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JÁ SE SENTIU DISCRIMINADO AO FAZER COMPRAS?

Racismo, gordofobia, transfobia. Consumidores relatam constrangimento no dia a dia das relações de consumo

Em uma loja de grife vazia, em Goiânia, a única pessoa a perceber a presença da estudante de Medicina Lara Borges, de 20 anos, foi o segurança. Ser seguida pelos corredores e ter o cuidado de só abrir a bolsa no caixa é uma rotina para a advogada paulista Agatha Nunes, de 28 anos. Para as duas jovens negras, não há dúvida de que o racismo estrutural está fortemente presente nas relações de consumo no Brasil.

E racismo é crime. Mas o fato é que há comportamentos difíceis de serem enquadrados criminalmente, mas que nem por isso deixam de ser discriminatórios e precisam ser combatidos no dia a dia do comércio.

“Há um descompasso enorme entre a legislação e a sociedade brasileira. A legislação criminalizou racismo e homofobia no plano das palavras, mas e os olhares, a invisibilidade, os constrangimentos? Esses são os grandes desafios. O que se vai dizer? ‘Você não me viu?’ Como classificar um olhar? Isso dói profundamente, mas as pessoas acabam se sentido fragilizadas, sem potência, e deixam pra lá. Isso acontece também com idosos, pessoas acima do peso… As empresas precisam levar isso a sério”, diz a antropóloga do consumo Carla Barros, professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Agatha conta que as duas amigas brancas que a acompanhavam em um passeio num shopping da Zona Oeste paulista sequer se deram conta de que o segurança de uma grande varejista, na qual entraram para ver as novidades, a havia seguido por três corredores.

“Eu parei para ver perfumes, e o segurança veio para próximo. Achei que podia ser impressão, então, mudei de corredor. Na terceira vez que ele veio atrás de mim, disse para as minhas amigas que queria ir embora. Elas não entenderam, comecei a chorar e, quando contei o que tinha acontecido, me incentivaram a voltar à loja, disseram que eu tinha que me defender, afinal eu trabalho com isso”, conta a advogada, que acabou processando a loja por discriminação.

EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO

Para Lara, sua experiência na loja em Goiânia traz um sentimento de não pertencimento.

“É visível que foi mais um caso de racismo. Eu poderia considerar um mau atendimento se visse que outras pessoas estavam tendo a mesma experiência, mas não foi o que aconteceu”, diz Lara, pontuando que essa foi só mais uma das situações discriminatórias pelas quais passa no seu dia a dia.

É justamente para combater o que foge à esfera criminal, mas que representa um grande mal às relações de consumo, que o Procon-SP criou, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, o Procon Racial. Mais do que uma plataforma de denúncias de discriminação, a ideia do projeto é ser um instrumento de transformação no comportamento das empresas.

“Quando é crime, tem que chamar a polícia. Mas há ações subliminares presentes no dia a dia do atendimento que precisam ser mudadas com educação e informação. As empresas denunciadas passam por um curso de letramento racial, são acompanhadas por 90 dias e devem instalar em suas lojas os dez princípios para o enfrentamento do racismo nas relações de consumo. Tudo isso antecede qualquer punição”, explica Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP.

QUEIXAS TRAÇAM CENÁRIO

Ed Mattos, coordenador do Procon Racial, diz que as pessoas ainda têm dificuldade de nomear esses problemas no atendimento como racismo. O que explica o pequeno número de queixas à plataforma, cerca de 40, em um ano de funcionamento:

“Uma pesquisa do Procon-SP, de 2019, mostra que só 4% dos consumidores fazem relatos de racismo. É preciso encorajar as pessoas a relatarem e trabalhar com as empresas essas mudanças. Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente pontua que o olhar distingue por raça, gênero, orientação sexual e até idade:

“Em algumas situações, em que há a agressão da dignidade do indivíduo, é difícil comprovar materialidade, cai naquele discurso de supervalorização ou vitimismo. Mas a consistência nas denúncias pode demonstrar a realidade dos fatos. A agressão física é inaceitável, mas há um impacto psicológico terrível da discriminação, com sequelas de difícil reversão”.

