OUTROS OLHARES

DEVOLVE OS MEUS TUPPERWARES!

Relação do brasileiro com fartura à mesa pode estar na raiz da paixão pelo acervo pessoal de embalagens

“Melhor sobrar do que faltar.” Quem nunca ouviu essa frase durante os preparativos de um almoço de domingo? No fim do ano, então, lidar por dias a fio com as sobras de peru e presunto tender é um clássico da família brasileira.

Esse hábito de caprichar na quantidade de comida vem de longe e está tão entranhado em nossa cultura alimentar que deu origem a todo um delicioso receituário doméstico, baseado no reaproveitamento de sobras.

De quebra, moldou nossa paixão pelos potinhos plásticos para organizá-las na geladeira.

Quem tem não gosta de emprestar, e quem toma emprestado reluta em devolver, como canta a dupla sertaneja Victor Gregório e Marco Aurélio em “Devolve as Tupperware da Minha Mãe” – se o relacionamento amoroso terminou, não tem negócio, precisa mandar os potes de volta.

Os potinhos plásticos fabricados especialmente para armazenar alimentos na geladeira (embalagens de sorvete ou margarina reaproveitadas ficam de fora dessa conversa) são uma novidade relativamente recente no Brasil.

“Antes disso, as pessoas guardavam as sobras em travessas, cobertas por panos sobre o fogão. Se precisassem de refrigeração, iam para a geladeira dentro de um prato fundo, com outro prato por cima servindo de tampa”, recorda a culinarista Bettina Orrico, 89, que se tornou responsável pela seção de receitas da revista Claudia em 1973.

Tudo mudou a partir de 1976, ano em que a norte-americana Tupperware chegou ao país. Os potes, que já faziam sucesso nos Estados Unidos desde os anos 1940, não eram vendidos em lojas, mas em reuniões vespertinas realizadas por grupos de mulheres.

O modelo também foi importado. Qualquer consumidora podia se voluntariar como anfitriã e chamar as amigas para o convescote. Enquanto tomavam café com bolo, elas assistiam às demonstrações conduzidas por uma representante da marca, sempre uma mulher.

Michi Kussuhara, 72, fez parte do primeiro time de representantes e lembra como os potes com tampas herméticas causavam estranhamento.

“A gente tinha que colocar líquido neles, fechar e chacoalhar, para provar que não vazavam. Oferecíamos bolachas que estavam guardadas por semanas nas caixas, para mostrar que continuavam frescas, mas às vezes uma dizia para a outra: “Você acredita? Vai ver ela comprou antes de vir para cá”.

Os recipientes Tupperware acabaram se popularizando tanto que viraram nome genérico para qualquer pote de plástico com tampa.

No YouTube, são tema de tutoriais que ensinam como organizá-los nos armários. Potes antigos fora de linha são anunciados como raridades vintage em sites como Enjoei e Ebay.

Até os restaurantes aprenderam como tirar partido da paixão pelos potinhos. Sócia do Boato, em São Paulo, Maria Carolina Warzée acondiciona os alimentos destinados ao delivery em potes de plástico reutilizáveis, que podem ser incorporados ao acervo doméstico.

Ela investe alto, mais de R$ 3 por embalagem, mas garante que vale a pena. “A avaliação dos clientes é muito positiva. Eles elogiam a qualidade das entregas e contam que continuam a usar os potes em casa. Eu mesma tenho vários”, confessa.

A experiência se repete entre a clientela do grupo Adega Santiago, que também inclui os restaurantes Taberna 474 e Arroz Malandro. Juntas, as seis unidades de São Paulo e Rio de Janeiro realizam 4.000 entregas mensais.

“Fizemos vários testes de embalagem e escolhemos os potes que melhoram a experiência do delivery. Na época, nem pensamos na questão da reutilização, mas ela acabou ganhando importância. Até nós, da equipe, adotamos em casa”, conta Vanessa Vignati, responsável pelo marketing do grupo.

A relação do brasileiro com a fartura à mesa pode estar na raiz dessa relação séria e ciumenta que estabelecemos com nosso acervo de potes.

Pesquisador da Embrapa, Gustavo Porpino conduziu um estudo sobre desperdício de alimentos em 2014, atualizado em 2018 e 2019, e constatou que os alimentos servidos em abundância, em travessas generosas, são vistos como sinônimo de hospitalidade.

