BALENCIAGA VIRA ALVO DE ATAQUES APÓS CAMPANHA QUE SEXUALIZA CRIANÇAS
Mercado e parceiros da marca, como Kim Kardashian, cobram posicionamento da grife de luxo espanhola
Nos últimos três anos, o tema responsabilidade social tomou o centro das rodas de conversas no mercado de moda. Em um período relativamente curto de tempo – considerada a longeva história da indústria –, vimos importantes e necessárias mudanças rumo a um mercado mais inclusivo, sustentável e socialmente responsável.
Parte desses avanços vem do entendimento que diretores criativos e marcas devem carregar em suas mensagens o espírito dos nossos tempos. No entanto, outro importante fator motivador de mudanças é o próprio público, que está mais conectado, esclarecido e atento. A audiência atual participa, cobra e também condena quando necessário. O comprador de moda contemporâneo entende a roupa como mensagem e passa a escolher produtos e marcas que representam mais do que apenas seu estilo de se vestir. Em pesquisa recente da Ipsos, 70% dos consumidores de 25 países do mundo disseram comprar de marcas que refletem seus valores pessoais. Neste cenário, um movimento errado pode ter resultados catastróficos. Principalmente quando o erro fere, ofende ou põe em risco o bem-estar. O caso Balenciaga, que ganhou manchetes do mundo todo, é um desses. Após divulgar imagens de suas duas últimas campanhas, a marca vem sendo acusada de divulgar mensagens que promovem a exploração e a sexualização infantil. Sob o comando do diretor criativo georgiano Demna Gvasalia, que entrou na marca em 2015, a grife de luxo de origem espanhola se tornou alvo de polêmicas por suas escolhas provocativas de comunicação e seus produtos que desafiavam os limites do bom gosto e do luxo em si. Um exemplo recente são as bolsas de couro que replicavam com exatidão sacos de lixo. Provocações essas que causaram reações fortes, mas que nunca puseram em xeque o posicionamento da marca mediante questões humanas sérias e importantes, como é o caso que estampa as mídias hoje.
O atual problema começou com uma campanha de fim de ano. Nela, crianças de uns 10 anos ou menos, posaram com acessórios e roupas da marca, entre eles ursinhos de pelúcia que traziam referências imagéticas do universo do sadomasoquismo, o que dava uma leitura sexual às fotos das crianças. As fotos por si só já desencadearam reações indignadas, no entanto, o que já era gravíssimo se tornou ainda mais quando o público notou outro elemento, em uma segunda campanha.
Revoltados com o primeiro acontecimento, internautas analisaram a fundo o material de divulgação da coleção de primavera-verão 2023 da marca e descobriram na cenografia de uma das fotos – a de uma bolsa criada em colaboração com a Adidas – papéis de uma decisão da suprema corte americana relacionada à pornografia infantil. Combinadas, as campanhas inflamaram as redes e causaram sérios danos à imagem da marca.
As consequências foram imediatas. Além de uma enxurrada de comentários negativos nas redes, celebridades e personalidades da mídia começaram a vir a público com notas de repúdio à situação. “Sobre meu futuro com a Balenciaga, estou reavaliando minha relação com a marca, baseada em sua disposição a aceitar a responsabilidade por algo que nunca deveria ter acontecido e nas ações que espero vê-los tomar para protegerem as crianças”, declarou a socialite e influenciadora digital Kim Kardashian em seu Twitter.
Em comunicado oficial, o único post no Instagram com mais de 14 milhões de seguidores, a Balenciaga diz que a escolha de usar imagens de crianças com “s de pelúcia vestindo o que alguns categorizam como acessórios com inspiração BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). Foi “uma escolha errada combinada a uma falha em analisar e validar imagens”. Já sobre a outra campanha afirmam que a ideia era simular um ambiente de escritório e que todos os elementos da cenografia foram responsabilidade de terceiros, “a inclusão desses documentos é resultado de uma negligência irresponsável pela qual a Balenciaga registrou queixa”, diz o texto.
