OUTROS OLHARES

ACESSO A TRATAMENTO CRIA UM CENÁRIO DESIGUAL NO COMBATE AO CÂNCER NO PAÍS

Enquanto no sudeste a previsão é que mortes entre homens caiam, no Norte projeção é de alta

Quando o assunto é câncer, cada região do Brasil tem um caminho a trilhar para o país alcançar a meta de, até 2030, reduzir em 33% a mortalidade prematura – de pessoas de 30 a 69 anos. Entre os entraves locais estão o acesso a exames e a oferta de tratamentos.

Dados publicados na revista científica Frontiers in Oncology e divulgados na quinta-feira (2) em evento na sede do Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro, mostram que enquanto no Sudeste existe a previsão de redução de 14,5% considerando todas as formas de câncer entre os homens, no Norte a projeção é de aumento de 1,1%, quando comparados os dados de 2011 a 2015 e as projeções de 2026 a 2030. Entre as mulheres, os números são respectivamente -5,5% e 3,2%. “Ainda há uma disparidade muito grande”, avaliou Marianna Cancela, pesquisadora do Inca e uma das autoras do trabalho.

Membro do conselho diretivo da UICC (União Internacional para o Controle do Câncer), Ana Cristina Pinho Mendes Pereira disse que diversas questões podem contribuir para as disparidades, como a situação socioeconômica, o local de moradia (urbano ou rural, por exemplo), o gênero e a idade do paciente. Ela citou também que pessoas com deficiências físicas ou mentais e integrantes de grupos minoritários podem encontrar mais barreiras no tratamento.

“Essas dificuldades precisam ser notadas e consideradas, com apresentação de propostas diferenciadas”, afirmou a diretora-geral substituta do Inca, Liz Maria de Almeida, durante o evento.

Realizado em referência ao Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro), o encontro destacou a posição do Brasil diante do objetivo proposto pela ONU (Organização das Nações Unidas) de, até 2030, os países reduzirem em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promoverem a saúde mental e o bem-estar.

Pelas perspectivas atuais, apenas o câncer de pulmão conseguirá se aproximar do objetivo, com uma redução de 28% no âmbito nacional. O resultado, nesse caso, é um reflexo dos esforços governamentais de longo prazo de controle do tabagismo.

A mortalidade prematura por câncer colorretal, por outro lado, deverá subir 10,2% entre homens e 8,5% entre mulheres. O recorte regional mostra que a variação vai de 4,5% no Sudeste a 52% no Norte (homens) e de 0,3% no Sul a 37,7% no Nordeste (mulheres). As participantes chamaram a atenção ainda para a manutenção das taxas elevadas de câncer do colo do útero, que pode ser erradicado com a vacina contra o HPV e o Papanicolau, e de câncer de mama. Neste último, a previsão é de crescimento de 0,1% na mortalidade prematura no país, com redução de 4% no Sudeste e aumento de 1,0% no Sul, 4,0% no Centro-Oeste, 7,3% no Nordeste e 25,6% no Norte. “Sua cidade, o local onde você mora não pode determinar se você vai viver ou morrer de câncer”, criticou Maira Caleffi, chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento (RS) e presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), nesta sexta-feira (3).

Também integrante da UICC, ela disse que há um esforço para aumentar a conscientização sobre o problema da desigualdade no combate ao câncer e para mostrar que a resposta para o problema precisa levar em conta cada contexto.

Na região Norte, por exemplo, em que há grande dificuldade de locomoção, é possível investir em barcos com profissionais de saúde e equipamentos para a realização de exames. Outra forma de lidar com a questão do deslocamento, evitando que as pessoas tenham de viajar, é firmar parcerias com clínicas particulares, nas quais muitas vezes há equipamentos ociosos. “Atualmente, não conseguimos realizar a cirurgia sem uma biópsia e sem saber qual o tipo de tumor, e a espera para esse exame é um dos grandes gargalos”, exemplifica. Em relação à espera, ela pontuou a importância da navegação do paciente, com orientações e apoio desde a prevenção até o fim do tratamento.

A forma como cada região vem se recuperando da pandemia também repercute, uma vez que muitos atendimentos ficaram represados. No caso do Papanicolau, por exemplo, dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Mulher indicam que, em 2019, 84% das mulheres haviam realizado o exame há menos de dois anos. Em 2021, a taxa caiu para 77,6%.

Outro ponto é a adoção dos mesmos protocolos. “Não dá para cada profissional ter uma conduta, precisamos otimizar recursos”, afirma.

Regionalizar a instalação de Cacons (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) e na radioterapia intensiva, por sua vez, são formas de caminhar para o acesso universal ao tratamento, já que permitem deslocamentos e estadias menores. Por fim, as especialistas concordam que é preciso unir vozes e esforços, uma vez que o câncer é um problema de todos. O Ministério da Saúde afirmou que “estuda um plano que vai fortalecer as ações e os serviços de tratamento e combate ao câncer por meio de estratégias de prevenção e diagnóstico precoce, no âmbito da atenção primária e especializada, com plano terapêutico integral e o monitoramento dos principais tipos de cânceres, com a articulação de toda a rede disponível no país”.

