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CROCÂNCIA MILAGROSA

Air Fryers ganham as cozinhas e as redes sociais em perfis que servem memes e receitas inusitadas, de churrasco a pudim

Rafael Brandão lembra-se bem de quando testemunhou um milagre, cinco anos atrás. Naquele dia, o empresário e a mulher, a hoteleira Náhiman Souza, sequer sabiam onde ficavam os pacotes de batatas congeladas no supermercado. “Não fazíamos fritura em casa”, conta o curitibano, sobre o primeiro produto preparado na “fritadeira sem óleo” arrematada por R$ 100 no bota-fora de um amigo. “Ficamos impressionados e viramos os novos convertidos na religião da air fryer.”

Vieram, então, os salgadinhos de grão-de-bico, os petiscos de macarrão temperados com lemon pepper e o início da pregação. Em pouco tempo, Rafael converteu a mãe e a sogra para a seita e hoje prega a palavra de um dos eletrodomésticos mais desejados do Brasil para mais de 7 mil fiéis pelo perfil @TestemunhaAF, no Twitter. O primeiro versículo? “Pré-aqueça a sua air fryer”.

O maior pecado? “Usar e não lavar.” O milagre mais impressionante? “Fizemos um petit gateau delicioso.”

Projetada em 2005 por um holandês, a máquina caiu no gosto dos brasileiros desde que aportou por aqui em 2011. Virou vedete nas redes, em perfis que ensinam receitas e truques. Basta jogar o nome do eletrodoméstico na busca do Instagram para que os algoritmos comecem a servir um banquete de preparações inusitadas — de churrasco a pudim.

Você também vai encontrar memes, versões em brinquedo e fotos de pessoas como a carioca Elaine Santos que, de tão devota, tatuou uma imagem do produto no antebraço. “Amo fazer pão de queijo e carne temperada sem correr o risco de queimá-los, já que ela desliga sozinha”, diz a moça, que reivindica o lugar de pioneira na tatuagem de air fryer. “Depois que viralizou, apareceram outras.”

Mas essa máquina promissora nem sempre foi acessível. Trazido ao país pela Philips Walita, o eletrodoméstico era vendido pela TV e deixava o público incrédulo com coxinhas e bolinhos suculentos feitos sem imersão no óleo. Para sentir a crocrância daquelas receitas, porém, era preciso desembolsar cerca de R$ 2 mil. Foi só alguns anos depois que outros fabricantes criaram modelos similares e mais gente passou a comprá-lo.

A Shopee, por exemplo, registrou um aumento de 342% nas buscas pelo item em janeiro deste ano, se comparado ao mesmo período de 2022. Pesquisas mencionadas pela Philips Walita indicam que os brasileiros compram 7 milhões de unidades do aparelho por ano.

Mas, afinal, o que a air fryer tem? Professora e pesquisadora de publicidade e consumo da Universidade Federal do Espírito Santo, Lívia Souza afirma que três elementos ajudam a resolvera equação. O primeiro deles é o fator saúde, que faz da promessa de uma fritura sem óleo naturalmente atraente. Em seguida, vieram a pandemia e a legião de cozinheiros de primeira viagem, fazendo com que produtos facilitadores ganhassem ainda mais atenção.

Por fim, há os likes: “A air fryer permite a preparação de pratos que saem bem na foto, com aparência crocante”.

O chef Pepo Figueiredo, do Clan BBQ, reconhece que, embora o utensílio seja bastante semelhante ao forno, tem vantagens por conta da convecção (ventilação do ar quente em seu interior). “Os principais usos, na minha opinião, são para a caramelização de alguns legumes e, às vezes, carne, principalmente, a suína”, lista, sem considerá-lo, ainda assim, indispensável na cozinha.

Elaine, enquanto isso, segue convicta dos milagres. Ela só lamenta que, mesmo com uma propaganda ambulante sobre a pele, nenhuma marca tenha lhe presenteado com um modelo mais poderoso do que o seu, simplesinho, pago em suadas prestações. “Tem umas gigantes que são o meu sonho de consumo. Faria tantas coisas ali”, planeja. Neste quesito, as marcas não estão para a brincadeira.

