OUTROS OLHARES

BARRACA DE LUXO

já conhece o glamping? Fusão de glamour com camping, conceito está em alta no turismo e conquista fãs pelo Brasil, com hospedagens cinco estrelas em clima de aventura

Quando abriram o zíper da cabana em que ficariam hospedados, os amigos Maria do Rosário, Daniel Gorin, Guga Dale e Karen Couto soltaram um sonoro “uau”. Ficaram encantados com o conforto e a decoração do glamping Cabanas do Vale, em Itaipava. São apenas duas cabanas, localizadas dentro de um vinhedo butique e com Mata Atlântica ao redor. No deque, há espaço para fogueira e banheira a céu aberto. O termo, que mistura as palavras glamorous (encantador) e camping (acampamento), ocupa o topo nos rankings de tendência de viagem — não à toa, “glamping perto de mim” foi a expressão mais buscada do Google este ano. “Olhando de fora tem cara de cabana, mas, quando você entra, o pé direito é alto, os móveis são lindos. Um lugar de luxo mesmo”, comenta Gorin.

E é exatamente esse o trunfo das hospedagens (que, em média, tem diárias entre R$ 900 e R$ 1.500): ter o charme do clima de acampamento, mas com pegada de hotel sofisticado. “Foi uma experiência única de alto luxo. Você se sente acampando, não tem serviços, mas em uma cama ótima, com um chuveiro maravilhoso. Cozinhamos, curtimos a fogueira à noite. Ainda não tinha experimentado algo assim”, destaca Maria.

No Brasil, este ano, a tendência vem se espalhando. Outro glamping que está bem “instagramizado” é o Hidden Treasure – Glamping Chapada dos Veadeiros. Formado por quatro domos geodésicos em pleno cerrado, a ideia é interferir o menos possível na natureza. A sustentabilidade, assim como estar integrado à natureza, é regra. Essas estruturas redondas e transparentes são muito usadas por serem mais sustentáveis. “Optamos pelo estilo por proteger a vegetação. Estamos dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e queremos, acima de tudo, preservar o cerrado. Fizemos tudo em palafitas para resguardar o solo. Os hóspedes chegam em busca de contato com a natureza e privacidade. Para se ter ideia, nosso endereço só é enviado depois da reserva, assim evitamos curiosos”, conta Ducan Egger, proprietário dali.

Os domos também aparecem no Esphera, em Gravataí, no Rio Grande do Sul, que tem uma estrutura de campos de esporte, lago, espaço kids, parrilla externa e ofurô. “Já me hospedei no Esphera quatro vezes. O que mais me encanta é o contato com a natureza, isso para mim é luxo. Também adoro o charme dos ambientes, superconfortáveis. E sem deixar de ser, em essência, uma barraca de camping”, diz a stylist Roberta Ahrons.

A apresentadora Mel Fronckowiak também é adepta. “Devo admitir que virou uma das minhas formas preferidas de hospedagem no Brasil e no mundo. É uma maneira mais consciente de viajar, já que são estruturas que causam menos impacto”, observa Mel, que cobriu a rota dos glampings em seu programa no YouTube, “Mel na estrada”.

Perto dos cânions gaúchos, em Cambará do Sul, fica o Parador, o primeiro glamping brasileiro. Ele faz parte do grupo Casa Hotéis, focado em hospedagens de charme do Rio Grande do Sul. São 28 acomodações, entre barracas luxo, barracas suítes, bangalôs e casulos, construídos com estrutura de madeira de reflorestamento em forma de círculo. No décor, elementos naturais, como galhos de árvores, peças em madeira e palha e luminárias de lã de ovelha assinadas pela artista Inês Schertel. Ainda tem banheira com vista para o campo e spa by L’Occitane. “Colocamos toda a nossa criatividade neste projeto e ficamos felizes com a possibilidade de oferecer uma experiência diferente aos nossos visitantes”, comenta Rafael Peccin, diretor de marketing do Casa Hotéis. “Trabalhamos como conceito de unique stays, ou seja, tipos de hospedagem que só se encontra em lugares exclusivos, combinando sofisticação e imersão junto à natureza”, completa.

