OUTROS OLHARES

FORA DA ORDEM

Mulheres que contraíram covid-19 relatam menopausa repentina e TPM amplificada; Especialistas afirmam que quadro tende a ser transitório

A administradora Paula Domenico testou positivo para Covid-19 em julho passado, aos 46 anos. Perdeu olfato, paladar, teve um pouco de febre, dor de cabeça e saiu do quadro sem maiores danos. Logo depois, estranhou a queda de cabelo acentuada, a pausa na menstruação e passou a sofrer com uma forte onda de calores. Mostrou os exames de sangue à endocrinologista lsabela Bussade, que levou um susto: os níveis de alguns hormônios estavam compatíveis com uma menopausa aguda. “Essa paciente tinha um exame de três meses antes com tudo normal”, compara a médica. Um efeito do vírus na saúde reprodutiva da mulher?

Os estudos são recentes e há cautela em afirmações contundentes, mas nos consultórios, ginecologistas e endocrinologistas vêm observando casos como o de Paula e ainda outros com alterações entre encurtamento do ciclo menstrual, aumento no volume do sangramento e piora em sintomas típicos do climatério e da TPM.

Há explicação para os sinais que têm deixado um grupo de mulheres à beira de um ataque de nervos no pós-Covid. lsabela Bussade esclarece que, por se tratar de uma doença inflamatória sistêmica, ela acomete diversas glândulas, como a hipófise, a tireoide e o ovário, podendo mexer, portanto, na secreção hormonal feminina. A menopausa seria consequência. “Até o momento, estudos clínicos publicados revelam que esse quadro tende a ser transitório. Importante ressaltar que não há indicação de uso de hormônios nessa fase. É preciso tratar os sintomas, como insônia, alteração do humor, queda capilar”, elucida a endocrinologista. Mês passado, Paula repetiu o exame de sangue e tudo voltou aos números de antes: “Eu só queria que aqueles calores cessassem e não ficar careca. Passou”.

Para a designer Roberta Fontes, de 32 anos, foi difícil lidar com uma TPM amplificada logo após contrair o vírus, em setembro. Ela sempre sofreu com o período pré-menstrual, mas desconfiou que tinha algo errado: “Foi um pouco antes da primeira menstruação que tive após a doença. Achei que estava com depressão, mas quando veio, aliviou. No mês seguinte, de novo. Comentei com a minha médica, seguimos observando e melhorou. Retornou à TPM que sempre foi”.

Desde que as pacientes voltaram a marcar consultas de rotina, a ginecologista e obstetra Aparecida Monteiro recebe relatos sobre desajustes em ciclos menstruais e humores pós-Covid. E nota não haver um padrão de idade entre elas. “Tem uma adolescente de 16 anos que, por 60 dias, ficou com sangramentos irregulares, por exemplo. E uma de 47 que voltou a sentir fortes enxaquecas na TPM”, conta.

Já as alterações hormonais aconteceram em mulheres a partir dos 40 anos, de forma transitória, como indicam as pesquisas.

“Vi uma curva grande de flutuação desses hormônios sexuais nessa faixa etária, que se estabilizam em cerca de 90 dias”, completa.

Presidente da Associação Brasileira do Climatério (Sobrac), o ginecologista Rogério Bonassi afirma não existir comprovações que relacionem

climatério e menopausa com a Covid-19. “O que estudos mais bem delineados mostram é que o estrogênio tem efeito protetor. Mulheres em idade fértil, com bons níveis de hormônios estrogênio, teriam menor probabilidade de hospitalização do que as que estão na menopausa”, esclarece.

Unanimidade entre os especialistas é o olhar mais abrangente que se deve lançar sobre o cenário da pandemia. O psiquiatra e professor, considerado um dos pesquisadores mais influentes do mundo, explica que o estresse deixa o cortisol desequilibrado, podendo interferir na TPM e na interrupção da menstruação: “A pandemia alterou o ritmo social e biológico. Ficou tudo muito desregulado e essa mudança impacta a saúde física e mental”.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 10 DE MARÇO

VAI TUDO BEM?