“Na cultura latina e entre os povos do Oriente Médio e do sudeste asiático, comida sinaliza riqueza, receptividade e bem querer”, resume.

Era assim na casa da chef Ana Soares, do pastifício Mesa III. Em Guararapes, interior de São Paulo, a família de origem italiana não regulava a quantidade de alimentos.

“A gente sempre tinha a comida da visita, mesmo que não houvesse visita alguma sendo esperada. Mas não havia desperdício, algo considerado pecado entre os imigrantes. Você tem que raspar o prato, jamais servir mais do que consegue comer”, lembra. As sobras voltavam à mesa, mas nunca no mesmo formato – rejeitar comida requentada é outro hábito comum que Porpino registrou na pesquisa, realizada em residências de classe média baixa da zona leste paulistana e de Itapoã, região administrativa do Distrito Federal.

“Na minha casa, as receitas preparadas a partir das sobras eram sempre enfeitadas e viravam outros pratos”, diz Ana, que se declara fã das tigeladas e suflês.

“Ovos têm o poder de alegrar qualquer sobra. Você bate o chuchu cozido com um creminho de ovos, põe um parmesão e leva ao forno, fica uma maravilha.”

Também compõem o repertório os populares mexidinhos, que se valem de sobras de arroz, vegetais, carnes e o que mais houver à mão.

O site Panelinha, da apresentadora Rita Lobo, tem uma seção inteira de receitas dedicadas a eles – dá para transformar restos de espaguete em fritata, pão dormido em salada, e o feijão de ontem em bolinho.

Sobras podem ter até assinatura de chef. No quadro Sobrou pro Chef!, do programa Cozinha Prática (GNT), Rita desafia chefs famosos a criarem receitas a partir da reciclagem de ingredientes – e vai além, ensinando a deixar sobras de propósito, adiantando assim o preparo da próxima refeição.

GESTÃO E CARREIRA

EM DIVERSIDADE, O DISCURSO E A PRÁTICA AINDA ESTÃO DISTANTES NAS EMPRESAS

Falta de engajamento dos próprios líderes é uma das razões que especialistas apontam para a frustração nas políticas corporativas

Os termos equidade, diversidade e inclusão (DE&I) fazem parte do vocabulário da maioria das empresas. Mas, do léxico à ação, há uma distância enorme. Apesar do discurso, colocar em prática algumas medidas não têm se mostrado uma tarefa fácil. Exemplo disso é uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho da ONU (OIT) que mostra que 87% das empresas têm o desejo de ser reconhecidas por valorizar a diversidade, mas apenas 60% desenvolveram programas que preparam o ambiente para isso.

Os grupos mais impactados pela falta de ações reais, segundo o estudo, são negros, pessoas com deficiência (PCD), refugiados, LGBTQIA+, ex- detentos e a população com mais de 50 anos. O gap entre discurso e ação tem uma série de motivos, e o principal é a falta de engajamento das próprias lideranças, diz a cofundadora da startup Plurie br, Laura Salles. Segundo ela, empresas estrangeiras levam o tema com mais seriedade, enquanto no Brasil o discurso ainda é muito raso. “Há CEOs que não estão engajados com a mudança e veem como algo que diz respeito só ao RH”, diz Laura. “É preciso incluir e engajar todas as lideranças, até mesmo atrelando a questão ao bônus do C-Level e tendo líderes com metas de diversidade.”

A especialista afirma também ser necessário fazer um diagnóstico da demografia e do senso de pertencimento do time para então implementar ações efetivas, em vez de atirar para todos os lados. “Tem que escolher as batalhas. Querer fazer tudo ao mesmo tempo deixa a organização desfocada.” Outra preocupação é atrair talentos diversos e pensar em como retê-los. Para isso são necessários programas de capacitação e treinamentos para que as pessoas evoluam na empresa.

SEM BALA DE PRATA

Um exemplo de como estruturar e avançar neste território é o do Grupo Boticário, que construiu sua agenda com cinco dimensões: equidade de gênero, gerações, equidade racial com foco na população negra, PCD e pessoas LGBTIQIA+ e suas interseccionalidades. A organização criou iniciativas que vão da porta de entrada, como vagas afirmativas e um programa de empreendedorismo da beleza para mulheres em situação de vulnerabilidade social, a ações de desenvolvimento interno, como a capacitação em tecnologia e um programa de mentoria para grupos minorizados, entre muitas outras.

