OUTROS OLHARES

TABUS E DÚVIDAS

Avanço do anticoncepcional masculino segue lento

As tentativas começaram nos anos 1960, na mesma época em que o anticoncepcional feminino foi lançado, mas, até hoje, nenhum contraceptivo reversível para os homens chegou à mesma eficácia da pílula para as mulheres. A mais alardeada entre as apostas é o Risug, um anticoncepcional masculino injetável desenvolvido na Índia e com previsão de lançamento para 2023. Mesmo assim, a lista de obstáculos neste e outros métodos contraceptivos para eles é longa: vai de dúvidas sobre eficiência e reversão ao tabu em uma sociedade que tradicionalmente delega às mulheres a responsabilidade da prevenção da gravidez.

Um dos principais desafios é o receio de impotência sexual e infertilidade entre os homens. Além disso, historicamente o interesse no tema é secundário entre as farmacêuticas, em um universo focado amplamente no controle da fertilidade feminina. Entram, ainda, preconceito e desconhecimento envolvendo os possíveis métodos, sejam eles hormonais, ou de barreira, como no caso do Risug (sigla para “inibição reversível do esperma sob controle”, em português), que vem chamando atenção desde o início da pesquisa, nos anos 1970.

O Risug promete esterilidade por até dez anos. Os testes mostraram que a injeção seria menos dolorosa do que a vasectomia, e reversível. Ele usa um gel que danifica os espermatozoides, impedindo a fertilização do óvulo. O medicamento é aplicado próximo à bolsa escrotal, nos dois ductos deferentes, canais que transportam os espermatozoides depois de amadurecidos, para que formem o sêmen.

Segundo o médico urologista Celso Gromatsky, do Centro de Medicina Sexual do Hospital Sírio Libanês, o procedimento pode ser revertido com uma nova injeção com uma mistura de bicarbonato de sódio e um ácido composto de moléculas redutoras.

“O gel atua na motilidade do esperma. O indivíduo vai ejacular normalmente, mas sem espermatozoides. Há uma semelhança com a vasectomia, a diferença é que a reversibilidade do Risug é mais simples”, explica Gromatsky.

RISCOS

Ainda assim, há dúvidas sobre taxas de sucesso, riscos de reversão, infertilidade e obstruções locais deste e de outros métodos contraceptivos para os homens, ressalta o médico urologista e coordenador do departamento de urologia do Hospital Oswaldo Cruz, Carlo Passerotti.

“É um gel sendo colocado num pequeno canal. Se o procedimento for malfeito, ou o corpo rejeitar, isso certamente causaria um trauma ou uma obstrução local. Isso também vale para o processo de reversão”, esclarece o especialista.

Desde que os primeiros trabalhos referentes à temática foram publicados, os cientistas enfrentam dificuldades para chamar a atenção das farmacêuticas, a começar pelo fator de risco da taxa de eficácia. Ao longo do tempo, a pílula anticoncepcional feminina acabou se firmando como um dos métodos mais seguros quando utilizada corretamente, sendo eficaz em 99,9% dos casos.

“É muito caro produzir medicamentos, ainda mais quando falamos de uma situação na qual existem métodos muito mais efetivos. A pílula feminina, por exemplo, tem maior custo-benefício e perfil de segurança. Para ser lançado ao mercado, tem que ser um produto que seja tão eficaz e seguro quanto”, afirma Erick José Ramo da Silva, professor do Departamento de Biofísica e Farmacologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

No entanto, os hormônios também trazem riscos e desconfortos às mulheres. Pode ocorrer, por exemplo, o sangramento intermenstrual, o escape, assim como o ganho de peso, já que os componentes da pílula estimulam a retenção de líquido. Outro problema é a acne, causada especialmente pelos anticoncepcionais sem estrogênio. A mudança de humor também pode ocorrer, dependendo do organismo de cada mulher. Há quem precise tomar cuidado se tiver, por exemplo, histórico de depressão ou algum parente com essa doença. E, para completar a lista, o efeito colateral mais perigoso: a trombose. O uso de alguns tipos de pílula pode aumentar de 1,2 a 1,8 vezes o risco de desenvolver trombose arterial, quadro que pode levar a um AVC ou infarto. Já o risco de ter trombose venosa fica de três a seis vezes maior ao tomar contraceptivo oral.

QUESTÕES CULTURAIS

Depois das barreiras financeiras e científicas, os candidatos a anticoncepcionais masculinos ainda precisam vencer questões culturais. Embora igualdade de gênero seja um tema cada vez mais recorrente na sociedade, especialistas observam reticência entre homens de assumir os cuidados pela contracepção com um método como o adotado pelas mulheres, para além do preservativo ou da vasectomia.

