SAÚDE EM EQUILÍBRIO

CONHEÇA O SIGNIFICADO DAS DIFERENTES CORES DO XIXI

A urina atua como um meio através do qual o corpo excreta resíduos; sua tonalidade pode indicar desde desidratação até doenças

Quem nunca comeu um prato de beterraba e no dia seguinte se assustou ao olhar para o vaso sanitário e perceber que o xixi está em um tom avermelhado, achando que estava urinando sangue? Isso é normal. A urina pode ter diferentes tipos de tonalidades, que podem significar uma variedade de respostas do corpo.

“A urina atua como um meio através do qual o corpo pode excretar vários resíduos. Isso inclui resíduos nitrogenados provenientes da degradação de proteínas e músculos (na forma de ureia e creatinina) e glóbulos vermelhos. Além disso, muitos compostos diferentes ingeridos, incluindo vitaminas, medicamentos e alimentos saem do corpo através da urina”, escreveu Dan Baumgardt, professor Sênior da Escola de Fisiologia, Farmacologia e Neurociências da Universidade de Bristol, em artigo publicado no The Conversation.

Confira a seguir algumas das cores que a urina pode apresentar e o que pode significar cada uma delas.

VERMELHO

Além da ingestão de beterrabas, a urina vermelha pode significar sangramento de qualquer lugar do trato urinário – dos rins à bexiga e à próstata, e todos os tubos que os conectam.

A aparência do sangue varia de acordo com o volume e o frescor e pode produzir muitas cores diferentes. Em sangramentos de grande volume, a urina pode ficar tão escura, que pode se assemelhar ao vinho tinto. Entre as causas, estão desde pedras nos rins até câncer, além de traumas e infecções do trato urinário.

LARANJA E AMARELO

Em sua forma natural, a urina cobre diversos tons de amarelo, dependendo de quão bem hidratada a pessoa está. A desidratação produz uma urina amarelo-escura, às vezes beirando o laranja, enquanto uma boa ingestão de líquidos produz uma urina amarela pálida.

“O composto que mancha a urina de amarelo é chamado urobilina. O processo de produção começa com a degradação dos glóbulos vermelhos velhos que já passaram do seu melhor e precisam ser removidos da circulação. Esse processo cria um composto chamado bilirrubina. É excretado parcialmente pela urina e parcialmente pelo intestino, uma vez que é usado pelo fígado para produzir bile, que é importante na decomposição e digestão das gorduras”, escreveu Baumgardt.

A bile é secretada no intestino e perdida nas fezes. São esses compostos que dão às fezes sua cor marrom característica. Quando a bile não consegue ser liberada no intestino, a bilirrubina é absorvida de volta pela corrente sanguínea e então excretada pela urina. Isso a torna mais escura – uma cor laranja ou acastanhada.

Vários medicamentos, incluindo o antibiótico rifampicina, também podem manchar a urina de laranja.

VERDE E AZUL

“Urina de cor verde e azul é um achado um pouco mais raro e provavelmente causará bastante surpresa ao olhar para dentro do vaso sanitário. Substâncias que tenham corantes provenientes de alimentos e bebidas verdes (como aspargos) ou azuis, e consumidas em grandes quantidades, podem ser a causa, assim como certos medicamentos, como anti-histamínicos, anestésicos e vitaminas”, afirma o pesquisador.

Alguns micróbios também podem produzir compostos com cores esverdeadas. A bactéria Pseudomonas aeruginosa (nomeada de acordo com sua cor verdete) produz piocianinas verde-azuladas. É uma causa mais rara de infecções do trato urinário – que muitas vezes é acompanhada por uma sensação de queimação ou ardência ao fazer xixi.

ÍNDIGO OU ROXO

O xixi índigo ou roxo é mais raro. Uma das possíveis causas é a porfiria (que significa roxa), uma família de doenças genéticas que afeta a pele e o sistema nervoso.