A Philips Walita tem uma linha capaz de se conectar à Alexa, o dispositivo de inteligência artificial da Amazon, e pode ser acionada remotamente. Se você está se perguntando qual a utilidade prática disso, o gerente de marketing da marca, Caleb Bordi, afirma que utiliza o recurso com frequência. “Ao sair de casa, deixo uma marmita congelada dentro da air fryer e, no caminho de volta, abro o aplicativo para ligá-la. Caso pegue um trânsito, é só acionar a função ‘manter aquecido’. Quando chego, a comida está pronta.”

Para quem esperava carros voadores para 2023, ainda não foi dessa vez.

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PROJETO USA A ARTE DE RUA PARA INTEGRAR PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Além das aulas de pintura, realizadas uma vez por semana, grupo visita exposições e participa de ações para colorir as ruas de Pelotas

Eduardo Camargo Moraes, de 24 anos, vê a arte como uma forma de mostrar para o mundo quem é, seja por meio da dança ou da pintura. Diagnosticado com síndrome de Down, o estudante do curso de bacharelado em Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) busca ocupar todos os espaços na sociedade. A arte faz parte da vida de Dudu, como é conhecido, desde sua infância, pois tem artistas na família. “Desde criança eu desenho. No início rabiscava as paredes, hoje participo de exposições graças ao Graffiti Down”, conta. O objetivo do projeto, localizado em Pelotas (RS), é inserir o grafite e a cultura hip-hop na vida de jovens e adultos com a síndrome.

O projeto foi criado por Gabriel Veiz, de 36 anos, que há mais de duas décadas dedica sua vida à arte. Veiz é um dos irmãos mais velhos de Dudu e viu no grafite uma forma de se aproximar do irmão. “Queria estar mais perto dele e dos amigos dele, conviver e entender o mundo deles”, explica. Assim, desde março do ano passado, o Graffiti Down busca promover a inclusão social por meio da arte e cultura hip-hop.

A turma se formou entre os amigos e colegas de Dudu que fazem parte da Associação de Pais de Down de Pelotas (APAD- Pel). O projeto reúne jovens e adultos às segundas-feiras, na reitoria do Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul), campus Pelotas (RS). “São aulas de pintura voltadas à estética do grafite e hip-hop. Ensinamos a técnica – e tudo que eles veem em aula colocam em prática”, ressalta Veiz. E, para inseri-los no meio artístico, a turma faz visitas a galerias de arte, exposições e participa de eventos. Em setembro, a turma participou do Spray’sons, ação que reuniu 24 artistas para colorir o bairro Porto de Pelotas.

EXPOSIÇÃO

Em agosto, Dudu e seu colega Gustavo Bicca expuseram suas obras pela primeira vez em uma galeria de arte. “Fiquei realizado e feliz, expliquei o significado por trás dos meus desenhos para todos os que foram prestigiar o evento”, lembra.

As aulas, além de promoverem a inclusão, também geram impactos positivos na vida dos alunos e suas famílias. “As mães me passam um feedback muito bom de que seus filhos estão se soltando mais, que começaram a se sentir mais à vontade em outros ambientes, e talvez isso tenha lhes proporcionado uma autonomia maior”, destaca Gabriel.

Marli Rezende, de 74 anos, mãe de Edison, relata que sempre buscou inserir o filho – hoje com 45 anos – em diferentes atividades, mas é no Graffiti Down que ele está se achando e se tornando mais independente. “Agora ele se reconhece adulto, como os outros homens”, afirma.

Edison é o aluno mais velho da turma. Teve o primeiro contato com a técnica do grafite no projeto. “Fiquei um pouco nervoso e tímido na primeira vez em que usei a tinta spray, mas está sendo muito legal aprender com eles”, conta. Ele também afirma que “existe um apoio muito grande por parte dos colegas, vão ser meus amigos para sempre”.