GESTÃO E CARREIRA

PROFISSIONAL DE TI: ESCASSEZ DE TALENTOS X DEMANDA CRESCENTE

Apesar de ser um dos mercados que mais crescem, ele sofre com a falta de profissionais capacitados e, consequentemente, pela corrida das empresas atrás desses talentos.

Dados do relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), divulgado em 2021, apontam que o Brasil forma 53 mil pessoas por ano dentro da área e que a demanda anual, entretanto, é de 159 mil profissionais. Em cinco anos, estima-se que o país vá precisar de 500 mil desses profissionais.

“O mercado de TI está mais aquecido do que nunca. A pandemia trouxe uma necessidade muito grande das empresas investirem em tecnologia por conta do trabalho remoto e das novas demandas de consumo e formas de se relacionar com o mundo. E esse é um caminho sem volta”, ressalta José Barbosa Sobrinho Neto, gerente de TIC na MV, multinacional especializada na Transformação Digital no setor de Saúde.

Para ele, hoje não há nenhuma barreira para quem quer entrar na área. “Há tantas oportunidades e caminhos, que é preciso apenas gostar de estudar e se atualizar sempre. Há diversos cursos tecnólogos, outros de curta duração e faculdades cada vez mais preparadas para formar jovens capacitados para o mercado de trabalho. Mas encontrar bons profissionais ainda é um grande desafio”. Por isso algumas empresas estão investindo em programas para qualificar os profissionais. A MV é uma das companhias que sentiu a escassez de profissionais e uniu a necessidade com ações de responsabilidade social. Um exemplo é o lançamento do Programa CUBO focado na capacitação de desenvolvedores, que neste ano, ganhou uma nova versão exclusiva para a capacitação do público feminino, que ainda é significativamente menor do que o masculino no mercado de TI. Além da formação, as novas profissionais têm a oportunidade de estar dentro da MV exercendo o que aprenderam.

Além do CUBO, a MV promove outras iniciativas para promover e incentivar a entrada nesse mercado como a parceria com a ONG Generation Brasil para recrutamento de novos talentos em tecnologia para atuar em oportunidades profissionais oferecidas pela MV. A Generation é um programa global, que promove a formação qualificada de jovens, de 18 a 30 anos, em situação de vulnerabilidade social, que estão desempregados ou que desejam migrar para a carreira profissional de tecnologia.

E ainda o Programa Jovem Técnico, direcionado para jovens de 18 a 25 anos, que concluíram o ensino médio ou estão cursando ensino superior na área de tecnologia e que desejam construir uma carreira na área. “É uma oportunidade incrível não só para achar novos talentos, mas para ajudar a transformar a realidade do setor no Brasil.

Sabemos que os homens ainda são a grande maioria, mas também é visível o crescimento do interesse feminino na área”, destaca Andrey Abreu, diretor Corporativo de Tecnologia da MV. Dados divulgados pelo Caged, apontam que a participação feminina no mercado de tecnologia cresceu 60% nos últimos cincos anos, o que reforça as oportunidades que elas podem encontrar no setor.

EU ACHO …

QUEM PINTA A NEGRA?

‘A arte tem feito o trabalho que as instituições brasileiras resistem a realizar’

“De que forma a mulher negra foi pintada ao longo da história brasileira? Essa pergunta tem instigado relevantes reflexões sobre a arte produzida em nosso País e sobre como as narrativas canônicas estão comprometidas com olhares racistas e misóginos.

Quando falamos de episódios de heroísmo ou feitos históricos, a mulher negra é pouco lembrada, como se sua história fosse breve, nascida anteontem. No entanto, esse apagamento misógino e racista em relação às mulheres negras encontra na arte um poderoso antagonista. Nesse campo, as mulheres negras têm sido narradas em abundância, mas são fartas também as violências encontradas neste encontro entre arte e o corpo da mulher negra. Em uma análise sobre os limites das representações das mulheres negras na cultura, a socióloga Lélia González percebeu a repetição neurótica das categorias da mulata, da mucama e da mãe preta. O item mais popular desse trio possivelmente seja a criação imagética da mulata, que emerge nas festas populares – e sobretudo no carnaval – como sinônimo da forma perfeita e símbolo de uma obsessão nacional pelo corpo.

