OUTROS OLHARES

‘PET VIRTUAL’ VOLTA COM FORÇA E SUBSTITUI OS SMARTPHONES NA MÃO DAS CRIANÇAS

Sucesso na década de 1990, Tamagotchi conquista nova geração acostumada ao mundo digital com aparelho sem conexão à internet; brinquedo pode custar quase R$ 500

A cultura dos anos 1990 voltou com tudo: estética, música e até a forma de vestir estão buscando as referências da virada do milênio. Agora, a moda da vez é entre os pequenos: os bichinhos virtuais – ou Tamagotchis –, pequenos aparelhinhos em que é preciso cuidar de um pet digital, são os novos desejos de consumo das crianças neste fim de ano.

Amanda Luiza, de 7 anos, ficou encantada com o bichinho virtual. Ela ganhou o brinquedo em outubro passado e se tornou uma mini especialista sobre o aparelhinho em casa. Com a mãe, Claudia Pinheiro, a menina descobriu um brinquedo bem diferente de um smartphone.

“Ela ganhou (o bichinho virtual) de Dia das Crianças porque eu lembrei da época que o meu sobrinho tinha. Vi que ia ter o lançamento do Tamagotchi de novo, e imaginei que ela fosse ficar super empolgada”, conta Claudia, que ajuda a filha a dar “comida” e “remédios” ao pet digital.

O Tamagotchi, nome original do brinquedo, é uma criação da empresa japonesa Bandai e surgiu em 1996, antes de os smartphones serem opção de brinquedo para crianças.

Com centenas de opções de animais para cuidar, o bichinho virtual dá aos “donos” a missão de gerenciar a vida do pet: é preciso alimentar, dar injeções, colocar para dormir e fazer atividades físicas com o animalzinho para que ele sobreviva. Alguns modelos possuem, inclusive, sinalização sonora para avisar quando precisa de alguma coisa – e eles apitam independentemente da hora do dia.

Ser “pai de pet” virtual é mais uma das tarefas que Cleiton Cruz, de 36 anos, sabe bem o que é. Quando criança, o empresário também fez parte da turma que alimentava e passeava com o bichinho. Agora, é o Tamagotchi da filha Clarice, de 4 anos, que o faz voltar para a infância.

“A gente entrou em uma loja infantil e ela ficou encantada com o bichinho. Mas quem mais se diverte sou eu. Quando o bichinho apita, ela vai ver e chamar a gente para ajudá-la a cuidar do Tamagotchi”, aponta Cruz.

CLÁSSICO

Segundo André Pase, professor de comunicação digital da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), a volta dos bichinhos virtuais é uma das tendências dos anos 1990 na prateleira dos clássicos passados de pai para filho por ter marcado toda uma geração.

“Ele já é um brinquedo tradicional, já faz parte da cultura. E esse tom tecnológico o ressalta como uma coisa com que a molecada já lida bem”, explica Pase. “Ele demanda que você fique todo tempo mexendo nele, interagindo na rotina dele. É um eletrônico feito para ser chaveiro na mochila, então também tem essa coisa de ficar apegado porque ele é feito para brincar com você.” 

Foi o que aconteceu com Lucas, de 5 anos, filho de Angela da Silva Campos, de 38 anos. O interesse veio do brinquedo parado na estante de casa. A mãe tinha um exemplar guardado que despertou a curiosidade do pequeno. “Foi engraçado quando ele encontrou o aparelho, porque pensou que era um relógio”, afirma Angela. “Fui mostrar que era um brinquedo e ele agora se diverte”.

Como Cruz e Claudia, Angela prefere que o filho se distraia com o bichinho virtual por conseguir saber exatamente qual é a interação de Lucas com o aparelho, mesmo que às vezes seja necessário um empurrãozinho para relembrar a graça do brinquedo. Isso porque, diferentemente dos celulares, por exemplo, em que variados conteúdos podem ser acessados, o dispositivo não tem conexão à internet nem outros aplicativos vinculados – é um pet virtual e nada mais.

Assim como nos anos 1990, há várias lojas que oferecem o bichinho virtual a um leque de preços que pode variar de acordo com o material, fabricação e funções do Tamagotchi.

