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BUSCA DE REMÉDIOS PARA CRIANÇA DORMIR AUMENTA E ACENDE ALERTA EM MÉDICOS

Pais recorrem a antialérgicos e até a remédios tarja preta para melhorar o sono dos filhos; uso indevido pode resultar em sonambulismo

Com 2 anos e 4 meses de vida, o filho da administradora e empresária Talita Valentim começou a tomar melatonina para dormir. “Ele resistia ao sono, sempre se batendo, reclamando e acordando de madrugada. Foi um período bem exaustivo”, diz a mãe, afirmando que a possibilidade de transtorno do espectro autista era investigada e o pediatra indicou a substância para acalmá-lo.

A melatonina é um hormônio propagado, cada vez mais, como suplemento para melhorar o sono de adultos. Mas, segundo o presidente do Departamento Científico de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Gustavo Moreira, a procura por esse e outros caminhos também cresce para crianças – “e preocupa”.

Dúvidas e publicações online e offline indicam interesse por soluções para o sono de crianças, que vão de adolescentes até recém-nascidos. Chás, gotas de florais e medicamentos antialérgicos, que têm como efeito adverso sonolência, estão entre as saídas que entram na roda.

Pedacinhos de comprimidos tarja preta, como Zolpidem, que já são parte da rotina de um adulto da casa, são administrados de forma indevida, segundo especialistas. Mas Moreira adverte que podem causar reações como sonambulismo e terror noturno. Fernanda Dubourg, neuropediatra e especialista em Sono pela Universidade de Nantes, na França, reforça que a oferta de substâncias indutoras de sono sem acompanhamento profissional pode pôr a saúde das crianças em risco. “Não existe fórmula mágica, nem gotinha, nem jujuba, nem xarope. O que precisa ser dito é: se existem problemas com o sono, deve se procurar ajuda médica, conversar com o pediatra. É preciso avaliar a criança para caracterizar se é o sono normal ou se existe algum distúrbio do sono, ou transtorno no neurodesenvolvimento”, orienta.

Segundo Gustavo Moreira, não há estudos que demonstrem que a melatonina funcione para qualquer um. “Ela é indicada em situações específicas, para condições como o autismo, quando a produção do hormônio se encontra reduzida, e não para a população em geral”, afirma.

Faltam no país dados oficiais sobre o ritmo do consumo – e perigos envolvidos – em meio ao crescimento observado pelos profissionais da saúde.

Nos EUA, relatório publicado em 2022 pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostra que o número de ingestões pediátricas de melatonina aumentou 530% no país entre 2012 e 2021, com efeitos como distúrbios do sistema nervoso, gastrointestinais e cardiovasculares em 17,2% dos casos.

No filho de Talita Valentim, outros efeitos foram percebidos. “Ele ficava com a barriga muito inchada e chorava com a mão na cabeça. Quando descobrimos os males, fomos tirando [a substância]. A gente percebia que ele ficava como se fosse dopado. A sensação de culpa foi enorme”, diz ela. Na casa da confeiteira Didiane Singh, a descoberta de autismo no caso da filha também foi precedida por noites mal dormidas e, por fim, pela busca de alternativas.

“Eu comecei a dar chazinho de camomila, que não surtia muito efeito, e vi na farmácia terapia floral para bebês. Nos primeiros dias, eu já percebi melhora.” A menina, hoje com um ano e seis meses, faz uso de medicação para dormir, prescrita pelo médico. A mãe diz que suspendeu os florais. “O produto contém benzoato de sódio e álcool e eu não usaria de novo devido a essas substâncias”, afirma.

A médica Fernanda Dubourg reforça que em casos de insônia infantil o primeiro passo é a avaliação especializada para o diagnóstico correto e indicação do melhor plano terapêutico, na maioria das vezes não medicamentoso.

OUTROS OLHARES

JOVENS DA GERAÇÃO Z BEBEM MENOS OU NENHUM ÁLCOOL

Levantamento internacional aponta grupo como o mais sóbrio da História

A geração Z – nascida entre a segunda metade dos anos 90 até o início da década de 2010 – é a mais sóbria de todos os tempos. Dados de um estudo internacional do HBSC (grupo de estudos que analisa o comportamento de saúde em crianças em idade escolar), patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que os jovens e adolescentes estão bebendo menos do que nunca. No geral, apenas 8% ingerem álcool toda semana, um terço dos que estavam na mesma faixa etária em 2006. Além disso, 76% acreditam que tomar cinco ou seis drinques em um fim de semana pode causar “muitos problemas”.

