SAÚDE EM EQUILÍBRIO

MÃOS LIMPAS

Cartilha traz orientações importantes para a promoção da saúde por meio de um simples gesto

Um gesto razoavelmente simples, que pode evitar uma série de doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a higienização das mãos é uma das medidas mais eficazes para prevenir a disseminação de infecções e diminuir o risco de contaminação por vírus, bactérias e outros agentes patogênicos.

O hábito diário pode reduzir em até 40% contaminações que causam uma série de doenças. No entanto, nem todo mundo – pessoas comuns e profissionais de saúde – se preocupa com essa medida, o que fez com que a OMS instituísse o dia 5 de maio como Dia Mundial de Higiene das Mãos para a realização de programas e ações que estimulem essa medida.

Em apoio a outros agentes promotores da saúde, a Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp) criou uma cartilha com dicas para a limpeza correta das mãos, visando prevenir a propagação de doenças e garantir a saúde e o bem-estar das pessoas, a partir de informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos diretores das Câmaras Setoriais da Associação. Incorporar este hábito pode auxiliar na prevenção de diferentes doenças, resfriados, diarreia, conjuntivites, viroses e até o vírus H1N1.

Além de proteger a saúde, a higienização das mãos traz outros benefícios, como a redução do número de dias de afastamento no trabalho por doenças contagiosas e a diminuição dos custos com tratamentos médicos. Por isso, é fundamental adotar essa prática como parte da rotina diária, em especial em locais de grande circulação, como hospitais, escolas, empresas e transporte público.

PESQUISA

Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que somente 30,7% dos hospitais têm taxa de adesão à higiene das mãos superior a 70%. A higienização, seja lavar com água ou uso do álcool em gel, é a maneira mais eficaz e barata de reduzir casos de infecção hospitalar, registrados frequentemente em unidades de saúde.

Os especialistas recomendam que a higiene seja feita com água e sabão, sempre que necessário – principalmente antes das refeições e ao sair do banheiro. É fundamental ter sempre álcool em gel acessível para fazer a limpeza quando não houver outros meios à disposição. Abaixo, veja alguns trechos da cartilha da Abralimp.

CONFIRA AS DICAS

  •  Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia.
  •  Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).
  •  Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
  •  Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice-versa) entrelaçando os dedos.
  •  Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.
  •  Esfregue o dorso dos dedos de uma mão coma palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos, com movimento de vai e vem.
  •  Esfregue o polegar direito, como auxílio da palma da mão esquerda (e vice-versa), utilizando movimento circular.
  •  Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha (e vice-versa), fazendo movimento circular.
  •  Esfregue o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita (e vice-versa), utilizando movimento circular.
  •  Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.
  •  Enxágue as mãos, retirando os resíduos de sabonete.
  •  Seque as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.

OUTROS OLHARES

A DOR E A DELÍCIA DE SER MÃE DE FILHOS ATÍPICOS

Elas tiram o alimento da própria boca para alimentara prole, se for preciso. Conheça a história dessas mulheres dignas de aplausos

Nem tudo são flores na maternidade, função romantizada pela sociedade que impõe sobre a mulher uma sobrecarga enorme de tarefas e responsabilidades. Ser mãe atípica então é um desafio maior ainda. A expressão foi cunhada para chamar a atenção da sociedade para as necessidades da mulher que cuida de filhos com deficiência ou algum tipo de síndrome e transtorno que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor.

São mães vistas pela sociedade como “guerreiras”, que abdicam da vida para cuidar integralmente dos filhos. Na maioria das vezes, por trás desse mito, tem uma mulher enfrentando problemas financeiros, abandono, preconceito, cobrança, sobrecarga de tarefas, falta de políticas públicas e abalo na sua própria saúde mental.

“Quem cuida dessas mães? Quais políticas públicas a gente tem para essas mães?”, questiona a jornalista Mariana Viel, de 43 anos, mãe de Cecília Viel, de 5, portadora de lisencefalia, uma síndrome rara caracterizada pela ausência de rugosidade no cérebro, que afeta o desenvolvimento neuromotor das crianças.

