SAÚDE EM EQUILÍBRIO

QUANTO TEMPO VOCÊ PASSA SENTADO?

Novo estudo aponta os riscos de ficar muito tempo nessa posição

Passar horas seguidas sem se mexer aumenta o risco de morte por doenças cardiovasculares e outras enfermidades, segundo pesquisadores dos EUA. Permanecer nessa posição mais do que 11 horas por dia, por exemplo, aumenta em mais de 78% o risco de morte por doenças cardiovasculares e em 57% o de morrer por qualquer outra enfermidade em relação a quem fica menos de nove horas no sofá, por exemplo. Isso é o que mostram pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em um artigo publicado no Journal of the American Heart Association, periódico da Associação Americana do Coração.

Além de comprovar o prejuízo do excesso de horas sem atividade, os cientistas também constataram que passar mais de 15 minutos ininterruptos sem mobilidade também afeta a saúde. Os autores avaliaram o tempo sedentário de quase 6 mil idosas com o auxílio de um acelerômetro – dispositivo colocado no quadril que detecta a postura e a movimentação – durante sete dias. Os dados foram processados por um algoritmo, que excluiu os momentos de sono. Depois, os registros de saúde das voluntárias foram acompanhados pelos oito anos seguintes.

“O resultado corrobora que o comportamento sedentário aumenta o risco de morte, e o dado é interessante porque coloca um corte, um número de horas”, diz Everton Crivoi do Carmo, educador físico, doutor em ciências do esporte e responsável pela preparação física no Espaço Einstein Esporte e Reabilitação.

Carmo explica que a falta de atividade física traz prejuízos em vários aspectos. Sem a exigência de se adaptar para responder a um esforço, o coração vai ficando menor e mais fraco. Há o aumento da glicose em circulação, já que ela não precisa ser usada como combustível para os músculos. Isso, por sua vez, diminui a sensibilidade à insulina, gerando a predisposição ao diabetes.

FORÇA

O especialista diz ainda que ficar parado aumenta os triglicerídeos e os marcadores pró-inflamatórios no sangue. Além disso, a falta de ativação muscular prejudica a capacidade de produzir força. “A pessoa se cansa por qualquer coisa, então se submete cada vez menos a esforços, o que a faz perder mais força, deixando-a ainda mais cansada e gerando um ciclo vicioso”, diz o especialista.

No estudo, houve a associação com o sobrepeso e o tabagismo, o que pode ser o indicador de certo estilo de vida, diz o especialista. “Para revertê-lo, é preciso entender os fatores de motivação da pessoa, estabelecer metas e objetivos com significado, propor atividades e responsabilidades em casa, por exemplo.”

Mas ele reconhece que, muitas vezes, essa não é uma tarefa fácil: “Muitos idosos acabam ficando mais isolados, a família está distante e, sem querer, o próprio ambiente promove o sedentarismo. É preciso participar de atividades sociais, incentivara pessoa a fazer pequenas tarefas, como se levantar para tomar água, sair de casa, fazer uma caminhada diária ou atividades simples, como a jardinagem.”

SEDENTARISMO

O alerta sobre os perigos do sedentarismo vale também para os mais jovens. “Em qualquer idade, não adianta passar duas horas na academia e ficar o resto do dia sentado”, reforça o especialista do Einstein.

“Nosso dia a dia estimula o comportamento sedentário, mas é preciso pensar em estratégias para manter um estilo de vida ativo, com pequenos exercícios ao longo do dia, seja fracionando-os, seja aproveitando as oportunidades para caminhar ou subir escadas, por exemplo.”

OUTROS OLHARES

ALÍVIO QUÍMICO

As dúvidas mais frequentes sobre antidepressivos

Os antidepressivos estão entre os medicamentos mais prescritos nos Estados Unidos. Isso se deve, em parte, ao fato de que o número de pessoas diagnosticadas com depressão e ansiedade tem aumentado, e as prescrições cresceram muito em algumas faixas etárias durante a pandemia.

Apesar da predominância desses medicamentos, alguns pacientes têm “concepções errôneas significativas” sobre como os medicamentos funcionam, diz Andrew J. Gerber, psiquiatra e presidente e diretor médico do Silver Hill Hospital em New Canaan, no estado americano de Connecticut.

Cerca de 80% dos antidepressivos são prescritos por médicos do atendimento primário que não tiveram treinamento extensivo no controle de doenças mentais.