OUTROS OLHARES

CRIANÇAS COM CÂNCER ENSINAM ÀS MÃES A LIDAR COM A DOENÇA

Quatro famílias contam como enfrentam juntas o tratamento oncológico

Mães sabem o que é ter dor de dente, medo do escuro, não querer dormir, sofrer bullying. Elas passaram por isso na infância e na adolescência e conseguem entender o que os filhos estão sentindo. Mas, quando o que aflige é o câncer, não há experiência prévia e a família tem de aprender junto, desde o começo.

O diagnóstico abala as mães, e a forma como elas lidam com a notícia e compreendem a doença tem impacto na maneira como os filhos encaram o tratamento, afirma Renata Petrilli, coordenadora da equipe de psicologia do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer).

“Há pessoas que recebem como um diagnóstico de morte e outras como um alívio, porque peregrinaram por vários lugares em busca de uma resposta”, afirma a psicóloga.

Por isso, é importante identificar quais são as representações e os receios. “Os responsáveis dizem que é como se tivessem sido atropelados, que o mundo caiu sobre a cabeça, então é um medo não particularizado. Eles não falam: ”Tenho medo da sonda no nariz”, “tenho medo da cirurgia”.

Compreender a origem dos medos das crianças e adolescentes também é fundamental porque, apesar dos avanços, o tratamento oncológico continua sendo muito invasivo e pode gerar traumas que permanecem na vida adulta.

A partir da identificação, diz Petrilli, as psicólogas trabalham para a família ter recursos emocionais e articular os pensamentos em prol da ação e do propósito do tratamento. Elas lembram ao paciente quem ele era e incentivam a reflexão sobre o que quer para o futuro.

“Não é uma história de horror, mas também não é um conto de fadas. Precisamos falar que é uma doença, precisa tratar, haverá momentos bons e momentos não tão bons e que estaremos juntos”, afirma Monica Cypriano, diretora médica do Graacc. “A família tem de se unir e os agregados também.”

Cypriano afirma que, ao contrário dos adultos, que sofrem por antecipação, as crianças focam o presente. Assim, é muito comum vê-las dando força para as mães e para os pais, estes minoria no grupo de acompanhantes.

“Se a criança está com náusea, ela fica chateada, mas, se ela está se sentindo bem, vai brincar, correr e as mães tiram muita força disso, de ver o filho pulando”, diz. “As crianças ensinam mais às mães como lidar com o processo do que o contrário. Elas pensam: “Meu filho está rindo, porque eu estou chorando?.”

MARIA E OLÍVIA

Em agosto de 2021, todos achavam que a dor que a estudante Olívia Maria de Oliveira Garcia sentia estava relacionada ao ciclo menstrual. Ela ia ao hospital em Pouso Alegre (MG), recebia medicação para cólica e era encaminhada para casa.

“Mas a dor foi ficando tão intensa que eu não conseguia mais fazer tarefas diárias, só ficar deitada. Comecei a ficar com febre, parei de comer, de ir ao banheiro”, relata a estudante, hoje com 17 anos.

“Fiquei sabendo que era câncer quando fomos buscar o resultado da biópsia”, lembra Olívia. “A primeira coisa que perguntei foi: ‘Mãe, meu cabelo vai cair?’.”

“Nunca vimos uma criança com câncer na minha cidade, então para mim era uma doença do mal que só dava nas pessoas velhas”, conta a mãe, a dona de casa Maria Eluíza de Oliveira, 52. “Depois, fomos aprendendo o que era.”  Olívia passou por uma cirurgia para retirada do tumor no ovário e, com o resultado da biópsia, foi encaminhada ao Graacc, aonde chegou em janeiro de 2022.

No começo, segundo Olívia, a mãe assistia a vídeos sobre a doença, o que a incomodava. “Ela pesquisava e vinha falar para mim. Não é porque aconteceu com uma pessoa que vai acontecer comigo também.” “Eu queria saber o que ela ia passar para poder lidar melhor, para estar preparada”, confidencia Maria. “A psicóloga falou para eu não fazer mais isso, que estava fazendo mal para a Olívia, e a médica explicou que os organismos são diferentes.”

Hoje, quando Olívia está mal, a mãe tenta ajudá-la observando seus limites. “Eu respeito a dor dela e ficar ao lado é uma maneira de ela se sentir protegida, segura e saber que não está sozinha”, afirma Maria.

RAFAELA, RAFAEL E ARTHUR GABRIEL

Quando chegou ao hospital, Arthur Gabriel Borges Frasão, 8, ganhou duas telas da psicóloga. A primeira, sugeriu a mãe, Rafaela Frasão, 36, ele poderia pintar e a segunda poderia servir para colher as digitais de toda a equipe de saúde. Seria um quadro das “digitais do amor”.