Na história da arte brasileira, a mulher negra é musa recorrente. Ela aparece nos principais museus do País, seja coberta de roupas insinuantes, seja com o seio descoberto, como é flagrante na obra de Di Cavalcanti, reconhecido por retratar as mulatas, termo hoje amplamente rejeitado por suas implicações políticas, ainda que, ironicamente, imprescindível para a consolidação do agora centenário Modernismo brasileiro.

Na sua representação icônica do feminino negro, também Tarsila do Amaral optou pela exposição do seio negro, traço comum, aliás, às telas de Di Cavalcanti. Na melhor das hipóteses, o retrato de Tarsila propõe um diálogo com a Vênus de Willendorf e com a linguagem do classicismo; na pior, trata-se do velho olho do exotismo, operando a objetificação do corpo da mulher negra. A mama que se esvai nesse tipo de representação nos conduz à representação da mãe preta.

Figura servil, atada ao passado escravagista luso-brasileiro, essa construção é, talvez, a mais normalizada na vida social brasileira, sedimentada em camadas de trabalho árduo e mal remunerado. Eis a transformação de uma relação de exploração em elo maternal. E, assim como a mãe preta, a mucama é personificada no nosso imaginário por meio de imagens tão antigas quanto as pintadas por Debret, mas que são revividas por meio das telenovelas.

Se tais imagens foram sedimentadas por séculos de uma máquina produtiva que nos olhava de longe e falava conosco de cima, é o pensamento de teóricas como González que nos desperta para as armadilhas dessa confluência de significados. É nesse sentido também que Djamila Ribeiro posiciona o pensamento de Grada Kilomba. Esta investiga o peso fatigante da carga colonial em nossas costas.

Na produção intelectual de outras línguas, também é notável o esforço da norte- americana Saidiya Hartman, que tem desvelado imagens de rebeldia e elaborado narrativas genuínas sobre identidades conquistadas após o trauma da escravidão.

Ao lado dessas teóricas que se dedicam a construir novas formas de olhar a opressão sobre as mulheres negras também marcham nossas artistas, que ousam desafiar o ciclo de falseamento e achatamento de nossas identidades. A paulistana Rosana Paulino, por exemplo, se debruça sobre a busca do fio condutor da trajetória dos sujeitos apagados para edificar uma Parede da Memória. A família que se alastra em centenas de retratos apresentados em patuás é originada de indivíduos que produzem novos significados do ser na coletividade. Como em um mural de investigação policial, a artista, na obra, convida o público a pensar sobre os desdobramentos das relações que as imagens associadas sugerem.

Refazendo nosso caminho em direção ao passado, encontramos a pelotense Maria Lídia  Magliani. Sua Vênus aparece em relevo em pinturas como Ela, em que o corpo volumoso é revisitado, mas dessa vez com cicatrizes aparentes. Essa ousadia estética lembra a história de Maria Firmina dos Reis, uma escritora de São Luís, que – em pleno século 19 – publica um romance abolicionista que constitui um dos relatos mais devastadores da nossa literatura. Úrsula é a imagem do passado matriarca negro, com suas vulnerabilidades e sua força fundadora. Esse livro é, a um só tempo, memória e ruptura.

Artistas como Paulino, Magliani e Reis criam narrativas que adensam o panorama de imagens das mulheres negras, colocando-as no centro da construção do País. A arte tem feito o trabalho que as instituições brasileiras resistem a realizar. Por isso, ainda que as imagens produzidas a partir do olhar de mulheres negras não sejam tão pacíficas ou tão sedutoras para os homens e mulheres brancas quanto as que compõem o repertório do senso comum, serão elas que irão repovoar o imaginário brasileiro nas próximas décadas.”

*** FERNANDA BASTOS – É jornalista, editora e CEO da Figura de Linguagem.

ESTAR BEM

SEUS PÉS MERECEM UMA MASSAGEM

A automassagem pode ser feita diariamente na hora de ir para cama. De 5 a 10 minutos são suficientes para sentir os seus benefícios

Muitas vezes a gente só lembra deles quando se machuca e não pode contar com esta dupla 100% boa. Os pés. Partes fundamentais para o equilíbrio, e não só no sentido físico. Uma forma de manter mente e corpo em harmonia é simplesmente incorporar à rotina uma massagem nos pés antes de dormir.