INDEPENDÊNCIA

Além das aulas de pintura, o projeto proporciona aos alunos a inclusão em diferentes ambientes, como bares, restaurantes e festas. “A gente sai pra jantar, já fomos ao cinema e também fazemos churrascos nos fins de semana. Essa união e independência que o projeto está gerando para eles é muito importante”, avisa Gabriel.

Atualmente, 15 jovens e adultos, de 13 a 45 anos, integram o projeto. Quatro, como Júlia Costa, de 23 anos, são mulheres. Diagnosticada com a síndrome, estudante do curso de Licenciatura em Dança na UFPel, ela dedica as tardes das segundas-feiras às aulas. Aliado a isso, Júlia conta que o grafite se tornou tão importante para ela quanto a dança. “São atividades que me deixam alegre, quando estou grafitando eu fico leve e solto a imaginação”, diz.

Júlia acredita que “as mulheres precisam se arriscar, ocupar todos os espaços”. “Foi o que eu fiz no grafite e na minha vida. Me sinto bem, todos somos iguais e todos podemos.” Ela ressalta que, no projeto, não se aprende apenas sobre desenhos, mas também sobre convivência e amizade.

INCLUSÃO

Para Agda Brigatto, professora do curso de Artes Visuais da PUC, “ver arte, fluir arte, fazer uma leitura de arte, produzi-la, é uma forma de participação e inclusão social”. Segundo a professora, a arte, como o grafite, é uma forma de conhecimento, uma linguagem, uma maneira de se expressar no mundo. “Se a arte é um conhecimento, todo mundo pode aprender dentro das suas especificidades”, observa.

Por meio de suas criações artísticas, os alunos com síndrome de Down se expressam e mostram quem são para a sociedade. “É mais do que pertinente ter pessoas com deficiência, que foram segregadas durante tanto tempo, produzindo arte para dizer para o mundo o que elas precisam, o que elas querem e qual o seu lugar na sociedade”, adverte Agda. Para ela, toda a sociedade se beneficia com a inclusão. “O mundo que acolhe a diversidade beneficia todo mundo e isso pode acontecer por meio da arte.”

TRISSOMIA 21

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que no Brasil um em cada 700 nascimentos seja de crianças com trissomia 21, o que totaliza em torno de 300 mil pessoas com síndrome de Down no País.

Marli Rezende, mãe de Edison, conta que o diagnóstico foi uma surpresa. “Foi um choque, me vi com aquele bebê sem saber o que fazer. Foi o brilho do olhar dele que me impulsionou a ir à luta em busca do conhecimento na área”, conta. Marli se dedicou aos estudos após o nascimento do filho para entender a condição e dar suporte para ele. A psicopedagoga lembra das dificuldades: “O preconceito era muito mais forte do que hoje, portas se fechavam para ele. As escolas formais não o aceitavam”.

Mãe de Dudu e Gabriel, Tânia Camargo, de 63 anos, conta que, quando Dudu foi diagnosticado, após o nascimento, ela ficou insegura sobre como os outros filhos – três meninos e uma menina – iriam receber o caçula. “Tenho três filhos adolescentes, o que eles vão achar? Vão gostar do irmão? Vão ter vergonha dele?” A notícia chegou aos irmãos quando Dudu completou três meses de vida e a mãe foi surpreendida positivamente pelos filhos. “No dia que contei para eles, eu disse assim ‘olha o médico falou que se ele for muito estimulado ele vai ter uma vida praticamente normal’ e a resposta que eu ouvi foi: ‘bom, se vai depender de estimulação então ele vai ser uma criança bem sapeca, pois a gente vai estimular muito’”, recorda.

Dudu sempre teve uma relação muito próxima com Gabriel. “Meu irmão nos motiva”, completa. Para o criador do Graffiti Down, a experiência está sendo incrível. “Estamos conquistando espaços e ganhando visibilidade. Eles participam de eventos, trabalham, expõem suas obras em galerias com outros artistas. Isso é mais do que eu imaginei”, acrescenta.