A ideia de sujar as mãos das “tias” acalmou o garoto e em poucas semanas o espaço em branco foi preenchido. “Ver agora as digitais traz a lembrança de que os profissionais se doaram para cuidar dele. Você precisa desse tipo de tratamento, de alguém para cuidar, porque, querendo ou não, o carinho de terceiros também ajuda”, diz a mãe.

O menino foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin no início de 2022. “Falei para ele que era câncer e, quando os médicos chegavam, ele dizia: “Tio, pode falar porque eu preciso saber”, lembra a mãe. “Ele foi aprendendo sobre a doença conforme ele sentia. E eu fui aprendendo pesquisando e perguntando, pedindo para me explicarem.”

“A doença é muito traiçoeira, muito perigosa. Em uma hora ele pode estar bem e, na outra, pode já não estar mais entre nós. Esse elemento me ensinou muito a ser mais unido e a não deixar nada para depois porque depois pode ser tarde”, afirma Rafael Borges, 33.

Agora que teve alta e vai voltar para Palmas, Arthur quer emoldurar a tela. Ele decidiu que será cirurgião pediátrico, que vai trabalhar no Graacc e pretende colocar o quadro no consultório para mostrar para todas as crianças.

JAQUELINE E SARAH

No início de outubro de 2022, Sarah Matos Muniz, 10, relatou incômodos no corpo e que o lado direito do abdômen parecia mais alto. Como ela não sentia dor, a queixa não alarmou a mãe, a professora Jaqueline Matos de Lima, que decidiu aguardar a consulta com a pediatra.

Poucos dias depois, porém, a irmã de Sarah caiu sobre o braço já fraturado e a mãe decidiu levar as duas filhas para o Hospital do Servidor Público Municipal. Lá, o médico notou que havia algo anormal no ultrassom da mais velha, pediu a internação dela e desconfiou que pudesse ser tumor de Wilms, o que depois se confirmou.

“Falei para ela: ‘Você está com um caroço na barriga. É grande e vai ser necessário remover o rim, mas fica tranquila que vai dar tudo certo’”, conta a mãe.

“Acabei descobrindo sozinha que era um tumor”, revela Sarah para surpresa de Jaqueline. “Para me distrair, peguei o celular da minha mãe e vi a mensagem que ela tinha mandado para o meu pai, falando que era um tumor. No começo, chorei um pouco, fiquei um pouco triste.”

“Conhecemos esse tumor lá no hospital, conversando com os médicos”, diz a mãe. “Quando eu fico sabendo de alguma coisa, já quero pesquisar, saber mais, mas nesse caso não. Para ficar mais tranquila, prefiro não buscar informações fora dos médicos. Também orientei a Sarah a não ficar pesquisando, porque o que está na internet não é exatamente o caso dela e isso pode causar mais ansiedade.”

Sarah foi encaminhada para o Graac e, em 26 de outubro, foi submetida a uma cirurgia. Em seguida, iniciou as sessões de quimioterapia. “Quando o cabelo dela começou a cair, fiquei um pouco angustiada. É uma aflição terrível pentear e o cabelo sair totalmente na mão”, afirma Jaqueline. “Mas eu olhava para a Sarah e ela estava em paz, tranquila, e então eu pensava que tinha de me recompor. A doutora do Hospital do Servidor falou que eu tinha de me controlar, tentar ser firme e passar positividade para ela, e eu tenho feito isso desde o começo.”

SHIRLEY E JOAQUIM

Enquanto Joaquim, 8, diverte-se na brinquedoteca aguardando o horário da sessão de quimioterapia, a assistente financeira Shirley Pereira da Silva, 43, trabalha em seu notebook em uma das mesas rodeadas de brinquedos.

“Trabalhar me fortalece. Eu preciso produzir, seguir em frente. Preciso me manter, mantê-lo e continuar sendo eu mesma, é minha identidade”, justifica. É também uma forma de mostrar ao filho que ele tem de ser forte e fazer o que é necessário.

No fim de julho do ano passado, Joaquim começou a sentir dor de cabeça, o que se tornou mais frequente em setembro. Após idas e vindas a um posto de saúde, a mãe o levou ao Hospital do Campo Limpo, onde recebeu a notícia de um tumor no cérebro. Depois, no Graac, ele foi operado e iniciou a quimioterapia.

Hoje, a mãe se preocupa sobretudo com a alimentação do filho, que emagreceu. “Perdi a vontade, a comida ficou sem gosto”, explica Joaquim.

“Ele percebe que tem de se alimentar  e come mesmo sem querer. Ele também entende a necessidade do tratamento, não tem opção. Ele não se queixa, compreende e aceita. A terapia ajudou a lidar com isso.” Segundo a mãe, o filho entende a gravidade da doença. “O diagnóstico do Joaquim veio logo depois de meu pai operar do câncer de próstata em Pernambuco e meu filho acompanhou toda a correria, a preocupação, então ele sabe o que é câncer. Sabe que é preocupante e sabe que não adianta chorar porque temos que cuidar, tratar.”

GESTÃO E CARREIRA

DECISÃO DE PARTIR

Exaustão? Falta de reconhecimento? Como saber a hora de pedir demissão

Até mesmo as grandes autoridades políticas internacionais têm seus problemas de trabalho. Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, anunciou inesperadamente na semana passada que renunciaria ao cargo após quase seis anos.