“É uma caminhada que não tem bala de prata. Diferentes ações são necessárias para buscar talentos de todos os grupos da sociedade e retê-los, bem como desenvolver os internos e assegurar a progressão de carreira”, diz Viviane Pavanelli, gerente sênior de diversidade e cultura do grupo, que assumiu seis compromissos em 2020 envolvendo o tema. “Entre as metas, queremos garantir a representatividade das pessoas de grupos minoritários nos cargos de liderança. Iniciamos com a ambição de atingir 25% de lideranças corporativas negras até 2023 e atingimos esse patamar no meio de 2022 ,diz a executiva. A empresa também oferece apoio psicológico e orientação jurídica a pessoas que estão em transição de gênero, pretende chegar a 50% de mulheres na diretoria até 2025 e foi uma das primeiras organizações brasileiras a oferecer licença parental universal e 100% remunerada aos seus mais de 14 mil profissionais em todo o País – são 180 dias para mães ou pessoas que gestam e 120 dias obrigatórios para as pessoas não gestantes. Segundo a executiva, o impacto das ações está refletido nos indicadores. “Quando lançamos as metas corporativas para mulheres na diretoria há mais de cinco anos, o nosso patamar era de 20%. Com intencionalidade, chegamos a 38% em dois anos”, exemplifica.

FOCO NOS PROGRAMAS

No caso do Banco BMG, a CEO, Ana Karina Bortoni, conta que o primeiro passo ocorreu com a criação dos grupos de afinidade, peça-chave para provocar a organização, trazer reflexões, fomentar a cultura de valorização da diferença e sugerir prioridades. A área de Diversidade e Inclusão foi oficialmente criada em 2021, com a alocação de pessoas e recursos, e agora ganhou mais tração, expandindo a agenda com ações afirmativas, assinatura de compromissos públicos e ativações  que reforçaram ainda mais a cultura de diversidade e inclusão da empresa.

“Uma empresa diversa é mais atraente para o público consumidor, cria empatia, fala a língua do cliente e tem mais capacidade de entender o que traz de valor para ele. Ou seja, não é só o certo a fazer, é o melhor”, afirma a líder – ela mesma a primeira mulher a se tornar presidente de um banco de capital aberto no Brasil. Para colocar o conceito em prática, ela diz que foram implementados, além de vagas afirmativas, um programa de inclusão de pessoas 50+ (60 já contratados) e um programa de desenvolvimento de carreira para mulheres, atualmente com 130 participantes. Já o mais recente programa de estágio com foco em pessoas em vulnerabilidade socioeconômica e diversidade, em junho, contratou 26 jovens, sendo 46% mulheres, 62% autodeclarados negros e 42% pessoas que se reconhecem como LGBTIQPA+.

DO MACRO AO MICRO

Em um setor historicamente masculino, o automobilístico, a Toyota passou a ver a DE&I como assunto estratégico e abraçou a premissa de que ninguém fica para trás (No One Behind). A gerente de RH da companhia, Juliana Fochi, diz que foi traçado um plano que estrutura ações de médio a longo prazo. “Nos anos anteriores, nosso principal objetivo era quebrar barreiras onde entendemos a nossa situação, definimos nosso plano de ação e aumentamos nossa conscientização interna sobre esse tema”, explica, revelando que a empresa passou a ser intencional desde 2020 nos processos seletivos para a busca por mais equidade. Resultado: de 35 mulheres no time brasileiro em 2018, já são mais de 400 hoje. “Estamos investindo em treinamento, diálogos e conversas para mudar a mentalidade, a começar pela liderança”, afirma a executiva. A empresa também conta com ações internas de engajamento e fortalecimento dos agentes de mudanças, como a Jornada da Equidade e grupos de afinidade, além de oferecer o workshop “Juntos vamos construir um ambiente mais inclusivo”.

EU ACHO …

OS PERIGOS DA HOMOGENEIZAÇÃO

Sistemas de dominação não funcionam da mesma maneira

O direito antidiscriminatório nos mostra que a noção de identidade ocupa um papel fundamental nos debates sobre direitos de grupos subalternizados. Entretanto, alguns de seus aspectos não são adequadamente compreendidos.

Como os seres humanos vivem e interagem em sociedades estruturadas a partir de relações hierárquicas de poder, as diferentes identidades, ou seja, as categorias utilizadas para a classificação de indivíduos e grupos refletem assimetrias sociais, motivo pelo qual todas elas possuem uma dimensão política. Muitas dessas referências não são criações autônomas, mas prescrições sobre os lugares que certos grupos podem ocupar, sobre o que podem ser, sobre o que podem almejar, sobre como devem viver. Elas possuem então uma dimensão prescritiva.