Paul Nestadt, professor de psiquiatria da Johns Hopkins School of Medicine, conta que os pacientes lhe dizem: “Sabe, doutor, já tentei de tudo”. Mas muitas vezes, diz ele, “eles nunca testaram uma boa dose, ou só tomaram o remédio por uma ou duas semanas”.

A seguir, confira algumas dúvidas frequentes sobre antidepressivos:

COMO OS ANTIDEPRESSIVOS FUNCIONAM?

Há muitos tipos de antidepressivos, e cada um funciona de forma um pouco diferente. Em geral, eles iniciam uma mudança na forma como as células cerebrais —e diferentes regiões do cérebro — se comunicam entre si, explica Gerard Sanacora, professor de psiquiatria da Escola de Medicina de Yale. Os ensaios clínicos demonstraram que os antidepressivos são geralmente mais eficazes para a depressão moderada, grave e crônica do que para a depressão leve. Mesmo assim, o efeito é modesto quando comparado ao placebo.

COMO POSSO SABER QUAL DELES DEVO TOMAR?

Os antidepressivos mais comumente prescritos são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), como Prozac ou Zoloft, e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), como Cymbalta e Effexor. Os dois tipos tendem a ter menos efeitos colaterais do que os antidepressivos tricíclicos, como a clomipramina, ou os inibidores da monoamina oxidase, como a fenelzina.

De modo geral, os ISRS e os IRSN são igualmente eficazes.

Porém, para algumas pessoas, as diferenças entre esses medicamentos – mesmo os da mesma classe – não são nada sutis. Se um deles não parecer adequado, há outras opções. Os especialistas reforçam a importância de consultar um médico para encontrar o melhor tipo.

QUANTO TEMPO OS ANTIDEPRESSIVOS LEVAM PARA FAZER EFEITO?

Um mito comum é que os antidepressivos são “soluções rápidas”, diz Kao-Ping Chua, pediatra e pesquisador de políticas de saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan.

“Definitivamente, não é o caso”, explica.

Em geral, pode levar de um a dois meses para o paciente começara ver efeitos positivos, dizem os especialistas. E isso presumindo que o indivíduo esteja tomando a quantidade ideal.

No início, os médicos tendem a fazer check-ins mais frequentes para que possam monitorar os pacientes.

“Pode levar algum tempo para identificar a dose certa”, afirma Chua.

Se a dosagem for ajustada e ainda assim não estiver funcionando, “mudar para um antidepressivo diferente pode ser razoável”, diz.

Se estiver apresentando sintomas agudos ou debilitantes de depressão, inclusive pensamentos de automutilação, você pode procurar ajuda imediata ligando para o Centro de Valorização da Vida (CVV), discando 188.

OS EFEITOS COLATERAIS SÃO INEVITÁVEIS?

Não. Ao contrário dos antidepressivos mais antigos, os medicamentos ISRS e IRSN normalmente não têm muitos efeitos colaterais de curto prazo e, se tiverem, geralmente são leves.

Alguns dos mais comuns, que podem surgir poucos dias após o início da medicação, são a diminuição da libido, dor de cabeça, boca seca e dor de estômago. Mas muitas pessoas não sentem nenhum efeito colateral, segundo os especialistas.

Os efeitos colaterais de curto prazo geralmente desaparecem à medida que seu corpo se ajusta à medicação — você deve saber quais são os mais prováveis de persistir dentro de duas a três semanas após o início do tratamento, diz Nestadt. A diminuição da libido pode ser persistente, o que pode ser um fator decisivo para que as pessoas não queiram continuar com a medicação, explica. Nesse ponto, os médicos podem tentar tratar o problema com um medicamento adicional ou mudar o antidepressivo.

O uso prolongado pode trazer outros efeitos colaterais, inclusive ganho de peso ou apatia emocional.

Por fim, os antidepressivos podem reagir ao consumo de outros medicamentos. Um ISRS associado ao ibuprofeno, por exemplo, eleva o risco de sangramento gastrointestinal. Além disso, o consumo de álcool durante o tratamento geralmente não é recomendado

 DEVO FAZER MAIS ALGUMA COISA ALÉM DE TOMAR O MEDICAMENTO?

Sim. A terapia continua sendo um dos primeiros trata- mentos recomendados para a depressão. Os antidepressivos não fazem com que os problemas desapareçam, mas podem facilitar seu enfrentamento, afirma Chua.

