OUTROS OLHARES

CORPO MANIFESTO

Em um país onde 85% das pessoas gordas afirmam sofrer preconceito, assumir as curvas é um ato político. Convidamos a maior ativista brasileira na luta contra a gordofobia a escrever sobre o tema neste domingo de eleição

Após uma eleição que vai mudar o rumo do país, falar sobre o corpo gordo parece fora da realidade. Digo isso porque a nossa sociedade não tem referências desses corpos coabitando um espaço de enaltecimento, de poder, salvo os homens gordos da política e os grandes CEOs. Afinal, quando tivemos uma mulher na presidência foi a única vez na nossa História em que a líder máxima do poder Executivo foi questionada sobre o tamanho da cintura, a dieta que fazia e o por quê do cabelo curto.

Qual imagem vem à sua mente quando se pensa em uma mulher gorda? Será que ainda é a do estereótipo carregado de termos pejorativos como “desleixada”, “fracassada”, “coitada”, “incapaz”, “preguiçosa”, “indigna”, “inferior”…?

Uma pesquisa recente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, intitulada Obesidade e Gordofobia – Percepções 2022, mostra que 85,3% das pessoas gordas afirmam sofrer gordofobia no Brasil, o segundo país que mais faz cirurgias plásticas e procedimentos estéticos no mundo, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.

O mesmo país que entrou no mapa da fome e tem 33,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar, é o país mais ansioso do mundo, segundo a OMS. Um Brasil com mulheres morrendo por conta de chá emagrecedor, lipo de alta definição e “modificações no rosto” consideradas simples. Uma nação que tem até vídeo ensinando a fazer rinoplastia em casa, e um rapaz que sofreu sérias consequências por isso.

Nada é simples. Nada é por acaso. E foi naturalizado. Uma sociedade com esses dados é a mesma que enaltece a cultura da magreza. Uma egrégora em torno do assunto “corpo”, onde o tamanho da roupa que se usa diz mais sobre você do que sua personalidade, seu caráter, suas capacidades.

É mais importante caber na calça 36 do que conquistar um diploma de faculdade. É mais urgente emagrecer para o verão do que curtir a estação mais quente do ano. A cultura da magreza faz com que você odeie sua imagem desde pequena e permaneça insatisfeita com ela durante toda a vida. Nunca foi e nunca será sobre emagrecimento saudável, uma relação intuitiva e consciente com a alimentação ou apologia à saúde mental. Tudo isso acontece porque fomos ensinadas desde pequenas que o corpo magro é o corpo certo.

Com 9 anos de idade, fui ao endocrinologista e ele me deu a seguinte “opinião” não solicitada: “Emagreça, ninguém vai te querer porque você é gorda”. Se já é cruel ouvir isso para uma adulta, pense em como foi para uma criança.

E o médico estava “certo”. Nos anos 1990, qual referência eu tinha? Olhei ao meu redor, nos desenhos, nas capas das revistas, e nunca me enxerguei. Alguém como eu não era merecedora de uma vida de grandes conquistas. Daí o meu maior objetivo: ser magra. Aí sim minha vida iria começar, e eu poderia me dar ao luxo de viver. De aproveitar.

Mas isso nunca aconteceu. A cultura da magreza enaltece dietas superrestritivas, exercícios extenuantes… E adivinha o que acontece? Estudos científicos comprovam que a restrição leva à compulsão, como li numa edição da Revista de Nutrição, publicada em 2005: “As restrições e autoimposições das pessoas que fazem dieta parecem ter um efeito rebote, resultando em compulsão alimentar, a qual pode associar-se a consequências psicológicas, como a perda da autoestima, mudanças de humor e distração”.

Você nunca sai desse ciclo de insatisfações, a dieta nunca acaba, precisa manter esse estilo de vida para sempre. Esse estilo de vida que a aprisiona, a torna fraca, literalmente sem energia para viver.

Uma criança de 11 anos do Reino Unido tinha anorexia nervosa, lidava com transtornos e, em tratamento, acabou com a própria vida, escrevendo nas paredes “meninas bonitas não comem”. A máxima dos distúrbios alimentares. É isso que queremos para as nossas crianças? Essa mentalidade de “você não é perfeita, dê um jeito e mude”. Acabar com a vida é a solução? Para mim pareceu durante um tempo, até que finalmente fiz uma lipo, coloquei silicone, vivi o “sonho do corpo perfeito” e, três meses depois, tentei suicídio. Como explicar chegar ao corpo dos sonhos e ainda assim estar triste, infeliz e desejando morrer? O nome do meu primeiro livro não é “Pare de se odiar” à toa.