A marca ainda diz estar revisando sua forma de agir e iniciando trabalhos com organizações especializadas na proteção de crianças que lutam contra a exploração infantil. Em momento algum a grife cita o nome de Demna Gvasalia, o que pode ser uma tentativa de proteger o diretor criativo.
CRIMINOSO
O fato, que extrapola os limites da polêmica e que chegou a ser classificado na internet como “criminoso”, deixa mais clara a responsabilidade que uma marca carrega e as consequências que um movimento mal calculado pode ter. Muito mais do que tendências e vestuário, a moda vive um período no qual todas as suas escolhas são analisadas sob pontos de vista sociais, éticos e humanos. Consciência é palavra de ordem no mercado contemporâneo.
PLANEJAMENTO EVITA QUE ANSIEDADE SABOTE FÉRIAS DO TRABALHO
Tirar dias de folga pode gerar medo de que algo errado aconteça; especialistas dão dicas para se desconectar
No ano passado, Madison Winey, 29, quis usar seus dias de férias para dirigir de San Francisco, na Califórnia, onde mora, até Bend, no Oregon, para visitar sua família. Mas tirar uma folga do emprego de advogada na Goodwin Procter sempre pareceu “mais estressante do que vale a pena, especialmente se você ficar ausente apenas por alguns dias”, disse ela. Winey teria que começar a planejar sua ausência semanas antes de partir, e esperava-se que definisse os horários em que verificaria o e-mail.
Ela havia agendado a visita aos pais quando pensou que haveria um período de calma no trabalho, mas o cronograma de um projeto atrasou, forçando-a a adiar a viagem. “Tudo o que eu precisava era de nove horas num sábado para dirigir até Bend, e nem isso foi possível”, disse ela. Quando finalmente chegou ao Oregon, Winey trabalhou o tempo todo.
Apesar de décadas de pesquisas terem descoberto que tirar folgas é bom para a saúde, a experiência de Winey não é única. Para aqueles que têm a sorte de ter folgas remuneradas, usar esses dias preciosos também pode provocar ansiedade sobre o retorno.
Em uma pesquisa feita em novembro, o site de carreiras Monster descobriu que 87% de mais de 1.000 trabalhadores americanos em todos os setores experimentaram estresse e ansiedade após as férias, que a empresa chamou de “problemas de licença paga”, e que 72% dos trabalhadores preferiram não tirar férias para evitar esse estresse. Psicólogos e terapeutas classificam a angústia pós-férias como ansiedade antecipatória, um termo genérico para descrever o medo e a preocupação com coisas ruins que podem acontecer no futuro.
Rebecca Brendal, presidente da Associação Psiquiátrica Americana, comparou a experiência aos temores de domingo, termo que se popularizou nas redes sociais para o pavor que se sente no final de semana sobre a volta ao trabalho.
Em um estudo amplamente citado, publicado em 2000, pesquisadores descobriram que tirar férias todos os anos reduzia o risco geral de morte. Brooks Gump, professor de saúde pública na Universidade de Syracuse e coautor desse artigo, realizou um estudo semelhante no ano passado. Ele e sua equipe descobriram que embora os trabalhadores com empregos de baixo estresse se sentissem mais calmos e menos ansiosos antes, durante e depois das férias, esses sentimentos não apareciam nas pessoas em cargos de alto estresse.
“Alguns cargos permitem que você relaxe e volte ao trabalho, mas empregos de alto estresse realmente não fornecem contexto para uma verdadeira folga”, disse Gump.
Morra Aarons-Mele, autora de “The Anxious Achiever” [O realizador ansioso], disse que ouve falar desse fenômeno frequentemente como consultora de equipes corporativas. “Poucas culturas de trabalho realmente encorajam as pessoas a se desconectarem, e a maioria vê o trabalho contínuo como uma medalha de honra”, disse ela.