Mudanças no estilo de vida também podem ajudar, apontam especialistas. Pesquisas demonstraram que a prática de exercícios pode reduzir os sintomas da depressão. Além disso, uma dieta saudável para o coração pode ser benéfica, embora sejam necessárias mais pesquisas sobre como os alimentos afetam o humor. Dormir muito ou pouco também afeta a maneira como nos sentimos.

OS ANTIDEPRESSIVOS SÃO USADOS PARA OUTROS FINS ALÉM DA DEPRESSÃO?

Sim. Eles também podem tratar condições de dor crônica, como herpes-zóster e enxaqueca, bem como ansiedade, fobia social, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo.

E QUANTO AO ALERTA DE ‘TARJA PRETA’?

Em 2004, a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador americano, determinou um aviso de “tarja preta” dizendo que o uso de certos antidepressivos pode estar ligado a ideação e comportamentos suicidas em adolescentes. Três anos depois, a advertência foi ampliada para incluir pessoas de 18 a 24 anos.

A advertência foi baseada em uma análise de testes de medicamentos nos quais não houve suicídios. Entretanto, os pesquisadores descobriram um risco significativo de pensamentos suicidas. Outros estudos descobriram que os ISRS diminuem as taxas de suicídio e o comportamento suicida entre os jovens, o que levou alguns especialistas a pedir que a advertência fosse reavaliada

COMO SABER QUANDO É HORA DE PARAR DE TOMAR ANTIDEPRESSIVOS?

Em geral, os psiquiatras recomendam que se discuta a possibilidade de suspender a medicação depois que você estiver sentindo os benefícios da medicação por pelo menos seis meses. Estudos mostram que “pacientes que estão se saindo bem com antidepressivos têm maior probabilidade de sofrer recaídas de depressão se pararem de tomar os remédios”, informa Chua.

Mas esse não é o caso de todos, acrescentou ele, portanto consulte um médico para decidir se deve parar de tomar o medicamento.

Estudos sugerem que a abstinência pode ser especialmente difícil para usuários de longo prazo que diminuem o consumo dos medicamentos. Na Nova Zelândia, por exemplo, uma pesquisa com pessoas que usaram antidepressivos de três a 15 anos descobriu que os efeitos da abstinência eram uma das queixas mais comuns.

Outra pesquisa que acompanhou 250 usuários de longo prazo nos Estados Unidos, todos diagnostica- dos com uma doença mental grave, como esquizofrenia ou transtorno depressivo maior, constatou que cerca de metade dos que tentaram parar de tomar suas medicações classificou a abstinência como grave. Alguns dos problemas que eles tiveram incluíram alterações no sono, aumento da ansiedade, fadiga, sintomas semelhantes aos da gripe e problemas gastrointestinais.

A psicoterapia pode ajudar as pessoas a interromper o uso de antidepressivos com sucesso. Mas é sempre importante reduzir a medicação sob a supervisão de um médico.

Em alguns casos, caso a redução gradual não seja feita de maneira suficientemente lenta, os pacientes podem experimentar o que é comumente chamado de “zaps” cerebrais, que se assemelham a choques elétricos, ou outros efeitos colaterais, como explica David J. Hellerstein, professor de psiquiatria clínica no Centro Médico Irving da Universidade de Columbia.

A redução gradual é especialmente importante com um antidepressivo que tem meia-vida curta, como a venlafaxina ou a paroxetina, acrescenta. Quando os pacientes interrompem o uso de medicamentos como esses, a quantidade de medicação no corpo “se reduz muito rapidamente”, esclarece.

Algumas pessoas com depressão crônica e recorrente podem precisar tomar antidepressivos indefinidamente, diz Hellerstein.

Isso geralmente é considerado seguro, observa o especialista, acrescentando que é muito mais arriscado para as pessoas ficarem sem tratamento.

GESTÃO E CARREIRA

HABILIDADES EMOCIONAIS NA CARREIRA PROFISSIONAL CONTEMPORÂNEA

Nos anos 2000, quais habilidades um profissional precisava ter para se destacar?

A fluência em softwares e a capacidade de navegar pela internet eram alguns dos requisitos indispensáveis. No entanto, a paisagem profissional de hoje exige um novo conjunto de habilidades.

