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MANUAL CONTRA O ABUSO NAS REDES

Americana Nina Jankowicz parte dos ataques virtuais que sofreu para lançar ‘lugar de mulher é on-line e onde mais ela quiser’

Ser uma mulher on-line é um ato, em si, perigoso, acredita a americana Nina Jankowicz.   Como muitas mulheres em posição de destaque, a escritora e pesquisadora viveu essa ameaça de forma extrema. Diretora executiva do extinto Conselho de Governança de Desinformação, criado pelo presidente Joe Biden, sofreu uma série de ataques virtuais. Em sua maioria homens, os assediadores criticaram seu corpo, disseram que ela tinha aparência de transexual, fizeram memes insinuando que havia feito sexo para conseguir seu cargo e a importunaram com ofensas diárias.

No livro “Lugar de mulher é on-line e onde mais ela quiser, editado no Brasil pela Vestígio com prefácio da jornalista Patrícia Campos Mello, ela oferece um manual para lidar com abuso nas redes sociais (e fora delas, quando eles extrapolam o ambiente on-line). Embora use como base a sua própria experiência e também a de outras figuras públicas (como a da vice-presidente dos EUA Kamala Harris), a obra é destinada a qualquer mulher que use a internet como meio de expressão pessoal e profissional.

“Muita gente não entende que as consequências vão além do virtual. Não basta apenas bloquear a pessoa que está lhe ameaçando”, diz Jankowicz. “Eu mesma bloqueei milhares de contas, mas no fim você sabe que pessoas malucas têm seu endereço e sempre teme que alguém possa aparecer na sua porta. É algo que vai te afetar no seu dia a dia e você não consegue mais fazer as coisas normalmente, nem mesmo em público. Você teme levar seu cachorro para passear, ou teme que alguém a reconheça quando chamam seu nome no aeroporto”.

IGNORAR OU REAGIR?

Jankowicz entrevistou mulheres que se viram obrigadas a abandonar as redes após ameaças. Muitas acabaram voltando após perceberem que aquele era um espaço em que elas precisavam divulgar seu trabalho. Como o objetivo dos ataques é justamente intimidar e silenciar, fica o dilema: ignorar ou reagir? A autora dá uma série de dicas para fazer sua voz ser ouvida sem  tanto perigo (leia abaixo).

Mas não foram só anônimos on-line que perturbaram Jankowicz. Após assumir a sua posição no governo, foi atacada sistematicamente por senadores do Partido Republicano. Ela não tem dúvidas de que o atual ecossistema da internet normalizou esse tipo de comportamento na política.

“Esse tipo de ataque não é inteiramente novo, mas chegou a um nível em que indivíduos  como Donald Trump, Jair Bolsonaro e os congressistas que me alvejaram não parecem ter nenhum problema moral em colocar pessoas em perigo”, diz a autora. “Porque não é só xingar, é encorajar ações violentas de outros indivíduos contra você. Os políticos sabem hoje que, quanto mais raivosos eles tornarem seus seguidores, maior a chance desses seguidores lhes continuarem seguindo. A violência os beneficia politicamente.

COMO DAR TROCO NOS HATERS

NÃO ALIMENTE OS TROLLS

Ao denunciar ofensas e provocações a elas na internet, as mulheres costumam receber  um conselho: “Apenas ignore. “Ou então ouvem que precisam ser superiores e terem até empatia por seus haters. Segundo Jankowicz,  ignorar os trolls pode ser urna alternativa válida, claro. Mas há casos que também é saudável “fazer a sua voz ser ouvida”, aponta ela. Uma coisa, no entanto, é certa: o problema só pode ser tratado, não resolvido.

NEGUE NOTORIEDADE

Há diversas possibilidades de denunciar o mau comportamento de uma conta sem dar muita visibilidade a ela. Se a conta tem muitos seguidores, é melhor fazer uma captura do comentário em questão e compartilhar sem se envolver diretamente com ela. Ridicularizar os seus abusadores depois deixá-los falando sozinhos também costuma ser uma alternativa de autopreservação.

ADOTE O BLOQUEATIVISMO

A maioria dos trolls merece apenas ser silenciados ou bloqueados. Como o objetivo deles é atenção, apenas se beneficiam de seu engajamento. Jankowicz conversou com mulheres que só conseguiram usar suas redes de forma minimamente saudável após bloquear dezenas de milhares de perfis que tentavam interagir com ela.