Mais da metade dos entrevistados da pesquisa do Monster relatou ter que trabalhar horas extras para recuperar o atraso quando voltam de uma folga remunerada. Uma maneira de reduzir o estresse ao voltar é reservar um tempo para isso antes de sair, criando uma “rampa de lançamento” para si mesmo, disse Simone Stolzoff, autor do livro ainda inédito “The Good Enough Job” [O emprego quase bom].
“A rampa é basicamente o tempo que você gasta, enquanto ainda está trabalhando, preparando-se para o que poderá fazer quando voltar ao trabalho”, diz. Você pode fazer uma lista de prioridades para resolver na volta, encontrar colegas dispostos a realizar tarefas urgentes enquanto você estiver fora ou marcar um horário para conversar com eles quando voltar.
Você pode excluir aplicativos de trabalho ou, pelo menos, desativar suas notificações. Deixar claro em suas mensagens de ausência que você estará fora permite que você realmente se desconecte.
Também é indicado fazer um plano do que fará com seu tempo livre para não ficar tentado a checar e-mails. Se você conseguir um intervalo entre o retorno para casa e o dia de voltar ao escritório, coloque em sua agenda algo que você aprecie para esse tempo.
“Digamos que você vai viajar e volta um dia antes de começar a trabalhar. Pode marcar um encontro com amigos naquela tarde ou assistir a um filme à noite”, diz a escritora Laura Vanderkam.
Muitas vezes, as cenas que você imagina sobre todas as coisas que podem dar errado no trabalho enquanto você estiver fora são apenas o seu cérebro inventando catástrofes, diz a terapeuta Bisma Anwar. “Temos a tendência a aumentar as coisas em nossa mente, e geralmente não são tão ruins quanto pensávamos.”
Para escapar dessa mentalidade, sugeriu Anwar, prenda-se ao momento, meditando ou malhando, para que pensamentos ruins não estraguem seu tempo livre.
Ou é falta de vocabulário, ou é preguiça: o que mais se faz é rotular os outros de loucos. Por nada. Por tudo. Se for mulher, então, é louca de nascença. Não gostava de brincar de boneca, é louca. Repetiu a quinta série, é louca. Imagine o que ela escutará quando, adulta, tiver coragem para denunciar o patrão por assédio sexual (a louca está querendo chamar a atenção) ou recusar um convite para sair com um banqueiro (a louca está esnobando o ricaço para se valorizar).
De loucos e loucas, somos todos acusados, por qualquer drible que a gente dê na obviedade.
Teu amigo, que trabalhava há 25 anos numa empresa que pagava muito bem (e entediava que era um espetáculo), demitiu-se e foi vender prancha de surfe na Austrália. Louco.
Tua mãe, casada com teu pai há 41 anos, que tinha na sala uma coleção de porta-retratos exibindo a felicidade do casal em festas e viagens, simplesmente pediu o divórcio por causa de uma paixão repentina por um colega da ioga. Deu o quê na cabeça da criatura?
Tua filha comentou, durante um almoço de domingo, como se nada fosse, que não pretende engravidar, nem hoje, nem nunca. Ela está com 37 anos e não vê nenhuma gravidade na decisão. A avó apoia. Duas loucas.
Teu ex-namorado resolveu escrever poemas de amor e quer lançar o livro ainda este ano, louco não tem medo de passar vergonha.
Tua nora, não bastasse se locomover de bicicleta por toda a cidade, agora se matriculou num curso de paraquedismo, até parece que não tem marido, nem filhos, sempre foi uma caçadora de emoções, inventa essas maluquices só para se fazer de moderna.
Teu sobrinho raspou a cabeça. Máquina zero. Era um menino tão bonito.
Tua vizinha foi passar uma temporada num acampamento de trabalhadores sem-terra, a fim de colher informações para a tese de mestrado. Louca e esquerdalha.
Tua melhor amiga surtou, colocou para alugar um quarto dentro do próprio apartamento, diz que é para estudantes, precisa reforçar a renda mensal. Que a insana não venha pedir socorro caso hospede um maconheiro.