Eles ficam sóbrios por motivos de saúde física e mental, e sem estigma: não é preciso ter sido viciado para querer ficar sem beber. Um estudo realizado no Reino Unido constatou que, entre os jovens de 16 a 25 anos, era considerado normal ser abstêmio: 26% não bebem álcool. Na geração baby boomer, aqueles que têm entre 57e 77 anos hoje, só 15% poderiam se qualificar assim.

Nos Estados Unidos, outro estudo, de 2020, constatou que, entre os universitários, os que não bebem álcool cresceram de 20% para 28% em uma década. E dos que experimentam álcool, 27% só consomem uma vez por mês, e 25% uma vez por semana.

Os jovens da geração Z foram os primeiros, mas não os únicos, a aceitar desafios ou participar de streams para evitar o hábito de beber. Uma grande variedade de desafios com a hashtag #alcoholfree servem para atrair atenção à quantidade de álcool consumida. Eles contam cada dose como quem conta calorias. Não são abstêmios, mas alguns se autodenominam “mindful drinkers” (“bebedores conscientes”, em tradução livre do inglês).

A jornalista inglesa Rosamund Dean é considerada a criadora do termo “mindful drinking”. Em 2017, publicou um livro no qual explicava suas estratégias para deixar de entender o consumo de álcool como um hábito e uma obrigação social. O livro, estruturado como um diário, descreve suas táticas.

Hashtags. Evitar ou moderar álcool é encorajado em movimentos na internet. Para ela, o ponto de virada foi a maternidade. “Como não bebi durante a gravidez, pude perceber todo o dinheiro que gastava em vinho. Além disso, carregar ressaca é mui- to difícil com criança peque- na”, escreveu na obra.

São também os jovens da geração Z que abraçam a cultura do “soberurious” (que poderia ser traduzido como “interessado em estar sóbrio”), que consiste em explorar formas de se divertir com zero álcool. O conceito surgiu em 2018, no livro homônimo da escritora Ruby Warrington. A filosofia da obra convida o leitor a questionar seus impulsos de beber: por que tomar esta cerveja e por que agora?

Mais tarde, a escritora fundou o Club Soda, uma comunidade na internet que treina pessoas para se tornarem abstêmias ou pelo menos beber moderadamente. Cerca de metade de seus 70 mil membros estão mais interessados em se tornar bebedores criteriosos do que totalmente abstêmios.

Uma pesquisa publicada no European Journal Of Public Health atribuiu ao consumo leve ou moderado de álcool quase 23 mil casos de câncer diagnosticados na Europa em 2017. Quase metade deles eram tumores de mama. O estudo mediu quantidades e garante que mais de um terço dos cânceres atribuíveis ao consumo leve ou moderado de álcool afetaram quem bebia “menos de uma bebida padrão por dia”.

Mais um trabalho, publicado no The Lancet Oncology em 2021, constata que o “consumo moderado” (menos de duas cervejas por dia por exemplo) causa mais de 100 mil cânceres por ano. Mesmo o baixo consumo, menos de 10 gramas de álcool por dia, está relacionado a mais de 40 mil tumores.

O Fundo Internacional de Pesquisa do Câncer (WCRF, na sigla em inglês) adverte que “bebidas alcoólicas de todos os tipos têm um impacto semelhante no risco de câncer, sejam cervejas, vinhos, destilados ou qualquer outra fonte de álcool”.

GESTÃO E CARREIRA

ESPECIALISTAS VEEM MERCADO PARA MULHERES 50+

Potencial de consumo de produtos e serviços por esse público ainda é pouco explorado pelas marcas no País

Só não vê quem não quer: a população brasileira está envelhecendo. Hoje, mais de 54 milhões de pessoas já passaram dos 50 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As mulheres representam 13,7%, ultrapassando 29 milhões de pessoas. O mercado, porém, ainda não entendeu o potencial de consumo desse grupo nem está preparado para atendê-lo.

As mulheres 50+ estão longe de querer ficar sentadas na varanda. Elas querem se manter ativas, profissional, social e sexualmente, então precisam de produtos e soluções que as auxiliem nessa jornada e compreendam as mudanças que chegam com o avanço da idade. Enquanto nos Estados Unidos e na Europa os negócios voltados ao bem-estar e à saúde sexual desse público já proliferam, a oferta ainda é tímida no Brasil. Autora de Etarismo – Um novo nome para um velho preconceito, a psicóloga e consultora de diversidade etária em empresas Fran Winandy afirma que o problema está diretamente relacionado à invisibilidade dessa mulher na sociedade.