A professora Hana Silva Santos, de 22 anos, moradora de Gandu, na Bahia, sabe exatamente do que José Vicente está falando. Vítima de gordofobia, para ela, ir às compras é tarefa das mais estressantes, o que a leva a optar, muitas vezes, por lojas virtuais para evitar constrangimentos no comércio:

“Toda vez que penso em sair de casa para comprar alguma roupa, já sei que vou me estressar. Mal entro na loja, e a vendedora nem me escuta, logo fala que não tem roupa para o meu tamanho. Não posso ir comprar um presente? Avaliam meus gostos pelos seus próprios olhos, que, muitas vezes, são gordofóbicos”, diz a professora, que relata que o preconceito é maximizado por ser uma mulher negra.

Comprar roupas também é um problema para a paulista Natasha Palma, de 33 anos, profissional autônoma. Desde que se assumiu como uma mulher trans, ela evita as lojas de departamento por se sentir discriminada. Ela faz suas roupas em costureiras ou compra on-line. Natasha, que já foi vítima de violência em um supermercado do seu bairro, diz que, mesmo quando não há agressão física, a rotina de compras é pontuada por constrangimento:

“Há olhares estranhos, de reprovação, quando entro. Sinto que alguns vendedores não sabem como agir, não é intencional, mas o sentimento é o mesmo de discriminação”.

DESAFIO PARA EMPRESAS

Para a fundadora da Transcendemos Consultoria em Diversidade e Inclusão, Gabriela Augusto, os relatos demonstram a necessidade da criação de procedimentos internos, treinamentos e iniciativas efetivas para combater o preconceito nas relações de consumo. As empresas, diz, precisam ser uma parte ativa no combate às discriminações:

“A empresa não deve deixar essas questões no campo da subjetividade, é preciso que se tenha um posicionamento e um script de atendimento, uma regra. E pensar em todas as diversidades possíveis, não só nas pessoas gordas, negras, trans, mas em quem é deficiente, por exemplo. Como um cadeirante vai entrar e consumir numa loja que não tem rampas para ele?

Carla, da UFF, concorda que inclusão, além do atendimento, prevê um espaço físico adequado:

“É preciso uma visão integrada, é ótimo fazer propaganda incluindo gente idosa, pessoas de diferentes corpos. Mas, para além do treinamento, que deve ter um acompanhamento permanente, a loja tem que ter uma cabine que uma pessoa gorda se sinta confortável, mercadorias em locais acessíveis para um idoso. Uma cabine que a pessoa não entra, um local em que um idoso ou um deficiente encontram empecilhos, tudo isso causa constrangimento.

O consultor de varejo Antônio Cesar Carvalho, sócio-diretor da Acomp Consultoria e Treinamento, pondera que o desafio das empresas, quando se fala em discriminação, é o fato de os preconceitos já virem “de casa”, a questão estrutural:

“A discriminação é latente, e não só no Brasil. A educação corporativa tem um desafio nessa área de letramento, pois, independentemente de seus posicionamentos institucionais, os funcionários trazem o preconceito de casa e os reproduzem no atendimento, mesmo sem perceber. Por isso, a importância da constância e do acompanhamento do treinamento.

Na avaliação de Stella Susskind, CEO da SKS CX Customer Experience, empresa especializada em pesquisa de mercado, o desafio do varejo começa na seleção, que deve observar no candidato se há posturas preconceituosas.

Stella pontua que a entrada no mercado de uma geração mais ativa nas redes sociais e engajada em políticas de diversidade impõe às empresas a necessidade de adoção de uma nova postura:

“Essa geração é engajada politicamente e ativa nas redes sociais. E as reclamações nas redes sociais viraram coisa séria, com um efeito sobre a imagem da empresa.

Carvalho reforça que, se a responsabilidade social não for suficiente para que as empresas façam uma mudança, elas devem levar em consideração ainda a questão comercial.

“Passamos da fase do discurso. Se não houver honestidade de propósito, o efeito será a perda de consumidores que exigem respeito. É mais do que uma questão legal, é uma exigência do consumidor”, afirma.

