SAÚDE EM EQUILÍBRIO

APNEIA PODE AFETAR A MEMÓRIA

Estudo mostra que pausas respiratórias noturnas prejudicam estágios do sono

Pessoas que sofrem de apneia do sono, um distúrbio que pode causar uma parada da respiração, podem ter mais risco de perda de memória e problemas cognitivos, sugere um estudo recém-apresentado no encontro da Academia Americana de Neurologia, que aconteceu em Denver, Estados Unidos. Segundo os autores, o resultado reforça a importância de diagnosticar corretamente a doença.

A apneia é uma doença caracterizada por pausas respiratórias durante o sono que levam à queda da saturação do oxigênio no sangue e geram microdespertares noturnos. Como alguns desses episódios são de curta duração, muitas vezes a pessoa não tem consciência deles nem se lembra de ter acordado. Mas esses despertares causam a fragmentação do sono.

O estudo apresentado no congresso envolveu 4.257 pessoas, que responderam um questionário do National Health and Nutrition Examination, informando seus dados sobre a qualidade do sono, com questões relacionadas a ronco, pausas respiratórias, sensação de acordar sem ar, e sobre a dificuldade de memória, a concentração ou a confusão mental. Após o ajuste de fatores que podem afetar a memória, como idade e nível educacional, os pesquisadores constataram que aqueles que apresentavam sintomas de apneia tinham 50% mais risco de ter problemas de memória.

Uma das limitações do trabalho é que ele não usou exames de polissonografia para fazer o diagnóstico de apneia. Embora o estudo não aponte uma relação de causa e efeito, a associação entre a pausa respiratória e a cognição faz sentido, dizem os especialistas. “A apneia causa uma alteração da arquitetura do sono, que é a distribuição dos estágios de sono ao longo da noite. O sono fragmentado altera esses estágios, geralmente resultando em redução daqueles mais profundos, que têm um papel importante no funcionamento do cérebro, na formação da memória e na capacidade de aprendizado”, explica a neurologista e especialista em medicina do sono Maíra Honorato, do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, a própria queda da saturação de oxigênio afeta diretamente o funcionamento do cérebro.

A apneia também prejudica outra função importante do sono, que é a ativação de um processo de “limpeza cerebral”, o sistema linfático, que drena resíduos tóxicos do Sistema Nervoso Central.

RISCO

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da apneia estão ser do sexo masculino, idade avançada, obesidade, má formação craniana e retrognatia (a posição do maxilar em que o queixo fica para trás). A doença causa sintomas noturnos (ronco, pausas respiratórias, acordar com falta de ar ou várias vezes à noite) e diurnos (sonolência, cansaço, dificuldade de concentração e problemas de memória).

O tratamento depende da gravidade, da idade do paciente e da presença de fatores como má formação craniana e inclui o uso do CPAP (um dispositivo usado para dormir que gera pressão nas vias aéreas por meio de uma máscara), cirurgias ortognáticas, sessões de fonoaudiologia e tratamento odontológico, com o uso de uma placa mandibular, além de mudanças no estilo de vida.

OUTROS OLHARES

RECONHECIMENTO FACIAL ERRA GÊNERO DE PESSOAS TRANS

Taxa de acerto fica abaixo de 60%; falha causa transtorno em aplicativos

Pessoas trans querem mostrar que existem para empresas que usam reconhecimento facial como chave de acesso. A biometria do rosto teria precisão maior do que 95%, segundo fornecedoras da solução, mas para quem é transgênero a taxa de acerto cai para menos de 60%.

A falha ocorre porque o algoritmo de identificação se baseia em medidas da face, como distância entre os olhos ou entre o nariz e o lábio superior e pode confundir o gênero da pessoa identificada. As chances de erro ficam ainda maiores durante o tratamento hormonal para transição de gênero, principalmente masculina, em que o rosto pode ganhar pelos e a linha do cabelo pode mudar. O estudante Ariel Viktor Freitas, 23, teve problemas para acessar sua conta no Nubank, após um ano e meio de tratamento hormonal. “Estou tendo problemas porque minha cara mudou”, escreveu no Twitter.