“Mulheres mais velhas são consideradas assexuadas. A indústria da moda já não se interessa por elas, os homens também não”, afirma. Isso explica a necessidade que muitas sentem de esconder a própria idade, como se tivessem controle sobre o fluxo do tempo. Nadando contra a corrente, a mulher 50+ de hoje está mais empoderada e confiante, sem paciência para estagnação, diz a especialista. “Ela começa a ficar incomodada com o comodismo do parceiro, se separa. Surge uma demanda muito grande por brinquedos sexuais e por serviços e apps mais nichados”, observa.

‘DIÁLOGO’

Trabalhando com economia prateada há oito anos, a empreendedora Bete Marin é especializada em campanhas de marketing digital para empresas que querem falar com esse público. Ela diz que os profissionais de marketing já entenderam a importância da consumidora 50+ para os negócios, mas é necessário fazer uma aproximação maior.

“Precisa aprofundar o diálogo para conhecer, porque a gente parte do princípio de que é um grupo homogêneo, quando, na verdade, é diverso. Tem de entender quais são os porcentuais e perfis dentro da diversidade dessa consumidora”, defende. Ela diz que os setores de moda e de vestuário têm grandes possibilidades de lucrar com as mulheres maduras ao mesmo tempo que é o número um em reclamações. “O corpo sofre transformações com a menopausa. Todas querem acompanhar tendências, mas, em vez de se adaptar às consumidoras, o mercado fica impondo o padrão estético dos 20 anos”, destaca.

No comando da Feel, fusão das femtechs Feel e Lilit, as empreendedoras Marina Ratton e Marília Ponte se surpreenderam com a composição da clientela no início das vendas. A marca desenvolve lubrificantes naturais e um vibrador, e elas acreditavam que o público consumidor seria mais jovem. Porém, as demandas vieram em massa de mulheres com mais de 40 anos.

“São mulheres que estão passando por mudanças profundas, como a retomada do corpo após ter filhos, e há uma demanda latente por bem-estar sexual”, diz Marina. Segundo ela, as soluções naturais para a intimidade feminina ainda são raras, apesar de vivermos o auge desses produtos no mercado. “Tem um viés de gênero que esbarra na indústria, que não está olhando para essas mulheres como nicho. Além disso, o Brasil é um país conservador. Precisamos fomentar e educar para poder vender”, ressalta.

EU ACHO …

A FÉ DE UNS E DE OUTROS

Apoio que as pessoas se manifestem publicamente contra a violência urbana, contra os altos impostos que não são revertidos em benefícios sociais, contra a corrupção, contra a injustiça, contra o descaso com o meio ambiente, enfim, contra tudo o que prejudica o desenvolvimento da sociedade e o bem-estar pessoal de cada um. No entanto, tenho dificuldade de entender a mobilização, geralmente furiosa, contra escolhas particulares que não afetam em nada a vida de ninguém, a não ser os diretamente envolvidos, caso da legalização do casamento gay, que acaba de ser aprovado na Argentina.

Se dois homens ou duas mulheres desejam viver amparados por todos os direitos civis que um casal hétero dispõe, em que isso atrapalha a minha vida ou a sua? Estarão eles matando, roubando, praticando algum crime? No caso de poderem adotar crianças, seria mais saudável elas serem criadas em orfanatos do que num lar afetivo? Ou será que se está temendo que a legalização seja um estímulo para os indecisos? Ora, a homossexualidade faz parte da natureza humana, não é um passatempo, um modismo. É um fato: algumas pessoas se sentem atraídas – e se apaixonam – por parceiros do mesmo sexo. Acontece desde que o mundo é mundo. E se por acaso um filho ou neto nosso tiver essa mesma inclinação, é preferível que ele cresça numa sociedade que não o estigmatize. Ou é lenda que queremos o melhor para nossos filhos?

No entanto, o que a mim parece lógico não passa de um pântano para grande parcela da sociedade, principalmente para os católicos praticantes. Entendo e respeito o incômodo que sentem com a situação, que é contrária às diretrizes do Senhor, mas na minha santa inocência, ainda acredito que religião deveria servir apenas para promover o amor e a paz de espírito. Se for para promover a culpa e decretar que quem é diferente deve arder no fogo do inferno, então que conforto é esse que a religião promete? Não quero a vida eterna ao custo de subjugar quem nunca me fez mal. Prefiro vida com prazo delimitado, porém vivida em harmonia.