RECONHEÇA OS FAKES

Analise com atenção as contas que solicitam sua amizade em contas fechadas. Algumas delas podem estar tentando adiciona-la para colher suas informações pessoais. Perfis criados recentemente, sem foto de perfil, e com os quais você não possui amigos em comum têm maiores chances de serem falsos. Use seu instinto: se uma conta parece estranha, não adicione.

CUIDADO COM O QUE COMPARTILHA

A violência virtual pode se tornar real e ferramentas como as dos serviços de localização facilitaram a vida dos assediadores. Por isso, cuidado com os detalhes que compartilha on-line – muitas vezes sem perceber. Uma simples foto das árvores da sua vizinhança pode servir de pista para que abusadores encontrem sua residência na internet.

EVITE O TEMPO REAL

Não é seguro compartilhar fotos ou informações que mostrem sua atual localização de forma pública. Se você está em um parque de diversão, por exemplo, é melhor esperar algumas horas depois de ir embora antes de postar nas suas redes sociais. Uma solução é abusar do recurso falso “amigos próximos” do Instagram, compartilhando suas imagens em tempo real de forma controlada, apenas com seus amigos de verdade.

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TÉCNICA QUE USA ÓLEO E MEIA NOS CABELOS VIRALIZA

Objetivo do procedimento é hidratar os fios; especialistas avaliam que prática pode mesmo ser eficaz, mas alertam que ela pode causar infecções e caspas caso não seja feita corretamente; veja as recomendações

Uma nova  técnica para hidratar o cabelo tem viralizado nas redes sociais, principalmente pelos produtos usados: meias e óleos. Chamada de “hair slugging”, consiste em aplicar óleo no cabelo à noite, envolver os fios com uma meia e só tirar no dia seguinte. Entretanto, especialistas ouvidos afirmam que, apesar da técnica ser eficiente, existem algumas recomendações que devem ser seguidas e alertam que não são todos os tipos de cabelo que suportam bem o procedimento.

A estratégia consiste em aplicar o óleo capilar uniformemente em todo o comprimento dos fios. Depois enrolar o cabelo e colocar o rabo de cavalo dentro da meia, de modo que seja confortável para deixa-lo durante um bom tempo, de preferência durante a noite. Algumas adeptas da técnica optam por enrolar mechas de cabelo em volta da meia.

Ao acordar, na manhã seguinte, basta retirar ou desenrolar a meia e finalizar normalmente.

“A utilização de óleos ajuda a tratar os fios, principalmente os que estão ressecados ou com frizz. Os benefícios desse tipo de prática são principalmente nos cabelos danificados por química ou que já têm sua hidratação menor, como no caso de cabelos cacheados e afro. O uso da meia tem como objetivo reter o óleo e diminui o atrito entre o cabelo e a fronha do travesseiro, por exemplo, reduzindo o frizz”, explica Violeta Tortelly, coordenadora do Departamento de Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ).

RECOMENDAÇÕES

A especialista, no entanto, recomenda alguns cuidados. O primeiro é não aplicar o óleo no cabelo molhado, pois pode aumentar o risco de infecções fúngicas e piorar doenças de base, como a dermatite, seborreia popularmente conhecida como caspa. A técnica também não é indicada para quem já tem cabelo oleoso, pois a condição pode ser agravada com o procedimento.

“O couro cabeludo não pode ser bloqueado pela meia, pois a umidade também pode gerar infecções ou caspas. E o elástico da meia precisa estar frouxo, visto que a tração excessiva sobre os fios pode desencadear a fratura dos fios e consequentemente a queda dos cabelos”, diz a dermatologista Patrícia Ormiga, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBDRJ.

O tipo de meia mais indicado para esse processo é a de algodão. Já entre os óleos, dois se destacam: os de argan, que já são conhecidos por serem ricos em ácidos graxos (como o ômega 9), essenciais para a saúde dos cabelos. Eles promovem a hidratação e nutrição profunda dos fios, deixando-os mais brilhantes, macios e sem pontas duplas. O outro é o óleo de coco, por ter propriedades muito semelhantes ao óleo natural que reveste os fios.

“A indústria consegue pegar esses óleo, mas também outros, e aumentar ainda mais a permanência dele no fio, associando a outros componentes e deixando o produto potencializado. Então os produtos com base em óleos industrializados, vão se adaptando e direcionando a diferentes tipos de cabelo: o ressecado, o com química e aquele com os fios mais finos”, diz Tortelly.