Tua prima desempregada está fazendo delivery de poesia, vai na casa das pessoas para ler trechos de Drummond, Manoel de Barros, Adélia Prado e sei lá mais quem, está anunciando na internet. Sempre foi meio tantã.
Teu pai resolveu fazer a primeira tatuagem aos 73 anos. Depois dizem que você é que está perdendo o juízo ao tentar controlar a vida dos outros, mas fazer o quê se parecem todos fora da casinha, não é mesmo?
Ano novo, vida nova. Adeus, preconceitos e covardia. Se as pessoas que fazem coisas extravagantes, inesperadas, corajosas, arriscadas e fora do padrão são todas loucas, só me resta desejar que 2023 seja o ano em que você, nem que seja um pouquinho, também vai pirar.
Com o tempo, a síntese da proteína perde vigor e a pele deixa de ter o aspecto jovial. Para recuperá-lo, há muitos produtos prometendo uma pele flexível e forte. Mas eles são eficazes?
Produzido naturalmente pelo organismo, em abundância, o colágeno constitui músculos, tendões, articulações e tecidos em diversas partes do corpo, como paredes dos vasos sanguíneos. De importância vital, é considerado a “proteína da beleza”, responsável pela firmeza e elasticidade da pele, além de conferir unhas e cabelos mais resistentes.
No entanto, com o passar dos anos, as células responsáveis pela síntese do colágeno ficam menos eficientes e a pele perde o seu aspecto jovial, o que leva ao surgimento das linhas de expressão e flacidez. Há uma grande oferta de produtos e procedimentos com a proposta de preservar e “resgatar” o colágeno para recuperar a pele. Mas, o que de fato funciona?
PROTEÇÃO SOLAR.
O primeiro cuidado a se tomar para conservar o colágeno da pele é usar e abusar da proteção solar, seja com uso de cremes e loções ou com acessórios que servem de barreira aos raios ultravioleta. “Essa é a principal medida para retardar a degradação do colágeno”, afirma a dermatologista Ediléia Bagatin, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Segundo ela, além da exposição ao sol, outros fatores como poluição, dieta hipercalórica e estresse podem causar danos aos fibroblastos, células que produzem o colágeno.
Para uso tópico, o ácido retinoico é a substância que apresenta mais evidências de que consegue aumentar a produção de colágeno, avisa a dermatologista Ediléia. Embora existam cremes, séruns e outros cosméticos à base de colágeno para uso tópico, a proteína não é absorvida e incorporada à pele ou cabelos, já que é uma molécula muito grande, de acordo com os especialistas consultados.
O uso de suplementos de colágeno consumidos via oral, por sua vez, divide os profissionais de saúde. Facilmente encontrados nas prateleiras das farmácias ou oferecidos por vendedoras de muita lábia, eles geralmente estão disponíveis como pó solúvel em água, mas também no formato de cápsulas, bebidas e balas de goma mastigáveis. São feitos a partir de cartilagem animal – portanto, não são veganos. As nomenclaturas confundem e as formulações costumam incluir outros ingredientes – por isso, é melhor buscar um especialista para oferecer a melhor opção, inclusive em relação a dose e frequência indicadas.
SUPLEMENTOS SÃO EFICAZES?
O dermatologista Cesar Cuono faz parte do grupo de profissionais que recomendam o suplemento de colágeno para seus pacientes, mirando melhora na aparência da pele. “Receito o colágeno hidrolisado, com orientação de que seja tomado em jejum e à noite, para melhor absorção pelo organismo”, diz. Ele explica que o colágeno hidrolisado, também chamado de peptídeo de colágeno, é aquele que foi quebrado em partículas menores e, por isso, é mais facilmente absorvido pelo organismo.