“A vida da mãe atípica é um estresse muito grande. Eu fui diagnosticada com burnout do cuidador. Tudo só cai na gente. Estruturalmente, as maiores dores e os maiores amores são nossos. A gente só cuida”, desabafa a jornalista, que precisa de toda uma rede de apoio para realizar todas as tarefas do cotidiano e até mesmo para ter direito a momentos de lazer.

DESAFIOS

“Eu canto em um grupo de samba, mas só posso marcar show para os finais de semana em que a Cecília está com o pai. Para sair à noite tenho que pedir ajuda. É uma luta”, conta. E também um luto, afirma Mariana.

Para ela, os desafios de uma mãe atípica começam em aceitar que seu filho não vai ter o desenvolvimento normal e idealizado de uma criança típica. Passam ainda pela falta de políticas públicas e pela pouca empatia da sociedade com a vida dessas mães. Mas as conquistas do dia-a-dia de uma criança atípica, com deficiência como Cecília, afirma Mariana, têm um sabor especial.

“A Cecília não vai fazer muitas coisas que uma criança típica faz, mas o carinho que ela aprendeu há pouco tempo a fazer em mim, por ser ela, do jeito dela, ele tem um sentido muito mais especial”.

Cecília, que não fala, não anda e não consegue ficar sentada ereta, precisa de cuidados intensivos. A mãe se vira para dar conta da demanda com a ajuda de outras duas mulheres, a mãe, Graça Viel, e a irmã, Isabela.

Para facilitar a vida, marcada por terapias, consultas e enorme logística para se deslocar, Mariana se mudou com a filha para o mesmo prédio onde moram a mãe e a irmã. Elas moram porta a porta. “Nem sei o que seria da minha vida sem a ajuda delas. É a minha aldeia”, afirma Mariana.

Essa aldeia necessária para criar filhos, no caso da maternidade atípica, geralmente é formada por outras mulheres, quase sempre as próprias mães. É o caso, por exemplo, da estudante universitária de enfermagem, Ketlen Luz, de 23 anos, mãe de Bryan Leonardo, de 7, diagnosticado com autismo aos dois anos.

A mãe, Adelice Luz, e a tia Delma Luz, são a aldeia de Ketlen, que cria o filho sem a ajuda do genitor. “Desde a gravidez, o genitor, não falo pai, pois ele não merece esse título, nunca me ajudou. Quando mandei para ele o diagnóstico de autismo ele respondeu com um ok. Quem me ajudou e me ajuda sempre é minha mãe e também minha tia. Elas são maravilhosas. Amo demais”, declara.

Com essa rede de apoio, Ketlen conta que conseguiu, depois de sete anos, “encaminhar mais ou menos sua vida”. “Antes eu não tinha vida. Minha vida era no posto de saúde atrás de consulta e tratamento. Eu abdiquei de tudo e passei a viver no modo automático”, conta a jovem, cujo maior desejo no momento é poder trabalhar, mas, além da falta de tempo, ela teme perder o benefício, caso arrume um emprego. “E se perder o emprego”, questiona.

Ela recebe um auxílio do INSS para ajudar nas despesas do filho que faz diversos tratamento pelo SUS, mas sonha em poder trabalhar fora de casa. “Eu sou muito julgada por não trabalhar fora e por receber um salário mínimo para ajudar na criação do meu filho. Todo mundo acha que cuidar da casa e de uma criança atípica não é trabalho. Agora quem vai olhar o Bryan para mim, quem vai levá-lo nas terapias que ele precisa fazer para se desenvolver? Isso ninguém vê”, questiona.

DOIS LADOS

Psicóloga, especialista em acessibilidade, inclusão e orientação para famílias com filhos atípicos, Fernanda Coelho vive os dois lados da moeda. Além de trabalhar com o tema, tem dois filhos com atipicidades e também já foi diagnosticada com transtorno autista. Na lida cotidiana e profissional, o que ela mais vê são “mães atípicas sobrecarregadas e invisibilizadas”.