OUTROS OLHARES

CENTÍMETROS VALIOSOS

Para aumentar a altura, medicina oferece apenas cirurgia ou hormônio

Ser mais alto é o desejo de muita gente. A altura de uma pessoa é resultado da combinação de vários genes herdados dos pais associada à influência do ambiente. Em geral, cada um tem 50% de chance de ter a mesma altura do pai ou da mãe. Irmãos têm 50% de chance de ficarem com alturas parecidas e temos 25% de chance de termos tamanho semelhante ao de avós e tios. Entretanto, problema nutricionais, hormonais ou alguma doença crônica podem interferir no resultado final. Na infância, é possível utilizar um hormônio chamado GH em crianças com deficiência ou baixos níveis da substância. Por outro lado, uma vez que o crescimento natural está consolidado, não há terapia hormonal que permita continuá-lo. A única forma de ganhar alguns centímetros a mais na idade adulta é recorrera um procedimento extremo chamado alongamento ósseo.

A técnica envolve quebrar o fêmur ou a tíbia e, com a ajuda de uma armação de metal, afastar gradativamente as duas metades do osso, forçando-o a cicatrizar mais longo do que antes. Pode parecer absurdo, mas a verdade é que para muitas pessoas, em especial homens, a resposta é “sim”.

“A procura é muito grande e aumentou muito durante a pandemia”, diz o ortopedista Guilherme Gaiarsa, presidente do comitê de reconstrução e alongamento ósseo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

O Instituto LimbplastX, uma clínica fundada em 2016, em Las Vegas, nos Estados Unidos, diz que, na pandemia, o número de pacientes dobrou, segundo informações da revista GQ.

A pressão social é um dos fatores que influencia na decisão deles. Socialmente, está tudo bem se uma mulher é baixinha. Para aquelas que se incomodam, é possível recorrer ao salto alto. Para os homens, não é tão simples assim. Um estudo de 2013 mostrou que as mulheres eram mais altas que seus parceiros em apenas 7,5% dos casos. Também há prejuízos financeiros. A altura média de um CEO da Fortune 500 é de 1,82 m. De acordo com um estudo feito em 2009, com homens australianos, os baixinhos ganham menos dinheiro do que seus colegas mais altos (cerca de US$ 500 por ano a cada 2,5 cm).

Alonso tinha 1,68m e queria aumentar sua altura. Ele procurou o LimbplastX Institute. Após um alongamento do fêmur, ganhou 8,7 centímetros e ficou com uma altura final de 1,77 m, de acordo com uma publicação na rede social do cirurgião Kevin Debiparshad, que está à frente da clínica. Em um comentário na publicação, Alonso disse que o procedimento é doloroso e a recuperação, demorada. “Ainda não ando rápido, ainda não tenho meu ritmo de caminhada de antes, mas sou pedreiro, eletricista, e já consegui subir escadas, verificar sótãos, até rastejar debaixo de uma casa. Estou fazendo isso para recuperar a mobilidade, mas minha recuperação ainda não terminou”, contou o paciente.

COMPLEXIDADE

Apesar do aumento no interesse, especialistas brasileiros afirmam que muitos pacientes desistem quando descobrem o valore quando entendem como é a cirurgia, o quanto demora a recuperação e os riscos envolvidos.

“Eles acham que é uma coisa mais simples, mas não é. É um procedimento complexo, que envolve uma longa recuperação, afastamento de trabalho, além de dedicação e cuidados de longo prazo”, diz o ortopedista Fabiano Nunes, da BP- Beneficência Portuguesa de São Paulo. O alongamento ósseo em si é um procedimento bem estabelecido, desenvolvido para a correção de deformidades causadas por doenças congênitas ou traumas, por exemplo. Nos últimos anos, a cirurgia ganhou apelo estético por ser a única forma de “crescer” na idade adulta. Primeiro, é realizada uma cirurgia na qual o médico faz um corte em um dos ossos da perna (fêmur ou tíbia, mas geralmente no fêmur, pois tem maior capacidade de alongamento) e coloca um fixador, que pode ser externo, interno ou uma combinação dos dois. É o fixador, acionado diariamente pelo paciente, que tem a função de separar os ossos lentamente e causar o alongamento. A distância é de cerca de um milímetro por dia. Mas esse processo só começa 15 dias após a operação. O corpo produz novo tecido ósseo para preencher a lacuna crescente.

