação aos limites impostos, birras, teimosia, agressão física e verbal. A raiva é um sentimento de protesto, insegurança ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. Segundo James Holis, “a raiva é uma legítima reação da alma ao seu ferimento”.

O papel dos pais é ensinar os filhos a lidarem com a raiva e com a agressividade, reconhecendo as emoções deles e assim orientando-os a transformar a raiva, o medo e a ira em algo produtivo e criativo e não em agressão ou violência. O conceito de agressividade, do latim ad (para frente) mais gradior (movimento), significa “movimento para frente”. O que caracteriza a palavra é a ação humana que pode ser usada para algo construtivo ou destrutivo.

Os pais devem estar atentos aos seus próprios comportamentos agressivos, pois as crianças aprendem a partir das referências familiares e repetem o modelo aprendido na escola, nos relacionamentos e na vida. O comportamento agressivo pode se manifestar como reflexo de um ambiente familiar deficiente, conturbado e ameaçador. A família é o referencial da criança e do adolescente. Se a criança nasce num ambiente em condições satisfatórias, saberá usar a agressividade de forma dosada e equilibrada para a sua defesa e sobrevivência.

Portanto, a saúde emocional da criança é consequência das vivências afetivas e estabelecidas no ambiente familiar e de como são atendidas suas necessidades básicas no decorrer da vida. Por meio dos laços familiares os indivíduos aprendem a viver em grupo. Portanto, a família desempenha papel fundamental no âmbito social e é responsável pela transmissão dos costumes e dos valores humanos.

Valores humanos são valores perenes e universais que enfatizam o amor, a verdade, a ação correta, a paz e a não violência. Cada um deles desdobra-se em valores relativos como a tolerância, o respeito às diferenças, a compaixão, a responsabilidade, a honestidade, a generosidade, a paciência, a igualdade, o autocontrole, a amizade e a simpatia, entre outros.

É de suma importância que haja uma conscientização da importância do resgate dos valores humanos pelos pais, para que possam ser transmitidos para seus filhos, a fim de proporcionar-lhes uma vida futura baseada na essência do bem, do amor e da alma. Esses valores também devem ser resgatados na escola, no contexto educacional, onde professores, através da missão de ensinar, têm a capacidade de transmitir aos seus alunos a necessidade de se vivenciar os valores na escola, nos relacionamentos com os amigos e com os pais e na relação com o mundo.

É fundamental que os pais ensinem a importância do limite, do respeito a si e ao outro, da responsabilidade e do conhecimento dos direitos e deveres. O limite estabelece o que é permitido e o que é proibido. O desenvolvimento emocional saudável da criança requer o estabelecimento de limites para que o jovem possa se integrar na sociedade de forma adequada. A falta de limites, muitas vezes, é sentida pela criança como desinteresse, falta de proteção e de amor. As crianças e os adolescentes aceitam a autoridade e a colocação de limites, desde que o estabelecimento de regras seja feito com clareza e coerência. Quando há uma relação de confiança e afeto entre eles e a figura de autoridade.

Se os pais falham nessa função, seus filhos tendem a não lidar com as frustrações e não respeitarem as outras pessoas e a se tornarem adolescentes e adultos. incapazes de regular seus impulsos destrutivos, tornando-se indivíduos intolerantes, agressivos, imediatistas, imaturos e impacientes.

O diálogo do “sentir” é fundamental para a promoção de uma boa educação e um bom vínculo entre filhos e pais. Esse diálogo promove a conexão com as emoções e a leitura daquilo sentido pelos filhos e pelos pais. Os filhos precisam respeitar seus pais. Respeito e confiança são fundamentais na construção de uma boa educação.

Os pais devem ter cuidado no excesso de cobrança, pois as crianças podem desencadear sentimento de impotência ao realizar as diversas tarefas e funções exigidas pelos pais. Caso tenham dificuldades, podem se tornar agressivas devido ao medo do erro.

A expressão de afeto e carinho ajuda as crianças a desenvolverem uma boa autoestima, sentindo-se confiantes e seguras na vida. Pais que não expressam os sentimentos, geralmente, têm dificuldades em lidar com as próprias emoções. Quando há pouca afetividade na relação familiar e quando os pais agem de forma extremamente racional e lógica, acabam criando uma relação sem troca afetiva, sem entrega e sem diálogo. Com isso, as crianças e os adolescentes reprimem suas emoções e vivências, tendo dificuldades em lidar com elas de forma saudável.