Há 11 anos, Adriana Almeida, de 51 anos, advogada e empreendedora, toma diariamente o suplemento de colágeno para obter benefícios para a sua pele e cabelo. “Muitas amigas já tomavam e diziam que era ótimo. Fui perguntar para minha dermatologista se valia a pena e ela me recomendou tomar”, conta ela, que percebeu efeitos positivos após três meses de consumo do suplemento. “No início não acreditava que funcionaria. Mas notei que a pele ficou mais hidratada e mais firme, as unhas ficaram mais fortes e o cabelo apresentou menos queda, mais brilho e força.” A dermatologista Ediléia Bagatin orientou uma tese de doutorado na Unifesp, defendida em 2020, que demonstrou não haver nenhuma contribuição do suplemento hidrolisado para a pele. A pesquisa acompanhou dois grupos por seis meses: um deles ingeriu placebo e outro suplemento colágeno hidrolisado. “Não houve nenhuma diferença na qualidade de pele entre os dois grupos”, afirma a professora. Não há evidências, na literatura médica, de que o uso de suplementação de colágeno via oral é melhor que a ingestão de proteína obtida pela alimentação, afirma o dermatologista Rubens Pontello Júnior. “Há uma indústria bilionária vendendo esse tipo de suplemento, com uma grande margem de lucro. Com esse dinheiro, é possível construir narrativas a favor do consumo do suplemento de colágeno”, diz. Se o paciente quer estimular a produção de colágeno, Pontello prefere recomendar um cuidado maior na alimentação ou oferece uma gama de procedimentos dermatológicos.
A respeito dos casos de pacientes que observaram uma melhora da pele após o uso do suplemento de colágeno, o dermatologista Rubens Pontello Júnior levanta duas possibilidades: o efeito placebo, em que o paciente observa uma mudança mesmo quando usa uma substância inerte, ou o efeito Hawthorne, quando o paciente começa a ter um comportamento positivo por estar sendo observado. “A pessoa passa a ter uma rotina de cuidados, que melhora a pele.”
PROTEÍNAS.
Pontello recomenda aos pacientes que consumam alimentos fontes de proteína como carnes, queijos, ovos, amêndoas, pasta de amendoim e semente de abóbora. Para garantir os recursos para a síntese de colágeno, é importante ter aporte proteico dentro da recomendação diária, que varia para cada pessoa – de acordo com vários fatores como idade, atividade física e condições de saúde, explica Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). “A necessidade diária de proteínas é aproximadamente equivalente ao peso de cada pessoa em quilogramas em gramas de proteínas. Portanto, quem tem 70 quilos deve consumir pelo menos 70 gramas de proteínas diariamente”, orienta. Além de garantir as proteínas, é preciso consumir vitamina C, presente em frutas cítricas, frutas vermelhas e vegetais folhosos. “A vitamina C circulante é necessária para que os aminoácidos se organizem em fibras.”
A nutróloga Marcella indica os suplementos de colágeno a pessoas que não conseguem garantir o consumo adequado de proteínas diariamente, para aquelas que observam processos de envelhecimento cutâneo precoce ou acelerado ou ainda para aquelas submetidas a procedimentos cirúrgicos ou estéticos, que dependem de aporte de aminoácidos suficiente para a síntese de colágeno destinado à obtenção dos resultados desejados.
Mas o consumo de alimentos com colágeno, como pés de galinha ou tutano de boi, ou dos suplementos não garante que os aminoácidos chegarão especificamente à pele ou às cartilagens, pois vão para os tecidos nos quais são mais necessários, como por exemplo as paredes de vasos sanguíneos e intestinos ou a estrutura de órgãos vitais, que também são formados por colágeno, explica Marcella.
Os suplementos de colágeno não são indicados para pessoas com restrição de consumo de proteínas – como quem tem insuficiência renal, alerta a nutróloga. “Mas geralmente são muito seguros por apresentarem baixa resposta imunológica e toxicidade, desde que consumidos dentro das doses recomendadas.” Segundo Marcella, os suplementos podem ser usados a médio e longo prazo, sem pausa. “Os efeitos esperados são mais preventivos do que terapêuticos. Não há grandes perdas se houver pausas curtas na suplementação.”