“Estamos no século 21, a vasectomia existe há mais de um século e há homens que acreditam que o procedimento impactaria no desempenho sexual. O advento do anticoncepcional masculino no mercado possibilitaria compartilhar a responsabilidade da gravidez de forma igualitária entre parceiro e parceira”, diz o urologista Gromatsky.

Para a socióloga especializada em contracepção Geórgia Pereira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tabu e machismo ajudam a explicar a distância do anticoncepcional masculino.

“Se não houvesse toda uma estrutura machista, seria mais fácil e eficaz pensar em contraceptivos masculinos, afinal eles são férteis a vida toda. Além disso, essa deveria ser uma responsabilidade compartilhada pelos outros diversos fatores envolvendo os riscos de contraceptivos para mulheres”, afirma Pereira.

O incentivo para que os homens assumam esse cuidado, diz a socióloga, deveria existir desde cedo, com aulas de educação sexual nas escolas e faculdades, e com a real inclusão deles nos programas de planejamento reprodutivo das redes de saúde:

“Podemos começar pela educação pública em saúde e sexualidade. Com programas que falam sobre planejamento familiar, incluindo as responsabilidades dos homens, direitos e deveres de cada um. É assim que se consegue estabelecer um programa de planejamento reprodutivo eficaz e que busca a equidade.

GESTÃO E CARREIRA

COMO MELHORAR O LINKEDIN PARA CHAMAR ATENÇÃO DOS RECRUTADORES

Especialistas contam como usam a rede social para encontrar profissionais e compartilham dicas sobre como conseguir uma entrevista através da plataforma

Ao mesmo tempo que o LinkedIn é a rede social preferida de quem está procurando emprego, a plataforma também tem papel estratégico para recrutadores que buscam novos talentos. Por isso, ter um perfil bem estruturado com informações-chave e entender a forma como os RHs usam a plataforma podem oferecer vantagens para quem quer ser contratado por meio da rede.

“Procurar emprego dá muito trabalho. Existe toda uma preparação para te ajudar a se destacar entre os 50 milhões de profissionais que a gente tem dentro da plataforma”, diz Ana Claudia Plihal, executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn no Brasil.

Com mais de 50 milhões de usuários ativos na plataforma, o Brasil tem hoje a quarta maior comunidade na rede social, atrás apenas de China, EUA e Índia. De acordo com um levantamento divulgado pela Statistic Brain, 90% dos recrutadores entrevistados usam o LinkedIn para encontrar profissionais.

A ferramenta usada pelos recrutadores para encontrar candidatos ideais é o LinkedIn Recruiter – que é uma interface com acesso a toda a base de membros. Com mais de 20 filtros, é possível selecionar candidatos por palavras-chave, competências, probabilidade de resposta ou até buscar pessoas que já interagiram com publicações da marca na rede social.

“É como se você estivesse comprando um computador. Você seleciona o tamanho de tela, quanto de memória e qual a configuração quer”, explica Ana Claudia. A solução possibilita que os recrutadores apliquem uma série de pré-requisitos sobre a base de usuários e, a partir dali, recebam o retorno com os candidatos que mais se encaixam naquele perfil.

A executiva explica que a inteligência artificial do LinkedIn cruza uma série de informações sobre o usuário para comprovar as competências técnicas destacadas ou não no perfil. “Quando buscamos candidatos com competências voltadas ao relacionamento com o cliente, por exemplo, perfis com histórico de atendimento em call center ou gestão de atendimento levam vantagem, mesmo não destacando a habilidade no perfil.”

Segundo especialistas, é através da plataforma que é possível conhecer melhor a trajetória profissional do candidato, seja das qualificações ou até das conquistas profissionais ou projetos que já realizou.

A recrutadora para negócios no Google Brasil Carol Rocha afirma que o LinkedIn é uma grande vitrine de talentos com profissionais de todo o mundo. Além disso, é uma boa forma de buscar perfis que não se aplicariam às vagas de forma orgânica. “Sabemos que há pessoas que não se enxergam trabalhando no Google. É crucial que possamos trazer cada vez mais representatividade.”

Para Ana Cunha, recrutadora na multinacional, a busca por talentos na rede é indispensável. Ela explica que as chamadas candidaturas passivas estão desaparecendo e dando lugar a buscas ativas por talentos.