Ele tentou resolver o problema três vezes no chat disponível no aplicativo e não teve sucesso. Na terceira, recomendaram ligar para o banco. A central telefônica o instruiu a enviar um e-mail.

Depois disso, o Nubank disponibilizou uma opção e permitiu que o jovem acessasse o aplicativo ao enviar uma foto com a identidade. Freitas diz que enfrenta o mesmo problema com o Banco Pan há meses e não teve solução.

À reportagem o Nubank diz que, caso haja algum desafio de identificação de legitimidade, conta com procedimentos internos “em constante aprimoramento”, que mesclam tecnologia e trabalho humano com equipes treinadas, para confirmar que a solicitação é legítima.

O banco Pan afirma que o processo de cadastro de seus clientes envolve o envio de ao menos um documento com foto. “Clientes em transição de gênero ou alteração de nome social podem solicitara atualização desses dados inclusive para fins de biometria.”

O projeto “Eu existo” busca conscientizar empresas sobre o entrave que o reconhecimento facial impõe à população transgênero no Brasil, sobre a qual não há dados oficiais levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Tecnologias de análise facial erram o gênero de uma pessoa trans em até 40% das vezes, mostra estudo da Universidade do Colorado, de 2019. Os testes foram feitos com 2.450 imagens coletadas no Instagram.

Os modelos, segundo o estudo, eram completamente incapazes de reconhecer gêneros não binários.

Revisão bibliográfica deste ano da professora Katja Thieme, da Universidade de British Columbia, no Canadá, mostra que pouco mudou.

Os modelos de inteligência artificial no reconhecimento facial são meras ferramentas estatísticas. Pesquisadores ouvidos dizem que o primeiro passo para resolver o problema é convencer as empresas que adotam a tecnologia de que elas dão espaço para um comportamento discriminatório.

“Uma vez que o processo de retificação do comportamento da IA é caro e difícil, as empresas não vão passar por isso sem serem pressionadas”, afirma o designer de redes neurais argentino Marcelo Rinesi, que trabalhou em testes da criadora do ChatGPT, OpenAI. A ONG Casarão, em parceria com a agência Publicis e a comunidade Egalitrans, lançou um app para tentar solucionar o problema, que reproduz a transfobia presente na sociedade, na avaliação de Yonara Oliveira, líder do projeto “Eu existo”.

Trata-se de uma API – espécie de bloco de código que pode ser acrescentado a outros programas ou sistemas – especializada em reconhecer pessoas trans. As empresas interessadas podem integrá-la às suas próprias tecnologias de reconhecimento facial. “A gente mostra o problema, o caminho e a solução para nos tirar da invisibilidade, por meio da tecnologia”, diz Oliveira. A campanha “Eu existo” ainda colhe imagens de pessoas transgênero para treinar o modelo de inteligência artificial e melhorar a precisão do reconhecimento facial.

As fotos coletadas são usadas para treinar o modelo de inteligência artificial e depois apagadas. “O projeto atrasou alguns meses por essa preocupação de estar tudo em conformidade com a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados]”, diz Jairo Anderson, diretor de Criação da agência Publicis.

“Precisamos chegar a mais de 90% de precisão para conseguirmos fechar parcerias com as empresas”, diz Anderson. Essa faixa de certeza é um padrão mínimo para adoção no mercado – o ideal é ficar acima dos 95%.

RECONHECIMENTO FACIAL NÃO BATE COM DOCUMENTO

O programador Noah Scheffel, 31, não consegue sequer criar contas digitais em bancos, barrado pelo crivo do reconhecimento facial.

O algoritmo o identifica como homem, mas seu documento continua com seu antigo nome. Essa incompatibilidade trava o sistema, que costuma pedir foto.

No caso de Scheffel, a troca de nome tem empecilho além dos gastos no cartório: ele tem duas filhas e precisaria registrar novas certidões de nascimento das crianças e atualizar a documentação delas. “Eu teria de passar por toda essa jornada adicional só por ser uma pessoa trans”, diz Scheffel. “O aprendizado de máquina considera a questão da barba, do cabelo e associa com uma noção registrada de gênero, nós não precisamos estar dentro desta caixa.”