GESTÃO E CARREIRA

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA TORNAR SEU EMPREGO MENOS ESTRESSANTE

Especialistas dão dicas de algumas mudanças que trabalhadores podem começar a fazer para melhorar o desempenho e diminuir o estresse em 2023

Assim como muitas pessoas veem o início de um novo ano como um momento para começar a se alimentar de forma mais saudável, fazer atividade física ou beber mais água, especialistas em produtividade dizem que este também é um bom período para redefinir o modo como trabalhamos.

“É importante reservar um tempo para avaliar o ano que terminou e pensar no futuro”, disse Jono Luk, vice-presidente de gestão de produtos da Webex. “Acredito muito em fazer pequenas mudanças progressivas”, disse Joshua Zerkel, chefe de marketing de engajamento global e especialista em produtividade da Asana. Veja seis dicas para se preparar e evitar estresse no trabalho:

FRONTEIRAS

A pandemia confundiu as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal, disse Luk, por isso talvez seja um bom momento para fortalecê-las. Isso pode ocorrer de várias maneiras, desde garantir que você tenha um espaço específico para trabalhar, até entender quando algo deve ou não ser feito dentro de seu expediente. “Compartilhe seus objetivos e limites com os outros”, disse ele. “Faça algo como: ‘Se você me vir online às 19h, me mande embora’. Eles vão mantê-lo responsável por suas ações.”

OBJETIVOS

Uma maneira de refletir sobre seus objetivos é lembrar do que conquistou e aplicar isso ao que deseja fazer no futuro, disse Akhila Satish, CEO da Meseekna, empresa de tecnologia que usa simulações para ajudar na avaliação de talentos. Tente tornar seus objetivos os mais práticos. Anita Williams Woolley, professora e pró-reitora de pesquisa da Tepper School of Business da Universidade Carnegie Mellon, sugere reservar um tempo todos os dias ou todas as semanas para analisar suas atividades.

PRIORIDADES

O que é urgente talvez nem sempre seja o que é importante, disse Anita, por isso certifique-se de compreender as suas prioridades. Depois de fazer isso, você pode mapear especificamente o que planeja fazer e repetir até criar novos hábitos. Isso pode significar adicionar compromissos no calendário para bloquear horários e conseguir se concentrar em tarefas específicas.

INTENÇÕES

Torne conhecidos os seus compromissos e intenções para o ano, dizem os especialistas. Compartilhar seus pensamentos talvez seja útil para o restante de sua equipe, que pode ter sugestões ou precisar ajustar as próprias expectativas.

PRODUTIVIDADE

Dê uma olhada em seu calendário e analise quando você foi mais e menos produtivo, disse Akhila. Isso pode dar pistas de quando sua produtividade melhora ou piora e, assim, você pode organizar reuniões futuras e trabalhar sem interrupções entre elas. Verifique também o que vale a pena manter, disse Luk. Isso pode significar encurtar as reuniões recorrentes, cancelá-las ou transformá-las em e-mails, disse Zerkel.

EQUILÍBRIO

Divida a porcentagem de tempo que você deseja dedicar para seis áreas da sua vida: carreira e educação contínua, família e amigos, espiritualidade, saúde, diversão e responsabilidade social. Depois, compare isso com quanto tempo você está de fato dedicando e faça os ajustes necessários, disse ele. “Temos esse conceito bizarro de multitarefa, mas será que confundimos atividade com produtividade?”

EU ACHO …

UM NAMORADO A ESSA ALTURA?

Quem é que tem namorado, namorada? Garotada. Antes de casar, de constituir família e cumprir com toda a formalidade, namora-se, e o verbo é de uma delícia de matar de inveja, namorar, experimentar, entrar em alfa, curtir, viajar, brigar, voltar, se vestir pra ele, se exibir pra ela, telefonar, enviar torpedos, dar presentinhos, apresentar mãe, pai, amigos, ocultar ex-ficantes, declarar-se, agarrar-se no cinema, não ter grana para morar junto, ausência dolorosa, ver-se de vez em quando, um dia tem faculdade, no outro se trabalha até mais tarde, quando então? Amanhã à noite, marca-se, aguarda-se. Namorados. Que fase.