A fabricante japonesa, por exemplo, relançou o bichinho virtual no fim do ano passado acoplado a uma pulseira para ser vestida como um relógio pela criançada. Outra novidade é a tela colorida, avanço em relação às décadas passadas.

PREÇO ELEVADO

O brinquedo retornou ao mercado por US$ 60 (por volta de R$ 318). Aqui no Brasil, assim como nos anos 1990, é possível encontrar os dispositivos não originais com preços a partir de R$ 20. Mas, para quem quer o autêntico Tamagotchi, ou uma variação mais rebuscada, o valor desembolsado pode chegar a R$ 485.

Para comprar um modelo neste fim de ano ainda é preciso ficar atento aos canais e lojas de compras. Os exemplares, além do preço elevado, também estão em falta nas lojas nas últimas semanas por conta da alta demanda. “Fiz uma pesquisa para saber onde estava à venda e, o que eu vi, tinha uns quatro modelinhos disponíveis. A Amanda escolheu um e compramos. Foi pela internet e chegou aqui em casa no prazo”, diz Claudia.

Uma rápida pesquisa por lojas online mostra a tendência do brinquedo. Na Amazon, dois modelos aparecem na lista dos 100 brinquedos eletrônicos mais vendidos pela empresa na semana que antecede o Natal – os dois entraram no marketplace no segundo semestre do ano.

Já no Mercado Livre, o aparelho aparece em segundo lugar no ranking de “brinquedos eletrônicos” mais populares. A lista inclui outros tipos de brinquedos, como laptops e tablets infantis.

ATENÇÃO

O conceito de um bichinho virtual já existe em diversos apps infantis, como Pou, Neopets e Moy. Mas é o Tamagotchi, um aparelho dedicado, que chama a atenção de uma geração que nasceu conectada à internet. De acordo com Pase, além do visual do aparelho, existe uma relação de estímulo e resposta muito rápida para quem está cuidando do bichinho. “Boa parte dos brinquedos traz uma recompensa que talvez possa vir, a depender de como você joga ou o nível de dificuldade do jogo. No Tamagotchi, isso é instantâneo. Se você alimentar o pet, ele vai ficar feliz. É uma mecânica muito boa”, avalia o especialista.

GESTÃO E CARREIRA

COMO USAR DADOS DE COLABORADORES PARA FORMAR UMA EQUIPE CAMPEÃ

Com a realização da Copa do Mundo, o evento mais importante do futebol, estudamos como a formação de um time campeão se assemelha a uma equipe corporativa que se consagra campeã ao atingir objetivos.

O segredo está nas competências. É necessário entender quais são as competências diferenciadas daquela pessoa e utilizá-las estrategicamente. No futebol, podemos analisar os jogadores a partir de suas competências, como: defesas, desarmes, assistências, chutes, entre outros.

No ambiente corporativo, também existem algumas formas de identificar estas competências e avaliá-las. Esta avaliação tem alguns formatos, pode ser através de pesquisas ou conversas com o líder, por exemplo. A metodologia CHAR, desenvolvida para avaliação de competências, une conhecimentos (C), habilidades (H), atitudes (A) e resultados (R). É comum que tentemos unificar os primeiros três, para então obter o resultado e isso acontece tanto no mundo corporativo, quanto no futebol.

Colaborador ou jogador, precisa unir o conhecimento técnico, com habilidades práticas e a atitude de realizar as ações, para obter o resultado ou o gol. Essa questão tem a ver também com comportamento e com o DNA da Cultura Organizacional de cada empresa, assim como acontece nos times, liderados por um técnico, que tem o seu DNA e seu time e expressa isso nos jogos.

O último técnico da seleção brasileira, Tite, possuía um DNA diferente do último técnico campeão mundial com o Brasil, o Felipão, impondo um estilo de jogo diferente, assim como sua relação com os jogadores. A métrica do desenvolvimento individual possui três principais pilares: performance, desenvolvimento e engajamento, que possibilitam “escalar” cada um em sua melhor função, a partir de suas competências, como é feito em um esquema tático. Isso potencializa as performances.