Todos os seres humanos moldam suas ações a partir de prescrições culturais estabelecidas pelos grupos dominantes. Homens instituem os parâmetros para a determinação das funções de homens e mulheres, brancos estabelecem os lugares que brancos e negros devem estar, heterossexuais designam quais direitos heterossexuais e homossexuais podem exercer. Essas identidades subalternizadas possuem uma dimensão prescritiva, todas elas contêm uma dimensão política porque estabelecem diretrizes para a estruturação da sociedade. 

Os grupos dominantes podem determinar a si mesmos porque criam as regras para o exercício da autonomia; aos subalternizados cabe acolher o que lhes é  prescrito. A luta desses segmentos tem caráter político porque ela está centrada, entre outras coisas, na busca pela possibilidade de autodeterminação individual e coletiva. Vemos então que o sucesso da luta pela libertação depende do abandono da associação entre pertencimentos coletivos e lugares naturais, aspecto central do caráter prescritivo das identidades, ponto de partida para a legitimação de práticas discriminatórias.

Sistemas de dominação estão baseados em identidades prescritivas, mas eles não funcionam da mesma maneira. A restrição da liberdade de mulheres negras é produto do impedimento do exercício de direitos em função da discriminação convergente e paralela baseada na raça e no gênero; ela decorre da imposição da assimilação cultural aos padrões construídos a partir da feminilidade branca.

Mulheres negras são vítimas da ridicularização estética, além de serem quase sempre punidas quando reagem a discriminações. A restrição da liberdade de transexuais acontece por meio de práticas discriminatórias contra indivíduos que não expressam conformidade de gênero, pela tentativa de impor a conformidade desse grupo à identidade heterossexual, pelas microagressões dirigidas a pessoas cuja identidade de gênero difere da realidade corporal, pela punição por meio da violência física por não acolherem prescrições baseadas na presunção de que o corpo biológico determina a identidade psicológica.

A operação dos fatores responsáveis pela opressão de mulheres negras e de pessoas transexuais possui a mesma lógica porque é construída em torno de identidades prescritivas. Mas os processos mencionados no parágrafo anterior demonstram que práticas discriminatórias contra grupos subalternizados não assumem a mesma forma. Isso significa que medidas destinadas à proteção de mulheres negras não podem ter exatamente o mesmo conteúdo ou o mesmo propósito das medidas que pretendem proteger homens e mulheres transexuais.

Pressupor a homogeneidade interna de grupos subalternizados impede a identificação dos mecanismos responsáveis pela condição de exclusão na qual se encontram. A luta pela cidadania de mulheres negras e de pessoas transexuais exige estratégias políticas distintas porque os processos de subalternização desses grupos são distintos. Esses dois grupos políticos podem e devem criar coalizões para lutar contra sistemas de opressão. Todos os grupos subalternizados devem lutar conjuntamente para que esse problema seja superado, mas não podemos nos esquecer que o sucesso desse enfrentamento depende do diagnóstico dos meios específicos a partir dos quais identidades prescritivas impedem o exercício de direitos.

O feminismo interseccional (viva Lelia Gonzalez!) demonstrou de maneira enfática que a defesa da homogeneidade interna de grupos sociais como estratégia de luta política é uma prática muito perigosa que deve ser abandonada imediatamente. Não podemos ignorar essa lição.

ADILSON MOREIRA – É professor e doutor em direito antidiscriminatório pela Universidade Harvard

ESTAR BEM

DESVENDE 11 MITOS E VERDADES SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Antigas crenças já atrapalharam a manutenção de uma dieta equilibrada; confira o que dizem a ciência e os especialistas atualmente

Selecionar criteriosamente os alimentos que consumimos é fundamental para uma dieta saudável, mas essa tarefa nem sempre é fácil. Quantas vezes ouvimos que o consumo de ovos aumenta o colesterol? Ou que produtos integrais têm menos calorias? Mitos enraizados sobre a alimentação atrapalham as escolhas e a forma adequada de se combinar vegetais, proteínas e carboidratos para alcançar equilíbrio e maior benefício nutricional.