“Esse osso começa a cicatrizar e no momento em que isso acontece, forçamos para não cicatrizar e assim consecutivamente. Alongamos um milímetro por dia em quatro movimentos de 0,25 milímetros por dia. São movimentos muito pequenininhos ao longo do dia, da semana, do mês, que vão causar esse alongamento”, explica Gaiarsa.

Após o período de alongamento em si, o fixador ainda precisa ser mantido por mais alguns meses, até o osso se consolidar. No total, um alongamento de 5 centímetros, por exemplo, demora cerca de seis meses.

Nunes explica que para o osso em si, não há limite para alongamento. Entretanto, outras estruturas ao redor, como músculos, tendões, cartilagens e nervos, não respondem tão bem a alongamentos muito grandes. Para ajudar na recuperação e no alongamento dessas estruturas, o paciente precisa passar por sessões diárias de fisioterapia durante e depois do alongamento.

“Quanto mais centímetros eu alongo, maior é o risco de complicações. Quanto menor o alongamento, menor o risco de complicações. A gente fala que um tamanho ideal é de cinco, sete ou oito centímetros, no máximo”, pontua Nunes.

O alto custo está associado à complexidade do procedimento e demora na recuperação. Cada fixador custa cerca de R$40mil. Ao incluir a equipe médica, internação, medicamentos e fisioterapia, o valor inicial estimado é de R$ 100 mil e deve ser pago integralmente pelo paciente. Tanto os planos de saúde quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) cobrem apenas os custos de alongamentos para correção de deformidades.

Além da dor e do longo período de recuperação, o alongamento ósseo envolve muitos riscos, desde aqueles presentes em qualquer cirurgia, como infecção, até os específicos. As complicações incluem embolia pulmonar, problemas de regeneração óssea, lesões vasculares, neurológicas e funcionais (limitação da mobilidade). Pode haver ainda deformação e diferença de comprimento entre as pernas.

Pacientes obesos e com problemas de coagulação têm risco aumentado. Apesar disso, a única contraindicação absoluta para a realização desse procedimento para fins estéticos é o tabagismo.

“O osso não consolida bem em pacientes tabagistas. Para um caso traumático, de necessidade, o tabagismo é uma contraindicação relativa. Mas para uma cirurgia eletiva, é absoluta”, diz Gaiarsa.

CRIANÇAS

Na infância, problemas de crescimento podem ser corrigidos com a ajuda do GH, um hormônio do crescimento produzido pela hipófise. O tratamento envolve injeções diárias do hormônio, aplicadas ao deitar, por via subcutânea, por um longo prazo.

“O ideal seria começar a reposição entre os cinco e sete anos e o tratamento precisa ser mantido até fechar a idade óssea, o que ocorre por volta dos 13 a 14 anos”, explica a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

A médica alerta que o tratamento só é benéfico para crianças com deficiência ou baixa secreção desse hormônio – comprovada por exame laboratorial. Nesses casos, o ganho pode ser de 5 cm.

Para aquelas com produção normal do hormônio, a reposição não trará benefício algum. Pelo contrário.

“É usar uma medicação desnecessariamente, além de gerar custo para a família e estresse psicológico para a criança”, alerta Cozer.

Ele é indicado por um endocrinologista quando um médico constata que a criança está abaixo da curva de crescimento e outras causas já foram descartadas, como alergias e intolerâncias, problemas de fígado, de rins, tireoide, fatores psicológicos, alimentares e nutricionais.

GESTÃO E CARREIRA

PARA EXECUTIVOS DE TI NOVOS TALENTOS TÊM FORMAÇÃO INSUFICIENTE

A pesquisa Tendências em Tecnologia, realizada durante o Universo TOTVS 2022, em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, aponta que cerca de 58% dos executivos de TI acreditam que os novos talentos não estão totalmente capacitados para o mercado

“Desde 2019, as empresas de tecnologia alertam para o apagão de profissionais de TI no Brasil. A falta de profissionais capacitados impulsiona o crescimento das universidades e escolas corporativas no país”, menciona a Coordenadora de Treinamento e Capacitação da Keyrus Academy, Christiane Gatti.