Apesar de sua eficácia e seu poder de hidratação, como tudo em excesso é ruim, o procedimento não é diferente.  As especialistas  afirmam que o produto pode ficar a noite inteira no cabelo ou até no máximo 12 horas, mas é recomendado que a técnica seja feita apenas uma vez por semana para não causar danos aos fios nem ao couro cabeludo.

GESTÃO E CARREIRA

A BUSCA PELO RECONHECIMENTO NO TRABALHO

Levando em consideração que uma equipe desmotivada impacta diretamente na produtividade, é possível dizer que o sucesso de uma empresa depende de profissionais engajados e comprometidos. Um levantamento realizado pela Gallup, apontou que pessoas engajadas contribuem no aumento de satisfação dos clientes, possibilitando um volume até 20% maior nas vendas. Além disso, o desempenho individual desses colaboradores pode chegar a um índice 147% superior. A pesquisa aponta que os trabalhadores satisfeitos têm maior facilidade em desempenhar suas tarefas, contribuindo para um clima saudável dentro das empresas.

De acordo com Ricardo Chaves, psicólogo e especialista no desenvolvimento de líderes e profissionais de alta performance, é preciso ter honestidade consigo mesmo e analisar se o trabalho exercido realmente merece um destaque. “Muitas vezes nós estamos, apenas, cumprindo com aquilo para que fomos contratados e criamos uma expectativa muito alta sobre o reconhecimento.

Essa expectativa sobre uma ascensão que existe nas gerações mais emergentes no mercado de trabalho gera, também, uma grande frustração por conta de não serem realistas do ponto de vista das empresas. É necessário que se busque esse reconhecimento, mas não podemos ser reféns dessa necessidade emocional de sermos reconhecidos”, relata. Para o psicólogo, o sucesso depende da conexão entre propósito de vida e aquilo que se está exercendo no trabalho.

“O trabalho é onde acontece a grande realização existencial do ser humano. Investimos muito tempo e dinheiro na nossa formação e qualificação para que possamos ser cada vez melhores naquilo o que fazemos. Enquanto as pessoas estão buscando apenas a realização de metas, devemos nos importar com quem estamos nos tornando, se isso está alinhado com os seus valores e com quem eu quero ser reconhecido como pessoa, seja dentro do trabalho, seja pela família ou pelos amigos”, pontua.

Como ser notado no ambiente de trabalho:

SE EXPONHA, oferecendo ideias e opiniões sobre os mais diversos assuntos na empresa;

DESENVOLVA A CORAGEM, pois a falta de bravura pode limitar os colaboradores;

DESENVOLVA UMA VISÃO SISTÊMICA, entendendo o porquê de estar realizando aquelas tarefas;

TENHA EMPATIA pelas pessoas ao seu redor, articulando ideias com pessoas que não possuem um pensamento compatível ao seu;

TENHA RESILIÊNCIA para lidar com frustrações e superar os desafios que ainda estão por vir.

Ricardo acredita que a alta produtividade apresenta uma melhor percepção sobre o trabalho executado. “Quando entendemos o porquê de fazermos o que fazemos, temos mais conexão, mais pertencimento sobre o que construímos com o trabalho, aumentando a nossa produtividade e engajamento.

Para que a produtividade seja sustentável, é necessário uma conexão mais ampliada sobre aquilo que se produz”, finaliza.

FONTE E MAIS INFORMAÇÕES: (https://www.rickcha.com.br/).

EU ACHO …

QUANDO OS CHATOS SOMOS NÓS

Você conhece um chato. Ou dois. Ou meia dúzia. E até gosta deles, viraram figuras folclóricas na sua vida. Talvez seja um cunhado, um amigo de um amigo, um colega de trabalho. Os chatos são bem-intencionados, não se pode negar. E é justamente essa boa intenção fora da medida que faz deles uns chatos. O chato nada mais é que um exagerado. Ele é prestativo demais, ele é piadista demais, ele leva muito tempo para contar algo que lhe aconteceu, ele fica hooooras no telefone, ele se leva a sério além do razoável, ele ocupa o tempo dos outros com histórias que não são interessantes. O chato é, basicamente, um cara (ou uma mulher) sem timing.

Estava pensando nisso quando escutei alguém citando uma das coisas mais chatas que existe. Tive que concordar: colocar um filho pequeno no telefone pra falar com a dinda, com a vovó, com o titio, é muito chato. A gente ama aquela criança – talvez seja até o nosso filho! – mas ao telefone, esquece. Tentamos entabular um diálogo minimamente inteligível e nada rola. Ou ele não fala nada que se compreenda, ou não abre o bico, e só nos resta ficar idiotizados do outro lado da linha.