Em um mundo que valoriza a capacidade de adaptar-se rapidamente, é imprescindível desenvolver uma mente que equilibre a inteligência emocional e a racional. Essa síntese não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade fundamental e perene. Uma pesquisa do PageGroup destaca uma mudança significativa no que líderes de grandes empresas na América Latina consideram essencial: 33,8% valorizam a inteligência emocional como a segunda habilidade mais crucial.

O Fórum Econômico Mundial estima que até 2030, oito das dez habilidades mais necessárias para os profissionais envolverão competências socioemocionais. Mas por que essa ênfase? À medida que o mundo avança na automação, qualidades distintamente humanas emergem como essenciais. Habilidades para gerir emoções, liderar equipes, negociar e resolver conflitos, antes importantes, são agora vitais para o capital intelectual de um profissional.

Esse novo paradigma ressalta a crescente demanda por profissionais que não apenas respondam a situações, mas também as antecipem e as transformem. A habilidade de planejar estrategicamente, com uma visão clara e disciplinada, torna-se decisiva. Não se trata apenas de estabelecer metas, mas de desenvolver um caminho pragmático que transforme visões em resultados tangíveis.

Isso se complementa pela colaboração multidisciplinar, indispensável na busca por soluções que cruzam fronteiras entre diversas disciplinas, potencializando a inovação. Ademais, a capacidade de desconstruir antigos paradigmas e aprender continuamente é crucial, atuando quase como o oxigênio para a sobrevivência profissional contemporânea. Isso desafia os profissionais a permanecerem flexíveis e abertos a novos métodos e ideias. Difícil? Sim! Porém necessário se você quer ter as melhores oportunidades.

A curiosidade intelectual eleva-se de uma mera habilidade para um imperativo, impulsionando profissionais a liderar mudanças e antecipar tendências. Manter-se relevante no mercado significa superar limites pessoais e garantir um lugar de destaque no ambiente de trabalho, envolvendo mais do que a simples maestria tecnológica: requer um desenvolvimento pessoal e profissional contínuo.

E, por último, não se esqueça: na sociedade contemporânea, o futuro é agora!

LUCIANA ZANINI – Executiva especialista em finanças, pessoas e negócios, é Diretora Financeira e Administrativa no Inhotim – (https://www.inhotim.org.br).

EU ACHO …

PRECISAMOS NOS RELACIONAR COM A TECNOLOGIA DE MANEIRA SAUDÁVEL

O psicólogo israelense Yair Amichai-Hamburger, em seu livro Technology and Psychological Wellbeing (em tradução livre Tecnologia e Bem Estar Psicológico), cita outro psicólogo, Daniel Goleman, que diz estarmos vivendo “a era da melancolia”, pois na atualidade a depressão atinge muito mais pessoas que no passado; diz também que uma das maiores causas desse problema deve ser a tecnologia que nos cerca.

Nosso estilo de vida é cada vez mais moldado pela tecnologia: celulares, computadores e a internet estão conosco a todo momento; sentimos uma compulsão por checar nossas mensagens e redes sociais e comprar o que há de mais recente em termos de tecnologia.

Amichai-Hamburger, em artigo publicado pela revista The New Scientist, pergunta se estamos sendo servidos ou escravizados pela tecnologia que nos rodeia – e imediatamente responde, dizendo acreditar que a tecnologia está afetando nosso bem-estar. Reconhece que tecnologia é importante, mas diz que precisamos impedir que ela controle nossas vidas.

Há evidências acadêmicas mostrando que as pessoas que dão muito valor aos bens materiais, e isso vale para tecnologia, são menos felizes do que as menos materialistas. Materialismo é associado a baixa autoestima, pouca empatia e tendência à manutenção de relações conflituosas.

Além disso, nossa cultura constantemente relembra-nos que “tempo é dinheiro”, o que gera uma necessidade de atingirmos altos padrões de eficiência, levando ao uso constante de notebooks e celulares, suprimindo as fronteiras entre o trabalho e o lar, diminuindo a qualidade do relacionamento familiar e fazendo com que as pessoas se foquem no aqui e agora, em prejuízo de seus objetivos de longo prazo.

Como forma de combater essa postura, Amichai-Hamburger recomenda a aplicação dos preceitos contidos na Self-Determination Theory (SDT), desenvolvida pelos psicólogos Edward Deci e Richard Ryan, da Universidade de Rochester. A SDT identifica três elementos vitais para o desenvolvimento pessoal saudável.