Sei que sou uma desastrada em tocar num assunto que deixa meio mundo alterado. Daqui a cinco minutos minha caixa de e-mails estará lotada de ataques, mas me concedam o direito ao idealismo, que estou tentando transmitir com a maior doçura possível: não há nada que faça com que a homossexualidade desapareça como um passe de mágica, ela é inerente a diversos seres humanos e um dia será aceita sem tanto conflito. Só por cima do seu cadáver? Será por cima do cadáver de todos nós, tenha certeza. Claro que ninguém precisa ser conivente com o que lhe choca, mas é mais produtivo batalhar pela erradicação do que torna nossa vida ruim do que se sentir ameaçado por um preconceito, que é algo tão abstrato.

Pode rir, mas acho que acredito mais em Deus do que muito cristão.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

COISA DE PELE

Lavar o rosto é básico, mas tem segredos; saiba o que não fazer

Lavar o rosto diariamente é o primeiro cuidado fundamental para ter a pele saudável e evitar o envelhecimento precoce. Provavelmente você tem esse hábito desde a adolescência, e pensar que está fazendo isso da maneira incorreta pode parecer bobagem. Mas a verdade é que a higiene inadequada pode até prejudicar a pele, seja ela seca ou oleosa.

Usar água quente, esfoliar demais e não usar o sabonete correto são alguns dos maiores erros que as pessoas cometem ao lavar o rosto, segundo dermatologistas ouvidos. Isso pode destruir a barreira natural da derme, ressecá-la, obstruir os poros e contribuir para o envelhecimento precoce.

É importante lavar o rosto duas vezes ao dia: ao acordar e antes de dormir.

“Todos os dias estamos expostos a radicais livres e fatores que colaboram para o envelhecimento, como a radiação do sol, poluição, maquiagem e outros produtos tóxicos que impregnam na pele. Não lavar o rosto, em especial no fim do dia, contribui para que esses resíduos prejudiciais se acumulem e penetrem cada vez mais fundo”, pontua a médica Priscila Barreto, especialista em dermatologia clínica e estética.

De acordo com a dermatologista Cintia Guedes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), pular essa etapa aumenta a oleosidade e contribui para o aparecimento de cravos e espinhas. Já a lavagem matinal é importante para retirar a oleosidade produzida à noite.

Confira os principais erros cometidos na hora de higienizar o rosto e como fazer da maneira correta.

ÁGUA QUENTE

Lavar o rosto com água mui- to quente é considerado o erro mais comum. Nessa temperatura, a água retira a camada protetora, resseca e desidrata a pele. Isso contribui para o envelhecimento precoce e, em pessoas com a derme oleosa, pode causar um efeito rebote com a superprodução de sebo, tornando-a ainda mais oleosa.

Para quem gosta de tomar banho quente, o ideal é esperar para lavar o rosto após o banho, em água corrente, na pia do banheiro. Mesmo sem lavar, o calor do chuveiro resseca não só o rosto, mas também o corpo e dos cabelos. De acordo com especialistas, o ideal é optar pela água morna.

ESFREGAR OU ESFOLIAR MUITO

Outro erro comum é esfregar – mesmo que seja com uma escova específica – ou esfoliar demais o rosto. Embora esse processo remova as células mortas, óleos e sujeira, ajudando a fazer com que a pele pareça impecável, ela também remove as células saudáveis da pele.

“Usar uma bucha, por exemplo, é importante para áreas ásperas do corpo. A pele do rosto é sensível e não é interesse fazer isso porque ela retira a camada que tem a função de proteger contra agressões”, explica Guedes. O mesmo vale para esfoliantes. O uso desses produtos em excesso pode causar irritação, ressecamento, descamação e erupções cutâneas.

Usar as mãos é o jeito ideal de lavar o rosto. Para quem gosta da “sensação de limpeza” proporcionada pela esfoliação ou pela escova facial, a recomendação é fazer isso entre uma e duas vezes por semana, no máximo. Outro ponto importante é que quem tem acne não deve utilizar esses produtos quando a pele estiver com muitas erupções. Isso pode agredir o local, aumentando o risco de manchas e cicatrizes.