Todo mundo sabe que isso é chato. Mas todo mundo que já teve um filho cometeu essa mesma chatice com os outros. Por quê? Porque pai e mãe de primeira viagem são chatos por natureza. Ninguém escapa. Se não for chato, será considerado um sem-coração. Todos irão apontar: olha lá, aquele ali esconde o filho. Põe ele no telefone!

Outra chatice é mostrar 3.487 fotos do bebê. Dá nos nervos quando o filho não é nosso. Todos os bebês são iguais, menos para seus pais. Seja bem sincero: dá pra aguentar ver foto de bebê pelo celular? Basta perguntar educadamente pra alguém: e seu filhinho, vai bem? Pronto. Num segundo o celular ou iPhone será sacado e apontado direto para seus olhos: veja você mesmo.

A gente sabe que é chato, mas toleramos com sorrisos parcialmente sinceros porque faremos a mesma coisa quando chegar a nossa vez – ou já fizemos um dia. Se você passou dessa fase, segure a onda e compreenda os que ainda não passaram. Nada de reclamar. Aqui se faz, aqui se paga.

Outras chatices? Quando alguém pergunta: lembra de mim? Se está perguntando, é porque a chance é remota. Mas já não fizemos isso diante de alguém que gostaríamos muuuuito que lembrasse? E esticar as letras das palavras quando se está escrevendo? E quando a gente começa uma frase com “adivinha”. Adivinha pra onde eu vou nas próximas férias. Adivinha quem me convidou pra jantar. Adivinha com quem eu sonhei hoje.

Falando em sonho, tem coisa mais chata do que ouvir o sonho dos outros? Mas você já contou os seus. Váááárias vezes.

Agora adivinha qual o próximo exemplo que vou dar (kkkkk). Precisamos mesmo colocar risadas entre parênteses para que os outros entendam nossas piadinhas cretinas?

Alguns menos, outros mais, chatos somos todos.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

TRATAMENTO PARA ENDOMETRIOSE É O MESMO HÁ 25 ANOS, DIZ MÉDICO

Com causas ainda indefinidas, condição afeta cerca de 190 milhões de mulheres no mundo e leva, em média, sete anos para ser diagnosticada

Marina Bonache começou a sentir dores muito fortes durante a menstruação faz quatro anos. Seu ginecologista disse a ela que estava tudo bem. Os níveis hormonais estavam normais e nada apareceu nos ultrassons que fizeram. Mas ela não se contentou com essa resposta. Continuou procurando e, dois anos depois, aos 25 anos, outro médico deu um nome ao seu problema: endometriose.

Trata-se de uma patologia crônica em que o tecido endometrial cresce fora do útero. Segundo Emanuela Spagnolo, da Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (Sego), leva-se em média sete anos para a doença ser diagnosticada. De acordo com Raúl Gómez, médico e pesquisador principal do Grupo de Investigação de Terapias para Endometriose e Câncer de Endométrio do Health Research Institute (Incliva), há 25 anos as mesmas estratégias — geralmente terapia hormonal — têm sido usadas contra a doença. As pequenas variações empregadas são heranças dos últimos estudos realizados em pacientes.

O pesquisador atribui isso ao fato de que, historicamente, a endometriose nunca ganhou a atenção merecida. Cientistas se concentraram mais em saber como ela funcionava, como eram as lesões, quais os fatores envolvidos, mas não conheciam tanto os parâmetros da dor.

“A endometriose sempre existiu, mas foi pouco visível, pouco reconhecida“, avalia. Cerca de 190 milhões de mulheres sofrem com esse problema em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS ). Nessa doença, o endométrio, que é o tecido que reveste o interior do útero, encontra-se anormalmente fora da cavidade uterina. A mulher sofre alterações menstruais nos locais onde esse tecido se insere, produzindo sangramento cíclico nessas áreas sem que o sangue possa sair.

A doença pode causar fortíssimas cólicas menstruais, sangramento excessivo, dor abdominal (que às vezes pode ser incapacitante) e problemas para ter filhos ou, diretamente, infertilidade. Ela é diagnosticada por ultrassom ou laparoscopia (uma cirurgia minimamente invasiva), mas Gómez reconhece que é difícil identificar quando está em estágio inicial. Embora a prevalência do problema seja alta, não se sabe o que a causa.

“Sabe-se que fatores imunológicos e genéticos estão envolvidos, mas a causa ainda é desconhecida”, resume Spagnolo, que trabalha na unidade de endometriose do Hospital La Paz, em Madri.