Outra é apropriadamente chamada de “síndrome do saco de urina roxo”. Isso se refere a uma condição em que bactérias em um paciente com cateter (dreno de urina) produzem manchas que colorem a urina de roxo.

VIOLETA OU ROSA

Em quantidades menores, o sangue e a beterraba podem manchar a urina com uma cor rosa, em vez de um vermelho profundo. Nesse caso, os urologistas geralmente comparam a aparência ao vinho rosé.

OUTRAS CORES

Existem outras cores de urina a serem observadas fora do arco-íris.

“Alguns são de cor mais escura, geralmente marrom ou preto. Aqui, um médico pode fazer uma comparação com a Coca-Cola. Às vezes, isso é causado pela degradação do músculo em um composto chamado mioglobina – isso está associado a uma doença grave chamada rabdomiólise, talvez promovida por esforço extremo ou pela ingestão de certos medicamentos”, diz.

Pode vir da bilirrubina, que torna a urina tão escura que a deixa marrom, em vez de laranja. Mas também pode ser causada por sangue. A inflamação dos rins pode desencadear um sangramento que muda de vermelho para marrom, à medida que se move pelo trato urinário.

Finalmente, do lado claro do espectro, surge a urina incolor. Embora seja preferível não ter urina amarela concentrada, grandes volumes de urina diluída também podem sinalizar doença, seja diabetes ou consumo excessivo de álcool.

OUTROS OLHARES

MAIS DOENTES E MENOS CUIDADAS

Transtornos mentais são mais comuns em mulheres, mas elas são minoria em tratamentos psiquiátricos

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que uma em cada quatro pessoas no Brasil sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida. Nesse contexto, alguns estudos também mostram que os transtornos mentais afetam mais mulheres do que homens. Em contraponto, elas ainda são minoria na hora de buscar tratamentos.

De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela National Comorbidity Survey, as mulheres têm até duas vezes mais chances de desenvolverem um quadro de transtorno de ansiedade, tanto por questões hormonais como por pressões sociais, que também contribuem para isso. De maneira biológica, homens e mulheres produzem hormônios diferentes e, além disso, algumas situações podem contribuir para a desencadear esses transtornos, tais como: gravidez, TPM, menopausa, entre outros.

“É importante abordar essa questão com sensibilidade e reconhecer que a saúde mental é influenciada por uma série de fatores complexos, incluindo biológicos, psicológicos, sociais e culturais”, comenta Ariel Lipman, psiquiatra e diretor da SIG – Residência Terapêutica.

Embora as taxas de problemas de saúde mental possam variar entre homens e mulheres em diferentes contextos e culturas, existem algumas razões gerais que podem contribuir para a prevalência de problemas de saúde mental entre as mulheres.

PAPÉIS SOCIAIS

As expectativas e pressões sociais relacionadas a papéis de gênero que elas sofrem podem afetar a saúde mental da mulher. “Cuidar da família, equilibrar trabalho e vida doméstica e lidar com discriminação de gênero são fatores estressantes e que podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde mental”, comenta.

Além disso, as mulheres têm uma probabilidade maior de experimentar traumas, como abuso, violência doméstica e agressão social. O novo boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado em março deste ano, mostra que a cada 24 horas, ao menos oito mulheres são vítimas de violência.

“Essas experiências traumáticas estão associadas a um maior risco de desenvolver transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão e outros problemas de saúde mental”, explica Lipman.

MULHERES SÃO MAIS CUIDADORAS DO QUE CUIDADAS

Os homens são maioria em tratamentos contra transtornos mentais. “Aqui na SIG, em São Paulo, por exemplo, temos 17 pacientes, apenas duas são mulheres e, por outro lado, de todos os nossos funcionários, 95% são mulheres. Isso se estende, é mais comum ver cuidadoras mulheres do que homens”, aponta Solange Tedesco, terapeuta e diretora da SIG em São Paulo.

Para Solange, isso ocorre porque a mulher, na vida, acaba ocupando mais o lugar de cuidadora e, mesmo sendo maioria quando o assunto é transtorno mental, elas estão do outro lado, cuidando.