“A sociedade cobra muitas respostas e resultados dessa mãe, mas não ajuda em nada”, analisa Fernanda, que também é professora universitária, procuradora municipal e tutora de um cachorro e oito gatos. “Atendo muitas mães adoecidas que desenvolveram transtornos por causa da condição de ter que cuidar de filhos com necessidades específicas, porque a sociedade fala muito bonito, mas, na hora de incluir mesmo, isso não acontece. O que acontece são cobranças”, critica.

Se pudesse resumir sua experiência como mãe atípica e profissional dessa área, Fernanda conta que daria um conselho para quem enfrenta o desafio dessa maternidade fora dos padrões esperados. “Eu diria para essas mães terem um pouco de compaixão por elas mesmas, porque o nível de cobrança é muito alto. Ela vem de fora e de dentro. As mães sofrem demais com muita culpa”, destaca Fernanda, para quem a maternidade atípica é um ciclo onde todos aprendem, um com o problema do outro.

Ela também recomenda a busca por ajuda profissional. Muitas faculdades, destaca, têm serviços voltados para auxiliar as mães que muitas vezes enfrentam dificuldades financeiras e não contam com a ajuda do genitor nem emocional, nem financeiramente.

DIREITOS

Michelly Siqueira, advogada especialista e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência (PCD) defende a mudança na lei que concede benefício de prestação continuada (BPC) para a mãe atípica para poder viabilizar a entrada dessas mulheres no mercado de trabalho e garantir, além de maior renda, autonomia. Segundo ela, o BPC é vinculado à renda per capta da família, “o que realmente pode inviabilizar essa mãe de trabalhar de carteira assinada, porque quando ela trabalha de carteira assinada e esse valor, ao ser somado à renda familiar, ultrapassar aquele critério de renda de um quarto de salário mínimo, lamentavelmente ela pode ter o seu benefício suspenso”, explica a advogada, que também preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Ela conta que já levou uma solicitação ao Congresso Nacional para que o BPC não seja vinculado à renda per capta da família e sim à pessoa com deficiência. “Para viabilizar que essa mãe trabalhe e para garantir uma melhor qualidade de vida para essa pessoa com deficiência”, acrescenta. A especialista também é a favor da criação de um auxílio permanente “para essas mulheres que largam a sua vida para cuidar do outro”.

Segundo ela, tramita na Câmara dos Deputados, em fase ainda inicial, um projeto que cria o auxílio permanente para aquelas mães que cuidam de pessoas com deficiência. “Mas ainda é um projeto de lei que precisa passar pela Câmara dos Deputados, nas comissões, no Senado Federal, até se tornar uma lei.”

GESTÃO E CARREIRA

MAIORIA DAS MULHERES CRÊ QUE A MATERNIDADE É NEGATIVA NO MERCADO DE TRABALHO

Uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech líder em tecnologia para RH, trouxe à tona uma realidade preocupante: a percepção negativa em relação à maternidade persiste para a maioria das mulheres no mercado de trabalho

De acordo com o levantamento, 86% das entrevistadas relataram sentir que o tema da maternidade é frequentemente visto de maneira desfavorável no ambiente profissional.

Além disso, para 87% delas, a ampliação da licença paternidade e o engajamento das figuras masculinas na responsabilidade com os filhos emergem como passos cruciais para combater esse preconceito enraizado. Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, os dados evidenciam a urgência de mudanças estruturais e culturais para promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário para todas as pessoas, independentemente de seu papel nas formações familiares.

Essa análise também foi evidenciada em pesquisas realizadas em anos anteriores: em 2023, 94% das participantes acreditavam que o tema era visto de forma negativa no mercado de trabalho, e, em 2022, essa percepção era vista por 86% das respondentes.