LAVAR DEMAIS

Lavar o rosto duas vezes ao dia é a quantidade ideal, segundo dermatologistas. Fazer isso apenas de manhã e à noite ajudará a remover a sujeira e a gordura em excesso, manter as imperfeições afastadas, mas ainda garantir que a pele tenha a proteção necessária.

Porém, a Academia Americana de Dermatologia recomenda lavar o rosto também depois de suar. Nesse caso, para quem acorda e vai para a academia ou realiza algum exercício intenso no meio do dia, Barreto recomenda limpar o rosto apenas com água ou água termal ao acordar e deixar para passar o sabonete após a atividade física.

Outra dica importante é: se o sabonete facial em excesso é prejudicial, não utilizá-lo em nenhum momento também é. As dermatologistas alertam que apenas a água não é suficiente para higienizar bem o rosto e remover impurezas.

USAR O SABONETE ERRADO

Utilizar um sabonete ou loção de limpeza específico para o rosto é fundamental. Guedes explica que a composição da pele nessa área é diferente, com outras necessidades. Usar o produto do corpo ali pode causar ressecamento, sensibilidade e maior produção de sebo em pessoas com tendência a oleosidade. Além disso, o ideal é procurar um produto indicado para o seu tipo de pele.

“Quem tem pele oleosa, precisa de ativos que ajudam a controlar a oleosidade, como ácido salicílico e ácido glicólico. Já quem tem a pele seca precisa de ativos mais hidratantes”, explica a dermatologista.

A pele seca pode se beneficiar de produtos com ácido hialurônico – que, apesar do nome, é um ativo hidratante – e glicerina. Para esse tipo de derme também é recomendado optar por produtos na forma de espuma ou syndet (um tipo de detergente sintético), que são menos agressivos.

UTILIZAR APENAS LENÇO DEMAQUILANTE

Usar um produto para tirar a maquiagem antes da lavagem é um passo fundamental. Os lenços demaquilantes são aliados práticos e rápidos para isso. Mas, embora convenientes, eles não equivalem a lavar o rosto, pois também deixam resíduo.

Se você é fã desses produtos, pode continuar usando, desde que se lave com um sabonete específico depois. Esses lenços podem conter conservantes ou álcool, que irritam a pele. A recomendação é utilizá-los pontualmente. No dia a dia, prefira demaquilantes em creme, loção e água micelar.

O JEITO CERTO DE SE CUIDAR

1 – Molhe o rosto com água morna ou fria

2 – Com sabonete específico para a área do rosto e para seu tipo de pele, esfregue até fazer espuma

3 – Use as pontas dos dedos para aplicar o produto na pele. Comece pela testa e desça até o nariz e as bochechas (evitando os olhos),e depois até o queixo, em movimentos circulares suaves

4 – Enxague o rosto com água morna ou fria até remover todo o produto

5 – Utilize uma toalha limpa e macia para secar o rosto, com um toque suave, sem esfregar

6 – Complete a limpeza com um tônico adstringente. Consulte um dermatologista para entender qual tipo de produto é mais recomendado para sua pele e idade

7 –  Com o rosto ainda úmido, finalize com hidratante, mesmo se sua pele for oleosa (há produtos específicos)

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

COMO LIDAR COM A DIVERGÊNCIA SOBRE TER FILHOS?

Segundo psicólogas, escolher encerrar o relacionamento quando as duas pessoas têm objetivos de vida diferentes é um sinal de maturidade e previne ressentimentos futuros

No último dia 13 de janeiro, o humorista Fábio Porchat anunciou o término do seu casamento com a produtora cinematográfica Nataly Mega após oito anos de relacionamento. Segundo ele, o motivo foi a divergência entre os dois sobre o desejo de ter filhos. Enquanto o ator não se vê como pai, o que ele já manifestou em várias declarações públicas, Nataly teria o sonho de ser mãe.

A psicanalista Nacília Marques diz que esse tipo de situação é mais comum do que parece. Isso porque, se décadas atrás muitas pessoas acabavam tendo filhos sem refletir muito sobre o assunto, hoje este tipo de decisão se tornou cada vez mais planejada, em especial entre pessoas de classe média a alta, que têm investido mais em autoconhecimento.

A consultora de imagem Priscila Citera, de 42 anos, é um exemplo dessas pessoas. Ela tinha 30 anos e estava casada havia oito quando percebeu que não queria aumentar a família, ao contrário do então marido. “Já estávamos juntos tinha um bom tempo e entendemos que era a hora de ter filhos. Eu parei de tomar o remédio que evita gravidez, mas, toda vez que eu menstruava, ele ficava triste e eu me sentia aliviada”, diz.