A raiva, quando reprimida e não transformada, pode se tornar sombria, com conteúdos sombrios que ficam parcialmente inconscientes, podendo eclodir de forma exacerbada, se manifestando através de comportamentos agressivos e destrutivos, como atos de violência contra si mesmo ou contra o outro.

SOMBRA

Na Psicologia Analítica é fundamental entrar em contato com a sombra, tomando consciência de tudo o que se considera ruim e não aceitável em nós mesmos, ou seja, a parte obscura da psique. A partir da consciência desses aspectos sombrios podem-se retirar as projeções no outro.

A agressão contra si mesmo pode se manifestar através da depressão, de pensamentos e atitudes destrutivas, de vícios e até levar ao suicídio. A agressão direcionada ao outro pode se manifestar na agressão física e verbal, na transgressão das leis e regras e na criminalidade.

Crianças nascidas num ambiente hostil, frio, indiferente e rígido tenderão a desenvolver a agressividade, muitas vezes destrutiva. Sendo assim, em quase todas as manifestações de patologias infantis se encontram a agressividade destrutiva e a violência. Uma criança marcada por traumas emocionais sérios poderá desenvolver uma agressividade destrutiva e violenta.

Crianças vítimas de violência física e psicológica, negligência, falta de atenção, rejeição, abandono, abusos, maus-tratos e humilhação tendem a ser agressivas. Há um acúmulo grande de tensão, de ansiedade, de angústia e de estresse, que, em algum momento, inevitavelmente será descarregado e a criança agredirá o mundo e as pessoas, transformando a agressão em patologia.

É lamentável que um dos maiores índices de agressão física e psicológica ocorra no cerne das famílias. A falta de afeto, de respeito, de amor, de compaixão traz sentimentos profundos de abandono, desamparo e rejeição. Toda criança quando nasce deveria vir ao mundo com a certeza de ser feliz, ser amada e amar a si e ao próximo. Precisa ser acolhida e protegida para que mais tarde possa caminhar na sua estrada com segurança, confiança e respeito, em busca dos seus sonhos e ideais. Mas algumas vezes esse script de vida feliz não ocorre, e o caminho passa a ter obstáculos que a desviam do bem.

Onde se perdeu o olhar ingênuo de algumas crianças? Onde estão os sonhos não vividos e a esperança perdida? É assim que algumas crianças se sentem e se expressam no mundo.

“Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo.” (Leonardo Da Vinci)

O olhar sem vida, sem alma, sem emoção! Onde estão o amor, a alegria, o respeito pelo próximo e o amor próprio? Através do olhar das crianças, podemos constatar a sua alegria, tristeza, medo e raiva. Seus olhos podem espelhar a dor da alma e da descrença do mundo num futuro melhor.

CONTEXTO

No contexto social, é comum falar-se em violência. A agressividade é um fator preocupante, sua dimensão parece não ter fim. Na agressividade desorientada há a ignorância às leis e a falta de uma consciência ética e moral. A violência seria o polo destrutivo da agressividade humana. A violência vem, dia a dia, invadindo as nossas vidas. São assaltos, assassinatos, sequestros, balas perdidas, crianças que roubam e matam, abandonos, estupros, desemprego, drogas, tráfico, corrupção, descaso com a educação e com a saúde, mães que abandonam seus filhos, pais ausentes. A falta de cidadania, o desrespeito, a fome, a miséria e a indignidade estão por toda parte.

Na nossa sociedade, onde a competitividade, o poder, o preconceito, a desigualdade e a necessidade de acúmulos de bens estão presentes, esses fatores acabam sendo estímulos para a agressão, desencadeando comportamentos agressivos relacionados à inveja, à raiva, ao ódio, ao medo e à frustração. Vivemos em uma sociedade orientada pela visão materialista de mundo e de homem, onde os valores correspondentes adotados são o “ter” no lugar do “ser”. O que é valorizado é a posse de bens de consumo, o sucesso econômico, o poder e o status social. A violência como consequência da desigualdade social, do preconceito e da miséria.