Em paralelo, é trabalhado o desenvolvimento individual. Em times de futebol, técnicos e preparadores trabalham fundamentos como cruzamentos, passes, chutes, roubadas de bola, entre outros. No mundo corporativo, também há um trabalho de competências dos colaboradores. Não podemos esquecer que questões de entrosamento com a equipe e com seu líder afetam o desempenho individual. Um indivíduo com problemas com sua equipe ou seu líder ou técnico terá problemas de performance e engajamento.

Podemos usar os dados para saber se há um alinhamento correto da equipe, se a mesma está motivada e desenvolvida de uma maneira que jogue da melhor forma possível e o resultado disso seja alcançar as metas, corporativas ou o gol. Para que isso funcione, o trabalho em equipe dentro do ambiente, seja ele qual for, é essencial, pois um setor precisa do outro, o objetivo final é um só.

Por exemplo, um time com uma boa zaga, porém um ataque ruim, terá problemas em conseguir resultados, assim como uma equipe com um setor de produtos muito produtivo, porém com um departamento de vendas com menor produtividade, terá problemas em resultados.

Trabalhar em equipe vai muito além de uma visão setorizada, onde cada um tem sua função tática, é o trabalho de olhar para a equipe como um todo, em sincronia para fortalecer os pontos que precisam de atenção e manter os pontos fortes. Com este entrosamento, as áreas podem ajudar-se entre si, gerando resultados positivos.

Podemos exemplificar, num cenário futebolístico, como a defesa, que pode avançar em campo para atuar no ataque. A função daquele jogador é defender, porém por entender que o objetivo da equipe é marcar o gol, ele se mobiliza para isso, o que comprova o engajamento, dentro do ambiente corporativo e esportivo.

Sem colaboração entre áreas, encontramos os chamados “silos”, uma separação entre departamentos que cria desalinhamento e dificulta a conclusão do objetivo final. Com o alinhamento correto, a equipe trabalha em sincronia, onde há engajamento e colaboração entre as pessoas, trabalhando por um objetivo comum.

Além disso, vale ressaltar a figura do líder, que existe em ambos os ambientes e é parte muito importante da equipe. O líder deve estar presente, junto de sua equipe, batalhando pelos resultados e fornecendo clareza de propósitos e objetivos, reforçando a importância e papel de cada indivíduo.

O líder deve “ter o time nas mãos”, manter o controle emocional e a crença da equipe em seu propósito, para levá-los a acreditar que podem ganhar o jogo, independentemente da situação adversa, pois se o líder não acredita na equipe, ninguém vai acreditar.

Ao extrair as informações de desempenho da equipe, o líder traça um plano de como seguirá agindo. Este plano de ação é voltado ao desenvolvimento de pessoas, engajamento de equipe e resultados. Isso passa por conversar com a equipe, coletando opiniões e pontos de vista, ouvindo o que pode ser feito e analisando isso para trazer um pouco do que foi sugerido para seu plano.

Outro ponto é que os dados dos colaboradores ajudam a entender a performance de cada um e a alocar cada indivíduo no “esquema tático” que o favorece. Porém, como falamos de pessoas, é preciso conhecer cada um, entender aspectos emocionais e problemas pessoais, entender cada ser como um indivíduo não uma peça de um jogo, corporativo ou esportivo.

Dados de desempenho e avaliações para encaixar o jogador ou colaborador na melhor posição possível, são instrumentos, contudo existe o lado humano das relações, e isso nunca vai se perder. Nada substitui o contato humano, a conversa e a compreensão das pessoas.

Isto está no técnico de futebol, que procura seus joga- dores para saber como estão, do que precisam, se estão se adaptando ao time e à posição, abraça o jogador que sai de campo ou na comemoração de um gol, e no líder que busca seus colaboradores para saber suas opiniões, sua relação com o time, sua satisfação com seu trabalho e sua função.

Ou seja, podemos encontrar muitas semelhanças nos ambientes de um time de futebol e no ambiente corporativo, diferindo apenas nas funções executadas. De todos os lados, é preciso garantir a noção individual do que é exigido de cada um e de como isso afeta no cenário geral.