“Foi então que percebi que tinha algo de errado e comecei a trabalhar isso na terapia. Com o tempo, percebi que aquele não era um sonho meu de verdade. Eu só naturalizei porque a sociedade dizia que, depois de casados, a gente deveria ter filhos”, afirma Priscila.

Ela decidiu, então, terminar o relacionamento, mas optou por não revelar ao ex o real motivo. Priscila diz que, influenciada pelo pensamento machista dominante da sociedade de que toda mulher deve sonhar com a maternidade, ela se sentiu uma pessoa egoísta por ter tomado essa decisão.

ESCOLHA QUE GERA CONSEQUÊNCIAS

Para a psicóloga Gabriela Luxo, a maternidade ou paternidade deve ser uma escolha tomada não só em casal, mas também individualmente e após muita reflexão, afinal, tem grande impacto na vida das pessoas. Em alguns casos, pode ser interessante procurar sessões de psicoterapia para se conhecer melhor.

“A chegada de uma criança muda completamente a rotina. Quando a pessoa tem um filho sem querer realmente, ela vai passar por uma série de questões emocionais para lidar com a sensação de mudança e de frustração em relação às coisas que podiam ser feitas antes, sem a criança, e que depois não podem mais”, diz.

As duas especialistas ressaltam ainda que tomar esse tipo de decisão por pressão de outras pessoas – seja do parceiro romântico, da família ou da sociedade, de forma geral – cria problemas não só para a pessoa que tomou a decisão, como também para a criança e para o casal.

“Provavelmente, a pessoa que não quer genuinamente ter filhos não vai conseguir dar o carinho e a atenção que gostaria para a criança e pode até se sentir culpada por isso”, diz Natália. “Isso pode afetar a autoestima da criança ao passo em que ela se sente indesejada”, aponta Gabriela.

Ao mesmo tempo, segundo Natália, o companheiro que queria ter filhos tende a ficar frustrado ao longo do tempo, pois o seu real desejo era de que o outro quisesse a criança tanto quanto ele – algo que está fora do controle de ambas as partes.

A tendência é que, mesmo inconscientemente, a pessoa que cedeu (seja tendo filho sem querer, seja deixando de tê-lo para se adaptar ao desejo do outro) culpe o parceiro por estar vivendo algo que não gostaria. Com o tempo, isso produz ressentimento e tende a afastar o casal.

Priscila concorda com as especialistas. “Só tive coragem de contar para o meu ex-marido o real motivo pelo qual decidi terminar depois de alguns meses. Na época, ele chegou a dizer que, se eu tivesse falado a verdade, ele teria aceitado não ter filhos para ficar comigo, mas respondi que mesmo assim não daria certo, pois ele passaria a vida toda jogando isso na minha cara”, diz.

“No final, ele concordou comigo e entendeu que fiz o melhor para os dois”, acrescenta a consultora de imagem. O ex- companheiro, de acordo com ela, se casou novamente e teve filhos.

DIÁLOGO

As profissionais recomendam também honestidade no diálogo com o parceiro. Se o plano de ter filhos está completamente descartado, vale a pena conversar sobre isso com o companheiro abertamente já no início do relacionamento, de forma a evitar frustrações e permitir que o outro faça suas escolhas.

“O ideal é que as pessoas conversem sobre seus objetivos de vida desde o começo do relacionamento e busquem namorar com quem está alinhado a eles”, recomenda Gabriela.

Mesmo assim, Natália lembra que é comum que as pessoas mudem de ideia sobre seus objetivos de vida ao longo do tempo, como foi o caso de Priscila. Por isso, é importante que exista respeito e um canal de escuta sem julgamentos para entender as fases do outro. “Infelizmente não é isso que vemos nos consultórios. Muitos casais têm dificuldade em conversar abertamente”, diz Gabriela.

Também pesa no cenário a possibilidade maior de adiar a gestação atualmente em relação ao que havia no passado. Isso ocorre diante do avanço das  técnicas de fertilização e das mudanças de hábitos socioeconômicos e culturais, como o fato de uma parte das mulheres buscarem foco e estabilização na carreira antes de serem mães. Com isso, muitos casais adiam ao máximo as conversas sobre engravidar ou adotar uma criança.

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