O estudo ainda aponta que apenas 13% dos participantes consideram que os profissionais de TI são mais valorizados no Brasil. Em relação ao investimento na capacitação de suas equipes, quase metade das empresas afirmaram que investem menos do que o suficiente, outros 26% consideram que fazem um investimento normal, 14% afirmam investir pouco e 5% dizem que não investem nada.

O Brasil forma apenas 53 mil pessoas por ano em cursos de perfil tecnológico, mas a demanda média anual é de 159 mil profissionais de TI e comunicação. É o que aponta o estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia TCEM”, publicado pela Brasscom.

De acordo com a entidade, a projeção é de um déficit anual de 106 mil talentos, 530 mil em cinco anos. São números que refletem o crescimento acelerado do setor de TIC, e deixam clara a urgente necessidade de que a formação profissional também seja ampliada no mesmo ritmo.

Para a Brasscom, o ideal é as empresas criarem estratégias inovadoras para ampliar a formação de talentos e superar o déficit – previsto para ultrapassar meio milhão de profissionais, pois a baixa de mão de obra desperta um alerta para o risco de um apagão de profissionais qualificados para ocupar os postos vagos. A implantação de Universidades Corporativas têm crescido em diferentes segmentos que têm percebi- do a importância de investir no ativo mais importante de uma organização: o capital humano e intelectual.

O movimento é descrito como Employer U (universidade conectada à empresa, em tradução livre) que além de formar ou capacitar profissionais de acordo com a cultura organizacional da empresa, ainda contribui para inserir mão de obra qualificada no mercado de TI. A multinacional Keyrus, líder mundial em consultoria de inteligência de dados, digital e transformação de negócios, lançou a Keyrus Academy, Universidade Corporativa com o objetivo de ampliar a rede da multinacional e capacitar profissionais de TICs. “O objetivo é ampliar a rede e capacitar o profissional de tecnologia, indiferente de ser um colaborador ou não. Sentimos a necessidade de capacitar a mão de obra disponível no mercado. Além dessa ampliação, mantemos nossos treinamentos internos e os treinamentos corporativos”, menciona Christiane. O diferencial é que as pessoas aprendem com quem vive na prática o dia a dia do mercado de tecnologia. No caso da Keyrus os cursos são ministrados por consultores Keyrus que são profissionais altamente capacitados tecnicamente e mercadologicamente.

“Entendemos que a educação é fator determinante para o engajamento dos colaboradores, o que impacta diretamente em uma entrega de qualidade”, enfatiza Christiane. Considerando o atual cenário, em que a crise afeta diferentes áreas e setores da sociedade, é de extrema importância e necessidade que os colaboradores estejam alinhados e capacitados a lidar com as novas realidades, caso contrário, a empresa pode estagnar. Logo, com uma capacitação adequada é muito mais fácil ampliar a excelência no trabalho executado.

Outro ponto importante a se destacar é o fato de que a capacitação dos colaboradores contribui para a gestão de planos de carreira, afinal, tem ocorrido uma movimentação de profissionais que buscam por uma aprendizagem contínua para investir em um plano de carreira vindouro.

FONTE: https://keyrus.com/br/pt/services

EU ACHO …

CONFIE EM DEUS, MAS TRANQUE O CARRO

Mike Tyson segue na mídia: andou sendo entrevistado pela Oprah e fazendo um mea-culpa por uma vida inteira de desvios de comportamento.

Isso me fez lembrar de quando ele foi acusado de estupro pela ex-miss Desiree Washington, em 1991. A moça havia entrado no quarto com ele, de madrugada e, ao que consta, desistiu de levar adiante a brincadeira. Qualquer pessoa tem o direito de desistir do ato sexual na hora H e o parceiro tem o dever  de respeitar a decisão, por  mais fulo da vida que fique, mas deixar Mike Tyson fulo não é algo que uma pessoa de juízo arrisque. Na época, a escritora Camille Paglia disse que Tyson errou, logicamente, mas que a moça era uma idiota. E justificou sua opinião dando o seguinte exemplo: se você estaciona seu carro numa rua escura e deixa a chave na ignição, não significa que ele possa ser roubado. Mas, se for, você foi um panaca.