Vale ressaltar que em muitas partes do mundo, as mulheres podem enfrentar barreiras adicionais ao acesso aos serviços de saúde mental, como falta de seguro de saúde, estigma associado à busca de ajuda para problemas de saúde mental e desigualdades econômicas que dificultam o pagamento por tratamento.

“Esses fatores, no entanto, não são determinantes isolados e podem interagir de maneiras complexas. Além disso, homens também podem enfrentar desafios significativos em relação à saúde mental e todos, independentemente do gênero, devem ter direito a tratamentos”, afirma Ariel Lipman.

GESTÃO E CARREIRA

A IMPORTÂNCIA DE LIDERANÇAS NEGRAS NAS EMPRESAS

A persistência da discriminação racial no mercado de trabalho brasileiro é um desafio ainda inegável a ser enfrentado. Segundo a pesquisa “Lideranças em Construção: por que a trajetória de profissionais negros é tão solitária?”, conduzida pela Indique uma Preta, consultoria especializada em Diversidade & Inclusão, em parceria com a Cloo, empresa de investigação e consultoria comportamental, apenas 8% das pessoas autodeclaradas pretas e pardas ocupam cargos de liderança.

Além disso, enfrentam obstáculos como menor índice de escolaridade, falta de fluência em inglês, assim como um ambiente permeado por sofrimento psicológico e insegurança, decorrentes da escassez de oportunidades de crescimento dentro das empresas. Levando em consideração esse contexto, é fundamental destacar que a presença de lideranças negras nas companhias é crucial para promover a diversidade, a inclusão e a equidade no ambiente de trabalho.

Não se trata apenas de uma questão de justiça social, mas também de uma estratégia inteligente de negócios, já que as organizações que abraçam a diversidade estão em melhor posição para prosperar. Ter representantes de diversas origens étnicas nas posições de liderança deveria ser o mínimo, não apenas para refletir a diversidade da população mundial, mas também para empoderar funcionários negros ao demonstrar que existem oportunidades reais de avançar em suas carreiras com base em mérito e habilidades.

Outro ponto crucial é que a diversidade de pensamento impulsiona a inovação. De acordo com uma pesquisa da McKinsey & Company, pode aumentar a lucratividade da empresa em até 15%. Acredito também que aprimora a capacidade de atrair e reter talentos excepcionais de todos os grupos étnicos. Sem falar que uma força de trabalho diversificada reflete melhor a base de clientes em constante evolução, resultando em uma vantagem competitiva significativa.

Líderes negros trazem consigo perspectivas únicas e experiências de vida que enriquecem o processo de tomada de decisão e incentivam a criatividade dentro das companhias. Ao incorporar diferentes pontos de vista, as organizações tornam-se mais aptas a enfrentar desafios complexos e a adaptar-se às transformações do mercado.

A presença de líderes negros nas empresas não apenas fortalece a relação entre a marca e os consumidores pertencentes a grupos minorizados étnicos, mas também amplia o alcance de mercado das organizações. Ao compreender as necessidades e os valores de diferentes grupos demográficos, as companhias desenvolvem produtos e serviços que atendem de forma mais eficaz a uma gama mais ampla de clientes.

Portanto, investir na diversidade e na inclusão não é somente uma decisão ética, mas também uma estratégia inteligente de negócios. Empresas que demonstram um compromisso genuíno com a igualdade de oportunidades têm mais chances de atrair investidores, clientes e talentos alinhados com seus valores e missão, cada vez mais próximos aos pilares de ESG (ambiental, social e governança na tradução para o português).

Fica evidente que ter lideranças negras nas empresas vai muito além de uma questão de justiça social. Ao promover a diversidade e a inclusão em todos os níveis organizacionais, as companhias não apenas criam ambientes de trabalho mais justos e equitativos, como também se posicionam para a construção de um mundo cada vez mais diversificado e interconectado.