Numa sociedade ameaçadora e angustiante, as crianças e os adolescentes podem se tornar agressivos e violentos devido ao desespero, ao descuido, ao abandono e à descrença. Muitas crianças e jovens se sentem desamparadas pela família e pela sociedade.

Segundo Irene Fonseca, “muitas crianças e adolescentes fogem da tortura física e emocional e mergulham na tortura da alma, em uma vida sem dignidade, uma página sem história, vivendo em prol da delinquência”.

Algumas crianças e adolescentes infratores são vítimas da violência no próprio lar, do abandono, da falta de escola, educação e de lazer. Desamparados, se entregam às tentações do álcool e das drogas. Iniciam-se, assim, na criminalidade, praticando pequenas infrações. O perfil desses adolescentes quase sempre envolve a vida nas ruas, falta de estrutura familiar, miséria, drogas. O indivíduo com um mundo interno conturbado e conflitante tende a projetar as suas angústias através da agressividade no outro e no mundo externo. Esse mundo externo passa a ser visto como hostil e o indivíduo sente-se perseguido e ameaçado, reagindo com muita agressividade.

Na visão de Lisboa, A. M.J., a violência é uma doença psicossocial. Não é causa, e sim, na maioria das vezes, consequência da ação de indivíduos portadores de sérios distúrbios comportamentais, derivados, principalmente, de transtornos afetivos graves com suas raízes na primeira infância. A semente da violência é implantada na criança em seus primeiros anos de vida. Lisboa acredita na priorização das ações preventivas sobre as corretivas. A prevenção dos distúrbios de conduta que levam à violência é atribuição da família, dos educadores, dos pediatras, dos psicólogos, dos assistentes sociais e da sociedade como um todo.

TRANSFORMAÇÃO

Partindo dessa reflexão, nos deparamos com a necessidade emergente de uma transformação social, cultural e educacional. A família, a educação, a sociedade e a política precisam se unir para que essas crianças e adolescentes possam aprender a lidar com o sentimento da raiva de maneira construtiva, sendo orientados, cuidados e afastados da agressão e da violência.

É necessária uma mudança de atitudes em relação à questão da infância que nos remete a um mundo complexo que interage fatores psicológicos, ambientais, sociais e políticos.

Toda criança merece ser amada, respeitada e protegida. Merece ser orientada pelos pais, pela escola e protegida pela sociedade.

Infelizmente, algumas crianças e adolescentes se perdem do caminho do bem; desorientados, falham e cometem pequenos ou grandes delitos. Vivemos em tempos em que não há como negar as consequências de uma desordem social, da falta de uma estrutura de apoio necessária. A violência que assola o país é o sintoma de um sistema político ineficiente e incapaz de regular, orientar e cuidar das questões psicológicas, sociais e educacionais da infância e da adolescência.

Abandoná-las? Puni-las? Ou educá-las? Cabe à família, à sociedade e aos políticos refletirem sobre as diretrizes eficientes a serem tomadas. Prevenir a violência é uma questão de cidadania, que começa com o respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes.

BATER NOS FILHOS

Em pleno século XXI, a prática de bater nos filhos ainda é mais frequente do que se pode imaginar. Isso ocorre mesmo se sabendo que o hábito comprovadamente aumenta a agressividade e prejudica a saúde da criança a longo prazo. Uma pesquisa recente desenvolvida pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, concluiu que quase 30% dos bebês com até 15 meses apanharam dos pais no mês anterior ao estudo. Os cientistas acompanharam quase 3 mil famílias, que participavam de um trabalho sobre nascimentos em áreas urbanas e estavam ligadas ao serviço de proteção à criança. Para os idealizadores do estudo, as consultas no pós-parto e as visitas aos bebês foram a chance para médicos conscientizarem os pais sobre os malefícios de agredir os filhos. Mais uma pesquisa, esta elaborada pela Southern Methodist University, surpreendeu até mesmo o autor do trabalho, o professor de Psicologia George Holden. Ele conduzia um estudo a respeito de pais que gritam com os filhos e, a partir disso, descobriu que, além de berrar, os pais batem nas crianças com frequência. Holden distribuiu gravadores para 37 famílias de classes sociais diferentes. A análise de 36 horas de áudio gravadas em seis dias de cada família totalizou nada menos do que 41 agressões.

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