Para conviver com a doença, Bonache segue um tratamento hormonal à base de antiestrógenos, que reduzem os níveis de estradiol, o hormônio que causa a proliferação da endometriose, esclarece Gómez. O problema dessas drogas é que elas acabam induzindo uma pseudomenopausa que pode causar os mesmos sintomas do climatério, como ondas de calor, desequilíbrios hormonais e início da osteoporose, diz o especialista. Outras opções são cirurgia, anti-inflamatórios e analgésicos opioides, os dois últimos em casos leves. Entre 10% e 15% das mulheres que se submetem à cirurgia conservadora (sem retirada do útero) voltam a ter a doença um ano depois, número que sobe para 40% e 50% após cinco anos, segundo estudo feito por pesquisadores do Hospital União China-Japão da Universidade Jilli, na China, e publicado na revista científica Frontiers em novembro passado.

No caso de Bonache, com a medicação ela tem conseguido controlar a maior parte dos sintomas, embora sofra de dispareunia (dor na relação sexual) e tenha dificuldade para urinar. A jovem, hoje com 27 anos, chegou a passar três semanas de cama, “sem tolerar nem água, pelos vômitos que sofria e pelas dores”. Ela tem endometriose peritoneal e adenomiose (quando fragmentos do endométrio invadem a musculatura uterina).

INFERTILIDADE

Para ela, o mais difícil da doença é ter que levar uma vida extremamente regrada e, mesmo assim, não ter o controle do próprio corpo. Você não pode se permitir exceções: deve dormir horas suficientes, fazer exercícios, mas não em excesso, nem pode pular a medicação. Você também deve seguir uma dieta pobre em alimentos que aumentam o estrogênio. Ela quer ser mãe, mas para isso tem que ter tudo planejado:

“É como se você tivesse um relógio com menos tempo”, lamenta.

Entre 30% e 35% das mulheres com problemas de fertilidade sofrem de endometriose, diz Spagnolo. Essa condição faz com que os ovários funcionem menos e, em muitos casos, com baixa reserva ovariana, comenta sua colega de trabalho, Silvia Iniesta. Todas as mulheres podem ver a sua fertilidade reduzida a partir dos 30 anos, mas no caso daquelas que têm desta patologia, a idade implica um risco maior para quem pretende ter filhos.

O que mais ajuda Bonache a lidar com sua situação é, além do apoio da família e do companheiro, “seguir no Instagram pessoas que sofrem a mesma coisa, ver pessoas que são iguais a mim”, e o apoio do Associação de Afetados de Endometriose da Catalunha (Endocat). Conversar com outros pacientes a ajudou muito, diz ela, a ser capaz de lidar com a doença e a se sentir totalmente compreendida. Além disso, existe a Associação Estadual dos Acometidos pela Endometriose (Adaec) na Espanha, que oferece assessoria.

Um dos objetivos atuais dos especialistas é a detecção precoce dessa doença, diz Spagnolo. O Hospital La Paz, onde ela trabalha, desenvolve um projeto em conjunto com universidades europeias para identificar essa condição em adolescentes. Com isso, pretendem também capacitar profissionais da atenção básica e mais ginecologistas para que o diagnóstico não chegue tarde demais.

“Detectá-la em seus estágios iniciais e tratá-la desde o início melhora a qualidade de vida de quem sofre, porque a dor e a duração do problema serão menores”, acrescenta Gómez.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

CINCO ESTRATÉGIAS PARA RETOMAR O FOCO NAS TAREFAS DIÁRIAS

Cérebro precisa de interrupções para recalibrar, mas celulares agravaram desatenção. Saiba como recuperar concentração

Em 2004, Gloria Mark, professora de informática da Universidade da Califórnia, em Irvine, Estados Unidos, observou trabalhadores em um dia típico no escritório. Usando um cronômetro, ela anotou cada vez que eles trocavam de tarefas em seus computadores, passando de uma planilha para um e-mail, para uma página da web e de volta para a  planilha. Na época, as pessoas demoravam em média apenas dois minutos e meio em uma determinada tarefa antes de mudar. Quando a pesquisadora repetiu o experimento em 2012, o tempo médio gasto em uma tarefa caiu para75 segundos. Uma medição recente mostrou que agora esse intervalo é de cerca de 47 segundos. Qualquer pessoa que já tentou estudar para uma prova, escrever um relatório ou ler um livro sabe como é difícil se concentrar por períodos significativos de tempo. Normalmente, os dispositivos digitais são os culpados pela interrupção.