CLAUDIA PERAZIO – É Gerente de Recursos Humanos da ADP no Brasil (https://www.adp.com.br).

EU ACHO …

A PORTA ATRÁS DE VOCÊ

Há uma porta atrás de você. Uma porta que, uma vez cruzada, parece ter o poder de fazer muitos de nós esquecermos de onde viemos. Nos faz esquecer que um dia alguém nos estendeu a mão para abri-la. É sobre essa porta e o que acontece depois de passarmos por ela que gostaria de falar. É sobre a perigosa tendência do oprimido se tornar opressor, como já disse Paulo Freire. Atenção ao opressor que pode morar dentro de nós, erguendo barreiras para outros. Que nos cochicha aos ouvidos e nos faz esquecer da importância de deixar a porta aberta.

Quando estamos do lado de dentro, é fácil nos acomodarmos na ideia de que merecemos estar ali, que alcançamos nosso lugar por mérito próprio, ignorando as mãos que nos ajudaram a subir os degraus. Faz bem ao ego. Deixamos para trás a força do coletivo. Ninguém faz nada sozinho.

Uma autora renomada pode desbravar caminhos para escritores emergentes. Um programa de cotas pode apoiar talentos de grupos sub-representados que não tinham oportunidade de acessar uma determinada empresa. Um músico famoso pode ser a chave para a ascensão de novos talentos na indústria musical. Uma executiva consolidada pode abrir portas para quem ainda está começando sua jornada profissional. Em geral, estes movimentos são intencionais.

Entretanto, ao invés de reconhecermos a importância de cotas e outras medidas que visam derrubar barreiras de acesso, caímos na armadilha do mito da meritocracia. Ocultamos trunfos, como alguém que endossou para uma vaga, ou ainda heranças materiais e simbólicas que apoiam a catalisar conquistas. Ignoramos também as barreiras estruturais, e as oportunidades desiguais que moldam nossas experiências sociais coletivas. À medida que nos estabelecemos do lado de dentro, corremos o risco de ignorarmos aqueles que ainda estão do lado de fora.

Podemos nos sentir superiores e distantes, esquecendo que o mundo dá voltas. Amanhã, talvez, sejamos nós os que precisarão de ajuda para abrir novas portas. É necessário exercitar a consciência de mantê-las abertas, especialmente para grupos que enfrentam opressão constante. Julie Battilana e Tiziana Casciaro, no livro “Power for all”, destacam que a opressão é multidimensional. Pessoas que já se sentiram oprimidas ou as que ainda se sentem desprovidas de poder são capazes de justificar o sistema existente, resistindo à mudança em busca de uma falsa estabilidade em meio à incerteza. Essa resistência, por vezes, nos impede de romper com as estruturas que perpetuam opressões.

É crucial permanecermos vigilantes, examinando criticamente nossas ações. Assim como alguém nos abriu a porta, podemos estender a mão para quem ainda está do lado de fora e construirmos juntos um futuro onde as oportunidades não sejam privilégios, mas direitos de todos. Afinal, a porta atrás de você é uma oportunidade para mudança, não apenas para quem entra, mas para todos que têm a coragem de deixá-la aberta e facilitar a entrada.

LUANA GÉNOT

lgenot@simaigualdaderacial.com.br

ESTAR BEM

TROQUE O ELEVADOR PELAS ESCADAS PARA MELHORAR A SAÚDE DO CORAÇÃO

Novas pesquisas confirmam a tese de que subir e descer degraus ajuda o sistema vascular e reduz a mortalidade

Escolher as escadas em vez do elevador tem sido considerado um conselho sábio por anos, mas novas pesquisas reforçam ainda mais essa dica de saúde. Uma meta-análise apresentada em uma conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia descobriu que pessoas que rotineiramente sobem escadas apresentavam 39% menos possibilidades de morrer de doenças cardíacas em comparação àquelas que não cultivavam esse hábito. Elas