FOTO ANTIGA NA JUSTIÇA ELEITORAL GERA PROBLEMAS NO GOV.BR

O jornalista Caê Vatiero, 25, relata problemas com o serviço do governo, o Gov.br. Depois da transição de gênero, o reconhecimento facial necessário para receber o padrão ouro deixou de funcionar.

A tecnologia do governo usa como base retratos da base da Justiça Eleitoral. No caso de Vatiero, a foto é antiga, por isso, a incompatibilidade. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos diz que oferece alternativas de acesso a quem tem problemas como reconhecimento facial, como a autenticação pelo QR Code da nova Carteira Nacional de Identidade. Também é possível atualizar a foto junto à Justiça Eleitoral ou fazer um certificado digital. O ministério acrescenta que é possível conseguir padrão prata com o reconhecimento facial baseado na foto da carteira de motorista.

Vatiero acessou o chat do aplicativo Gov.br e foi instruído a procurar um totem de autoatendimento, que funciona em horário comercial, para atualizar a sua foto, o que ele ainda não teve tempo para fazer.

GESTÃO E CARREIRA

COMO ALCANÇAR A RECEITA DE SUCESSO PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA E A COMPETITIVIDADE

No setor dinâmico e altamente competitivo de transporte e logística, onde a eficiência e a pontualidade são cruciais, é preciso encontrar formas para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente.

Nesse contexto, uma metodologia tem se destacado como uma abordagem poderosa para atingir esses objetivos de forma sistemática e sustentável. Provavelmente você já deve ter ouvido falar da metodologia Lean e se ela ainda não faz parte da gestão da empresa onde trabalha, então, ela corre o sério risco de ficar para trás diante dos seus competidores.

O objetivo da metodologia Lean é minimizar desperdícios em todos os processos e maximizar o valor para o cliente, tornando as rotinas de trabalho mais dinâmicas e melhorando significativamente a eficiência operacional. Ao eliminar desperdícios e simplificar processos, fica viável produzir mais com menos recursos, reduzindo custos e aumentando a capacidade de atender à demanda do mercado de forma rápida e eficaz.

Isso não apenas melhora a rentabilidade a curto prazo, mas também aumenta a capacidade da empresa de se adaptar a mudanças nas condições do mercado a longo prazo.

Na logística, na prática, tudo isso envolve identificar e eliminar desperdícios em todas as etapas da cadeia de suprimentos, desde o armazenamento até a entrega final.

Como resultado, deve-se buscar a redução do tempo de espera nos armazéns, a otimização das rotas de transporte, a minimização do tempo de inatividade dos veículos e a melhoria da precisão no processamento de pedidos. A metodologia também pode contribuir com tempos de entrega mais rápidos, menor consumo de combustível, uso mais eficiente dos recursos e, consequentemente, maior lucratividade.

Outro ponto importante referente à metodologia Lean é o fato de promover uma cultura de melhoria contínua, estimulando a inovação dentro da organização. Ao enfatizar a importância da identificação e eliminação de desperdícios, encoraja os funcionários a procurar constantemente maneiras de fazer as coisas melhor e mais eficientemente. Isso não apenas aumenta a motivação e o engajamento dos funcionários como também leva a ganhos na produtividade e na qualidade.

Por fim, outro aspecto fundamental do Lean é o foco no valor agregado para o cliente. Ao eliminar atividades que não agregam valor ao produto ou serviço final, as empresas podem oferecer produtos de melhor qualidade a preços mais competitivos. Além disso, a abordagem centrada no cliente do Lean também ajuda as empresas a entender melhor as necessidades e preferências dos clientes, permitindo-lhes desenvolver produtos e serviços que atendam melhor às suas expectativas.

Contudo, devo alertar que implementar a metodologia Lean não é uma tarefa simples. Demanda tempo e requer um compromisso da liderança, investimento em treinamento e desenvolvimento de funcionários e uma mudança cultural significativa em toda a organização. Além disso, a implementação do Lean não deve ser vista como um processo único, mas sim um esforço contínuo.