Depois vem o casamento, os filhos, as bodas e aquela coisa toda. Dia dos namorados vira pretexto para mais um jantar num restaurante chique, onde se pagará uma nota pelo vinho. Depois dos 3.782 “te amo” já trocados, mais um, menos um, o coração já não se exalta. Deita-se na mesma cama, o colchão já afundado, transa-se no automático, renovam-se os votos e segue o baile, amanhã estaremos de novo juntos, e depois de amanhã, e depois de depois, até os cem anos. Casados. Bem casados.

Mas namorado, não. Namorar tem frescor, é amor estreado, o choro trancado no quarto, o presente comprado com uns míseros trocados, os porta-retratos, os malfadados bichinhos de pelúcia, as camisinhas e todos os cuidados, os “pra sempre” diariamente renovados, namorados. Cada qual no seu quadrado.

Pois outro dia vi uma mulher de 56 anos dar um depoimento engraçado. Disse ela: “Já fui casada, hoje tenho filhos adultos, um netinho e um namorado, e me sinto quase retardada. Difícil nessa idade dizer que o que se tem não é um marido, nem mesmo um amante. Que outro nome posso dar a esse homem que vejo três vezes por semana, que me deixa bilhetinhos apaixonados e me liga para dar boa noite quando não está ao meu lado?”.

Minha senhora, é um namorado. Por mais fora de esquadro.

Como apresentá-lo, ela que já não usa minissaia, nem meia três quartos, e que já possui um imóvel quitado? Ele grisalho, ex-surfista, hoje meio alquebrado: um namorado?

Pois é o que se vê por aí: namorados de 47, 53, 62 anos, todos veteranos no papel de novatos. Começando tudo de novo, depois de tanto já terem quebrado os pratos. Eles, livres como pássaros. Elas, coração aos pulos, depilação em dia, sem tempo pros netos: vovó tem direito a uma volta ao passado.

O que poderia ser constrangedor agora é um fato. Namora-se antes do casamento, e depois. Com a vantagem de os namoros da meia-idade dispensarem ultimatos.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

COMO ESCOLHER A ESCOVA DE DENTES IDEAL?

Cabos precisam ter uma boa empunhadura e aderência às mãos; em relação às cerdas, a recomendação vai para o uso das macias e das supermacias

Escolher a escova de dentes ideal não é uma tarefa fácil. Existem versões elétricas, com diferentes quantidades de cerdas, formatos variados e até algumas feitas com material reciclado, como as de bambu. Os preços também variam bastante. Há escovas que chegam a custar mais de R$ 400. É para deixar qualquer pessoa perdida. Entretanto, mesmo que pareça complicado encontrar uma escova que atenda às suas necessidades em meio a tantas opções, essa não é uma escolha de pouca importância. Afinal, a escova é fundamental para uma boa limpeza dos dentes e evitar complicações, como as cáries. Veja as dicas do ortodontista Gabriel Politano para escolher a sua.

PRESTE ATENÇÃO AOS CABOS

Existem recomendações quanto ao cabo das escovas de dente. “Escovas infantis devem ter pelo menos 10 cm e as para o público adulto, pelo menos 13 cm”, afirma Gabriel Politano, ortodontista e docente da Faculdade São Leopoldo Mandic, que sugere observar as embalagens para confirmar as dimensões.

Os cabos também precisam ter uma boa empunhadura e aderência às mãos. Como, em geral, as escovas são vendidas dentro de embalagens, a saída é observar se elas possuem regiões com diferentes texturas e formatos, como uma área emborrachada ou com relevo. “Essas características evitam que a escova escorregue das mãos durante a escovação”, explica. Escovas com cabos lisos podem não ser tão indicadas, especialmente para pessoas com problema de mobilidade.

APOSTE NAS CERDAS MACIAS OU EXTRAMACIAS

As cerdas de uma escova servem para realizar a limpeza dos dentes, mas é importante garantir que a remoção das placas bacterianas e do resto de alimentos não traga prejuízos. Cerdas muito duras podem agredir as gengivas, desgastar o esmalte dental e ocasionar uma maior sensibilidade na região, além de bastante desconforto. Por isso, a recomendação do ortodontista é investir nas escovas com cerdas macias ou extramacias.