“Fiquei surpresa ao saber que uma forma tão simples de exercício pode reduzir a mortalidade por todas as causas”, disse a autora do estudo, Sophie Paddock, da Universidade de East Anglia e do Norfolk and Norwich University Hospital Foundation Trust no Reino Unido, à NPR. Sua equipe revisou dados de cerca de 480 mil participantes, analisando o risco de doenças cardíacas com base em aspectos como pressão arterial, histórico de fumo, colesterol e fatores de risco genéticos. Os participantes, que tinham de 30 a 80 anos, também responderam a perguntas sobre seus hábitos de vida e exercícios. Quem usava escadas ficou mais protegido de doenças cardíacas ao longo de 12 anos.

NO PIQUE

Um estudo de 2023, publicado na revista Atherosclerosis, analisou exatamente quantos lances de escada você precisa subir diariamente para melhorar a saúde do seu coração. A resposta curta? Subir apenas cinco lances por dia poderia reduzir seu risco de doença cardiovascular em 20%.

“Pesquisadores descobriram uma redução de risco relativo de 19% de doenças cardíacas em participantes que regularmente subiam cinco lances de escadas por dia”, reforça a médica Yvonne Covin. “Infelizmente, aqueles que inicialmente subiam escadas, mas depois pararam, apresentaram um risco 32% maior de doenças cardíacas, comparado àqueles que não se exercitavam de forma alguma.”

Como toda pesquisa, o estudo tem suas limitações, de acordo com Robert Harrington, cardiologista e decano da Weill Cornell Medicine. “O estudo foi feito usando dados do United Kingdom Biobank, um grande estudo observacional/epidemiológico que tem sido extensivamente usado para fins de pesquisa”, diz ele. Por ser observacional, não pôde estabelecer uma relação de causa e efeito (como em “subir mais escadas equivale a menos eventos cardíacos”); em vez disso, o estudo está apenas apontando associações entre essa atividade e a saúde do coração.

Doenças cardíacas representam uma em cada cinco mortes nos Estados Unidos a cada ano, causando a morte de cerca de 695 mil pessoas anualmente. Subir escadas se enquadra na categoria de exercício aeróbico, ou movimento que aumenta sua frequência cardíaca e níveis de oxigênio usando atividade repetitiva. De modo geral, exercício aeróbico reduz seu risco de pressão alta, colesterol alto, e, sim, doenças cardíacas. “Subir escadas é semelhante a muitas atividades como caminhar, correr e andar de bicicleta, que estão associadas com a melhora no risco cardiovascular, como uma redução em ataques cardíacos”, diz Harrington. “Subir escadas pode ser um pouco mais exigente que simplesmente caminhar, e também requer um pouco de equilíbrio e força, capazes de combater um problema como fragilidade e fraqueza muscular.”

Também pode melhorar a longevidade subir algumas dezenas de degraus antes de se sentar para trabalhar. “À medida que envelhecemos, subir escadas pode melhorar a força das pernas e das costas, o que ajuda a prevenir quedas”, descreve Covin. Especificamente, mulheres na pós-menopausa que sobem escadas têm apresentado maior densidade óssea.

PRIMEIROS PASSOS

Para começar já a melhorar a saúde do seu coração, Harrington recomenda incorporar alguma forma de atividade aeróbica – que pode incluir subir escadas – no seu regime de exercícios.

“De acordo com as recomendações da Associação Americana do Coração, eu peço aos pacientes terem como meta 150 minutos por semana de exercício moderado (30 minutos, cinco dias por semana). Na maioria das vezes, isso significa caminhar em um ritmo moderado, e fazer levantamento de peso leve para manter a força três vezes por semana”, indica.

Subir escadas é considerado “exercício moderado” porque queima cerca de oito a 11 calorias por minuto.

Dito isso, exercitar-se não é o único meio de melhorar sua saúde. Covin recomenda manter os seis pilares da medicina do estilo de vida em mente ao escolher como apoiar sua mente e corpo. “Medicina do estilo de vida é uma subespecialidade médica focada em métodos baseados em evidências para apoiar a saúde do coração”, explica.