… corre ao seu encontro e dize-lhe: Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? Ela respondeu: Tudo bem (2Reis 4.26).

A mulher sunamita era casada e rica, mas não tinha filhos. Era hospitaleira e cuidava de Eliseu, o profeta de Deus, mas não podia carregar no colo o fruto de seu ventre. Um dia, Eliseu profetizou que ela seria mãe. E, de fato, isso aconteceu. A alegria iluminou aquele lar e a esperança brotou como o sol no horizonte daquela família. Quando o menino já estava grande a ponto de poder acompanhar o pai ao campo, fez sua primeira aventura, para alegria da mãe e orgulho do pai. É nesse momento de celebração  que uma tragédia acontece. O  menino sente-se mal. Levam-no rapidamente para casa, onde a criança expira nos braços da mãe. A sunamita manda preparar o seu animal e sai às pressas à procura de Eliseu. Quando se aproxima, o profeta vê sua angústia e pergunta: “Está tudo bem contigo? Com teu marido? Com o menino?” A mulher responde: “Tudo bem!” Na verdade, sua alma está vestida de luto, e seu coração, em pedaços. Eliseu ordena que Geazi corra e coloque o seu bordão sobre o rosto do menino morto. Mas a mulher insiste para que o próprio Eliseu siga com ela. O bordão na mão de Geazi não desperta o menino da morte. Eliseu, porém, se debruça sobre o menino: mão na mão, olho no olho, boca na boca, até que a carne do menino se aquece. Eliseu não se contenta. Levanta-se e, em agonia da alma, clama pela intervenção sobrenatural de Deus. Novamente, debruça-se sobre o menino até que ele espirra sete vezes e ressuscita.

GESTÃO E CARREIRA

OS ERROS PERSISTENTES DAS DEMISSÕES

Três décadas atrás, demitir era algo quase inexistente nas empresas do Brasil. Eram raríssimos os casos de demissão por desempenho ou por incompatibilidade de perfil. Da mesma forma, as mudanças nas atividades de um cargo eram quase nulas. E, quando alguém ficava “obsoleto”, criava-se uma função de assessoria que justificasse a permanência do funcionário de muito tempo na empresa.

Quando fomos expostos à globalização, nossa gestão estava despreparada para todas as mudanças que se impuseram à função dos gestores. Além disso, os profissionais passaram a ser cobrados por tomadas de decisão mais rápidas, mais autonomia e atuações inéditas na gestão de pessoas, como selecionar por competências, melhorar avaliações, pensarem novas formas de retenção.

Também como consequência daquele momento, o tema demissão passou a estar na vida de todos – os que decidiam sobre quem seria demitido e os que sairiam da empresa. Assim, tivemos de aprender a demitir. Foi difícil, doloroso, e houve muita incompetência. Como tudo que se faz pela primeira vez, cometem-se inadequações, erros e, pior, desrespeito com o semelhante.

Surgiram ainda os aproveitadores, que tentaram – e continuam tentando – conquistar vantagens nesse momento doloroso. Desde tirar dinheiro de quem foi demitido, prometendo o sonho de um emprego, até construir planos de demissão que só consideram os custos, e não as pessoas. Esses pagaram caro, pois criaram problemas com todos os públicos dessas empresas: os funcionários passaram a desacreditar de seus contratadores, os sindicatos ficaram mais aguerridos contra essas companhias e pessoas convidadas a participar de processos de seleção rejeitaram o convite.

Grande confusão ainda se faz entre metodologias e instrumentos utilizados para realizar demissões que, no fundo, têm o intuito de proteger os que seriam os culpados pelas consequências de processos mal conduzidos. Não há erro pior do que tomar decisões de encerramento de atividades, reduções de quadro e mudanças de processos que afetam pessoas com base apenas em fatos passados.