Cerdas médias e duras só são recomendadas para limpeza de próteses e dentaduras. Já as macias podem ser utilizadas por todos os públicos, de crianças aos mais velhos. As extramacias também estão liberadas para todos, mas são mais indicadas para quem possui algum tipo de sensibilidade ou passou por cirurgia.

ESCOVAS PARA CRIANÇAS

Para os pequenos, algumas indicações são parecidas: usar escovas com cerdas macias ou extramacias e com todas as cerdas da mesma altura. No entanto, para esse público, costumam haver diferenças nas escovas de acordo com a faixa etária. E é importante que pais, responsáveis ou cuidadores fiquem atentos a esse ponto na hora de comprar uma escova infantil.

Para crianças menores, é necessário que o tamanho se adapte às mãos dos pais, uma vez que eles é que vão realizar a escovação. Já as maiores, que conseguem escovar os dentes sozinhas, precisam de uma escova que se adapte ao seu tamanho. Em geral, os rótulos indicam para qual faixa etária aquela escova é indicada. Seguir o que está recomendado na embalagem pode facilitar uma escolha mais assertiva.

ESCOVAS PARA QUEM USA APARELHO NOS DENTES

Não faltam itens de higiene bucal para quem utiliza aparelho ortodôntico fixo. Existem opções como a escova de tufo, que permite limpar cada dente de forma individual, e a escova interdental, que possui cerdas bem finas e atravessa os fios ortodônticos conectados aos bráquetes.

“Mas, ainda que sejam boas opções, não há estudos que mostrem uma diferença significativa com o uso delas em comparação a uma escova comum”, diz.

Uma escova comum é capaz de realizar uma boa limpeza em dentes com aparelho. O importante é reforçar a escovação, uma vez que o aparelho pode facilitar o acúmulo de restos de alimentos. É fundamental também observar o aspecto visual das escovas, que podem ficar danificadas mais rapidamente. Quando as cerdas estiverem com aspecto mais desgastado, é importante trocar por uma nova.

ESCOVAS DE DENTE ELÉTRICAS

Do ponto de vista da higiene bucal, o odontologista não avalia que há resultados muito diferentes da escova comum para a escova elétrica. “Ela até pode reduzir melhor a placa bacteriana em comparação com a escova convencional, mas não chega a ser um resultado relevante”, explica ele, que enxerga isso de forma positiva, visto que escovas elétricas costumam ter preços mais altos. “É a minoria da população que pode comprar esse tipo de produto”, afirma.

No entanto, em outras situações, ela pode ser indicada, como para pessoas com dificuldade motora, como aquelas que têm doenças neurológicas que afetam os movimentos, ou para quem utiliza aparelho ortodôntico fixo. “Nesses casos, há mais benefícios em ter uma escova que faz o movimento de limpeza sozinha”, observa.

Para crianças que têm resistência ao hábito de escovar os dentes, as escovas elétricas também podem ajudar. “Muitas empresas têm lançado escovas elétricas com desenho, que se conectam ao tablet e até que conversam com a criança”, avisa. “Se isso estimular a criança a escovar os dentes, pode valer a pena, mas não pela limpeza em si.”

PREÇO FAZ DIFERENÇA?

No supermercado, uma escova de dentes custa menos de R$ 10. Mas há modelos, como das marcas Curapox e Edel White, que podem custar até R$ 45. Para o ortodontista, em termos de higiene, não há grandes diferenças entre essas marcas e a escova comum vendida no supermercado. O que justifica o preço mais alto desses modelos são características como a flexibilidade do cabo e o tipo de cerda, que costuma ser extramacia e em maior quantidade. São aspectos positivos, que podem facilitar a escovação, mas isso não significa que as versões mais baratas não sejam boas opções.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

AGORAFOBIA TEM TRATAMENTO COM DROGAS E TERAPIA

Transtorno vivido pelo príncipe Harry desencadeia ataques de pânico em espaços públicos e situações de desamparo. Acontecimentos negativos na infância e hereditariedade estão entre fatores de risco para quadro

O recém-lançado livro autobiográfico do príncipe Harry, “O que sobra”, é recheado de revelações íntimas sobre sua vida sempre em evidência como membro da família real. Um dos fatos mais surpreendentes para parte do público foi que o filho de Charles e Diana sofreu de agorafobia. “Eu era um agorafóbico. O que era quase impossível devido ao meu papel público”, escreveu ele no livro.