Embora exista a reflexologia podal, prática terapêutica que prevê a pressão em certos pontos dos pés com a finalidade de melhorar a saúde dos órgãos, ninguém precisa se preocupar com teoria ou ser um expert para fazer uma automassagem. Segundo o terapeuta Pedro Saliba, o importante é prestar atenção nas respostas do próprio corpo e começar devagar.

“Massagem é uma coisa que todo mundo pode tentar fazer. O primeiro conselho que eu dou é usar um toque leve. Imagine que tem de ser uma sensação prazerosa”, afirma.  Tampouco há necessidade de temer por algum malefício resultante da pressão feita nos pés. “Não tem nenhum ponto que a pessoa vai apertar e que vai dar tilt”, brinca o especialista, que desenvolveu um método chamado de Full Relax and Heal.

Nele, o terapeuta junta diferentes técnicas, aromaterapia, reflexologia e liberação miofascial. “Eu faço mais movimentos, uso o toque firme, mas sem dor. Quando a gente está fazendo essa manipulação, o corpo começa a produzir hormônios que trazem prazer, cura e recuperação muscular.” Veja as dica s do terapeuta e os benefícios da automassagem nos pés:

DESCANSO NA ÁGUA MORNA

O terapeuta recomenda que se prepare a região para receber a automassagem “Eu gosto que a pessoa comece fazendo um escalda-pés. Ela vai pegar uma bacia, colocar água bem quente do chuveiro, numa temperatura que o corpo aguente. Aí vai botar sal e, se tiver óleos essenciais, pode pingar umas gotinhas na água”, explica o profissional. Gerânio ativa a feminilidade, hortelã-pimenta auxilia quem tem problemas para manter o foco, recomenda Saliba. Os pés devem ficar de molho na água quentinha, durante cerca de dez minutos. “É o tempo em que a água vai esfriar’”, diz.

DEDICAÇÃO AOS PÉS

Depois de enxugar os pés, com um pouco de creme hidratante nas mãos, comece tateando toda a área com as pontas dos dedos, para sentir se tem algum ponto mais sensível e evitar pressioná-lo demais. “A pessoa pode fazer movimentos circulares na sola do pé e na curva, acompanhando a anatomia. Pode fazer nas duas direções livremente”, ensina o terapeuta. “Depois, massageia o peito do pé e também entre os dedos!”. No total, entre 3 e 5 minutos são suficientes para sentir os efeitos.

FREQUÊNCIA POR SEMANA

O hidratante pode ficar ao lado da cama e a automassagem ser feita todo dia, antes de dormir. Afinal, sem contar o escalda-pés, a prática leva só alguns minutos. “Ajuda muito a relaxar, em casos de ansiedade e quando a pessoa chega do trabalho e não consegue desligar. Vai melhorar a saúde do sono, para ele ser reparador”, diz Saliba A automassagem completa nos pés pode ser realizada quando você tiver condições de tirar um tempo maior para si, de repente no fim de semana. “Se a pessoa conseguir fazer isso uma vez por semana, já vai ter vários benefícios.”

AUTODESCOBERTA

Saliba explica que se massagear serve também como exercício de autoconhecimento. “Entre as mulheres principalmente existe muito tabu no toque do corpo. A prática ajuda nisso”, afirma.

FOCO NA PANTURRILHA

”Após a estimulação do pé, é bacana fazer o mesmo na panturrilha. Ali tem o acúmulo de toxinas do sistema linfático, principalmente para quem trabalha em pé.” Nessa região, é importante que o movimento contínuo seja feito sempre de baixo para cima, por causa da circulação. Segundo o especialista, basta massagear de 2 a 3 minutos.

ATENÇÃO A CONTRAINDICAÇÕES

“A massagem é contraindicada para pacientes com diagnóstico de câncer porque ela acaba espalhando essas células. Outra contraindicação é em casos de trombose porque o trombo pode mover-se e se alojar em outra parte”, explica Saliba. Já para quem sofre com pressão alta, ele recomenda a prática. “Diminui a pressão nas artérias e relaxa o corpo.”

HIDRATAÇÃO DA PELE

Para a automassagem nos pés, serve qualquer creme hidratante, de preferência com uma fragrância suave ou a que você já esteja acostumado. Quem quiser pode comprar um neutro, sem perfume, e pingar umas gotas de óleos essenciais. “Uma boa combinação pode ser melaleuca, ação anti-inflamatória, com lavanda, que é calmante”, indica o terapeuta.