Essa história sempre me volta à cabeça quando começo a ouvir algum “ai de mim”, que é o mantra das vítimas. Fico prestando atenção na história e, quase sempre, descubro que o mártir deixou a chave na ignição. São os casos de garotas que se deixam filmar nuas pelo namorado e depois descobrem que viraram as musas do YouTube, ou de garotos que dirigem alcoolizados a 140km/h e acordam no outro dia no hospital (quando acordam). Eles devem se perguntar, dramáticos: onde está Deus nessa hora que não me ajuda? Está ajudando a encontrar sobreviventes de um tsunami ou consolando quem tem um câncer em metástase, porque esses sim são vítimas genuínas: mesmo deixando seus carros bem trancados, foram surpreendidos pelo destino.

“Não há prêmio ou punição na vida, apenas consequências.” Não sei quem escreveu isso, mas está coberto de razão. Sorte e azar são responsáveis por uns 10% do nosso céu ou inferno, os 90% restantes são efeitos das nossas atitudes. Vale para o trabalho, para o amor, para o convívio em família, para o dinheiro, para a saúde da mente e também do corpo. Reconheço que os governos não ajudam, que certas leis atrapalham, que a burocracia atravanca, que o cotidiano é cruel, e até as disfunções climáticas conspiram contra. Ainda assim, avançamos (prêmio) ou retrocedemos (punição) por mérito ou bananice nossas.

Então, tranque o carro numa rua escura e também dentro da sua garagem, não entre no quarto de um neanderthal se você não estiver bem certa do que deseja, não deixe uma vela acesa perto de uma cortina, pense duas vezes antes de mandar seu chefe para um lugar que você não gostaria de ir, não tenha em casa Doritos, Coca-Cola e Ouro Branco se estiver planejando perder uns quilos e lembre-se do que sua bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce.

E, por via das dúvidas, confie em Deus, que mal não faz.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

MARMITA FITNESS – OPÇÃO IDEAL PARA QUEM DESEJA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Feitas com ingredientes frescos e de qualidade, as marmitas fitness também são uma boa opção para começar o ano de forma leve

Depois da comilança de fim de ano, época que geralmente as pessoas costumam enfiar o pé na jaca e comer exageradamente – mesmo cientes das consequências, como aumento de peso e colesterol, por exemplo – chegamos à véspera do ano novo. Agora surgem muitos dos planos que incluem cuidar da saúde, ter uma alimentação mais saudável e equilibrada, fazer uma dieta, praticar exercícios físicos e, por que não, perder alguns quilinhos? Com isso em mente, muitas pessoas decidem começar fazer academia, outras optam apenas pela caminhada, algumas procuram um nutricionista, e isso certamente já é um bom começo para alcançar os objetivos, afinal, é preciso tirar os planos do papel.

PRATICIDADE

E para quem deseja, de fato, começar o ano novo mudando a alimentação, fazendo refeições mais saudáveis, pode contar com a ajuda das marmitas fitness. Além de práticas no dia a dia para quem tem uma rotina agitada, elas são um investimento que vale a pena, principalmente para evitar o consumo de alimentos gordurosos e ricos em sal, e também uma opção ideal para quem não tem tempo ou não gosta de ficar nas filas dos supermercados e na cozinha. As marmitas fitness resolvem esse problema e ainda oferecem um cardápio variado, com diferentes ingredientes. Elas podem ser congeladas e são aquecidas facilmente.

Além disso, são receitas preparadas sempre com muito cuidado, com produtos selecionados e fresquinhos, com temperos na medida certa, sem prejudicar o sabor dos alimentos. Em Rio Preto, muitas empresas têm investido nesse ramo, para proporcionar aos clientes a alternativa e a comodidade de terem suas refeições prontas, focando não apenas na qualidade e benefícios à saúde, mas também no bolso, já que, em alguns casos, pode ser mais econômico comprar a marmita pronta do que gastar com todos os ingredientes e preparar o cardápio semanal em casa.