Felizmente, existem maneiras de recuperar o controle de sua atenção.

ENTENDA O QUE ESTÁ DISTRAINDO VOCÊ

As notificações são uma das principais fontes de distração, pois geram a necessidade de verificar suas mensagens. Como nossos cérebros são projetados evolutivamente para prestar atenção à novidade, esses alertas são quase impossíveis de ignorar.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Estado da Califórnia levou ao laboratório usuários moderados e intensos de smartphones. Eles foram conectados monitores capazes de medir os níveis de excitação. Seus telefones foram retirados sob a alegação de que poderiam interferir no equipamento. Em seguida, os pesquisadores enviaram mensagens de texto aos participantes várias vezes. Quando seus telefones tocavam, os níveis de excitação dos participantes disparavam.

“Eles sentiram que precisavam responder as mensagens ou pelo menos ver de quem eram, e não podiam. Isso gerou ansiedade neles”, afirma Larry Rosen, professor emérito de psicologia e coautor do estudo.

DESLIGUE AS NOTIFICAÇÕES

Desativar as notificações é uma boa maneira de reduzir as distrações —na verdade, é uma dica clássica —mas não resolverá completamente o problema. Em sua pesquisa, Mark descobriu que as distrações externas representavam apenas metade das interrupções do foco. A outra metade foi motivada por uma vontade interna para mudar de tarefa. O mais interessante é que Mark observou que, quando o número de interrupções externas diminuía, o número de auto interrupções aumentava.

Rosen levanta a hipótese de que esses impulsos para se distrair são causados pelo estresse. Pesquisas mostram que o uso mais intenso de smartphones está relacionado a níveis mais altos de cortisol e outros marcadores de estresse. O aumento da ansiedade pode se tornar um sinal interno para olhar suas redes sociais, mesmo sem um toque ou vibração. De acordo com Mark, também pegamos nossos telefones porque precisamos de uma pausa.

“Nossos cérebros não são capazes de se concentrar por longos períodos de tempo. Manter a atenção e resistir às distrações consome recursos cognitivos, e precisamos reabastecê-los periodicamente para recuperar o foco.

FAÇA PAUSAS CRONOMETRADAS

Não há nada de errado em navegar nas redes sociais para “recarregar”. O problema surge quando as pausas se tornam mais longas ou mais frequentes do que você pretendia.

Para aumentar seu tempo de atenção, Rosen recomenda empregar o que ele chama de “pausa tecnológica”. Antes de se concentrar em uma tarefa, reserve um ou dois minutos para abrir seus aplicativos favoritos. Em seguida, defina um cronômetro para 15 minutos, silencie o telefone, vire-o para baixo. Quando o cronômetro disparar, você tem mais dois minutos para verificar seu telefone. Repita este ciclo três ou quatro vezes antes de fazer uma pausa mais longa.

O objetivo é aumentar gradualmente o tempo entre as pausas técnicas, aumentando para 20, 30 e até 45 minutos. O pesquisador afirma que você saberá que está pronto para se concentrar por períodos mais longos quando o cronômetro disparar e você escolher permanecer na tarefa em vez de pegar o dispositivo.

DESENVOLVA AUTOCONSCIÊNCIA

Outra estratégia recomendada por Mark é aumentar sua autoconsciência sobre o uso da tecnologia. Quando você sentir vontade de abrir o Instagram, por exemplo, pergunte-se por quê: você se sente exausto e precisa de uma pausa? Isso ajudará a restaurá-lo? Em caso afirmativo, vá em frente. Depois de alguns minutos, verifique novamente e pergunte se o aplicativo ainda está agregando valor. Se não, é hora de voltar ao trabalho.

TENTE LEITURA PROFUNDA

As pausas tecnológicas e a autoconsciência podem ajudá-lo a controlar o desejo de pular de tela em tela, mas Maryanne Wolf, professora da Escola de Pós-Graduação em Educação e Estudos da Informação da Universidade da Califórnia, diz que mesmo quando estamos lendo apenas uma tela, não nos envolvemos profundamente com ela. Isso porque as telas são projetadas para nos fazer ler muito rapidamente. Por isso, não damos toda a atenção ao texto.

Segundo ela, nosso cérebro se adaptou a ler assim. E, para recuperar o que chama de “leitura profunda”, recomenda ler todos os dias, por pelo menos 20 minutos, um livro físico.

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