INTENSIDADE DO TOQUE

“É importante respeitar os sinais do corpo. Se há uma parte dolorida no pé, não quer dizer que é para você ficar apertando ali até melhorar”, afirma o especialista Não vá além do limite, nem na frequência nem na intensidade. “Só vai ser dolorido se você realmente usar muita força.” Uma pressão exagerada pode acabar machucando também as mãos.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

AUTOESTIMA AJUDA A DRIBLAR CRUELDADE DO RACISMO NA INFÂNCIA

Crianças falam de partes legais e difíceis de serem negras e empresária lembra por que criou sua marca de bonecas

“Ser negra é algo que vai muito além da cor da pele.” Essa frase é da Gabrielly. Ela tem 13 anos e já entende muito sobre como funciona o mundo em que vive – para o bem, e para o mal.

“Ser negra significa ter que aguentar comentários ofensivos e idiotas, aguentar a desigualdade social, o racismo. É uma coisa que nós negros temos que carregar para o resto da vida”, enumera Gabrielly.

“Mas, independentemente disso, temos que ter orgulho da nossa cor.”

Quando era criança, a empresária Joyce Venâncio tinha uma consciência tão profunda de si mesma quanto a que Gabrielly tem hoje. Ela lembra que, mesmo tendo crescido em uma família que conversava muito sobre preconceitos e crueldades, ainda assim viveu momentos ruins.

“Era difícil enfrentar vários tipos de xingamentos, piadas. O racismo dói demais.” Uma vez, Joyce questionou em casa porque não havia bonecas da mesma cor que a sua. A avó não teve dúvidas: comprou uma cabeça de boneca (branca), revestiu com uma meia-calça tingida, e fez para a neta uma boneca parecida com ela.

Muitos anos depois, Joyce abriu em São Paulo uma loja de bonecas como a que ganhou na infância. Na Preta Pretinha, há brinquedos de todas as cores, mas as bonecas negras são maioria.

Para Joyce, ser negra é maravilhoso. “Eu me amo, gosto de me olhar no espelho. Ser negra é força, coragem, sabedoria. É ter fé, é conquistar.” A Larissa, de 11 anos, acha que uma das coisas mais legais de ser negra é dar entrevistas. “Já fiz uma antes, e agora essa”, disse. “Ser negra para mim é ser uma pessoa muito forte, cheia de conquistas e amor para dar.”

Uma das coisas mais legais que já aconteceram à Barbara, de 11 anos, foi receber elogios sobre seu cabelo. “E a pior coisa foi me sentir excluída em algumas situações de pessoas brancas”, lembra.

“Em uma foto, se você é negra você se destaca mais que as outras pessoas porque você tem uma cor diferente, e às vezes é legal, às vezes não é. Aconteceu uma vez comigo e não gostei”, conta Maria Paula, 11 anos.

Maria Eduarda tem 13 anos e gosta muito de ser negra, mas sabe que há quem não compartilhe desse ponto de vista. “Como os racistas, que acham que nosso cabelo é feio”, explica.

“Tem argumentos horríveis que já falaram pra mim como ‘cabelo ruim’, ‘cabelo de bombril’, ‘cabelo duro’. Ser negra é ser seguida em todo lugar que você entra, se sentir inferior. Um segurança te seguir com medo de você roubar algo.”

Mas, mesmo com o mundo lá fora tão bruto, Maria Eduarda mantém a autoestima. “Minha pele é uma das coisas mais bonitas que existem. Tenho traços lindos que lembram minha cultura, e essa é uma marca que vou carregar até o final da vida”, fala.

Joyce, dona da Preta Pretinha, gosta de lembrar quando se candidatou a miss primavera na escola. Eram 29 meninas concorrendo, e só 3 delas eram negras – Joyce, sua irmã e uma terceira aluna.

“Eu estava muito segura. Ganhei e minha irmã ficou em terceiro lugar. Muitas famílias racistas não aceitaram e mesmo assim foi incrível”, lembra. “É importante você, criança negra, olhar esse cabelo maravilhoso e saber que podemos fazer vários tipos de penteado”, ensina. “É fundamental se gostar, se olhar no espelho, e se enxergar como uma pessoa linda, cheia de potencial.”

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