Porém, o trabalho humanizado é uma necessidade, os dados são um instrumento para saber mais sobre as pessoas de seu time e potencializá-las, mas um time campeão trabalha com pessoas.

RAFAEL BUENO – É Bacharel em Ciências da Computação, pela UniFieo, com MBA em Engenharia de Software orientada a serviços (SOA), é Founder e CEO da Team Culture.

EU ACHO …

SUA MAJESTADE, A CRIANÇA

Tem se falado muito na falta de limites das crianças de hoje. A garotada manda e desmanda nos pais e estes, sentindo-se culpados pelo pouco tempo que ficam em casa, aceitam a troca de hierarquia – hoje os adultos é que recebem ordens e reprimendas, e não demora serão colocados de castigo.

Segundo os pedagogos, precisamos voltar a dizer não para a pirralhada. É a ausência do não que faz com que meninas saiam de madrugada sem avisar para onde estão indo, garotos peguem o carro do pai sem ter habilitação e todos sejam estimulados a consumir descontroladamente, a não dar explicações e a viver sem custódia. Mas onde encontrar energia para discutir com filho? Pai e mãe se jogam no sofá e pensam: “Façam o que bem entender, desde que nos deixem quietos vendo a novela”.

Alguns adultos defendem-se dizendo que é impossível dar limites, vigiar e orientar, tendo que sair de manhã para o batente e voltar à noite demolidos pelo cansaço. Compreendo, é complicado mesmo. Se existe uma liberalidade e uma agressividade maiores hoje entre as crianças, é claro que o fato de as mulheres terem entrado no mercado de trabalho e deixado em aberto o posto de rainhas do lar tem algo a ver com isso. Mas nem me passa pela cabeça estimular um meia-volta, volver. A sociedade avançou com a participação das mulheres e esse é um caminho sem retorno. O que compromete o destino de uma criança é não ter sido amada. E muitas não foram, mesmo com os pais por perto.

A falta de amor é a origem de grande parte das neuroses, psicoses e desvios de conduta. Uma criança que não se sentiu amada pode cometer erros de avaliação sobre si própria e cometer desvarios para conquistar uma autoestima que parece sempre fora de alcance. Não adianta o pai e a mãe passarem a mão na cabeça do filhote de vez em quando e repetir um “eu te amo” automático. A criança precisa se sentir amada de verdade, e as demonstrações não se dão apenas com beijos e abraços, e tampouco com proibições sem justa causa. O “não deixo, não pode” tem que ser argumentado. “Não deixo e não pode porque…” Tem que gastar o latim. Explicar. E prestar atenção no filho, controlar seus hábitos, perceber seus silêncios, demonstrar interesse pelo que ele faz, pelo que ele pensa, quem são seus amigos, quais suas aptidões, do que ele se ressente, o que está calando, por que está chorando, se sua rebeldia é uma maneira de pedir socorro, se está precisando conversar, se o que tem sentido é demasiado pesado pra ele, se precisa repartir suas dores, se está sendo bem acolhido pela escola, se não estão exigindo dele mais do que ele pode dar, se não foram transferidas responsabilidades para ele que são incompatíveis com sua idade, se há como entender e aceitar seus desejos, se ele está arriscando a própria vida e precisa de freio, se estamos deixando ele sonhar alto demais, se estamos induzindo que ele sonhe de menos, se ele está recebendo os estímulos certos ou desenvolvendo preconceitos generalizados. Dá uma trabalheira, mas isso é amar.

Algumas crianças são criadas por empregadas, ou seja, são terceirizadas e depois o psiquiatra que junte os cacos. Com amor, ao contrário, toda criança sente-se ilustríssima, majestade, vossa excelência, sem fazer mau uso do cargo. Será confiante e segura como um rei e não se violentará para agradar os outros (usando drogas ou imitando o resto do grupo). Será o que é, afinada com o próprio eixo. E se transformará num adulto bem resolvido, porque a lembrança da infância terá deixado nela a dimensão da importância que ela tem.

MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

MELHOR QUE 7 ONDAS

Dicas de especialistas para começar 2023 em dia com a saúde mental

O total de brasileiros que encaram a saúde mental como um dos maiores problemas da área mais que dobrou nos últimos quatro anos, segundo a pesquisa Monitor Global dos Serviços de Saúde, realizada pela Ipsos.