Precisei apoiar diretamente processos de desligamento durante 18 anos, e posso afirmar que todos foram diferentes e exigiram ações específicas. O cenário, as necessidades, os vínculos com a organização, o mercado de trabalho: tudo se transforma. E, por ser este um momento tão delicado, é preciso considerar essa atividade uma especialidade que deve ser conduzida só por quem tem realmente um legítimo interesse no ser humano.

Não é de espantar que instrumentos como os planos de demissão voluntária (PDVs) já não tenham adesão atualmente como no passado. Qual seria hoje o atrativo para alguém deixar uma organização? Será que a pessoa se move só pelo pacote em dinheiro (e, diga-se de passagem, cada vez menor), ou será que está em busca de um ambiente de trabalho que comporte as novas demandas do mercado?

Há quem possa dizer que eu estou sendo poética. Afinal, o que tem a empresa de responsabilidade sobre o futuro ex-colaborador. No meu ponto de vista, tudo. É isso que eu chamo de responsabilidade social praticada na íntegra. Sem essa consciência, continuaremos um país hipócrita, em que as companhias fazem um discurso de responsabilidade social para fora, mas não praticam para a comunidade interna esses mesmos valores no momento mais crítico da vida de seus funcionários.

*** VICKY BLOCH – psicóloga, socia da Vicky Bloch associados e professora nos cursos de especialização e de RH da FGV-SP e da FIA.

EU ACHO …

PERDER A VIAGEM

Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, aí pega um ônibus lotado, vai para um consultório médico que fica no outro lado da cidade, gasta seus trocados, seu tempo e seu humor e, ao chegar, esbaforido e atrasado, descobre que sua hora, na verdade, está marcada para a semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem.

Todo mundo já passou por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não entenderam o que estão fazendo aqui.

Estão perdendo a viagem aqueles que não se comprometem com nada: nem com um ofício, nem com um relacionamento, nem com as próprias opiniões. Estão sempre flanando, flutuando, pousando em sentimento nenhum, brigando por idéia  nenhuma, jamais se responsabilizando pelo que fazem, pois nada fazem. Respirar já é para eles tarefa árdua e suficiente. E os dias passam, e eles passam, e nada fica registrado, nada que valha a pena lembrar.

Estão perdendo a viagem aqueles que, em vez de tratarem de viver, ficam patrulhando a existência alheia, decretando o que é certo e errado para os outros, não tolerando formas de vida que não sejam padronizadas, gastando suas bocas com fofocas e seus olhos, com voyeurismo, sem dedicar o mesmo empenho e tempo para si mesmos.

Estão perdendo a viagem aqueles preguiçosos que levam semanas até dar um telefonema, que levam meses até concluir a leitura de um livro, que levam anos até decidir procurar um amigo. Pessoas que acham tudo cansativo, que acreditam que tudo pode esperar, que todos lhe perdoarão a ausência e o descaso.

Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um  caminho. Aqueles para quem a televisão pode tranquilamente substituir as emoções.

Estão perdendo a viagem todos aqueles que se entregam de mão beijada às garras afiadas do tédio.

*** MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

NO PÓS-COVID, O DIFÍCIL RETORNO À ATIVIDADE FÍSICA

Estudos indicam danos em fibras nervosas envolvidas nas funções de órgãos e vasos sanguíneos como uma das sequelas da doença longa. Ainda não há consenso sobre como lidar com o mal-estar causado pelo esforço

Natalie Holfabaugh demorou 18 meses para se recuperar de uma Covid-19 diagnosticada em março de 2020. Apesar da fadiga, falta de ar, dores de cabeça e dores nas articulações, um cardiologista um pneumologista descartaram outros problemas de saúde e sugeriram que alguns do sintomas poderiam estar relacionados ao sedentarismo da paciente. Ela então começo a pedalar uma bicicleta ergométrica, caminhar em um esteira e passear com seus cachorros vários quilômetros todos os dias. Mas, em vez de ajudar, o novo regime de atividades físicas apenas exacerbou seus sintomas.