Agora que ficaram claros a importância do Lean e de seus benefícios, quero compartilhar alguns exemplos práticos que ocorreram na BBM Logística, apenas dois meses depois da

metodologia ser implementada na empresa. Na área administrativa, após um amplo mapeamento, redesenho e internalização do processo, o custo de envio e recebimento de correspondência foi reduzido em 80%, zerando a ocorrência de desvios de documentos no setor administrativo.

Já na área operacional, o tempo do checklist de manutenção de veículos de transporte foi diminuído em 60%. Antes, os 100 pontos de checagem da manutenção consumiam uma hora e 45 minutos em cada veículo. Ao final de três dias de mapeamento, treinamento, discussões, adequações do quadro de ferramentas e definição do fluxo contínuo, foi possível reduzir o tempo do checklist para 40 minutos por veículo.

Em resumo, se sua empresa não quer ficar para trás e precisa achar novas formas para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos, aumentar a satisfação do cliente e promover uma cultura de melhoria contínua, então, a abordagem da filosofia Lean deve fazer parte da gestão.

Embora sua implementação seja desafiadora, seus benefícios a longo prazo fazem dela uma ferramenta inestimável para as empresas se manterem competitivas em um mercado em constante mudança, garantindo sua relevância e sucesso a longo prazo.

Antônio Wrobleski – É presidente da BBM Logística – https://www.bbmlogistica.com.br.

EU ACHO …

O QUE O SEU AMBIENTE ESTÁ TE DIZENDO?

Os espaços que frequentamos desempenham um papel crucial em nossa saúde e bem-estar

Você já reparou como um ambiente bagunçado te deixa desanimado, enquanto um organizado te deixa mais focado? Ou como a presença de pessoas alegres te contagia com positividade, enquanto a de pessoas negativas te deixa para baixo? Pois saiba que não é só impressão sua: o ambiente ao seu redor tem um poder imenso de influenciar seus pensamentos, ações e até mesmo seu humor!

Estudos da psicologia comprovam: o ambiente físico, as pessoas com quem convivemos, as normas sociais e até mesmo os estímulos sensoriais que recebemos moldam nossa percepção do mundo e, consequentemente, nossas decisões, comportamentos e emoções.

Observe os espaços que frequenta diariamente: casas, escritórios, praças e locais de convivência. Eles desempenham um papel crucial em nossa saúde e bem-estar.

A seguir compartilho algumas dicas em como podemos conscientemente cultivar espaços que promovam o bem-estar em todos os aspectos de nossas vidas.

CRIE UM AMBIENTE PROPÍCIO PARA A PRODUTIVIDADE E FOCO

Organize seu espaço de trabalho, elimine distrações e invista em uma iluminação adequada. Livre-se do excesso.

MANTENHA APENAS O QUE É ESSENCIAL E TRAGA ORDEM AOS SEUS ESPAÇOS.

Uma casa arrumada é uma mente mais tranquila.

INVISTA EM EXPERIÊNCIAS ENRIQUECEDORAS

Sair da zona de conforto e se expor a novos ambientes, culturas e desafios pode ser um grande impulsionador para o desenvolvimento pessoal. Viajar para lugares exóticos, participar de eventos com pessoas de diferentes origens e experimentar novas atividades podem abrir horizontes, expandir sua visão de mundo. Participe de eventos, cursos e atividades que te motivem e te permitam aprender e crescer.

CONECTE-SE COM A NATUREZA

Passe tempo ao ar livre, pratique exercícios físicos em meio à natureza e desfrute da beleza do mundo natural. E se não puder ir, traga a natureza para dentro de seus espaços, introduzindo plantas em seus ambientes internos. Além de adicionar um toque de verde, as plantas também purificam o ar e criam uma atmosfera calmante.

PERSONALIZE SEU ESPAÇO

Adicione toques pessoais que reflitam sua individualidade e interesses. Coloque frases inspiradoras, quadros com metas, fotografias, obras de arte e objetos queridos que podem trazer conforto e alegria ao seu ambiente e te direcionar para conquistar seus objetivos.

RODEIE-SE DE PESSOAS POSITIVAS E INSPIRADORAS

Cultive relacionamentos com pessoas que te motivam, te apoiam e te inspiram a ser a melhor versão de si mesmo. Seja seletivo com quem você se permite relacionar.