Agorafobia é um transtorno de ansiedade que causa medo intenso em certas situações, principalmente no meio de multidões ou em espaços públicos. O indivíduo teme lugares ou situações que possam causar pânico ou que tragam sensações de desamparo e vergonha.

Os sentimentos desagradáveis podem ser tão avassaladores que muitos pacientes podem ficar presos em casa. Eles geralmente não usam transporte público, têm medo de ficar em certos locais ou encarar determinadas situações sociais, como enfrentar uma fila.

Muitas vezes, a fobia surge após a ocorrência de episódios de ataques de pânico. No Brasil, a condição é considerada comum, com cerca de 150 mil casos anuais.

A pessoa com agorafobia vive um medo excessivo de não ser capaz de escapar ou encontrar ajuda em caso de um novo ataque de pânico. Elas também receiam passar novamente por situações embaraçosas ou mesmo incapacitantes.

Caso o paciente esteja em um ambiente público, outros sintomas costumam aparecer. Ele começa suar em profusão, seus batimentos cardíacos se aceleram, ele sente muita ansiedade, tremores pelo corpo, dores no peito, além de ter pensamentos desconexos, medo irracional de um mal iminente, incapacidade de se expressar com clareza, desconforto estomacal, tontura, paranoia e náusea.

Não existe causa específica definida para o transtorno, mas há fatores que contribuem para o seu aparecimento. Pessoas ansiosas e com disposição neurótica, por exemplo, são mais suscetíveis a desenvolver patologias associadas do tipo. O temperamento da pessoa, bem como o estresse ambiental e a perda de um ente querido, podem desencadear o quadro.

A fobia pode surgir quando o paciente experimenta episódios de síndrome do pânico ou crises de ansiedade e passa a associar o medo descomunal que sentiu a situações concretas. A ansiedade da antecipação de um ataque pode vir acompanhada da impressão de que será difícil conseguir ajuda. Outro fator que corrobora para o surgimento da agorafobia é a hereditariedade.

Dentre as fobias, essa condição traz a associação mais forte com o fator genético, que predispõe seu aparecimento. Recomenda-se uma consulta com um psicólogo ou um psiquiatra para investigar a causa ou os fatores que contribuíram para o medo irracional de frequentar esses ambientes públicos.

O problema pode começar na infância, mas normalmente aparece no final da adolescência, nos primeiros anos da vida adulta, geralmente antes dos 35 anos. Entretanto, adultos mais velhos também podem desencadear a condição, sendo maior a frequência em mulheres.

FATORES DE RISCO

Outros fatores de risco também incluem: eventos negativos na infância, como separação dos pais, mudanças na escola ou de cidade, bullying, impactos negativos na autoestima e autoconfiança, bem como demissão ou término de relacionamento, que podem aumentar níveis de angústia, tristeza e ansiedade.

Caso a agorafobia seja diagnosticada, um psiquiatra deve ser consultado para avaliar a possibilidade de tratamento com medicamentos. Entre os principais remédios, estão os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), ansiolíticos e sedativos.

O tratamento efetivo para a agorafobia geralmente inclui psicoterapia e medicação. A terapia cognitivo-comportamental, a terapia de exposição, a psicoterapia com auxílio de realidade virtual estão entre os tratamentos mais eficazes para a condição.

Algumas abordagens incluem o enfrentamento dos lugares ou situações que servem de gatilho para o problema. É importante que o paciente saiba que não há perigo na esquina.

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