Para ajudar a desmistificar inverdades sobre a dieta, entenda 11 crenças populares que fortalecem a visão de que alguns alimentos são vilões ou heróis no dia a dia.

GLÚTEN ENGORDA E INFLAMA O INTESTINO?

MENTIRA

Presente no trigo e em cereais, o glúten é malvisto por multas pessoas, sendo logo cortado da dieta por aqueles que querem emagrecer. Além disso, muitos acreditam que o consumo pode inflamar o intestino, realidade que acomete apenas um pequeno grupo de pessoas.

Bruno Halpern, endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para o “Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), explica que o glúten apresenta risco às pessoas com doença celíaca, condição autoimune causada pela intolerância a essa proteína. De acordo com ele, não existem evidências suficientes para embasar a ligação do seu consumo com o ganho de peso.

O nutricionista Paulo Mendes recomenda ainda escolher pães artesanais, que têm menos  aditivos químicos, açúcar e óleo. Além disso, o processo de fermentação natural aumenta a biodisponibilidade de vitaminas e minerais presentes no pão.

BEBER ÁGUA NAS REFEIÇÕES DIFICULTA A DIGESTÃO?

MENTIRA

O CONSUMO DE OVOS AUMENTA O COLESTEROL?

Beber água durante as refeições facilita a formação do bolo alimentar, o que faz com que o alimento chegue mais “subdividido” às outras etapas da digestão. A ressalva existe para pessoas com saciedade precoce.

MENTIRA

Uma pesquisa da Universidade de Harvard com 215 mil pessoas descobriu que comer um ovo por dia não está associado a um aumento no risco de doença cardiovascular. Pelo contrário: os pesquisadores descobriram que a ingestão ajuda a proteger o corpo.

“O consumo de ovos pode aumentar o colesterol, se consumido em grandes quantidades. Por isso, a recomendação para um adulto saudável é de um ovo inteiro por dia e clara à vontade”, diz a nutricionista Juliana Gimenez.

Especialistas destacam que esse alimento é pobre em calorias e carboidratos, mas é rico em proteínas, aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

ULTRAPROCESSADOS NÃO SÃO SAUDÁVEIS?

VERDADE

É importante observar que existem produtos processados e ultraprocessados. Os primeiros são aqueles que são alterados pela adição ou introdução de substâncias (sal, açúcar, óleos, conservantes e ou aditivos) que alteram a natureza dos alimentos originais para prolongar sua duração ou torná-los mais agradáveis ou atraentes. Exemplos são peixes conservados em óleo, frutas em calda ou vegetais enlatados.

“Eles podem fazer parte de uma alimentação saudável, sempre considerando a frequência e a quantidade do consumo”, diz Gimenez.

Os produtos ultraprocessados, por outro lado, são formulados a partir de ingredientes industriais contêm pouco ou nenhum alimento natural. É o caso de biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e alguns congelados, entre outros.

“Os ultraprocessados não são saudáveis e, não são recomendados, pois costumam ter muitos aditivos industriais e alta densidade energética”, alerta a nutricionista argentina Florencia Zappalá.

“Para uma alimentação saudável deve-se priorizar o consumo de alimentos naturais. ou seja, frutas, verduras, cereais, leguminosas, sementes, nozes, carnes, laticínios e óleos.

NÃO COMER CARNE PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE?

MENTIRA, MAS…

Embora a carne seja uma fonte de proteína e contenha vitaminas do complexo B e minerais como ferro e zinco, cada vez mais pessoas estão deixando de consumi-la.

Muitas organizações internacionais endossam a alimentação vegetariana, considerada completa e suficiente. Uma nova pesquisa liderada por cientistas da Harvard Health School diz que aqueles que seguem uma dieta vegana ou vegetariana provavelmente terão menos derrames a longo prazo.

“Não consumir carne não gera riscos à saúde, desde que a dieta seja adaptada com um profissional para cobrir todos os micro e macronutrientes”, afirma Gimenez.

Por exemplo, a vitamina B12, presente em alimentos de origem animal, muitas vezes precisa ser suplementada. É importante garantir a correta absorção do ferro e cobrir proteínas de alto valor biológico, misturando leguminosas e cereais.

REFRIGERANTES SEM AÇÚCAR NÃO ENGORDAM?

VERDADEIRO, MAS…

Zappalá ressalta que deve-se levar em consideração que são bebidas ultraprocessadas com sabor intenso devido à presença de adoçantes.