“Estou saindo porque com um papel tão privilegiado vem a responsabilidade, a responsabilidade de saber quando você é a pessoa certa para liderar e também quando não é”, disse Ardern, em entrevista coletiva. “Eu sei o que esse trabalho exige. E sei que não tenho mais combustível suficiente no tanque. É simples assim.

Ardern, de 42 anos, a primeira-ministra mais jovem da Nova Zelândia em 150 anos, também disse que planeja passar mais tempo com seu parceiro, o apresentador de televisão Clarke Gayford, e sua filha de 5 anos, Neve.

Tomar a decisão de se afastar de um emprego nem sempre é fácil ou viável. Mas quando seu bem-estar físico ou emocional está sofrendo e seu estresse não é aliviado por um dia de folga, especialistas dizem que geralmente é melhor começar a procurar trabalho em outro lugar. Apenas certifique-se de pensar um pouco antes de “explodir” subitamente.

Eis alguns sinais de que pode ser hora de partir – e o que fazer se você não tiver como.

VOCÊ SE SENTE ESGOTADO

O burnout é tipicamente caracterizado por três sintomas: exaustão emocional, negatividade e a sensação de que não importa o quanto você tente, você não consegue ser eficaz em seu trabalho, detalha Dennis Stolle, diretor sênior de psicologia aplicada da American Psychological Association.

Todo mundo se sente emocionalmente exausto de vez em quando, mas “estou falando de um nível extremo”, enfatiza Stolle:

“É o tipo de angústia em que muitas vezes você sente que não tem mais nada para dar e se houver mais uma coisa, vai gritar ou chorar”.

O esgotamento também pode levar as pessoas a se tornarem mais pessimistas ou indiferentes em comparação ao que já foram um dia.

Se você está se sentindo um pouco esgotado, fazer uma pausa – seja no fim de semana ou durante as férias – deve ajudar, orienta Jessi Gold, psiquiatra da Universidade de Washington em St. Louis. Mas se você não está se sentindo restaurado e volta a ficar com raiva e odiar seu trabalho, esse é outro sinal de alerta.

Se você está se sentindo esgotado a ponto de afetar seu bem-estar físico ou emocional e prejudicar seus relacionamentos, isso também é um sinal de alerta. Faça um balanço de como você se sente no trabalho. Está frequentemente com raiva, desconectado, entorpecido ou deprimido? Se está com dificuldade para dormir ou dormindo demais, se você se irrita fácil ou se sente triste ou muito culpado, procure ajuda.

VOCÊ ESTÁ PASSANDO POR UMA MUDANÇA DE IDENTIDADE

O trabalho muitas vezes se confunde com a identidade das pessoas. Nossos cargos, a organização para a qual trabalhamos e até mesmo a quantidade de tempo que passamos trabalhando podem se tornar uma grande parte de quem somos. Mas o que acontece quando suas prioridades mudam e você não sente mais o mesmo apego ao seu trabalho?

“Quando você sofre uma mudança em um aspecto da identidade, isso pode levar à depressão e à ansiedade”, diz Stewart Shankman, professor de psicologia na Northwestern University Feinberg School of Medicine.

Se o trabalho costumava ser um aspecto central de sua identidade e agora não é, esse pode ser um motivo para cogitar se afastar. Mesmo que você não consiga parar de trabalhar no momento, tente reservar um tempo para explorar as coisas que parecem significativas para você agora. Pode haver alguma outra parte de sua vida que esteja preenchendo o papel que o trabalho costumava desempenhar, sinaliza Shankman.

“Seu trabalho não precisa necessariamente ser o que define você”, esclarece.

VOCÊ NÃO SE SENTE VALORIZADO OU APOIADO

Um estudo feito por pesquisadores da Regent University, nos Estados Unidos, descobriu que um pouco de reconhecimento ajuda muito os funcionários. Eles não tendem a ser mais produtivos apenas quando seu gerente expressa gratidão, mas também quando seus colegas demonstram apreço e respeito. Uma pesquisa da Pew Research Center descobriu que salários baixos, falta de oportunidades de promoção e sentimento de desrespeito no trabalho foram os principais motivos pelos quais os americanos deixaram seus empregos em 2021.

As pessoas que se sentem valorizadas também tendem a experimentar segurança psicológica, ou seja, ficam à vontade para contribuir com ideias, fazer perguntas ou compartilhar preocupações, sem medo de punição ou de se sentirem ridículas.

Se você trabalha para uma organização que não promove a segurança psicológica, pode ser hora de pensar em sair, dizem os especialistas. Esse é especialmente o caso se seu gerente ou colegas estiverem fazendo ameaças ou comentários abusivos.

SUA EMPRESA NÃO PRIORIZA O BEM-ESTAR DAS PESSOAS

Idealmente, a organização para a qual você trabalha tentará apoiar seus funcionários em vários aspectos do bem-estar, incluindo suas necessidades físicas, emocionais, sociais e financeiras.