Entre os diversos tipos de suplemento de colágeno, os peptídeos bioativos de colágeno são a versão mais “moderna”. O famoso Verisol é um nome patenteado de um peptídeo bioativo de colágeno, mas não é o único. “Essa tecnologia mantém os peptídeos na forma de onde foram retirados, portanto eles têm maior afinidade pelo mesmo tipo de tecido. Mantêm a forma estrutural e propriedades biológicas dos tecidos de onde foram obtidos, e por isso são mais biodisponíveis para a produção do colágeno”, explica a nutróloga Marcella.
PEPTÍDEOS.
Os peptídeos bioativos de colágeno são indicados de acordo com a necessidade: melhora da pele, saúde dos tendões, fáscias musculares, paredes de vasos sanguíneos e revestimento intestinal, por exemplo. “Mas não podemos prometer melhor resultado só porque o suplemento é mais moderno, pois o resultado depende de outros fatores, como a disponibilidade de vitamina C.”
Vanessa Palazzi, advogada e influenciadora digital, de 51 anos, toma diariamente um suplemento de peptídeos bioativos de colágeno há dois anos, por indicação da dermatologista e da nutricionista, e percebe efeitos positivos. “A pele ficou mais bonita, tanto do rosto como do corpo. Os cabelos mais fortes e brilhantes. E o principal: as minhas unhas voltaram a crescer. Eram fracas e quebradiças.” Ela não dá ouvidos aos médicos que dizem que o suplemento não funciona. “Acho importante fazer essa reposição para manter a elasticidade da pele”, diz ela, que leva a sério sua rotina de cuidados, que inclui limpeza da pele, aplicação de tônicos e cremes formulados, além de protetor solar diário. “Eu sou muito vaidosa e adoro me cuidar.”
PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS ESTIMULAM A PRODUÇÃO DE COLÁGENO
Quando uma “agressão” controlada é feita na pele, há uma estimulação de produção de colágeno. Este é o princípio dos procedimentos estéticos de bioestimulação de colágeno, que usam técnicas variadas, aplicadas em diversas partes do corpo. O preço de cada sessão varia conforme o procedimento e a área do corpo escolhida, mas geralmente não saem por menos de R$ 1 mil. “Esses procedimentos funcionam como um investimento, pois apresentam resultados depois de dois ou três meses”, afirma a dermatologista Caroline Pereira. “Melhora o brilho, traz viço, maciez e firmeza à pele.”
Uma das formas mais conhecidas de bioestimulação de colágeno é a aplicação de substâncias injetáveis como hidroxiapatita de cálcio, policaprolactona e ácido poli-l-lático (PLLA). Mas há outros procedimentos que fazem essa estimulação como o peeling químico, aplicação de fios de PDO, laser, ultrassom e microagulhamento. Podem ser realizados em ambiente de consultório ou clínica, geralmente com analgesia tópica ou local. Com exceção do peeling, esses procedimentos não demandam vários dias de recuperação – na maioria dos casos, é possível retomar as atividades logo após a sessão.
Para fazer a indicação de procedimentos – e frequência e quantidade de sessões – aos seus pacientes, a dermatologista Caroline leva em consideração fatores como idade, grau de flacidez e exposição solar e cor da pele. Para estimular a produção de colágeno na área facial, ela geralmente indica uso de laser ou ultrassom microfocado, que também são menos invasivos. “Alguns pacientes têm relatado inchaço no rosto com uso de bioestimuladores de colágeno injetáveis, por isso indicamos outras tecnologias.”
NO DIA A DIA
CUIDADOS COM O SOL
A exposição ao sol provoca a degradação do colágeno, por isso, use protetor solar e acessórios como chapéus e bonés. Mas lembre-se de que precisamos tomar sol para fazer a síntese de vitamina D, então alguma parte do corpo terá de ser exposta por alguns minutos do dia.