A taxa fica acima da média global. Enquanto, no mundo, 36% da população relata apreensão com o bem-estar da mente, esse percentual chega a quase metade dos entrevistados no Brasil (49%). Mas, como traduzir essa preocupação em hábitos e práticas para se incorporar à rotina e viver melhor?

Implementar mudanças pode ser uma boa ideia especialmente agora, que um novo ano se inicia. Por isso, ouvimos especialistas que listaram sete dicas para você começar o ano em dia com a sua saúde mental.

CUIDE DA ALIMENTAÇÃO

Os efeitos de uma boa rotina alimentar na saúde mental têm motivado uma área da ciência chamada de psiquiatria nutricional. Uma série de estudos nesse campo confirma impactos psíquicos positivos em dietas pobres em ultraprocessados e ricas em legumes, verduras e outros alimentos nutritivos.

Uma análise sobre o tema publicada na revista científica BMJ sugere que substâncias consideradas nocivas para a saúde aumentam o estado de inflamação do organismo – o que já foi associado à depressão.

Além disso, a alimentação é parte crucial para se manter uma microbiota equilibrada, nome dado à população de microrganismos que vivem no intestino. O papel dessa região do corpo na mente é cada vez mais compreendido, sendo chamado inclusive de “o segundo cérebro”. Isso porque, entre outros motivos, é lá que é produzida cerca de 90% de toda a serotonina do corpo, um neurotransmissor que atua na mediação do humor.

COLOQUE O SONO EM DIA

Outro ponto abordado pelos especialistas é manter uma rotina de sono regular, de ao menos 7 horas por noite. O repouso adequado é essencial pois há processos fisiológicos de limpeza de substâncias tóxicas no cérebro que apenas acontecem durante a noite.

O descanso também garante mais disposição no dia seguinte para lidar com as questões do cotidiano, como problemas no trabalho, apertos financeiros e desentendimentos familiares.

“É muito importante estar atento ao sono porque, além de ele poder contribuir para uma boa saúde mental, é um dos principais fatores de aferição dela: um dos primeiros sintomas de ansiedade e depressão é justamente a insônia”, acrescenta o psiquiatra Ricardo Patitucci, diretor clínico da Casa de Saúde Saint Roman, no Rio de Janeiro.

ABANDONE O SEDENTARISMO

Trabalhar o corpo também é indispensável para prevenir e combater o sofrimento mental. A prática estimula áreas do cérebro e a liberação de substâncias analgésicas, como a endorfina e os endocanabinoides, que são moléculas produzidas pelo nosso corpo, mas que atuam nos mesmos receptores que os canabinoides extraídos da planta cannabis.

A atividade física também induz a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores que exercem um papel na comunicação entre os neurônios e ativam o sistema de recompensa do cérebro, promovendo a sensação de prazer e bem-estar.

“Nós temos um conhecimento muito grande sobre os benefícios clínicos da atividade física, e corpo e mente não são separados, cuidar de um é cuidar do outro”, diz o psicólogo Bruno Emerich, professor da faculdade São Leopoldo Mandic Araras, onde coordena uma especialização em saúde mental.

No geral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada ou 75 de exercício intenso. No entanto, um estudo com mais de 37 mil pessoas em 16 países, incluindo o Brasil, liderado por pesquisadores da King’s College de Londres, no Reino Unido, mostrou que movimentar-se por 15 minutos e 9 segundos ao dia já proporciona melhora do bem-estar mental.

VOLTE AOS ESTUDOS

Patitucci diz que o início de ano é também uma boa oportunidade para aprender uma nova atividade, o que promove o estabelecimento de novas conexões cerebrais, ocupa a rotina e ajuda a dar uma sensação de propósito.

“Com o passar do tempo, e até mesmo pelo número limitado de experiências que nos estão disponíveis, tendemos a repetir as mesmas coisas e vamos nos fechando para as novidades. Porém, é fato que aprender uma nova atividade, além de contribuir para nossa saúde mental, também é um dos principais fatores de proteção contra a demência” acrescenta o psiquiatra.