E também deve tentar fazê-lo de maneira equitativa, diz Laura Putnam, autora do livro “Workplace wellness that works” (“Bem-estar no local de trabalho funciona”, em tradução livre do inglês). Alguns empregados do seu trabalho têm mais oportunidades de autonomia do que outros? Só alguns podem fazer uma pausa ou são interrompidos durante as reuniões?

VOCÊ NÃO PODE DEIXAR SEU EMPREGO? E AGORA?

Se alguma das situações descritas acontece com você mas não há como deixar seu emprego no momento, verifique se é elegível para uma licença de invalidez de curto prazo. Caso tenha uma condição já diagnosticada, como depressão grave ou transtorno de estresse pós-traumático, negocie com os seus superiores uma permissão para trabalhar de casa. Mesmo sem um diagnóstico específico, seu empregador pode estar aberto a fazer mudanças que melhorem sua qualidade de vida no trabalho.

EU ACHO …

CONDIÇÃO DE ENTREGA

Acaba de ser revelado o que uma mulher quer – e que Freud nunca descobriu. Ela quer uma relação amorosa equilibrada onde haja romance,

surpresa, renovação, confiança, proteção e, sobretudo, condição de entrega. É com essa frase objetiva e certeira que Ney Amaral abre seu livro Cartas a uma mulher carente , um texto suave que corria o risco de soar meio paternalista, como sugeria o título, mas não. É apenas suave.

Romance, surpresa e etecetera não chegam a ser novidade em termos de pré-requisitos para um amor ideal, supondo que amor ideal exista, mas “condição de entrega” me fez erguer o músculo que fica bem em cima da sobrancelha, aquele que faz com que a gente ganhe um ar intrigado, como se tivesse escutado pela primeira vez algo que merece mais atenção.

Mesmo havendo amor e desejo, muitas relações não se sustentam, e fica a pergunta atazanando dentro: por quê? O casal se gosta tanto, o que os impede de manter uma relação estável, divertida e sem tanta neura?

Condição de entrega: se não existir, a relação tampouco existirá pra valer. Será apenas um simulacro, uma tentativa, uma insistência.

Essa condição de entrega vai além da confiança. Você pode ter certeza de que ele é uma pessoa honesta, de que falou a verdade sobre aquele sábado em que não atendeu ao telefone, de que ele realmente chegará na hora que combinou. Mas isso não é tudo. Na verdade, isso não é nada.

A condição de entrega se dá quando não há competitividade, quando o casal não disputa a razão, quando as conversas não têm como fim celebrar a vitória de um sobre o outro. A condição de entrega se dá quando ambos jogam no mesmo time, apenas com estilos diferentes. Um pode ser mais rápido, outro mais lento, um mais aberto, outro mais fechado: posições opostas, mas vestem a mesma camisa.

A condição de entrega se dá quando se sabe que não haverá julgamento sumário. Diga o que disser, o outro não usará suas palavras contra você. Ele pode não concordar com suas ideias, mas jamais desconfiará da sua integridade, não debochará da sua conduta e não rirá do que não for engraçado.

É quando você não precisa fingir que não pensa o que, no fundo, pensa. Nem fingir que não sente o que, na verdade, sente.

Havendo condição de entrega, então, a relação durará para sempre? Sei lá. Pode acabar. Talvez vá. Mas acabará porque o desejo minguou, o amor virou amizade, os dois se distanciaram, algo por aí. Enquanto juntos, houve entrega. Nenhum dos dois sonegou uma parte de si.

Quando não há condição de entrega, pode-se arrastar, prolongar, tentar um amor pra sempre. Mas era você mesmo que estava nessa relação?

Condição de entrega é dar um triplo mortal pressentindo que há uma rede lá embaixo, mesmo que saibamos que não existe rede pro amor. Mas intuir a presença dela nos basta.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

QUEIMADURA DE SOL EXIGE CUIDADOS; VEJA QUAIS

Expor-se à luz solar de forma prolongada e sem proteção pode agredir a pele de forma profunda

Com a chegada do verão, é comum que as pessoas passem mais tempo expostas aos raios solares – praias, piscinas e clubes ficam lotados nessa época do ano. No entanto, a diversão exige cuidados. Expor-se à luz solar de forma prolongada e sem proteção pode agredir desde as camadas mais superficiais da pele até as mais profundas.

Os efeitos iniciais são as queimaduras. “Elas podem ser classificadas em primeiro e segundo grau”, explica Renata Paes Barreto, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ainda que menos agressiva, a de primeiro grau pode deixar a pele vermelha e com ardência. Já a de segundo grau, a mais grave, pode causar bolhas, inchaços e feridas. De qualquer forma, em ambos os níveis, as queimaduras evoluem para a descamação da pele, que é a resposta tardia ao dano causado pela exposição desprotegida ao sol e por longos períodos.

Além da queimadura que evolui para descamação, há efeitos de longo prazo ainda mais preocupantes. “Múltiplas queimaduras solares ao longo da vida são um fator de risco para o aumento da incidência de câncer de pele, inclusive o melanoma, que é um tipo de câncer mais agressivo”, alerta.