DICAS

SER NOTADO

Mantenha o perfil completo e atualizado. Isso aumenta as chances de aparecer nas buscas e de ser abordado por recrutadores

PERFIL

As palavras-chave são uma ferramenta estratégica para ser encontrado pelos recrutadores

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Faça o exercício de lembrar o que você tem feito de bom profissionalmente e compartilhe as conquistas na rede

EU ACHO …

PERNAS PRA QUE TE QUERO

Já quis ter olho claro, rosto largo, nariz menor, isso aos 13. Muitos aniversários depois, eu queria ter menos celulite, barriga chapada, nenhum sinal de expressão em torno da boca. E passaram-se outros tantos anos, até entender que, se eu não estava disposta a fazer nenhuma intervenção estética, que parasse de pirar. Passei a tratar do que importa: me alimentar direito, usar protetor solar, cuidar dos dentes, maneirar no vinho e continuar caminhando uns 10 mil passos por dia.

Caminhar é minha obsessão — ainda não diagnosticada como transtorno. Bastam 60 minutos, fones de ouvido e o par de pernas que me coube.

Compridas, bem torneadas, minhas pernas nunca entraram na lista das minhas insatisfações, sempre deram pro gasto, mas agora estão recebendo atenção plena. São meu investimento a longo prazo. É delas que precisarei até 2061 — nenhuma garantia de que eu chegue lá, mas andar com fé, eu vou.

Há um ano, venho fazendo treino de força com um profissional que já conseguiu tonificá-las; daqui para frente, é manutenção sem descanso. Nesta fase da vida, tudo o que preciso é de pernas firmes. Passadas sólidas. Agachar. Sentar. Levantar. Pedalar. Correr — não por esporte, mas para escapar dos motoristas que não desaceleram diante da faixa de pedestre.

Subir as ladeiras de Ouro Preto. Descer a escadaria da Sacre Coeur. Cruzar Roma de bicicleta. Ir do Leblon ao Arpoador pelo calçadão. E, na volta, desembarcar do avião no aeroporto Salgado Filho, até chegar à esteira de bagagens: só aí, dá uns dois quilômetros.

Desfilar numa escola de samba. Chutar uma bola que apareceu do nada. Nadar. Me equilibrar em cima de uma prancha de stand up paddle.

Dançar com ele. Dançar sozinha na sala como se estivesse no clipe de fim de ano da Globo. Saltitar durante a música escolhida para o bis do show, que nunca é lenta. Aplaudir de pé as peças que me arrebatam (e as que não arrebatam, por educação). Aplaudir de pé Fernanda Montenegro só de vê-la atravessar a rua.

Percorrer os corredores do supermercado. Aguardar na fila de autógrafos do meu autor favorito. Descer até a portaria do prédio para pegar a pizza. Passear com o cachorro.

Ficar na ponta dos pés para alcançar o livro na prateleira mais alta da estante. Sexo precisa de pernas? Lembrei, costumam ser úteis.

Tem uma garotada que se estressa com rugas inexistentes e surta diante do espelho por besteira, sem perceber

que nada será mais valioso, ali na curva do tempo, do que a autonomia. Muitos cadeirantes são mais ativos que a turma dos sedentários. A geração millennium é rápida na digitação, mas está sempre sentada, deitada, cansada. Eles procuram acessar o futuro nas telas, quando bastaria abrir a porta de casa e sair.

*** MARTHA MEDEIROS

marthamedeiros@terra.com.br

ESTAR BEM

PARA EMAGRECER, O IDEAL É FAZER EXERCÍCIOS MAIS TARDE

Estudo mostrou que evitar atividades pela manhã e optar pelo horário vespertino ou noturno traz melhor controle da insulina

Fazer exercícios físicos regularmente, independentemente do horário, é fundamental para manter em dia a saúde física e mental. Entretanto, um novo estudo acaba de revelar que, para quem tem a meta de emagrecer, o ideal é ir à academia à tarde ou à noite, em vez de pela manhã.

Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, analisaram quase 7 mil pessoas, com idades entre 45 e 65 anos. A maioria dos voluntários tinha um índice de massa corporal (IMC) de 27 ou mais, o que indica excesso de peso ou obesidade. Havia ainda um grupo de controle com peso considerado saudável.

Os participantes foram submetidos a um exame físico durante o qual foram coletadas amostras de sangue para medir os níveis de glicose e insulina em jejum e depois de comer. Os voluntários também responderam questões sobre estilo de vida e alguns foram selecionados aleatoriamente para ter seu acúmulo de gordura no fígado avaliado.

Um grupo aleatório de 955 pessoas também recebeu um acelerômetro (medidor de velocidade e distância usado no pulso) e um monitor de frequência cardíaca combinados para usar por quatro dias e noites consecutivos para acompanhar os níveis de movimento e atividade. Destas, cerca de 775 pessoas que forneceram dados completos foram incluídas em uma análise.