NOVIDADES SEMANAIS

A Do Reino Fit é uma loja online que trabalha pelo Instagram e WhatsApp com a venda de kits de marmitas sob encomenda, com um cardápio variado que muda semanalmente, oferecendo sempre novidades aos clientes de Rio Preto e região, como Mirassol e Cedral, que recebem os produtos pelo sistema delivery. Tem pernil ao barbecue com mandioca e farofa de banana com bacon, macarrão caprese, sobrecoxa desossada com quiabo e polenta cremosa, strogonoff de frango, bobó de frango, macarrão ao alho, brócolis, bacon e tomatinhos cereja, entre muitas outras opções. Segundo a proprietária Yara Ribeiro Albertini, as marmitas que fazem mais sucesso são a de galinhada e a mineirinho (arroz integral, feijão, calabresa, bacon, ovo e couve).

“Variar o cardápio semanalmente é um grande diferencial para quem vende comida congelada, pois o cliente não enjoa e consegue comer uma comida diferente, saborosa e saudável ao mesmo tempo. Escolher ingredientes de qualidade faz toda a diferença no resultado final, pois o sabor será sempre o mais importante e, consequentemente, o alimento terá um padrão mais alto. E isso inclui não somente usar produtos de qualidade como também manter um controle de qualidade, uma higienização adequada, tanto do alimento quanto do ambiente de trabalho”, diz Yara.

EXPERIÊNCIA AFETIVA

Salmão grelhado com purê de mandioquinha e legumes com Shimeji, do Gostinho

O Gostinho tem uma cozinha especializada em alimentação saudável, para que as refeições preparadas sejam sempre nutritivas e, ao mesmo tempo, tenham o sabor da comida caseira. O restaurante oferece um cardápio extenso, com uma variedade de mais de 100 pratos, que são divididos em grupos: Low Carb, Fitness, Vegetariano, Especiais, Caldos e Salgados. Os campeões de vendas são as panquecas de carne e frango, o risoto de shimeji com alcatra, o escondidinho de mandioca com carne e a coxinha de frango com cream cheese sem massa. Disponibiliza marmitas avulsas ou a adesão de combos, além de um cardápio personalizado, de acordo com as necessidades do cliente.

“Trabalhamos com muito zelo e cuidado, pois acreditamos que através da alimentação também é possível se ter uma experiência afetiva. Nossos pratos são feitos com produtos de primeira qualidade, pois cremos que para ter um resultado satisfatório quando se propõe seguir uma alimentação saudável, a qualidade é essencial, a começar pela higiene de nossa cozinha”, afirma a proprietária Angélica Costa. O Gostinho atende de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 12h, e está localizado na rua Professora Zulmira da Silva Salles, no Parque Industrial, em Rio Preto. As marmitas são entregues no local ou pelo delivery.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

PAPAI, MAMÃE, TITIA

Famílias vivem crise por intolerância e acirramento de preconceitos

Em uma rede social, o publicitário Cyro Freitas, de 38 anos escreveu em novembro: “levante-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido”, da música da artista e ativista negra Nina Simone, que aprendeu a tocar blues escondida dos pais.

A reflexão foi como traduziu seus sentimentos um dia depois de ter saído do grupo da família por ser gay. Laços familiares desfeitos no país são um fenômeno cada vez mais estudado desde que se intensificou a polarização com as eleições de 2018. Por trás do que parece política, há muito mais: histórias de profundas divergências sobre temas como homofobia, racismo e papel da mulher na sociedade. Diferenças que extrapolam os limites do lar.

Cyro saiu do grupo e de casa, deixando para trás afetos e vínculos sanguíneos para mergulhar na aventura de viver as suas verdades.

“Quando eu saí de casa, meu pai foi indiferente, mas minha mãe não queria que eu me mudasse. Mesmo eu morando perto, ela me fez adiar ao máximo a mudança”, relembra ele, que rompeu de vez o cordão umbilical em 2016, ainda dois anos antes de os ânimos ficarem ainda mais acirrados, de acordo com o termômetro de especialistas.

Cyro, que tinha 31 anos quando se despediu de casa, buscava mais independência e fugia da homofobia.. Pesquisadores que se dedicam a casos como o dele avaliam que as rupturas acontecem porque, cada vez mais, almoços e jantares de família servem pratos de intolerância. O avanço do conservadorismo no Brasil está na raiz do problema que não se limita a um debate eleitoral.