PROTEJA-SE

Para evitar que a pele descasque, é fundamental não se expor ao sol de forma direta – ou se expor com bastante proteção. E o protetor solar é um bom aliado no combate aos efeitos dos raios solares na pele.

O recomendado é que o Fator de Proteção Solar (FPS) não seja menor que 30 e, para pessoas de pele clara ou sensível, são indicados FPS mais altos. O protetor deve ser usado todos os dias e, principalmente, em ambientes como praias e piscinas. Nessas ocasiões, não deixe de lado a reaplicação, que deve ser feita de hora em hora ou sempre após sair da água. Se possível, invista nos protetores contra raios UVA, que são responsáveis pelos sinais de envelhecimento e manchas na pele.

Uso de barreiras também é importante. Aposte em boné, chapéu com aba larga, óculos escuros, barraca ou guarda-sol, roupas de algodão ou aquelas com proteção solar. Além disso, evite a exposição entre 10h e 16h, horário cujos raios solares são mais intensos e podem trazer complicações.

HIDRATAÇÃO

Caso você não tenha tomado os cuidados necessários antes da exposição ao sol, foque em cuidar da nova pele que está nascendo. “A pele de baixo, que está sendo constituída, deve ser muito bem hidratada e protegida”, diz a dermatologista. Para isso, utilize loções hidratantes ou óleos corporais de forma frequente e evite exposição ao sol durante esse período de descamação.

Não é recomendado puxar a pele que está descascando. “Conforme a pele de baixo se regenera, a pele de cima, que é formada por células mortas, vai se descolando de pele nova”, conta Renata. Se você puxa a pele antes de ela se soltar espontaneamente, é possível que a pele de baixo ainda não esteja regenerada. Essa pele mais sensível, ao ser exposta, pode ocasionar feridas, infecções, manchas, desconfortos e tornar o processo de regeneração da pele mais demorado. Evite também banhos quentes. “A pele queimada já sofreu com o calor, por isso o ideal é refrescá-la ao máximo”, explica. “Você tem uma pele que já está queimada e ressecada. A água quente vai ser outro agente que provoca mais ressecamento.” Outras opções são as compressas geladas, que podem ser com água ou chá de camomila, e as loções pós-sol, que promovem sensação de frescor e diminuem a ardência. “Tudo aquilo que possa resfriar e hidratar a pele vai ajudar no desconforto.”

Mesmo que não seja a medida mais importante, beber água também pode ajudar na recuperação. “A reposição hídrica é essencial para que todos os nossos tecidos mantenham a função deles”, orienta. “Para que a pele mantenha sua função de barreira, precisamos estar com todo o sistema equilibrado e a hidratação faz parte disso.”

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SEIS SINAIS DE RELAÇÃO ABUSIVA – E COMO REAGIR

No BBB, Tadeu Schmidt chamou atenção sobre como Gabriel tratava Bruna

O romance entre os participantes do Big Brother Brasil Gabriel Tavares e Bruna Griphao tem gerado discussão nas redes sociais. Alguns internautas apontam que o comportamento do rapaz, de 24 anos, com a atriz é abusivo. No domingo passado, 22, o apresentador Tadeu Schmidt decidiu intervir e alertar os participantes do reality show sobre a agressividade que existe no namoro dos dois.

Bruna e Gabriel começaram a se relacionar já na primeira festa desta edição do programa, que ocorreu na quinta-feira, 18. Desde então, permanecem sempre juntos, mas vivem alguns atritos que, geralmente, são levados como brincadeira pelos dois.

Gabriel reclama que a atriz o interrompe constantemente quando ele está falando e que é “grudenta”. Por vezes, chegou a fazer isso de forma agressiva, segurando os ombros de Bruna. Ele também proferiu algumas ofensas a ela em tom de brincadeira.

Segundo a psicanalista Natália Marques, especialista em relacionamentos amorosos, a agressividade é um dos sintomas de relacionamentos abusivos. “Essa agressividade pode ser tanto verbal quanto física e, muitas vezes, pode ser justificada como uma brincadeira, o que causa confusão na vítima. ‘Será que eu estou exagerando e é só uma brincadeira?’ ‘Será que eu que sou chata por me incomodar com isso?’”, exemplifica Natália.

Após a fala de Tadeu, Bruna e Gabriel conversaram e afirmaram não se lembrar ou não terem percebido as atitudes problemáticas mencionadas. Gabriel disse que se sentia mal com a situação, que esse tipo de atitude não faz jus ao seu caráter e que devia um pedido de desculpas à família de Bruna. A atriz afirmou que a culpa não era só dele e que o maior problema da relação é a falta de diálogo. Eles decidiram, então, se afastar.

Após a repercussão do caso e a fala de Tadeu no programa ao vivo, a ex-participante do reality Emily Araújo, que sofreu um relacionamento abusivo dentro da casa na edição de 2017, decidiu entrar no debate e tomar posição. “Parabéns, Globo, por fazer o que deveria ter feito em 2017… Assim, a Bruna não precisa passar por mais de quatro anos de terapia para tentar superar agressões psicológicas e físicas, como eu”, destacou.