O primeiro deles é a autonomia, a sensação de que nossas atividades são escolhidas (e aprovadas) por nós mesmos. Quando nos sentimos no controle, somos capazes de organizar nossas atividades e definir as fronteiras entre elas. Já quando temos a percepção de que não estamos no controle, tornamo-nos vulneráveis aos nossos impulsos e deixamos as decisões a cargo de terceiros. No que se refere à tecnologia, para ganharmos o controle bastaria desligar celulares em determinados períodos e fixarmos horários para checar e responder e-mails e irmos às redes sociais.

O segundo elemento é o senso de eficiência, a crença de que nossas ações são real- mente efetivas. Muitos se sentem eficientes apenas quando tem o modelo mais novo de celular ou quando um grande número de pessoas viu as fotos que postaram nas redes sociais. Mas a verdadeira eficiência precisa ser uma continuação da autonomia: saber o que realmente é importante e fazer isso da maneira mais efetiva, usando tecnologia se e quando aplicável.

O terceiro elemento é a necessidade de nos sentirmos próximos a outras pessoas – e a tecnologia é uma ameaça a essa proximidade: equipamentos acabam criando uma bolha que nos desconecta dos relacionamentos normais – relacionamentos virtuais podem ser interessantes, mas muitas vezes eles se estabelecem em prejuízo dos relacionamentos reais.

Há também evidências acadêmicas mostrando que uma das diferenças principais entre pessoas felizes e infelizes é a presença ou a ausência de relacionamento social satisfatório. O convívio intenso com amigos e familiares é necessário à felicidade.

Amichai-Hamburger menciona um quarto elemento: o pensamento crítico, dizendo que no mundo atual, onde as pessoas estão potencialmente disponíveis para absorver mensagens em tempo integral, é fundamental saber como analisar a qualidade dessas mensagens e simplesmente saber ignorar as que não tem valor.

O autor conclui que o uso desses quatro elementos é a melhor maneira de fazer com que possamos nos relacionar com a tecnologia de maneira saudável, melhorando nossa qualidade de vida sem prejuízo de nosso desempenho profissional.

Vale a pena refletir a respeito.

VIVALDO JOSÉ BRETERNITZ – Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.

ESTAR BEM

5 HÁBITOS PARA MELHORAR A LIBIDO

Saiba como a combinação de diferentes fatores tem relação com o aumento do desejo sexual

A perda da libido pode estar relacionada a muitas causas, pois tanto homens quanto mulheres estão suscetíveis a sofrer com essa indisposição. Para Thiago Viana, médico do esporte e nutrólogo, a raiz desses problemas pode ser desde a qualidade dos relacionamentos, situações de estresse, ansiedade no trabalho, autoestima e deficiência hormonal até traumas de infância ou uso de medicamentos como antidepressivos. Por isso, é necessário realizar uma avaliação para entender todas as causas da perda da libido, pois os agentes que influenciam nessa condição são multifatoriais.

“A avaliação envolve a dieta da pessoa, ou seja, o que ela está comendo, o horário, a qualidade e a quantidade da alimentação. Além da qualidade do sono, avaliando as horas dormidas, se há presença de sonhos e se o paciente acorda descansado. Qualidade de vida e libido andam juntas, por isso, homens e mulheres desejam os dois, especialmente a busca pelo prazer. E quando analisamos os fatores que contribuem negativamente para a qualidade de vida, até mesmo uma relação tóxica entre os casais pode ser um influenciador”, destaca.

Além disso, é essencial avaliar alguns hábitos da pessoa, como a prática de exercícios físicos, com que frequência e em que horários estão sendo realizados. “Questões relacionadas a vícios como tabagismo e consumo excessivo de álcool, também devem ser observadas, pois, influenciam significativa- mente no tratamento”, aponta o médico e nutrólogo.

Além desses, Viana considera necessário analisar aspectos mais profundos para a perda da libido, como por exemplo, as vivências durante o ato sexual e que podem deixar traumas decorrentes de experiências passadas. “É importante abordar questões como disfunção erétil e ejaculação precoce em homens, assim como a dificuldade de alcançar o orgasmo em algumas mulheres. Esses fatores estão intrinsecamente ligados à qualidade do sono, ao relacionamento interpessoal e ao contexto emocional, incluindo a dinâmica do casal.”

