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CENTÍMETROS VALIOSOS

Para aumentar a altura, medicina oferece apenas cirurgia ou hormônio

Ser mais alto é o desejo de muita gente. A altura de uma pessoa é resultado da combinação de vários genes herdados dos pais associada à influência do ambiente. Em geral, cada um tem 50% de chance de ter a mesma altura do pai ou da mãe. Irmãos têm 50% de chance de ficarem com alturas parecidas e temos 25% de chance de termos tamanho semelhante ao de avós e tios. Entretanto, problema nutricionais, hormonais ou alguma doença crônica podem interferir no resultado final. Na infância, é possível utilizar um hormônio chamado GH em crianças com deficiência ou baixos níveis da substância. Por outro lado, uma vez que o crescimento natural está consolidado, não há terapia hormonal que permita continuá-lo. A única forma de ganhar alguns centímetros a mais na idade adulta é recorrera um procedimento extremo chamado alongamento ósseo.

A técnica envolve quebrar o fêmur ou a tíbia e, com a ajuda de uma armação de metal, afastar gradativamente as duas metades do osso, forçando-o a cicatrizar mais longo do que antes. Pode parecer absurdo, mas a verdade é que para muitas pessoas, em especial homens, a resposta é “sim”.

“A procura é muito grande e aumentou muito durante a pandemia”, diz o ortopedista Guilherme Gaiarsa, presidente do comitê de reconstrução e alongamento ósseo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

O Instituto LimbplastX, uma clínica fundada em 2016, em Las Vegas, nos Estados Unidos, diz que, na pandemia, o número de pacientes dobrou, segundo informações da revista GQ.

A pressão social é um dos fatores que influencia na decisão deles. Socialmente, está tudo bem se uma mulher é baixinha. Para aquelas que se incomodam, é possível recorrer ao salto alto. Para os homens, não é tão simples assim. Um estudo de 2013 mostrou que as mulheres eram mais altas que seus parceiros em apenas 7,5% dos casos. Também há prejuízos financeiros. A altura média de um CEO da Fortune 500 é de 1,82 m. De acordo com um estudo feito em 2009, com homens australianos, os baixinhos ganham menos dinheiro do que seus colegas mais altos (cerca de US$ 500 por ano a cada 2,5 cm).

Alonso tinha 1,68m e queria aumentar sua altura. Ele procurou o LimbplastX Institute. Após um alongamento do fêmur, ganhou 8,7 centímetros e ficou com uma altura final de 1,77 m, de acordo com uma publicação na rede social do cirurgião Kevin Debiparshad, que está à frente da clínica. Em um comentário na publicação, Alonso disse que o procedimento é doloroso e a recuperação, demorada. “Ainda não ando rápido, ainda não tenho meu ritmo de caminhada de antes, mas sou pedreiro, eletricista, e já consegui subir escadas, verificar sótãos, até rastejar debaixo de uma casa. Estou fazendo isso para recuperar a mobilidade, mas minha recuperação ainda não terminou”, contou o paciente.

COMPLEXIDADE

Apesar do aumento no interesse, especialistas brasileiros afirmam que muitos pacientes desistem quando descobrem o valore quando entendem como é a cirurgia, o quanto demora a recuperação e os riscos envolvidos.

“Eles acham que é uma coisa mais simples, mas não é. É um procedimento complexo, que envolve uma longa recuperação, afastamento de trabalho, além de dedicação e cuidados de longo prazo”, diz o ortopedista Fabiano Nunes, da BP- Beneficência Portuguesa de São Paulo. O alongamento ósseo em si é um procedimento bem estabelecido, desenvolvido para a correção de deformidades causadas por doenças congênitas ou traumas, por exemplo. Nos últimos anos, a cirurgia ganhou apelo estético por ser a única forma de “crescer” na idade adulta. Primeiro, é realizada uma cirurgia na qual o médico faz um corte em um dos ossos da perna (fêmur ou tíbia, mas geralmente no fêmur, pois tem maior capacidade de alongamento) e coloca um fixador, que pode ser externo, interno ou uma combinação dos dois. É o fixador, acionado diariamente pelo paciente, que tem a função de separar os ossos lentamente e causar o alongamento. A distância é de cerca de um milímetro por dia. Mas esse processo só começa 15 dias após a operação. O corpo produz novo tecido ósseo para preencher a lacuna crescente.