Antes mesmo de o programa do domingo ir ao ar, o pai de Bruna postou um stories no Instagram chamando Gabriel de abusivo. Posteriormente, a equipe da atriz emitiu uma nota dizendo que “em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa”.

A propósito do episódio, confira a seguir seis comportamentos comuns em relacionamentos abusivos e dicas da psicanalista para lidar com situações como essas.

OFENSAS CONSTANTES

Uma das características mais comuns de um relacionamento abusivo, segundo Natália, são as ofensas. Elas podem acontecer de forma agressiva ou em tom de brincadeira e têm o poder de, a longo prazo, minar a autoestima da pessoa ofendida, fazendo-a sentir-se cada vez mais presa ao parceiro abusivo por acreditar que mais ninguém a aceitaria como ela é.

A especialista garante que, mesmo como brincadeira, o comportamento gera danos psicológicos no parceiro que é ofendido, principalmente quando se trata de mulheres, pois muitas delas já costumam ter problemas de autoestima por conta do machismo presente na sociedade.

No BBB, Gabriel ofendeu Bruna, muitas vezes em frente a outros participantes e em tom de brincadeira. Ele chegou a dizer que a atriz parecia “um carrapato” por não desgrudar dele e, em um dos episódios, comparou o nariz de Bruna ao bico de uma arara-azul e a um chifre de rinoceronte.

AGRESSIVIDADE

Em uma relação abusiva, a agressividade pode se apresentar não só nas ofensas, mas também no contato físico e em atitudes, alerta a psicóloga. O caráter agressivo do parceiro pode aparecer com socos na parede, gritos, chantagens ou no ato de bloquear e desbloquear constantemente o parceiro nas redes sociais.

Em mais de um momento, Gabriel segurou os braços de Bruna para que ela parasse de interrompê-lo ou para forçá-la a fazer o que ele gostaria. Mesmo que às vezes o tom seja de brincadeira e que Bruna não se manifeste contra, essas atitudes podem ser encaradas como um sinal de alerta.

FALTA DE DIÁLOGO CONSTRUTIVO

Um dos pilares de um relacionamento saudável é o diálogo. Em contrapartida, a falta disso é um sinal de relação tóxica. Segundo a psicanalista, é preciso que ambas as partes estejam dispostas a falar e escutar uma à outra, de forma pacífica. Natália ressalta, no caso, que o casal deve buscar resolver os problemas e não apenas se defender ou acusar, querendo estar sempre certo. “Dentro de uma relação saudável, podem existir diálogos desconfortáveis, mas nunca brigas violentas. Então, é importante que a gente perceba essa diferença entre o discutir a relação, a famosa DR, e uma briga violenta”, diz. “É preciso construir um diálogo em que cada um possa refletir sobre as suas responsabilidades, sobre os seus erros e a partir daí os dois lados conseguem ter uma mudança.”

Antes do discurso de Tadeu, Bruna procurou Gabriel para tentar conversar sobre as atitudes grosseiras que ele vinha tendo com ela, mencionando, inclusive, que isso poderia ser malvisto pelo público do programa. No entanto, o participante não pediu desculpas pelas suas atitudes, nem deu ouvidos a Bruna.

Gabriel se defendeu, impôs o seu ponto de vista e disse que o que poderia de fato prejudicar a sua imagem não eram suas próprias atitudes, mas sim o discurso acusador de Bruna. Ao final, a atriz acabou pedindo desculpas a ele.

PERDA DA INDIVIDUALIDADE

Com o tempo, a pessoa que é vítima dos abusos tende a perder a sua individualidade e até mesmo a mudar a sua personalidade, aponta Natália. Isso acontece, diz ela, principalmente por conta das constantes ofensas que recebe.

“A pessoa pode ficar mais quieta, se afastar dos amigos e deixar de fazer coisas que ela antes gostava de fazer para se moldar às expectativas do parceiro”, explica a psicanalista. Ao mesmo tempo, por conta da baixa autoestima, da manipulação que sofre e da paixão, a pessoa tende a supervalorizar o seu parceiro abusivo, assumindo que ele “sabe mais” e “é melhor”.

Em algumas conversas com outros participantes do reality show, Bruna demonstrou certo grau de dependência e uma visão supervalorizada de Gabriel. Ela se dizia constantemente preocupada com a possível exclusão do namorado e chegou a dizer que ele “não pode sair” porque é “essencial para o jogo”.

AS PESSOAS EM VOLTA DO CASAL SE SENTEM DESCONFORTÁVEIS

“É muito comum, quando a gente está em um relacionamento abusivo, que as pessoas em volta se incomodem. Há várias dinâmicas que causam esse incômodo. Muitas pessoas se lembram, por exemplo, de casais de amigos que brigam toda vez que saem, gerando desconforto em todo o grupo”, admite Natália.