REJEIÇÃO E MEDO

Para o antropólogo Bernardo Conde, professor da PUC-RJ, a divisão familiar transpassada pelo preconceito pode gerar problemas psíquicos e sociais à vítima, mesmo quando ela se rebela e rompe o ciclo de ataques, como fez Cyro.

“Às vezes, um filho que se rebela demarca autonomia, mas também pode existir a ideia de rejeição, que leva à insegurança ou à baixa autoestima. Por não poder se abrir com a família, a pessoa pode vir a ter uma incapacidade de se relacionar plenamente ou pode ainda reproduzir o sistema conservador da família”, explica.

Um levantamento realizado pela consultoria Quaest mostrou que, só nos últimos dois anos, mais de 2,5 milhões de publicações na internet indicavam polarização familiar para além de divergências políticas, com destaque para brigas envolvendo LGBTfobia, intolerância religiosa e racismo. Dos posts analisados no Twitter, Instagram, Facebook e Reddit, 17% denunciavam atitudes LGBTfóbicas no núcleo familiar. O pico de publicações foi em outubro, durante as últimas eleições, quando viralizou o tuite de um homem trans expulso da casa da irmã. Os casos de intolerância religiosa somam 13%, e os de racismo, 3%. Os principais termos associados a polarização entre familiares se referiam a “sair de casa”, “igreja” e “sair do armário”. Em postagens na internet, pode-se encontrar um enorme varejo de temas indigestos, que vão de gordofobia a racismo reverso – que consistiria em brancos sendo alvo de preconceito por parte de negros -, refutado por estudiosos.

Nascido em uma família de militares, o publicitário conta que nunca se sentiu à vontade para se assumir gay. Desde pequeno ouvindo que era errado ser homossexual, Cyro só oficializou o relacionamento de 11 anos com Hilderlan Fernandes Martins, de 32 anos, em 2020. Hoje, tem  o apoio da mãe e dos irmãos. Mas o pai se recusa até mesmo a permanecer no mesmo ambiente com o filho e o genro. O preconceito, segundo o publicitário, o afastou das celebrações em família de que tanto sente falta. Neste Natal, não haverá ceia.

Embora não haja uma causa única para esses comportamentos, Conde vê no cristianismo, principalmente da igreja evangélica, uma das faces desse radicalismo.

Quando as pessoas fogem do considerado correto pela Bíblia, precisam ser combatidas ou convertidas por medo do “inferno” e do “pecado”. A desinformação fomenta o ódio”, diz.

O afastamento progressivo da designer Rebeka Guimarães, de 23 anos, da mãe se solidificou nos últimos quatro anos, com a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Sentindo-se humilhada por ter amigos LGBTs ou por ser a favor da vacina contra a Covid- 19, ela rompeu de vez com a mãe e teve uma semana para achar uma casa nova em Santa Catarina.

“Minha mãe disse para eu arrumar as malas e ir embora. Eu comecei a chorar e decidi que não merecia continuar passando por aquilo. Ela destruiu a nossa família, que ela dizia ser prioridade”,  desabafa Rebeka, recém-empregada, que ganhou móveis usados de amigos e recebeu ajuda financeira do pai, que mora com a irmã mais velha no Paraná.

O cientista social Milton Lahuerta, coordenador do Laboratório de Política e Governo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma que a radicalização conservadora, que também acontece em outros lugares do mundo, ameaça direitos conquistados pelas minorias. Por outro lado, tem provocado o surgimento de outros arranjos sociais:

“Há uma reconfiguração do papel da família, que passa a ter outras raízes fora do pai, da mãe e de irmãos.

RACISMO ENCOBERTO

Apesar de aparecer de forma menos expressiva na pesquisa, o racismo acabou com a paz familiar do escritor baiano Ricardo (nome fictício), de 28 anos. Ele passou a ser assediado a cortar o cabelo black power, porque os país achavam “feio”. Ricardo resolveu se mudar há três meses de Salvador para São Paulo.

“Sou de uma família de não-brancos, mas o racismo sempre esteve presente. O meu black é um problema para o meu pai”, conta ele que viu o afastamento como inevitável.

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"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b

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