Outro aspecto importante apontado pelo médico está no uso de medicações para outras doenças, que também é um ponto a ser observado e afeta a libido do paciente. Para o nutrólogo, todos os fatores apresentados anteriormente são levados em consideração para um tratamento completo e eficaz.

Para ajudar nesse sentido, Thiago Viana apresenta os 5 pilares e pequenos hábitos diários que podem impulsionar sua libido, além de orientar um caminho mais saudável e com mais prazer.

MAIS DISPOSIÇÃO

TREINAR E PRATICAR EXERCÍCIOS

Um dos primeiros passos é começar um tipo de atividade ideal para cada fase do tratamento, que podem variar, por exemplo, em treinos de cardio, ganho de massa muscular ou ambos, mantendo conforme a necessidade da pessoa. O exercício físico não só melhora a libido, mas também reduz a mortalidade e faz bem para a saúde como um todo.

MANTER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

É essencial corrigir hábitos alimentares prejudiciais. Evitar o consumo de gorduras saturadas e açúcares, bem como regular os horários das refeições são pontos importantes neste processo. Ou seja, modificar os hábitos considerados ruins como o de pular refeições e comer em excesso à noite, são fundamentais para regular os níveis de insulina.

EQUILIBRAR A MEDICAÇÃO EA SUPLEMENTAÇÃO

A medicação e a suplementação desempenham uma função chave para o aumento da libido. A suplementação é essencial para garantir a ingestão adequada de vitaminas e minerais, muitas vezes difíceis de obter apenas pela alimentação. A vitamina D, por exemplo, é fundamental para a imunidade e a saúde intestinal, áreas frequentemente afetadas em pacientes obesos. Além disso, para o público que está na faixa entre 50 e 70 anos de idade, a suplementação desta vitamina é mais recomendada. Desta forma, alcançar níveis ideais de vitamina D pode exigir suplementação oral ou até mesmo injetável.

FAZER REPOSIÇÃO HORMONAL

Em alguns casos existe a necessidade de reposição hormonal, principalmente, quando a baixa do hormônio é verificada depois de avaliação médica e de exames clínicos, excluindo outros diagnósticos.

Lembrando que o hormônio é apenas um pilar quando se pensa em libido, por isso, é necessário avaliar todo o resto em conjunto para tomar a melhor conduta.

TER UM SONO DE QUALIDADE

A quantidade e qualidade do sono são muito importantes na busca pela melhora da libido. Neste sentido, boas práticas como manter o quarto escuro, evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir e não comer em excesso antes de deitar, são recomendações que fazem toda a diferença e, em alguns casos, o uso de suplementos ou fitoterápicos para promover o relaxamento antes de se deitar.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

A ABNEGAÇÃO DE UMA VIDA DEDICADA AOS OUTROS

Mulheres enfrentam solidão no casamento ao serem relegadas aos cuidados domésticos e ficarem como as únicas responsáveis pela casa e pelos filhos

Em “A Rosa Púrpura do Cairo”, filme que rendeu a Woody Allen, em 1985, prêmios nos festivais de Cannes, César, Bafta e Globo de Ouro, além de uma indicação ao Oscar, a doce e recatada Cecilia, personagem de Mia Farrow, passa os dias cuidando do lar e do marido, enquanto ele se entrega à jogatina e à bebedeira com os amigos. Cecilia só encontra refúgio para sua solidão no cinema, onde assiste repetidamente ao mesmo longa-metragem que batiza a película, numa espécie de metalinguagem que alcança a obra e a existência. É a vida imitando a arte, e vice-versa, nos diria o famoso aforismo.

A situação exibida na tela não é incomum na realidade. A psicóloga Renata Borja recorre a um fator cultural para explicar a solidão vivenciada por muitas mulheres no casamento. “Até 60 anos atrás, a mulher não saía para o mercado de trabalho. O homem era responsável pelo sustento da família, enquanto a mulher tinha obrigações com a casa e os filhos”, comenta. Essa clara separação interferia nos relacionamentos para além do matrimônio, pois a mulher ficava restrita aos laços familiares, ao passo que o homem acabava convivendo com colegas de trabalho, que se tornavam amigos.