Esses seis pilares incluem muitos conselhos clássicos que você provavelmente já ouviu antes: coma alimentos integrais, à base de plantas, quando possível; priorize um sono restaurador; faça aqueles 150 minutos de movimento por semana; evite substâncias de risco, como tabaco e álcool; e reserve um tempo para conexões sociais.

DICAS PARA FAZER UM TREINO CORRETO

Uma simples caminhada pelas escadas já oferece benefícios, mas você também pode aumentar a intensidade com treinos em escadarias do seu dia a dia ou na academia.

TREINO INTERVALADO

Alterne subindo um lance de escadas em um ritmo controlado e um em um ritmo um pouco mais rápido (mas ainda seguro e controlado). Repita de três a cinco vezes, dependendo de quão confortável você está. Faça uma pausa e repita o treino mais uma ou duas vezes.

SUBIDA DE ESCADAS E CALISTENIA

Desenhe um treino em circuito para você mesmo que inclua subir alguns lances de escadas em um ritmo moderado e, então, desça ao chão para um treino de força, fazendo flexões ou abdominais. Por exemplo: você pode subir três conjuntos de escadas, fazer 10 agachamentos e descansar por um minuto antes de repetir todo o circuito.

POR TEMPO

Para um treino direto, ajuste seu relógio ou cronômetro do telefone para 10 minutos e caminhe com esforço lento e constante pelas escadas ou pela escada rolante da academia. Faça uma pausa de cinco minutos no final dos 10 minutos antes de retornar para outro esforço de 10 minutos.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

O LADO POSITIVO DA RAIVA

Sentimento é comumente interpretado do ponto de vista negativo, mas, quando bem elaborado, pode servir de motivador para transformações

Quando recebeu o convite para fazer um show, em 2019, Manu Diniz nunca havia pisado em um palco. Surpreendida pela proposta, ela recorreu ao marido, PJ, baixista da banda Jota Quest, na esperança de que o companheiro com a experiência de uma carreira longeva na música, a ensinasse o caminho das pedras. Mas o marido torceu o nariz. “Ele ficou surpreso, porque realmente é uma história surpreendente. Ele meio que não botou fé e desdenhou um pouco”, recorda. Mas ela não se resignou, ao contrário. A reação do companheiro fez com que Manu se sentisse desafiada a aceitar a proposta. Mesmo sendo uma ”cantora de chuveiro”, ela se dedicou à música com afinco, motivada pela desconfiança do cônjuge. “Eu fiz tudo sozinha, e hoje eu tenho um projeto chamado ‘Divas’, que é um sucesso. Meu primeiro show na vida aconteceu no Hotel Fasano, no Baretto, no dia 27 de novembro de 2019”, relembra.

Manu prefere não usar a palavra “raiva” para definir o que a motivou a se mexer, porque, para ela, esse sentimento tem uma ”conotação negativa”. Mas é justamente esse comportamento, comumente interpretado sob um ponto de vista nocivo, que pode ser o agente propulsor de mudanças construtivas na vida. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta Nicole Pimenta, a raiva pode, sim, ser usada como uma ferramenta para superar frustrações. “A raiva tem sua razão de existir em nosso repertório emocional, sendo uma emoção natural e legítima, que faz parte da experiência humana. Ela pode ser entendida como um sinal de que algo não vai bem e que é necessária alguma mudança ou ajuste”, aponta.

Nicole destaca, no entanto, o que é preciso fazer para que se consiga canalizar a raiva para algo positivo. “É necessário reconhecer sua causa, expressá-la de maneira assertiva e construtiva e usar essa energia para promover mudanças positivas”, evidencia a especialista.