“Nunca me senti pior”, disse Holfabaugh, uma advogada americana de 31 anos. Moradora do Oregon, Holfabaugh conta que estava sempre tão cansada que não conseguia se concentrar e precisava tirar algumas sonecas ao longo do dia. Sua frequência cardíaca também disparava mesmo quando estava em repouso. Ela é uma das muitas pessoas que sofrem da Covid longa, uma condição caracterizada por sintomas novos ou persistentes que podem ser sentidos por meses após a Infecção por coronavírus, incluindo a dificuldade de retornar as práticas esportivas.

MAL-ESTAR PÓS-ESFORÇO

Natalie Lambert, bioestatística e cientista de dados de saúde da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, coletou dados autorrelatados de mais de um milhão de pacientes de Covid por meio de uma colaboração com o Survivor Corps, um grupo de apoio do Facebook para sobreviventes do coronavírus. Segundo ela, os pacientes frequentemente relatam que seus médicos os aconselharam a se exercitar, mas muitos afirmam que, quando o fazem, se sentem pior depois.

“A pesquisa que fiz mostrou que a incapacidade de se exercitar é um dos sintomas mais comuns da Covid longa”, disse Lambert, segundo a qual, algumas pessoas estão simplesmente cansadas demais para se exercitar, enquanto outras experimentam recaídas de sintomas debilitantes, como o aumento da fadiga, confusão mental ou dores musculares.

Esse agravamento dos sintomas após praticar apenas um pouco de atividade física – o que às vezes é chamado de “mal-estar pós-esforço” – parece ser comum entre pacientes de Covid longa. Quando os pesquisadores realizaram uma pesquisa online com 3.762 pessoas com Covid longa, como parte de um estudo publicado em agosto, descobriram que 89% relataram mal-estar pós-esforço.

Esses problemas induzidos pelo exercício físico não são, no entanto, apenas consequência de estar fora de forma. Os efeitos “são muito, muito diferentes do sedentarismo normal e simples”, disse David Systrom, médico pulmonar  e de cuidados intensivos do Brigham and Women’s Hospital, em Boston. Eles também não parecem ser resultado de lesão pulmonar ou cardíaca.

“Em um pequeno estudo publicado em janeiro, por exemplo, Systrom e seus colegas compararam 10 pacientes de Covid longa que tiveram problemas para se exercitar com 10 pessoas que nunca haviam testado positivo para Covld-19, mas que apresentavam falta de ar inexplicável após o exercício. Os pesquisadores descobriram que ninguém no estudo tinha tomografia computadorizada de tórax anormal, anemia ou problemas com a função pulmonar ou cardíaca, sugerindo que a lesão de órgão não era a culpada por seus sintomas.

No entanto, quando os pacientes de Covid longa se exercitavam, Systrom descobriu que algumas veias e artérias não estavam funcionando corretamente impedindo que o oxigênio fosse entregue com eficiência aos músculos. Ninguém sabe por que esses problemas nos vasos sanguíneos ocorrem, disse Systrom, mas outro de seus estudos recentes sugeriu que, pacientes com Covid longa sofrem danos em um certo tipo de fibra nervosa envolvida no funcionamento dos órgãos e vasos sanguíneos.

Outras pesquisas sobre intolerância ao exercício implicam problemas com a forma como a frequência cardíaca responde a atividade. Estudo publicado em novembro, com 29 mulheres que haviam testado positivo três meses antes em Indiana, mostrou que quando elas foram submetidas a um teste de caminhada, seus batimentos cardíacos não aceleraram tanto – ou se recuperaram tão rapidamente – quanto os de 16 mulheres semelhantes que não tiveram a doença.

“Há algo acontecendo que está interferindo nessa resposta normal – disse Stephen Carter, autor do estudo e fisiologista do exercício na Escola de Saúde Pública Bloomington da Universidade de Indiana.