Questione a influência das normas e costumes sociais: nem todas as regras e valores de um grupo são benéficas para você. Analise-as criticamente e decida se as seguirá ou não.

SEJA CRÍTICO EM RELAÇÃO AO QUE VOCÊ CONSOME

Evite conteúdos negativos e que te tragam para baixo. Opte por leituras, músicas e filmes que te inspirem e te façam sentir bem. Se você não gostar do ambiente, mude-o.

Se não puder mudá-lo, mude-se.

Ao reconhecer e honrar o poder do ambiente em nossas vidas, podemos conscientemente moldar nossos espaços para promover o bem-estar em todos os aspectos. Da serenidade dos espaços naturais à calma dos ambientes internos, cada espaço oferece oportunidades para nos reconectarmos com nós mesmos e com o mundo ao nosso redor. Então, que tal começar hoje mesmo a transformar seus es- paços, transformando assim sua vida para melhor?

O poder do ambiente está em suas mãos. Ao criar um ambiente positivo e inspira- dor, você estará investindo em seu bem-estar, crescimento pessoal e sucesso em todas as áreas da vida.

ALESSANDRA ARAGÃO – Comunicadora, trabalha com desenvolvimento humano, atuando em terapia sistêmica, mentoria positiva e coaching de vida e carreira

E mail: alessandraaragaocoachsistemico@gmail.com

ESTAR BEM

O IMPORTANTE É SE MEXER

Estudo confirma eficácia de exercícios para a prevenção e o tratamento da depressão

Uma equipe de pesquisadores formada por especialistas australianos, espanhóis, dinamarqueses e finlandeses divulgou recentemente um trabalho que mostra que os exercícios são eficazes para a prevenção e o tratamento da depressão, o que já havia sido salientado em outros estudos. No entanto, eles expuseram nesse levantamento que caminhada, corrida, ioga, treinamento de força e dança estão no topo da lista das práticas mais eficazes no combate à doença.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 218 trabalhos, que envolveram 14.170 pessoas. Segundo o estudo, não restam dúvidas de que colocar o corpo para mexer é muito importante para evitar o surgimento da depressão e combater os sintomas da depressão e que a malhação é um ótimo complemento ou uma alternativa aos tratamentos que envolvem medicamentos e psicoterapia.

A depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de acordo com estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e é a maior causa de incapacidade no planeta. Além de apontar os tipos de exercícios mais efetivos de modo geral, o estudo mostrou quais deles são os mais indicados para cada perfil de pessoa.

As caminhadas e as corridas, por exemplo, se mostraram eficazes tanto para homens como para mulheres. Já os treinos de força demonstraram ter mais efeito nas mulheres e a ioga nos homens. Os voluntários mais velhos responderam melhor com a prática de ioga e os mais jovens com os treinos de força. E em todos os casos a intensidade fez a diferença no resultado, pois, quanto mais vigorosa a atividade, melhor foi a resposta.

Parte da explicação para tantos benefícios oferecidos pelas atividades físicas para evitar o surgimento da depressão e combater os seus sintomas está ligada a questões químicas. “Os exercícios desencadeiam a liberação de neurotransmissores, como a endorfina e a dopamina, que aumentam o bem-estar, controlam o humor e combatem a ansiedade, entre outros aspectos”, explica o psiquiatra Ricardo Feldman, do Hospital Israelita Albert Einstein e fundador do Centro Feldman de Saúde, em São Paulo.

PREVENÇÃO

Feldman ainda destaca o seu papel anti-inflamatório. “Manter o processo inflamatório do organismo harmonizado é muito bom em médio e longo prazos para prevenir doenças físicas e mentais, como a depressão”, comenta o especialista.