“Os resultados, e essa pouca evolução ao longo dos últimos anos, destacam a necessidade de adaptações tanto nas políticas corporativas quanto nas mentalidades culturais. A maternidade não deve ser vista como um fator limitante para o crescimento profissional das mulheres e é fundamental que as empresas reconheçam e apoiem a diversidade de papéis familiares para criar ambientes de trabalho verdadeiramente inclusivos”, pontua Ana.

Da amostra, 52% são mães ou responsáveis pelos cuidados de alguma criança. Destas, 74% dizem que deixou ou ao menos pensou em deixar de lado o trabalho para cuidar dos filhos. “Isso reflete não apenas a falta de apoio e flexibilidade por parte das empresas, mas também a persistência de barreiras que dificultam a conciliação entre vida profissional e familiar.

Nós já temos muitos avanços, cada vez mais as organizações e lideranças estão se preocupando com a gestão de pessoas, bem-estar e satisfação dos colaboradores, e para reter talentos é importante adotar práticas que valorizem e assegurem a maternidade, oferecendo soluções de acordo com a realidade dessas colaboradoras, além de pensar em parentalidade como um todo”.

Além disso, 41% das mulheres admitiram ter receio de contar ao superior sobre a gravidez. Outro dado preocupante é que 43% das mulheres afirmam ter sofrido algum tipo de preconceito ou descredibilização durante ou após a gestação.

“É importante destacar a necessidade de ser um agente na promoção de uma cultura organizacional inclusiva, até mesmo inspirando pelo exemplo, nas lideranças femininas que são mães, e mostram a valorização e respeito à maternidade, por isso gravidez e a parentalidade deve ser colocada em foco, mas não como obstáculos ao avanço na carreira.

A persistência de estereótipos de gênero e o preconceito no local de trabalho é evidenciada por esses dados, reforçando a urgência de implementar políticas claras e o fornecer treinamento para conscientizar os colaboradores sobre os direitos das mães no ambiente de trabalho, além de inspirar o mercado como um todo”, finaliza Ana.

FONTE E OUTRAS INFORMAÇÕES: https://www.infojobs.com.br

EU ACHO …

AS TRÊS FORMAS DE AMAR

O amor ativa várias regiões do cérebro e libera uma série de neuroquímicos que influenciam nossas emoções e ações

O amor é um dos sentimentos mais profundos e complexos que os seres humanos podem experimentar. Ele transcende fronteiras culturais, históricas e até biológicas, influenciando significativamente nosso cérebro e comportamento. A psicologia do amor oferece uma visão fascinante sobre como esse poderoso sentimento molda nossas vidas e relacionamentos. Neste artigo, exploramos como o amor afeta nosso cérebro e comportamento, além de analisar os diferentes tipos de amor e suas manifestações.

COMO O AMOR AFETA NOSSO CÉREBRO

O amor ativa várias regiões do cérebro e libera uma série de neuroquímicos que influenciam nossas emoções e ações. Estudos neurocientíficos mostram que o amor romântico estimula áreas do cérebro associadas à recompensa e prazer quando estamos apaixonados. O cérebro libera uma “explosão de neurotransmissores” – dopamina, oxitocina, serotonina e vasopressina.

DOPAMINA: responsável pelas sensações de euforia e desejo.

OXITOCINA: conhecida como o “hormônio do amor”, promove a ligação emocional e a confiança entre parceiros.

SEROTONINA: ajuda a regular o humor e a ansiedade. Seus níveis podem diminuir nas fases iniciais do amor romântico, levando à obsessão comum nos primeiros estágios de um relacionamento.

VASOPRESSINA: ligada à formação de vínculos duradouros, especialmente nos homens. Estimula comportamentos de proteção, defesa e cooperação, além de influenciar a regulação emocional e comportamentos sexuais e de resposta ao estresse.

Esses neuroquímicos juntos criam a sensação de “borboletas no estômago” e a necessidade intensa de estar perto da pessoa amada, moldando nosso comportamento para favorecer a criação e manutenção de relacionamentos românticos.