Lambert destacou que alguns pacientes com Covid longa também são diagnosticados com síndrome da taquicardia postural ortostática (ou Spot), um distúrbio que afeta o fluxo sanguíneo. Em pessoas que têm Spot, o sistema nervoso não consegue regular as coisas que deveria controlar automaticamente, como frequência cardíaca, pressão arterial, sudorese é temperatura corporal”, disse ela. Mas ”essas são todas as coisas que, quando você está se exercitando, precisam ser reguladas adequadamente”.

Alguns médicos também apontam para paralelos entre pacientes com Covid longa e aqueles com síndrome da fadiga crônica (também conhecida como encefalomieIite miálgica, ou SFC/EM) que apresentam fadiga severa, problemas de memória e cognitivos e, muitas vezes, dores musculares ou articulares. Durante décadas, os médicos aconselharam os pacientes com síndrome da fadiga crônica que o exercício físico melhoraria seus sintomas, mas para muitos deles a prática realmente piorou o quadro e agora não é mais recomendada.

EXERCITAR OU NÃO

Tudo isso leva a una pergunta: os pacientes com Covid que estão tendo problemas para se exercitar devem continuar aumentando sua atividade física? Ninguém sabe – e as opiniões divergem.

“Você não pode simplesmente pular para o exercício, ou vai retroceder”, disse Lambert, argumentando, porém que, você deve “tentar incorporar a atividade física lentamente se estiver se sentindo melhor”,

Ainda segundo Lambert, a Covid longa pode se manifestar de maneiras diferentes, portanto, os médicos podem precisar adaptar suas recomendações às necessidades de cada paciente.

“Provavelmente nunca haverá uma recomendação única para o retorno às atividades físicas”, afirmou.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

ANDA ESQUECENDO TUDO? 8 DICAS PARA ACHAR AS COISAS

Perder as chaves ou o celular não significa que tem algo errado com você. Veja aqui ideias para ajudar a localizar objetos com mais facilidade

Sasha Bradford não tem tempo para perder coisas. É mãe, trabalha fora e tem muitos hobbies. Quando perde as chaves ou documentos, ou esquece a bolsa no restaurante, fica aborrecida. “É uma coisa que me afeta muito”, disse Sasha, que tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, o que a torna propensa a esquecer onde deixou as coisas.

Ela aprendeu a se adaptar, em parte anotando onde guardou objetos de valor e estabelecendo pequenas metas. Por exemplo, “toda vez que viajo, normalmente esqueço ou perco algo. Agora penso numa coisa que é realmente importante lembrar (para levar para casa) e me concentro nisso”.

Sua angústia provavelmente é familiar para qualquer pessoa que perca o celular uma dúzia de vezes por dia ou que não consiga encontrar o controle remoto da TV até dez minutos depois do início do melhor programa à noite. Esses lapsos podem ser acompanhados por um medo insistente: o que está acontecendo? Será que tem algo errado comigo? Provavelmente não, concordam os especialistas.

“Na maioria das vezes, perder coisas resulta de distração. É um colapso na interface de atenção com a memória. Ocorre quando estamos focados em algo diferente do objeto que vamos perder, seja o controle remoto, o celular ou os óculos”, explicou Daniel Sehacter, professor de psicologia e diretor do laboratório de memória Sehacter, da Universidade de Harvard. “Estamos pensando em outra coisa e nunca chegamos a codificar as informações na memória sobre onde colocamos o objeto, porque temos outras preocupações ocupando nossa atenção.”

É possível, no entanto, que esteja acontecendo algo mais sério. Perder itens pode ser um sinal de TDAH, transtorno caracterizado por traços como desatenção e impulsividade.

Algumas pessoas também temem que o esquecimento seja um prenúncio de Alzheimer. Nesses casos, só um exame médico pode tirar a dúvida.