“Além disso, há o envolvimento de neuromoduladores, substâncias que agem estimulando ou inibindo os neurotransmissores, fatores neurotróficos, que participam da produção e do funcionamento das células nervosas, processo de neurogênese, que leva à formação de novos neurônios, e a redução do estresse oxidativo, melhora da resposta imunológica, aumento da neuroplasticidade (a capacidade de adaptação do sistema nervoso central) e a liberação de miocinas, proteínas disponibilizadas durante a contração muscular”, acrescenta a educadora física Andrea Camaz Deslandes, coordenadora do Laboratório de Neurociência do Exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os efeitos psicossociais também entram na equação dos benefícios dos exercícios em relação à depressão. Entre eles se destacam o autoconhecimento, o aumento da autoestima, a percepção de competência, a redução da ruminação de pensamentos negativos, a sensação de pertencimento, a resiliência e a produção de vínculos sociais e afetivos. Por isso, muitos especialistas consideram que as modalidades em grupo, com contato com a natureza e músicas preferidas, oferecem benefícios adicionais.

QUANTIDADE IDEAL

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a realização de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana para adultos, e esse tempo pode ser reduzido se a intensidade for vigorosa.

“A boa notícia é que mesmo a duração e a frequência menores do que o proposto nessa recomendação podem trazer benefícios para a redução de sintomas depressivos”, diz Deslandes, da UFRJ. Além disso, acrescenta a educadora física, qualquer minuto conta para os que querem começar. “É importante entender a importância de quebrar a barreira para a mudança de estilo de vida que traz tantos ganhos para a saúde física e mental.”

No que diz respeito à qual modalidade escolher, os especialistas explicam que o mais relevante é procurar uma atividade que dê prazer, o que vai aumentar a motivação e a aderência ao treino. E isso é especialmente válido para quem tem depressão.

Nesse caso, também é necessário levar em consideração os sintomas da doença, em especial quando o quadro já está mais sério. “A pessoa tende a se isolar, ter sentimento de culpa e falta de energia, por isso é muito importante incentivar sem forçar ou julgar. E lembrá-la de que a evolução acontece aos poucos, pois é uma questão de treino. Quanto mais se faz a atividade física, mais é possível aumentar a quantidade e mais se veem resultados”, orienta Feldman.

Segundo o especialista, a supervisão de um profissional de educação física também pode ajudar muito, assim como a criação de uma rede de apoio formada por amigos e familiares.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SÃO, SEGURO E CONSENSUAL

Práticas fetichistas, por mais estranhas que algumas sejam, têm suas regras -a principal delas é o respeito aos limites do outro

Quando Mauro Gelmini viu uma senhora “com cara de vozinha” entrando em sua loja, no Mercado Novo, não imaginaria, nem de longe, que ela não só compraria um chicote para jogos sexuais, como também lhe ensinaria vários segredinhos sobreo mundo fetichista.

“Ela entrou com aquele jeitinho de quem faz tricô e logo descobri que frequentou bares de fetichismo em Berlim, na Alemanha. Julgar o fetiche pela aparência é impossível”, afirma o proprietário da Tuft Squad, única em Belo Horizonte dedicada exclusivamente ao fetiche.

Quem entra na loja pela primeira vez se surpreende com o número de objetos que podem transformar a relação a dois. E não estamos falando somente de vibradores. Há desde cordas e velas especiais até máscaras de animais e roupas, passando por uma “gaiola para o pênis”.

O brinquedinho é, disparado, o campeão em exotismo. ”É uma gaiola de castidade masculina, com a finalidade de prender o pênis e impedir a ereção. É uma forma de dominar a outra pessoa. É ótimo para não sofrer traição do namorado durante o Carnaval”, diverte-se Gelmini.

Se alguém sentiu uma dorzinha naquele lugar só de pensar numa espécie de “forca” – com direito a chave para evitar qualquer fuga -, pode ficar tranquilo. “Não dói, pois não permite que tenha fluxo sanguíneo suficiente para o pênis ficar ereto. O máximo que fica é ‘meia-bomba'”, explica.

Dentro de um cenário controlado, se podemos dizer assim, o fetiche é algo seguro. Um clipe preso ao mamilo ou o uso de chicote com pontas de couro podem até provocar alguma dor, de acordo com a sensibilidade de cada um, mas a ideia é criar pressão em certas partes do corpo.

“O fetiche segue a regra SSC – são, seguro e consensual. Há sempre um acordo, não se fazendo nada sem perguntar antes. Fetiche é diferente de tara, em que não se tem domínio e beira o instintivo. Tudo é feito de forma controlada e consciente”, explica Gelmini.