NÍVEIS DE INSULINA

Os resultados mostraram que aqueles que fizeram atividade física de intensidade moderada a vigorosa apresentaram redução do teor de gordura no fígado e de resistência à insulina. Quanto ao horário da prática, fazer exercícios à tarde ou à noite foi associado à redução da resistência à insulina em 18% e 25%, respectivamente, em comparação com uma distribuição uniforme da prática ao longo do dia.

Não houve diferença significativa na resistência à insulina entre a atividade matinal e a atividade distribuída uniformemente ao longo do dia, revelou o estudo publicado na revista científica Diabetologia.

A resistência à insulina ocorre quando as células dos músculos, gordura e fígado lutam para responder ao hormônio e não conseguem absorver facilmente a glicose do sangue, levando a um acúmulo maior de açúcar em circulação na corrente sanguínea.

Além de aumentar o risco de diabetes tipo 2, a resistência à insulina também pode levar ao ganho de peso. Portanto, obter um melhor controle desse marcador também contribui para a silhueta, de acordo com os pesquisadores.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS SÃO ALTAMENTE VICIANTES

Estudo aponta que este tipo de comida atende aos mesmos critérios de vício que classificaram o tabaco como prejudicial

Uma questão que pesquisadores do mundo inteiro debatem há anos é se alimentos ultraprocessados podem ser viciantes. Estudos já comprovam que para uma dieta saudável, a fim de evitar riscos de doenças como diabetes ou cardiovasculares, eles são um dos principais inimigos. Entretanto, uma nova análise feita pela Universidade de Michigan e da Virginia Tech mostrou que eles podem ser viciantes, tanto quanto o vício que as pessoas tem no tabaco.

Os cientistas se basearam em critérios usados há mais de três décadas que estabeleceu como o tabaco era viciante e aplicou nos alimentos. Segundo eles, batatas fritas, biscoitos, refrigerantes e salgadinhos atendem aos mesmos critérios usados para identificar o cigarro como substância viciante.

Ou seja, eles desencadeiam o uso compulsivo nas pessoas, quando elas são incapazes de parar ou reduzir o consumo, mesmo diante de doenças com risco de vida; eles podem mudar a maneira como nos sentimos e causar alterações no cérebro de magnitude semelhante à da nicotina nos produtos do tabaco; são altamente reforçados e desencadeiam desejos intensos em nós e no nosso organismo.

“Identificar que os produtos do tabaco eram viciantes realmente se resumia a esses quatro critérios, (que) resistiram a décadas de avaliação científica. Quando percebemos que os produtos de tabaco eram viciantes, percebemos que fumar não era apenas uma escolha adulta, mas que as pessoas estavam ficando viciadas e não conseguiam parar mesmo quando realmente queriam. A mesma coisa parece estar acontecendo com pessoas cuja dieta possui grande quantidade de alimentos processados e isso é particularmente preocupante porque as crianças são um dos principais alvos da publicidade desses produtos”, explica Ashley Gearhardt, professora associada de psicologia da Universidade de Michigan e principal autora do estudo, em comunicado. Dietas pobres dominadas por alimentos altamente processados agora contribuem para mortes evitáveis no mesmo nível dos cigarros. Semelhante aos produtos do tabaco, a indústria de alimentos projeta suas comidas altamente processadas para serem intensamente recompensadoras e difíceis de resistir.

A capacidade dos alimentos altamente processados de fornecer rapidamente altas doses não naturais de carboidratos refinados e gordura, segundo os pesquisadores, pode ser a chave para seu potencial viciante.

“É hora de parar de pensar em alimentos altamente processados apenas como alimentos, mas como substâncias altamente refinadas que podem ser viciantes”, disse Alexandra Di Feliceantonio, professora assistente do Fralin Biomedical Research Institute na Virginia Tech.

MORTES PREMATURAS

Recentemente um estudo brasileiro feito por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Universidade de Santiago de Chile mostrou que as mortes prematuras de pessoas entre 30 e 69 anos estão associadas ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados.

Segundo a análise, são mais de 57 mil óbitos por ano relacionados a este motivo. O número supera o de mortes por homicídio (45,5 mil óbitos em 2019, segundo o Atlas da Violência).

“O consumo de alimentos ultraprocessados representa uma importante causa de morte prematura no Brasil. A redução da ingestão de alimentos ultraprocessados promoveria ganhos substanciais de saúde para a população e deveria ser uma prioridade da política alimentar para reduzira mortalidade prematura”, concluíram os autores no estudo.

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