Psicóloga e sexóloga, Graziela Chantal acrescenta que, quando bem gerenciado, esse sentimento pode contribuir para o crescimento pessoal. “Ao identificar e aceitar a raiva, pode-se aumentar a autoconsciência e ajudar na melhor compreensão das próprias emoções e reações. Assim, é possível ter uma autorreflexão sobre o ocorrido. Ao canalizar a raiva de forma saudável, além de contribuir para a melhora das habilidades de comunicação, pode-se aprender a ter empatia e a ter uma escuta ativa”, indica Graziela.

E se, por um lado, expressar a raiva pode ser algo positivo, por outro, reprimi-la pode provocar uma série de prejuízos, como danos para o desenvolvimento mental, psicológico e comportamental. “Ao negar uma emoção, nos impedimos de reconhecer e de expressar de maneira saudável as nossas necessidades e desejos, fechando os olhos também para as ferramentas necessárias ao enfrentamento daquela situação que está provocando a raiva. Isso pode resultar em uma desconexão consigo mesmo, que, em longo prazo, pode causar problemas como ansiedade, depressão e dificuldades de se relacionar”, aleita Nicole. Além de problemas de saúde mental, guardar a raiva consigo provoca malefícios ao corpo. “Pode haver aumento da pressão arterial, risco de problemas cardíacos, baixa da imunidade, dor de estômago e dores no corpo”, explica Graziela.

EXTRAVASANDO A RAIVA

Existem algumas maneiras diferentes de “pôr pra fora” esse sentimento. O empreendedor Sidney Nogueira Silva, por exemplo, criou a Sala da Raiva, em Contagem, aonde os clientes vão para poder quebrar tudo – literalmente. Com taco de beisebol, martelos ou chave de rodas de caminhão, as pessoas têm a oportunidade de destruir objetos como monitores de computador, aparelhos de som, garrafas e impressoras. “Tem pessoas que vêm porque estão em luto, não só por perderem alguém, mas também por perderem emprego ou porque mudaram de curso da faculdade”, detalha Silva.

A raiva não precisa ser expressa sempre de maneira violenta, obviamente. Uma das estratégias recomendadas por Graziela é a prática da meditação. “Isso ajuda a estar no momento presente e a aceitar a raiva sem julgá-la. Praticar exercício físico, manter um diário para se expressar, se dedicar a projetos pessoais que precisam de foco e dedicação são outras maneiras de extravasá-la”, sugere Graziela. Fazer terapia também pode auxiliar nesse processo. “O terapeuta ajuda a pessoa a se reconectar consigo mesma de maneira autêntica e significativa, identificando as causas subjacentes de cada emoção, como, por exemplo, a raiva, evitando a agressividade como forma de expressá-la”, complementa Nicole.

UM DIA DE FÚRIA?

Durante a produção desta matéria, fui até a Sala da Raiva, não só para entrevistar o dono do espaço, Sidney Nogueira Silva, mas também para poder participar da quebradeira – eu não ficaria fora dessa, né?! Fiquei bem empolgada para poder estilhaçar os materiais, mas, antes me paramentei com um par de manguitos (estava com uma blusa de manga curta), coloquei uma face shield e calcei luvas. Além disso, já estava com uma roupa confortável e de tênis, itens fundamentais para usar a sala.

Lá dentro, me equipei com um taco de beisebol, dois martelos e uma chave de rodas de caminhão para quebrar garrafas de cerveja e de bebidas destiladas e destroçar monitores de computadores, que, certamente, já irritaram muitas pessoas que os operaram. Inicialmente, fiquei insegura, porque estava em uma sala repleta de caquinhos de vidro. É engraçado, pois eu não estava com raiva antes de destruir tudo, mas, assim que comecei a experiência, senti uma energia interna muito grande. Então, me joguei e “sentei o cacete”,com algumas pausas para as fotografias incríveis do meu colega Flávio Tavares. Ao final, senti ter passado por uma experiência libertadora, que me causou ânimo e disposição. A euforia durou o tempo até eu passar a primeira raiva – levei uma fechada no trânsito -, mas nem de longe tentaria algo semelhante ao que William Foster {Michael Douglas) fez no icônico filme “Um Dia de Fúria”.

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