Ele toma como exemplo as velas feitas com parafina de soja, que só queimam à temperatura de 30″- a mesma do corpo, sem risco de machucar. “Tem pessoas que deixam pingar duas, três vez.es no braço e adoram. Outros detestam. É preciso experimentar para saber o limite”.

LIMITES

Dono de um canal no YouTube e realizador de eventos fetichistas no Lotus Irish Pub, em BH, o facilitador Lucas Ares explica que a questão do limite é extremamente subjetiva. “Uma crença que eu tenho é que todo fetiche que não é o seu acaba sendo esquisito”.

Ele observa que, “se eu tenho um tesão de usar uma máscara de cavalo, por exemplo, e quero ter uma experiência envolvendo isso, para uma pessoa que não vê o que eu vejo ou não tem o apelo emocional que eu tenho, vai soar esquisito”.

Ales afirma que os praticantes estão sempre tateando os limites. “Até a pessoa pedir para parar ou haver uma negociação que é mais incisiva, a gente vai explorando o que pode e o que não pode. No meu caso, tomo muito cuidado com as pessoas com quem me envolvo”.

Ele informa que tudo deve ser feito de forma consensual e estudada. “Mesmo que uma pessoa seja mais experiente em explorar fetiche, ainda assim ela irá no ritmo da pessoa que está insegura. Ascoisas acontecem de forma gradual, não são intensas de primeira”, destaca.

PÚBLICO DO FETICHE CRESCE EM BELO HORIZONTE

O que mais transforma a pessoa que pratica o fetichismo é a sensação de liberdade e autenticidade, de acordo com Lucas Ares. “Quando ela tem um fetiche reprimido, é como se a vida dela estivesse mais cinza e sem graça. Quando começa a explorar os fetiches e se conhecer melhor, entendendo o que gosta de fazer dentro e fora da cama, ela se sente mais completa”. O facilitador esclarece que a vida sexual de uma pessoa começa com a ideia de espelhamento. “Ela vê outras pessoas se relacionando e copia aquilo. O nosso padrão de relacionamento mais próximo vem de nossos pais ou das pessoas com quem nossos pais se relacionam”, assinala Ares, que também inclui nesse processo a influência – negativa – exercida pela internet.

“As redes sociais e a pornografia são um caminho que, muitas vezes, leva à desilusão: o que a gente vê na tela de um computador não serve para nós, porque é programado e teatralizado”, critica. Ao seguir esses caminhos de descoberta a partir do espelhamento, o resultado acaba sendo extremamente dolorido e solitário, criando o medo do julgamento do outro.

“Dentro de nossa casa, com nossa parceira ou nosso parceiro, é onde a gente tem mais medo, porque, ao manifestar um fetiche e falar sobre o que se quer na cama, corre-se o risco de ser ridicularizado e tratado como se tivesse uma doença. Escutar uma pessoa que você gosta dizer que você é doente é extremamente triste. A razão disso é que a gente nunca aprendeu a conversar sobre”, sublinha.

Ares percebe que o público do fetiche está crescendo em Belo Horizonte, mas nota que as pessoas preferem praticá-lo de forma privada. “Está havendo uma busca por autoconhecimento e realização, mas acaba sendo um pouco mais individualista. O mercado erótico se tornou o mercado do bem-estar, e as pessoas estão procurando experimentar novas sensações e novas formas de gozar”.

Há eventos constantes e de tipos variados, especialmente no Lotus Irish Pub, atraindo um público de 500 a 600 pessoas, nos cálculos do facilitador. ”Nos eventos, há um grupo menor de pessoas, mas que curtem o rolê de se montar, vestir uma roupa de vinil e frequentar um ambiente de forma mais livre e autêntica”.

No Mercado Novo, diz-se que não se pode frequentar o espaço sem dar uma passadinha pelo Tuft Squad. “Gente que nem imaginava que era fetichista acaba saindo com uma vela ou com chicote na mão. O ser humano é ensinado a fazer o sexo que a igreja ensinou. O fetiche vem mais para a pessoa se soltar, mostrar quem ela é de verdade”, pontua Gelmini.

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