Sehacter, autor de Os Sete Pecados da Memória: Como a Mente Esquece e Lembra, tentou se treinar para saber onde guarda os óculos de leitura e as chaves do carro, a ponto de só coloca-los em certos lugares e até perceber se algo está escapando dessa rotina. Às vezes, quando estamos no piloto automático e não nos concentramos no nosso entorno, até mesmo a melhor das intenções pode ser insuficiente.

Mas, na maioria das vezes, ele acha que as pessoas podem superar a tendência de perder as coisas. Aqui estão algumas recomendações dos especialistas para isso:

FALE O LUGAR EM VOZ ALTA

Quando você colocar algo em algum lugar, diga sua localização em voz alta. Às vezes, mal notamos onde colocamos, por exemplo, os óculos ou o iPad. Uma maneira de prestar mais atenção ao momento é verbalizar a localização, garantiu Mareen Dennis, professora -assistente de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Kentucky. “Você fala:

“Estou colocando meu mouse à direita do meu computador agora”. Dizer isso na sua cabeça ou em voz alta faz com que você concentre sua atenção no lugar onde o colocou.”

USE A CRIATIVIDADE

Invente uma musiquinha ou uma rima. Aproveite a chance para ser criativo. Você pode fazer uma rima rápida. Mareen sugeriu “Minhas chaves estão na porta e é isso que importa”. Ou escolha uma música cativante e crie uma paródia. “Algumas pessoas usam ‘Cabeça, ombro, joelho e pé’. Funciona muito bem.”

TIRE FOTOS

Você já saiu de uma loja e perambulou pelo estacionamento por dez minutos porque não conseguia encontrar o carro? Tire uma foto da vaga, sugeriu Susan Whitbourne, professora emérita de ciências psicológicas e cerebrais da Universidade de Massachusetts. O mesmo conselho se aplica a muitas coisas: fotografe todos os lugares onde você armazena objetos fáceis de perder e, quando não conseguir encontrá-los, olhe a foto.

ESCOLHA UMA COR

Faça seus objetos chamarem atenção. Mareen recomenda escolher uma “cor que seja sua marca”, que você adore, como roxo. Ponha as chaves em um chaveiro roxo e escolha uma capa de celular roxa, “para que, quando estiver procurando as coisas, esteja sempre procurando sua cor favorita”. Você também pode amarrar uma fita no controle da TV, para facilitar a localização.

INVISTA EM TECNOLOGIA

Existem muitos gadgets para localizar as coisas: você pode anexar um Apple Air Tag, por exemplo, a um produto que costuma perder e um aplicativo o guiará até ele, informou Stephanie Moulton Sarkis, psicoterapeuta de Tampa especializada em TDAH. Há também fobs que você pode botar na carteira ou bolsa e que tocarão como um telefone se você pressionar um botão em outro fob ou em um aplicativo.

ESTABELEÇA UMA ROTINA

Mareen treina seus pacientes com TDAH para fazer um “lar para tudo”. Você pode colocar um cesto perto da porta da frente para deixar as chaves e a carteira ao entrar em casa, ou designar uma gaveta como a gaveta da tesoura. Então, “pense nos espaços onde você vive, identifique os itens que precisam ser guardados e os devolva ao local de origem”.

MANTENHA A CALMA

Se estiver em uma situação em que perdeu algo, “respire fundo e dê ao seu cérebro um ou dois minutos”, aconselhou Gregory Jicha, diretor de ensaios clínicos do Centro de Envelhecimento Sanders-Brown da  Universidade de Kentucky. “Você vai encontrar o que procura, na maioria dos casos.”

SEJA GENTIL COM VOCÊ

É compreensível que se irrite com a tendência de perder as coisas. Mas, se continuar se martirizando, pode “virar uma profecia autorrealizável”, diz Susan. “Você começa a pensar que não consegue controlar sua memória, que tem algo errado com você, e isso gera mais ansiedade.” Quando seus pensamentos espiralam dessa maneira, é ainda menos provável que consiga se concentrar e encontrar o que perdeu. Então se lembre de pegar leve.

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