Ainda que de uma maneira mais implícita do que antigamente e com a mulher já devidamente inserida no mercado de trabalho, observa Renata, permanece “uma expectativa da sociedade sobre a mulher para que ela arque com as responsabilidades referentes ao lar e ao cuidado dos filhos”.  “Para as mulheres, parece que está prescrito, culturalmente, que elas devem querer ser mães, o que não significa que os homens também não desejem constituir família”. No cômputo geral, no entanto, o resultado foi a sobrecarga das mulheres, o que pode interferir no tempo de lazer com outras pessoas.

“Ainda que haja mudanças em curso e a gente perceba os homens mais ativos e participativos na vida em família, como pais, participando dos processos e não somente delegando as atividades para as mulheres, ainda há uma pressão maior sobre elas no que se refere ao cuidado da casa e dos filhos. Ou seja, as mulheres não perderam essa responsabilidade que já existia e passaram a acumular, também, as do mercado de trabalho”, constata a especialista. Com relações construídas por parte da nova geração em torno de um maior equilíbrio, essa balança ainda pesa contra as mulheres. Renata pontua que “nem todos os homens se adequaram aos ventos da nova realidade”.

“Ainda existem, em nossa sociedade, preconceitos em relação a funções domésticas, como se elas só pudessem ser exercidas por mulheres”, avalia. Seria a famosa e ultrapassada frase “Isso é coisa de mulher”, que procura limitar a pessoa em uma camisa de força. Nessa perspectiva discriminatória, sair com os amigos para jogar bola aos fins de semana e tomar uma cerveja seria “coisa de homem” enquanto para as esposas estaria reservado o papel de ocupar-se do lar, isoladas em uma cativa solidão.

A psicóloga, todavia, não perde a esperança de um futuro mais justo e igualitário. “A mudança leva certo tempo para que possa finalmente acontecer”, afirma. Em sua pesquisa de mestrado, Renata encontrou resultados que mostram pouca discrepância na importância conferida por homens e mulheres à família, no que tange a considerar-se bem-sucedido, “havendo praticamente um empate em todas as faixas etárias”, informa ela. As exceções foram pontuais. Por exemplo, a partir dos 6S anos, a importância dada pelas mulheres à família era de 78%, contra 55% dos homens.

Curiosamente, as mulheres que estabelecem conexões para além do núcleo matrimonial, seja com amigas, irmãs, primas ou outras parentes, tendem a manter com mais assiduidade, na opinião de Renata, essas relações. “Asmulheres que mantêm amigas costumam sair para almoçar juntas ou fazer outros eventos, de modo que elas não deixam esses laços se perderem com o tempo”.

OS PERIGOS DE SE DEDICAR SOMENTE AOS DEMAIS

Criador da chamada “terapia cognitivo-comportamental”, o psiquiatra norte-americano Aaron Beck (1921-2021) desenvolveu um estudo em que dividiu as pessoas em dois grandes grupos de análise: o dos que se dedicam aos outros, conhecidos como “sociotrópicos”, e os autônomos, focados em independência e autossuficiência. “Em termos de gênero, podemos entender que, culturalmente, as mulheres foram condicionadas à sociotropia, e os homens, à autonomia, embora, por se tratar de um perfil de personalidade, haja homens e mulheres com ambas as características”, explica a psicóloga Renata Borja, para quem essa “moldagem” prejudicou as mulheres.

“As mulheres que se dedicaram a cuidar dos outros e não desenvolveram estratégias autônomas se deprimiam quando perdiam o marido, por separação ou morte, ou quando os filhos saíam de casa, com a famosa síndrome do ninho vazio”, sublinha ela, em referência aos estudos conduzidos por Aaron Beck. Por outro lado, homens habituados a atuar apenas de forma autônoma tendiam à depressão ao perder o emprego ou não conseguir uma vaga almejada. “O ideal seria a pessoa investir tanto em seus projetos pessoais quanto no cuidado com o outro, para alcançar um equilíbrio e conseguir se segurar nos casos de perda que acontecem”, pondera Renata.

O risco de uma vida dedicada ao outro é que, inevitavelmente, uma hora esse outro vai partir, seja para assumir a função de cuidado, por exemplo, com filhos que virão, não dependendo tanto mais da proteção de outrora, ou mesmo para se autocuidar, numa postura de autonomia e independência recorrente na evolução da vida adulta. “Quando se perde a pessoa que era a fonte do cuidado e para a qual o sentido da vida foi direcionado, a sensação de vazio pode levar a quadros de depressão”, finaliza Renata.

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