Em boa parte dos casos, as pessoas de dentro do relacionamento estão tão imersas e apaixonadas que não percebem os comportamentos nocivos, aponta a especialista. No entanto, quem vê de fora pode enxergar sinais do problema. Apesar de Bruna e Gabriel dizerem que não se sentem em uma relação tóxica, outros participantes do programa já demonstraram certo grau de desconforto com a relacionamento dos dois. Em um episódio, o participante Cara de Sapato disse que eles são um “casal chato”. A amiga de Bruna Larissa Santos também alertou a atriz algumas vezes sobre ela estar se perdendo no jogo por conta do relacionamento.

EXISTE MANIPULAÇÃO SE UMA DAS PESSOAS SE SENTE SEMPRE CULPADA POR TUDO

A manipulação é um sintoma importante do relacionamento abusivo, observa Natália. “É comum que exista uma dinâmica em que a vítima se queixe de algo do parceiro e ele responde de forma a colocar a culpa na própria vítima”, afirma. A pessoa abusiva tende a justificar a sua agressividade com as atitudes que julga irritantes do parceiro, por exemplo, sempre se esquivando de suas responsabilidades. Isso faz com que, mais uma vez, o abusado se veja confuso e se sinta culpado pelo abuso que vem sofrendo.

Logo após o discurso de Tadeu, Gabriel chamou Bruna para conversar e, antes de pedir desculpas pelo que foi citado pelo apresentador – um momento em que ele ameaçou dar cotoveladas na atriz –, ele disse que ela deveria falar publicamente que ele não era abusivo com ela.

A atitude foi vista pelos internautas como manipulação. Na mesma conversa e em outras, Bruna contou se sentir culpada pela interpretação que o público estaria tendo de Gabriel.

COMO SAIR DE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO?

Segundo a psicanalista, a melhor forma de sair ou evitar um relacionamento abusivo é se autoconhecendo, o que pode ser feito com a ajuda da psicoterapia.

A pessoa que é abusada, ou que tem tendência a isso, precisa identificar por que costuma ser passiva em situações abusivas. Ao mesmo tempo, a especialista destaca que o abusador precisa entender de onde vêm os seus traços agressivos e manipuladores.

Depois do autoconhecimento, o segundo passo é começar um processo para estabelecer um diálogo saudável, que venha a resolver os ruídos na comunicação. Aos poucos, os dois precisam ceder, cada um um pouco, para ajustar os comportamentos de forma que ambos se sintam bem no relacionamento.

Por conta das características da sociedade, geralmente as mulheres são as abusadas e os homens são os abusadores, mas esses papéis podem se inverter. Além disso, não existem apenas relacionamentos heterossexuais que são abusivos. Casais de todos os gêneros e orientações sexuais podem enfrentar o problema.

COMO AJUDAR ALGUÉM QUE ESTÁ EM UM RELACIONAMENTO ABUSIVO?

Natália aponta que se comunicar de uma forma muito direta com uma pessoa que está em relacionamento abusivo pode não ser o melhor caminho. Isso porque perceber que se está em uma situação como essa pode ser um processo difícil, lento e doloroso. A psicanalista recomenda que amigos façam pequenos comentários, sempre em particular, para que a pessoa abusada atente ao que está acontecendo. Da mesma forma, é possível também mencionar que a atitude daquele amigo que é abusivo não é legal, explicando o porquê.

Os amigos não devem abandonar a pessoa que está em um relacionamento abusivo. “Muitas vezes, eles ficam cansados e irritados porque a pessoa parece não querer enxergar. Mas isso pode ser prejudicial, pois a pessoa acaba ficando cada vez mais sozinha e imersa no relacionamento abusivo”, completa Natália.

Literary Revelations

Independent Publisher of Poetry and Prose

Postcardsfromhobbsend

Film reviews as you know them only much....much worse

Mon site officiel / My official website

Venez parler de tout ce dont vous avez envie avec moi. Donnez vos opinions en toute liberté. Laissez vos commentaires. Je vous attends nombreuses et nombreux !!! / Translation in English for people who don't speak French : come to speak about all you want with me. Give your opinions with complete freedom. Leave your comments. I await you many and many !!!

Yours Satirically

with no commitments and all excuses

Lire dit-elle

Vous devriez savoir que je laisse toujours mes yeux dans les arbres...Jusqu'à ce que mes seins s'ennuient...

Baydreamer ~ Lauren Scott

~ a thread of words from every stitch of life ~

FELICISSES

UM POUCO SOBRE LIVROS, FILMES, SÉRIES E ASSUNTOS ALEATÓRIOS

kampungmanisku

menjelajah dunia seni tanpa meninggalkan sains

Blog O Cristão Pentecostal

"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b

Agayana

Tek ve Yek

Envision Eden

All Things Are Possible Within The Light Of Love

4000 Wu Otto

Drink the fuel!

Ms. C. Loves

If music be the food of love, play on✨

troca de óleo automotivo do mané

Venda e prestação de serviço automotivo

darkblack78

Siyah neden gökkuşağında olmak istesin ki gece tamamıyla ona aittken 💫