INVISTA EM REDE DE APOIO

Para Emerich, o início de um novo ano é um bom momento para analisar as pessoas que estão ao nosso redor e entender se elas formam uma “rede de suporte”, ou seja, as pessoas que podem atuar como apoio em momentos de sofrimento emocional. Muitas vezes, há quem viva em grandes famílias, ou cercado de amigos, porém na hora da necessidade, não sabe a quem recorrer.

DESCONECTE-SE DAS REDES

Os especialistas explicam que a “vida perfeita” exposta nas redes sociais, que sãopartes editadas da vida real, levam a uma comparação excessiva e cria padrões de beleza, felicidade e produtividade inalcançáveis.

Por isso, ainda que não seja necessário um completo abandono das mídias, reduzir o uso, especialmente para aqueles que passam boa parte do dia com o celular na mão, é uma boa ideia. Uma estratégia disponível em aplicativos como o Instagram que pode ajudar é a de limitar nas configurações o tempo de uso.

Emerich acrescenta que essa conexão 24h, além dos prejuízos já citados, torna mais difícil para a pessoa deixar as preocupações de lado e aproveitar os momentos de descanso e de lazer, pois ela acaba sempre acreditando que deveria estar fazendo outra coisa.

CONSIDERE A TERAPIA

Casos graves ou delicados podem demandar o acompanhamento de um profissional – ajuda que não deve ser estigmatizada:

“Muitas pessoas ainda têm a ideia de que só devemos procurar um psicólogo quando não estamos bem. Porém, o autoconhecimento que a terapia nos proporciona nos ajuda a lidar melhor com situações de crise. Não precisamos esperar a depressão ou ansiedade surgirem para irmos ao psicólogo”, diz Patitucci.

Emerich concorda, e ressalta que o olhar mais atento da sociedade para o bem-estar psíquico tem ajudado a quebrar esses preconceitos.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MEDO DE ATAQUES DE PÂNICO? APRENDA COMO LIDAR COM ELES

O coração dispara, a respiração fica difícil, mas geralmente passa em 10 minutos; a boa notícia é que o transtorno é altamente tratável

Os ataques de pânico giram em torno do terror. Embora associados principalmente à mente, eles são, na verdade, constelações de sintomas, tanto físicos quanto cognitivos. Seu cérebro é tomado pelo medo, seu corpo responde e pode ser difícil entender tudo isso. A maioria dos especialistas define um ataque de pânico como um início súbito de medo intenso, em oposição a uma condição como a ansiedade geral, que normalmente se manifesta como uma preocupação quase constante.

Pessoas com ataques de pânico são bombardeadas por sintomas físicos e mentais. Seus corações podem disparar. Elas podem sentir que não conseguem respirar. Seus membros podem formigar. Às vezes, elas tremem e podem ficar com náusea.

O peito pode ficar apertado. Algumas pessoas podem sentir calor e suar, outras sentem calafrios. E depois há o medo agitado e desestabilizador. No meio de um ataque de pânico, as pessoas podem temer que estejam ficando loucas, perdendo o controle de suas mentes e corpos. Podem pensar que é um ataque cardíaco ou que vão morrer.

A maioria das pessoas que tem ataques de pânico regularmente não sente todos esses sintomas, mas pode ter muitos deles. Um pequeno subconjunto de pessoas, no entanto, tem ataques de pânico com sintomas limitados, nos quais se somam três ou menos.

E, quase tão repentinamente quanto surgem, os ataques de pânico geralmente se dissipam. Os sintomas aumentam ao longo de 10 minutos e costumam desaparecer em meia hora, embora possa haver efeitos prolongados.

A experiência pode ser traumática, no entanto, e as pessoas podem começar a temer sensações que as lembrem de seus sintomas – como sentir falta de ar depois de subir um lance de escadas. Elas também podem evitar qualquer coisa que as lembre do episódio – a mercearia onde seu coração bateu forte, a comida que estavam comendo quando o pânico chegou.