“Seu consumo habitual aumenta o limiar doce do nosso paladar, estimulando a busca contínua por maior doçura e comer”, diz.

A recomendação de beber refrigerantes não ultrapassa os 500 ml por dia.

COMER CHOCOLATE AJUDA A MELHORAR O HUMOR?

VERDADE

Nada melhor do que comer chocolate em um dia difícil. Segundo Gimenez, ele possui um aminoácido essencial chamado triptofano, que é usado pelo cérebro para produzir serotonina, conhecida como hormônio da felicidade.

A especialista especifica que o chocolate amargo – com mais de 70% de cacau ­ contém feniletalamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem- estar. No entanto, a Ingestão deve ser controlada, ocasional e nas porções adequadas.

COMIDA VEGANA É MAIS SAUDÁVEL?

MENTIRA

É cada vez mais comum ouvir essa alegação de pessoas que abandonaram todos os alimentos de origem animal, como carne, leite, ovos ,mel, queijo e manteiga.

Ser vegano não é sinônimo de saudável, pois eles podem consumir vegetais e ainda  assim enfrentar a falta de nutrientes. Além disso, podem incluir alimentos ultraprocessados, o que também não é saudável. A alimentação é classificada como saudável se variada e completa. Resumindo, é possível comer bem sendo vegano, mas nem sempre”, diz Gimenez.

Yamaguchi alerta que a dieta vegana deve ser suplementada com vitamina B12 para evitar déficit nutricional.

A ESTÉVIA É MELHOR QUE ADOÇANTES TRADICIONAIS?

VERDADEIRO

A estévia tem origem natural a partir da estévia rebaudiana, uma planta nativa do Paraguai. Como explica Zappalá, com base nas evidências científicas anuais, a estévia é uma das melhores  opções, já que “quanto  menos processamento ela apresentar, melhor será a qualidade do adoçante'”. Os especialistas concordam em considerá-la a melhor substituta do açúcar.

SUCO VERDE AJUDA A QUEIMAR GORDURA?

MENTIRA

Segundo seus defensores, o suco verde deve ser consumido em jejum para que o corpo absorva com eficiência todos os componentes. Contudo, Gimenez destaca que o efeito da bebida na silhueta é mito.

Nem o suco verde nem qualquer outro alimento pode, por si só, cumprir a função de queimar gorduras. Ao contrário, isso acontece a partir do balanço energético ao longo do dia entre o que se consome e o que segasta – explica.

PÃO INTEGRAL TEM MENOS CALORIAS DO QUE PÃO BRANCO?

MENTIRA

“O fato de ser integral não significa que forneça menos colorias que o pão refinado”, explica Gimenez.

Se estamos tentando emagrecer e somos tentados com a cesta de pães, escolhemos a opção integral. A suposição é que isso deixa você menos gordo”. Mas não é bem assim.

Zappalá complementa que a diferença é que o pão integral oferece maior aporte de fibras e micronutrientes, que trazem múltiplos benefícios para a saúde.

Como nosso organismo absorve os nutrientes presentes no grão de forma mais lenta à saciedade se mantém por mais tempo, controlando o apetite.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

POR QUE CERTAS COMIDAS DÃO MAIS PRAZER DO QUE OUTRAS?

Grande parte da alegria que sentimos com nossos pratos favoritos vem das lembranças que associamos a eles

Um prato que não posso viver sem é o purê de batatas da minha mãe. A receita é mais creme azedo e cream cheese do que batata, e pode ser por isso que é tão deliciosa. Começo a esperar por essas batatas no início de novembro e sempre faço o suficiente para que as sobras durem pelo menos uma semana, o que significa que o prato é minha cápsula anual de pura alegria. Tenho certeza de que o comi desde que era criança, e as mordidas geralmente me transportam de volta à anos diferentes e salas de jantar diferentes.

Como e por que certas comidas nos dão tanto prazer? E o que pode ser dito sobre os tipos de comida que consideramos mais agradáveis? Segundo especialistas, sabor e conteúdo nutricional afetam como os alimentos nos fazem sentir, mas muito da felicidade que sentimos ao comer nossa comida favorita diz respeito às memórias que ela nos desperta e às pessoas que estão ao nosso redor apreciando-a.

RECOMPENSAS

Como a comida é essencial para a nossa sobrevivência, nosso cérebro nos recompensa por comer, liberando substâncias químicas à base de opioides que nos fazem sentir bem, explica Paul Breslin, cientista nutricional da Rutgers University, nos Estados Unidos.