DIFERENTES TIPOS DE AMOR E SUAS MANIFESTAÇÕES

O amor não é uma emoção única, mas um espectro de sentimentos que variam em intensidade e natureza. Os autores Robert J. Sternberg e Michael L. Barnes, em sua obra “A Psicologia do Amor”, identificam diferentes tipos de amor e suas manifestações:

EROS: o amor romântico e apaixonado, frequentemente associado ao desejo físico e à atração sexual. É intenso e avassalador, caracterizado pela busca de intimidade e conexão profunda com o parceiro. Manifestando-se através do toque físico, beijos e outros gestos de carinho, eros é muitas vezes o ponto de partida dos relacionamentos amorosos, alimentado pela dopamina e pela adrenalina.

ÁGAPE: o amor altruísta e incondicional, que transcende os interesses individuais. É frequentemente associado ao amor que pais sentem pelos filhos ou ao amor espiritual. Ágape se manifesta através de atos de bondade, sacrifício e cuidado, sustentado pela oxitocina, que promove a empatia e a conexão emocional. Ao contrário do eros, que pode diminuir com o tempo, ágape tende a se fortalecer à medida que a relação amadurece e se aprofunda.

PHILIA: o amor fraternal e a amizade, caracterizado pelo afeto e pela lealdade. É o tipo de amor que sentimos por amigos próximos e membros da família que não estão diretamente ligados por laços de sangue. Philia se manifesta através do apoio mútuo, da confiança e do respeito. É essencial para o bem-estar emocional, pois fornece uma rede de apoio e segurança. Esse amor é menos sobre paixão e mais sobre cumplicidade e compartilhamento de interesses e valores comuns.

Seja por meio da paixão avassaladora de eros, do altruísmo de ágape ou da lealdade de philia, o amor continua a ser uma força central na experiência humana, capaz de transformar vidas e criar laços duradouros. Entender a psicologia por trás desse sentimento pode nos ajudar a cultivar relações mais saudáveis e significativas, enriquecendo nossas vidas de maneiras profundas e duradouras.

KATIUSCIA LEÃO – Mestra em Sexologia Clínica pela ISEP MADRID, especialista em Disfunções Sexuais Masculinas e criadora do Método HES – Homens Emocionalmente Sanados

ESTAR BEM

FUNÇÃO SONECA ATIVADA

Cochilar à tarde pode ser saudável, mas deve seguir certas regras

Nos tempos das cavernas, os seres humanos seguiam um padrão de sono bifásico —um hábito de dormir em duas etapas separadas por um período de vigília. Inicialmente, quando escurecia, acendiam fogo para dormir protegidos do frio e das ameaças ao redor. Quando o fogo se apagava, era reavivado por alguém cujo sono fosse interrompido.

Mais tarde, na Roma antiga, o dia era dividido em 12 horas. A sexta hora era o momento do dia em que o sol batia mais forte e, para evitar o cansaço excessivo após o almoço, os romanos aproveitavam esse intervalo para tirar uma soneca.

A atividade evoluiu para um hábito que se tornou essencial em certas culturas, a sesta.

Atualmente, sabe-se que os espanhóis desfrutam de uma soneca diária. Nas cidades do interior da Argentina, há uma pausa durante o dia para esse breve descanso, e nas empresas de origem japonesa, há um período designado para o “hirune” (soneca da tarde), em que os funcionários dormem após o almoço.

Esses são apenas alguns exemplos de como diversas sociedades ao redor do mundo adotaram – à sua maneira – esse hábito, que persiste há séculos em razão de seus benefícios.

Empresas de tecnologia e instituições acadêmicas observaram como, nas últimas décadas, os profissionais da ciência e da medicina promovem a inclusão de sonecas nos ambientes de trabalho e educação para melhorar o desempenho e a qualidade de vida dos que frequentam esses locais.

Assim, começaram a criar espaços especialmente projetados em seus prédios para que aqueles que desejassem pudessem descansar.