“Esse osso começa a cicatrizar e no momento em que isso acontece, forçamos para não cicatrizar e assim consecutivamente. Alongamos um milímetro por dia em quatro movimentos de 0,25 milímetros por dia. São movimentos muito pequenininhos ao longo do dia, da semana, do mês, que vão causar esse alongamento”, explica Gaiarsa.

Após o período de alongamento em si, o fixador ainda precisa ser mantido por mais alguns meses, até o osso se consolidar. No total, um alongamento de 5 centímetros, por exemplo, demora cerca de seis meses.

Nunes explica que para o osso em si, não há limite para alongamento. Entretanto, outras estruturas ao redor, como músculos, tendões, cartilagens e nervos, não respondem tão bem a alongamentos muito grandes. Para ajudar na recuperação e no alongamento dessas estruturas, o paciente precisa passar por sessões diárias de fisioterapia durante e depois do alongamento.

“Quanto mais centímetros eu alongo, maior é o risco de complicações. Quanto menor o alongamento, menor o risco de complicações. A gente fala que um tamanho ideal é de cinco, sete ou oito centímetros, no máximo”, pontua Nunes.

O alto custo está associado à complexidade do procedimento e demora na recuperação. Cada fixador custa cerca de R$40mil. Ao incluir a equipe médica, internação, medicamentos e fisioterapia, o valor inicial estimado é de R$ 100 mil e deve ser pago integralmente pelo paciente. Tanto os planos de saúde quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) cobrem apenas os custos de alongamentos para correção de deformidades.

Além da dor e do longo período de recuperação, o alongamento ósseo envolve muitos riscos, desde aqueles presentes em qualquer cirurgia, como infecção, até os específicos. As complicações incluem embolia pulmonar, problemas de regeneração óssea, lesões vasculares, neurológicas e funcionais (limitação da mobilidade). Pode haver ainda deformação e diferença de comprimento entre as pernas.

Pacientes obesos e com problemas de coagulação têm risco aumentado. Apesar disso, a única contraindicação absoluta para a realização desse procedimento para fins estéticos é o tabagismo.

“O osso não consolida bem em pacientes tabagistas. Para um caso traumático, de necessidade, o tabagismo é uma contraindicação relativa. Mas para uma cirurgia eletiva, é absoluta”, diz Gaiarsa.

CRIANÇAS

Na infância, problemas de crescimento podem ser corrigidos com a ajuda do GH, um hormônio do crescimento produzido pela hipófise. O tratamento envolve injeções diárias do hormônio, aplicadas ao deitar, por via subcutânea, por um longo prazo.

“O ideal seria começar a reposição entre os cinco e sete anos e o tratamento precisa ser mantido até fechar a idade óssea, o que ocorre por volta dos 13 a 14 anos”, explica a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

A médica alerta que o tratamento só é benéfico para crianças com deficiência ou baixa secreção desse hormônio – comprovada por exame laboratorial. Nesses casos, o ganho pode ser de 5 cm.

Para aquelas com produção normal do hormônio, a reposição não trará benefício algum. Pelo contrário.

“É usar uma medicação desnecessariamente, além de gerar custo para a família e estresse psicológico para a criança”, alerta Cozer.

Ele é indicado por um endocrinologista quando um médico constata que a criança está abaixo da curva de crescimento e outras causas já foram descartadas, como alergias e intolerâncias, problemas de fígado, de rins, tireoide, fatores psicológicos, alimentares e nutricionais.

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Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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