Contudo, como todo mundo que já experimentou uma torta de maçã sabe, doces podem nos fazer sentir ainda melhores. Carboidratos aumentam os níveis de serotonina no cérebro, neurotransmissor conhecido como “hormônio da felicidade”.

“Após comer esses alimentos, nos sentimos calmos, alegres”, diz Uma Naidoo, chef de cozinha e psiquiatra nutricional do Massachusetts General Hospital e da Havard Medical School.

Algumas pessoas gostam mais de petiscar do que outras: um estudo descobriu que indivíduos sensíveis a doces – que podem detectar esse sabor em pequenas concentrações e que são apaixonados por açúcar – têm maior recompensa cerebral como resposta às comidas açucaradas do que as que não ligam tanto assim para estímulos adocicados.

LIGAÇÕES COM O PASSADO

Algumas comidas nos satisfazem emocionalmente por razões que fogem ao sabor ou conteúdo nutricional delas. Por isso, diferentes culturas têm predileção por pratos diferentes, reforça Charles Spence, psicólogo experimental da University of Oxford. Como exemplo, ele cita o apreço dos americanos por comidas que não são particularmente doces ou têm alta taxa de carboidratos, como o chili e a sopa de tomates.

Frequentemente nos apaixonamos por algumas comidas porque temos boas memórias associadas a elas, comenta Breslin. O purê de batatas da minha mãe sempre me faz lembrar dos feriados e reuniões em família. Sem surpresas, uma pesquisa descobriu que comemos mais do que deveríamos quando nos sentimos sozinhos. Nós também somos atraídos por comidas que recebemos logo no início da vida pelas pessoas que cuidaram de nós, o que pode ajudar a explicar nosso amor coletivo pela canja de galinha com macarrão, preparada por pais para alimentar os filhos quando doentes. O cheiro da comida pode evocar memórias poderosas também. A parte do cérebro responsável por processar o odor está diretamente ligada às amígdalas, neurônios responsáveis pelas emoções, e ao hipocampo, região das memórias. E nossa memória para cheiros é duradoura e precisa, especialmente quando se trata de aromas aos quais fomos expostos pela primeira vez na infância. É por isso que você é capaz de detectar a fragrância de bolo de fubá assando no forno e ser transportado de volta para a primeira vez que assou o doce com sua avó.

Essas associações também podem ir por outro caminho. Às vezes, você pode se sentir triste quando come alimentos que o lembram de entes queridos de quem você sente falta, afirma Breslin. Também podemos evitar alimentos que associamos a experiências ruins. Não como queijo cottage desde os 8 anos de idade, porque foi a última coisa que comi antes de ter uma terrível infecção estomacal.

Além das memórias passadas, o contexto em que comemos os alimentos molda o quanto os apreciamos no momento, e nossas experiências gustativas podem ser intensificadas por um senso de pertencimento, uma sensação de aconchego e prazer ao lado de alguém.

Literary Revelations

Independent Publisher of Poetry and Prose

Postcardsfromhobbsend

Film reviews as you know them only much....much worse

Mon site officiel / My official website

Venez parler de tout ce dont vous avez envie avec moi. Donnez vos opinions en toute liberté. Laissez vos commentaires. Je vous attends nombreuses et nombreux !!! / Translation in English for people who don't speak French : come to speak about all you want with me. Give your opinions with complete freedom. Leave your comments. I await you many and many !!!

Yours Satirically

with no commitments and all excuses

Lire dit-elle

Vous devriez savoir que je laisse toujours mes yeux dans les arbres...Jusqu'à ce que mes seins s'ennuient...

Baydreamer ~ Lauren Scott

~ a thread of words from every stitch of life ~

FELICISSES

UM POUCO SOBRE LIVROS, FILMES, SÉRIES E ASSUNTOS ALEATÓRIOS

kampungmanisku

menjelajah dunia seni tanpa meninggalkan sains

Blog O Cristão Pentecostal

"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b

Agayana

Tek ve Yek

Envision Eden

All Things Are Possible Within The Light Of Love

4000 Wu Otto

Drink the fuel!

Ms. C. Loves

If music be the food of love, play on✨

troca de óleo automotivo do mané

Venda e prestação de serviço automotivo

darkblack78

Siyah neden gökkuşağında olmak istesin ki gece tamamıyla ona aittken 💫