Pablo Ferrero, diretor do Instituto Ferrero de Neurologia e Sono, afirma que esse tipo de descanso curto é uma necessidade biológica. Segundo ele, historicamente, isso surgiu como resultado da incompatibilidade de realizar atividades cotidianas em locais muito quentes.

“Se alguém quisesse sair para caçar, cultivar ou colher, isso era quase impossível ao sol do meio-dia”, explica.

Com isso, as pessoas interrompiam suas atividades e buscavam intuitivamente a sombra não apenas para esfriar o corpo, mas também para regular o sistema cardíaco e retomar as atividades depois. Daniel Pérez Chada, diretor da Clínica do Sono do Hospital Universitário Austral (HUA)e professor adjunto de medicina na mesma instituição, explica que, enquanto você dorme, sua pressão arterial cai e sua frequência cardíaca diminui.

“Está mais do que comprovado que as sonecas curtas são benéficas para a saúde em geral”, afirma.

Um grupo de pesquisadores suíços, em um estudo publicado no British Heart Journal, descobriu que tirar uma soneca pelo menos uma ou duas vezes por semana reduzia o risco de ataque cardíaco. No final do estudo, os pesquisadores concluíram que esse tipo de descanso auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e do cardiovascular.

‘POWER NAP’

De forma semelhante a alguns computadores que entram em repouso quando a função “power nap” é ativada, atualizando informações de atividades recentes, seres humanos também passam por esse processo.

Segundo Arturo Garay, chefe da Unidade de Medicina do Sono da CEMIC, a “power nap” — ou soneca curta – é um termo que surge de estudos que indicam que um cochilo de até 30 minutos tem um efeito restaurador no cérebro e melhora o estado de alerta.

Em populações com privação crônica de sono, como as atuais, Garay observa que fazer um breve descanso durante o dia ajuda a reduzir a fadiga, promove estados de relaxamento, diminui o estresse, melhora o desempenho visuomotor (tempo de reação) e a memória.

Pesquisadores da NASA descobriram que tirar cochilos de 30 minutos no espaço teve um efeito restaurador nos astronautas, apesar dos distúrbios endógenos e ambientais do sono que os impedem de descansar adequadamente.

”Todas as células do corpo usam o ATP (adenosina trifosfato), que é a molécula portadora de energia primária para todas as formas de vida. O cérebro percebe que quanto mais adenosina livre há, mais energia foi usada”, esclarece Ferrero.

Ele relata que, quando alguém tira um cochilo, ocorre uma “lavagem cerebral” impulsionada pelo sistema glinfático – a via de limpeza de resíduos do sistema nervoso central – que é responsável pela remoção de todas as impurezas circulantes, inclusive a adenosina.

“Quando você dorme, o sistema glinfático entra em ação, remove a adenosina e a sensação de sono desaparece. No entanto, isso é bom se você dormiu bem durante a noite, porque se você tirar uma soneca durante o dia e entrar em sono profundo, à noite você não terá a quantidade necessária de adenosina para sentir sono”, diz.

Isso acaba gerando um círculo vicioso em que a pessoa vai para a cama mais tarde, fica mais sonolenta no dia seguinte e, se tirar um cochilo, provavelmente ultrapassará a indicação profissional de 25 minutos.

“Quanto mais curta, melhor. Devemos garantir que a soneca “lave” um pouco a adenosina livre no cérebro, mas sem induzir às fases de sono profundo”, aconselha. Em relação à curta duração, Garay acredita que é essencial explicar o efeito de sonolência ou fadiga que alguns dorminhocos têm ao acordar. Um dado significativo revelado é que quando as sonecas são muito prolongadas (de duas a quatro horas), o risco de patologias, sobretudo cardiovasculares, cresce.

As sonecas a que os profissionais se referem são as pós-almoço. Idealmente, sugere-se que sejam realizadas entre as 13h e as 17h.

“Na digestão ocorre uma ação química que faz com que o cérebro fique ligeiramente letárgico”, detalha.