Algumas pessoas podem desenvolver transtorno do pânico, que os psicólogos definem como ataques de pânico repetidos e inesperados que interferem nas funções diárias. Enquanto 15% a 30% das pessoas podem ter pelo menos um ataque de pânico na vida, apenas 2% a 4% desenvolverão transtorno do pânico, afirma Franklin Schneier, codiretor da Clínica de Distúrbios de Ansiedade do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York. Um subconjunto dessas pessoas – 1 em cada 3 – também desenvolve agorafobia, transtorno que pode envolver medo extremo de lugares públicos ou lotados, transporte público, ficar em uma fila ou sair de casa.

CAUSAS

Um conjunto diversificado de estressores – como eventos traumáticos, preocupações financeiras ou até mesmo falar em público – pode levar a ataques de pânico. Mas eles também podem ocorrer inesperadamente.

O estresse intenso ativa o sistema nervoso simpático, uma rede de nervos que desencadeia a resposta de “luta ou fuga” ao perigo percebido. O corpo libera substâncias químicas como epinefrina, também conhecida como adrenalina, e norepinefrina, que fazem o coração acelerar, as pupilas incharem e a pele liberar suor. O sistema nervoso parassimpático retorna o corpo ao seu estado original. Se ele não for ativado após algum tempo, um ataque de pânico pode deixar uma pessoa nesse estado elevado de excitação.

Muitos pesquisadores acreditam que os ataques de pânico podem ocorrer quando o cérebro não é capaz de enviar mensagens entre o córtex pré-frontal, que está associado à lógica e ao raciocínio, e a amídala, que governa a regulação emocional. Durante um ataque de pânico, a amídala fica hiperativa, enquanto o córtex pré-frontal fica menos responsivo.

Qualquer um pode experimentar um ataque de pânico. O risco, no entanto, é maior para adolescentes e pessoas na faixa dos 20 anos. Se você não teve um ataque de pânico aos 45 anos, é pouco provável que tenha um episódio mais tarde na vida. As mulheres têm duas vezes mais possibilidades de ter ataques de pânico do que os homens, mas os pesquisadores não sabem ao certo o motivo.

PREVENÇÃO

Para ataques recorrentes, você pode querer procurar um terapeuta. Formas de terapia cognitivo-comportamental, nas quais um clínico estimula você a desafiar os medos e sensações durante um ataque de pânico, podem estar entre os tratamentos mais eficazes. O processo pode ajudar a mudar seus padrões de pensamento, dessensibilizando o para a angústia subjacente que desencadeia ataques de pânico. Alguns medicamentos, incluindo antidepressivos como inibidores seletivos de recaptação de serotonina, ou ISRSs, podem ajudar a controlar ataques de pânico.

Por mais desconcertantes que possam ser os ataques de pânico, é importante lembrar que eles são altamente tratáveis e que, tão repentinamente quanto podem surgir, eles começam a desaparecer.

Literary Revelations

Independent Publisher of Poetry and Prose

Postcardsfromhobbsend

Film reviews as you know them only much....much worse

Mon site officiel / My official website

Venez parler de tout ce dont vous avez envie avec moi. Donnez vos opinions en toute liberté. Laissez vos commentaires. Je vous attends nombreuses et nombreux !!! / Translation in English for people who don't speak French : come to speak about all you want with me. Give your opinions with complete freedom. Leave your comments. I await you many and many !!!

Yours Satirically

with no commitments and all excuses

Lire dit-elle

Vous devriez savoir que je laisse toujours mes yeux dans les arbres...Jusqu'à ce que mes seins s'ennuient...

Baydreamer ~ Lauren Scott

~ a thread of words from every stitch of life ~

FELICISSES

UM POUCO SOBRE LIVROS, FILMES, SÉRIES E ASSUNTOS ALEATÓRIOS

kampungmanisku

menjelajah dunia seni tanpa meninggalkan sains

Blog O Cristão Pentecostal

"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b

Agayana

Tek ve Yek

Envision Eden

All Things Are Possible Within The Light Of Love

4000 Wu Otto

Drink the fuel!

Ms. C. Loves

If music be the food of love, play on✨

troca de óleo automotivo do mané

Venda e prestação de serviço automotivo

darkblack78

Siyah neden gökkuşağında olmak istesin ki gece tamamıyla ona aittken 💫