ALIMENTAÇÃO
Para sintetizar o colágeno, o corpo precisa de aminoácidos, presentes em proteínas animais e vegetais. Carnes magras, ovos, laticínios e leguminosas como feijões, ervilhas, lentilhas, grão-de- bico são boas fontes. Para que os aminoácidos se organizem em fibras de colágeno, é preciso ter consumido vitamina C, presente em frutas cítricas e vermelhas e vegetais folhosos.
ROTINA
Os cuidados para manter a qualidade de vida refletem na pele. Evite estresse, fumar e bebidas alcoólicas e garanta um sono de qualidade para preservar as células produtoras de colágeno.
CINCO ESTRATÉGIAS QUE AJUDAM CONTRA A SOLIDÃO NA ÉPOCA DAS FESTAS
De voluntariado e uso criativo do tempo até fazer as pazes consigo mesmo, especialistas dão dicas para passar melhor por esta época
Não há estatísticas abrangentes, mas há pistas: uma pesquisa da AARP de 2017, por exemplo, descobriu que 31% dos adultos com 18 anos ou mais se sentiram solitários durante o período de fim de ano. “Solidão e isolamento não são a mesma coisa”, alerta Kory Floyd, professor de Comunicação da Universidade do Arizona e autor de The Loneliness Cure. “A solidão é subjetiva. Durante as festas, você pode estar rodeado de amigos e familiares e se sentir só. Por outro lado, você pode estar sem companhia e se sentir em paz.” Quando a solidão bate, é possível se ajudar e aliviar o sentimento, dizem os especialistas. E 5 estratégias podem ajudar.
1. FAÇA ALGO PELOS OUTROS.
O voluntariado é um remédio comprovado contra o estresse e os sintomas depressivos e pode ser particularmente eficaz para diminuir os sentimentos de isolamento. Isso ocorre porque a solidão tende a atrair a atenção das pessoas para dentro, enquanto a doação a direciona para fora, diz Floyd.
2. USE SUA CRIATIVIDADE.
Há pesquisas crescentes ligando a expressão criativa à redução da solidão, disse a professora Julianne Holt-Lunstad. Por exemplo, estudo recente descobriu que, na pandemia, as pessoas relataram sentir-se menos solitárias nos dias em que eram mais criativas do que o normal, mesmo que fizessem uma atividade sozinhas.
3. DESAFIE SUAS NARRATIVAS INTERNAS.
Kory Floyd sugere um “reenquadramento”, uma tática que usa com frequência. Trata-se de desafiar sua conversa interna para mudar sua perspectiva, perguntando a si mesmo: o que é a narrativa doentia que está passando pela minha cabeça agora e como eu poderia mudá-la? Por exemplo: se você estiver tendo uma pequena reunião familiar, concentre-se em apreciar as pessoas que estão participando, em vez de se concentrar nas que não estão.
4. VEJA O TEMPO SOZINHO COMO UMA OPORTUNIDADE.
Se você está passando mais tempo sozinho do que gostaria, faça um esforço para fazer algo para você com esse tempo, disse Floyd. Dê um passeio ao luar. Perca-se em um livro. “Transforme a experiência da solidão em algo positivo.”
5. FAÇA AS PAZES COM A SUA SOLIDÃO.
Uma das partes difíceis de se sentir sozinho nas festas de fim de ano é a sensação de que você é o único nessa situação. E não é. “As festas de fim de ano são uma época em que refletimos sobre os relacionamentos perdidos”, diz Floyd. Seja gentil consigo mesmo.
Venez parler de tout ce dont vous avez envie avec moi. Donnez vos opinions en toute liberté. Laissez vos commentaires. Je vous attends nombreuses et nombreux !!! / Translation in English for people who don't speak French : come to speak about all you want with me. Give your opinions with complete freedom. Leave your comments. I await you many and many !!!
"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b
Você precisa fazer login para comentar.