RECOMENDAÇÕES

Garay recomenda como condições ideais para a soneca um lugar com pouco ruído e pouca luz, mas não necessariamente escuro.

“Em vez de deitar-se na cama, é aconselhável fazê-lo em uma poltrona confortável que não seja associada ao descanso noturno”, acrescenta.

Para adormecer rápido, os profissionais recomendam usar o ruído branco, uma técnica de mascaramento de som para bloquear ou reduzir os barulhos indesejados.

A especialista em medicina do sono Sol Segura Matos explica que, caso haja tentação de esticar a soneca, é útil definir um alarme com algum estímulo sonoro no ambiente.

“Para aqueles que têm ansiedade antecipatória e não conseguem dormir rapidamente, pode ser útil ter uma minirrotina, como lavar o rosto, escovar os dentes, fechar as cortinas e/ou tocar uma playlist de ruído branco ou meditação”, sugere.

Também convém evitar refeições muito calóricas nas horas anteriores à soneca e o consumo de cafeína, que pode interferir no descanso.

Ferrero cita o exemplo de pacientes que criam técnicas para não usar um alarme ou dormir profundamente.

“Alguns deitam com uma chave ou objeto na mão para que, quando os músculos começarem a relaxar no sono profundo, o que estiverem segurando caia no chão e o barulho os acorde”, relata.

Aqueles que dormem mal à noite podem encontrar nas sonecas mais prolongadas um alívio para a insônia, mas isso dificulta a consolidação do sono noturno, diz Garay. Nesses casos, é recomendável adotar medidas de higiene do sono, como técnicas de relaxamento, respiração, yoga ou tai-chi e terapia cognitivo-comportamental.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

PARA UM SEXO BOM, CASAIS DEVEM CONVERSAR SOBRE O ASSUNTO

Especialistas afirmam que o diálogo é o melhor conselho sexual, mas também um dos mais difíceis de seguir no tom mais proveitoso

Como repórter que cobre sexo e sexualidade, passo muito tempo ouvindo especialistas exaltarem as virtudes da comunicação aberta e honesta na relação. Para ter um sexo bom – e continuar tendo ao longo do tempo -, os casais devem estar dispostos a conversar sobre o assunto, dizem eles.

No entanto, algumas pessoas preferem terminar seus relacionamentos a ter essas conversas, diz Jeffrey Chernin, terapeuta de casamento e família e autor de “Achieving intimacy: How to have a loving relationship that lasts” (“Alcançando a intimidade: como ter um relacionamento que dura”, em tradição livre). Especialmente se as coisas no quarto não estiverem indo muito bem.

“Uma das coisas que costumo dizer aos casais que estão tendo problemas é: “Gostaria que houvesse outra maneira de resolver isso”, lamenta. “Mas a única maneira que conheço de ter uma vida sexual melhor, ou de retomar sua vida sexual, é discutir o assunto.

Chernin reconhece o quanto conversas do gênero podem ser estressantes, às vezes transformando-se em acusações, depreciação ou isolamento. Considerando isso, as sugestões a seguir podem ajudar.

ABRACE O DESCONFORTO

É comum que os parceiros tenham dificuldade em falar sobre intimidade e desejo. Pesquisas sugerem que, mesmo em relacionamentos de longo prazo, as pessoas sabem apenas cerca de 60% do que seu parceiro gosta sexualmente e apenas 25% do que não gosta.

Cyndi Darnell, terapeuta sexual e de relacionamentos na cidade de Nova York, conta que seus pacientes frequentemente lhe dizem que falar sobre sexo é “estranho” – o que é ainda mais verdadeiro “se você passou meses ou anos evitando isso”, afirma a especialista.

“Fomos levados a acreditar que o sexo é natural”, acrescenta. “Porém, se fosse fácil e natural, as pessoas não teriam tanta dificuldade como têm.

Ela menciona um casal com quem trabalhou, ambos na casa dos 50 anos, que não fazia sexo há anos. Sempre que falavam sobre isso, brigavam. Então, eles procuraram ajuda externa para superar a vergonha e a raiva. Na terapia, eles perceberam que haviam se concentrado apenas na penetração, mas o marido estava realmente desejando proximidade e ternura. E quando a mulher percebeu que o marido não iria “para cima” sempre que ela se aconchegasse com ele, eles puderam ser mais sensuais e íntimos um com o outro – e conversar sobre o que gostavam de fazer e por que, afirma Darnell. Mas isso exigiu disposição, curiosidade e aceitação.

PRECISAMOS CONVERSAR’

Pode ser possível amenizar a angústia que geralmente acompanha essas conversas se elas forem abordadas com sensibilidade.

“Quando um parceiro diz “Precisamos conversar”, a outra pessoa se sente como se estivesse indo para a sala do diretor”, argumenta Chernin.

O terapeuta explica e cita alguns exemplos de frases que serão mais construtivas durante a discussão.

“Você pode falar algo como “Por um lado, sei que é muito difícil falar sobre isso. Por outro, acho que é importante para o nosso casamento ou para o nosso relacionamento podermos ter algumas discussões sobre nossa vida sexual”, completa.

Em seguida, pergunte ao parceiro: “O que podemos fazer a respeito?”

Segundo Darnell, escrever um roteiro pode oferecer apoio. Ela propõe sugestões como: “Nosso relacionamento é muito importante para mim, e eu gostaria que o sexo fizesse parte dele (novamente). Gostaria de saber se isso é algo que você também gostaria de fazer?” Para Maggie Bennett-Brown, pesquisadora do Kinsey Institute e professora assistente da Texas Tech University, nos Estados Unidos, “não precisa ser explícito”. Talvez seja o caso de dizer ao parceiro que gosta quando ele lhe abraça ou planeja uma noite romântica na cidade, por exemplo.

Se já faz algum tempo que não há intimidade entre o casal, pode ser útil relembrar das últimas vezes – e isso pode levar a uma pergunta mais profunda.

“Se as pessoas nunca tiveram uma conversa sobre: “Do que você gosta?”, esse é um bom primeiro passo”, aponta Bennett-Brown.

CUIDADO COM A OCASIÃO

Seja cauteloso ao iniciar uma discussão sobre sexo enquanto estiver na cama, principalmente se você estiver sendo crítico. Apesar disso, alguns casais acham mais fácil falar sobre sexo quando estão se recuperando do prazer, ressalta.

“Pense em uma conversa como uma série de discussões”, aconselha Chernin.

“Dessa maneira, você não estará colocando muita pressão sobre si mesmo ou sobre seu parceiro.

CUIDADO COM A OCASIÃO

Seja cauteloso ao iniciar uma discussão sobre sexo enquanto estiver na cama, principalmente se você estiver sendo crítico. Apesar disso, alguns casais acham mais fácil falar sobre sexo quando estão se recuperando do prazer, ressalta.

“Pense em uma conversa como uma série de discussões”, aconselha Chernin.

“Dessa maneira, você não estará colocando muita pressão sobre si mesmo ou sobre seu parceiro.

AJUDA ESPECIALIZADA

Se seu parceiro não estiver disposto a conversar – ou se a conversa for dolorosa, não apenas desconfortável – um terapeuta sexual ou conselheiro de casais poderá ajudar a mediar a situação, de acordo com Darnell. Ela não minimiza o fato de que essas conversas podem ser de alto risco. Contudo, observa que o sexo pode nem sempre ser um componente necessário de um relacionamento romântico satisfatório.

“Uma das perguntas que faço com frequência aos meus casais para os quais o sexo é uma questão tênue e difícil é: “Esse relacionamento precisa ser sexual?”, afirma a especialista. Ela trabalhou com um casal na faixa dos 30 e 40 anos que percebeu que gostava de flertar, entretanto não queria ir além disso.

“A permissão para não fazer sexo nessa fase do relacionamento foi enorme e um alívio. O sexo é muito mais do que apenas o que fazemos quando estamos sem as calças”, observa Darnell.

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