A cultura da magreza nunca foi sobre saúde, mas sobre criar em todas as mulheres a sensação de não ser boa o suficiente. Em nada. Permanecer nessa busca incessante é bom para quem? Quem se beneficia disso? Será que é a indústria do emagrecimento que lucra bilhões ao ano? E se isso tudo acontece inclusive com pessoas magras e próximas ao padrão de beleza, imagine com quem está à margem… Se até a Jennifer Lopez faz modificação digital nas fotos do seu corpo, que já é tido como “perfeito”, como deve ser para a mulher gorda?

Não é lembrada pelas marcas de roupas, não é considerada em campanhas publicitárias, não é atendida com gentileza pelos médicos, não é enaltecida no entretenimento, não é tratada com afeto, não passa na catraca, não cabe nos espaços, não tem representatividade. É estar sempre marginalizada e patologizada como um corpo que precisa diminuir. Imagina se a mulher gorda for preta ou LGBTQIAP+, de baixa renda, uma pessoa com deficiência… Só piora a marginalização.

A gordofobia é o preconceito contra o corpo gordo apenas por ele existir. É a cantora Lizzo recebendo ódio de um dos maiores rappers do mundo por apenas ser gorda e livre. É ser “zombada” publicamente por um “humorista” depois de sair na capa de uma matéria importante para um veículo internacional. Gordofobia não é piada.

É a mulher ser julgada até pela forma como respira, senta, anda, se veste, se movimenta. Uma mulher gorda viver e existir na sociedade é um ato político. Apenas isso.

A mulher gorda nunca foi incentivada a viver. A sair dessa solidão que a aprisiona e entender que existe um mundo alternativo que pensa esse corpo, a diversidade desses corpos, nomenclaturas para gordas menores (com mais acesso) e as maiores (com menos acesso). É um mundo possível.

O que as fotos deste editorial dizem para você? O que elas representam? O que esta capa representa? E eu, ao escrever este texto? São muitas perguntas, mas vou responder: significa muito. É o maior veículo do país dizendo neste dia superimportante que devemos olhar para esses corpos com amor, gentileza, afeto. É começar a ver a revolução na sua amiga gorda que é livre com o corpo dela. Entender que o simples fato de ela estar ali já é resistência diante de uma sociedade inteira que a trata como errada.

Se isso lhe causa algum sentimento ruim, reflita, leia o texto de novo, siga os perfis do Movimento Corpo Livre nas redes. Um espaço seguro sobretudo no Instagram, considerado o mais nocivo à saúde mental dentre essas plataformas. Um lugar que vai inspirá-la a mudar seu olhar sobre tudo isso e finalmente pensar em saúde de verdade. Garanto que a liberdade vai lhe conquistar. Saia da prisão que lhe colocaram.

E hoje quem está enaltecida nesta capa é você, mulher gorda. Não estamos acostumadas com isso, mas aos poucos as coisas estão mudando. Eu mesma fui capa da ELA no ano passado e saí na capa da Vogue esta semana, quem diria? A menina de 9 anos nunca acreditaria nisso. Porque precisamos ser ensinadas a lidar com o poder das coisas. Você pode. Mesmo que queira emagrecer, mesmo que queira mudar seu corpo, mesmo que o preconceito continue tentando lhe derrubar. Você pode até cair, mas a liberdade vai lhe ensinar a se levantar e entender que o seu corpo pode ser livre. E político.

ALEXANGRA GURGEL – É carioca, jornalista, escritora e ativista. Em 2020, fundou o movimento #CorpoLivre para ajudar a mudar a percepção das pessoas sobre diferentes corpos, principalmente o gordo. Tem mais de 1 milhão de seguidores no seu perfil no Instagram, @alexandrismos.

GESTÃO E CARREIRA

MODELO DE TRABALHO AFETA SAÚDE MENTAL DE UM TERÇO DOS PROFISSIONAIS

Dos 32% que se sentem afetados, 50% estão no presencial e 21%, em home office, segundo levantamento da plataforma Conexa

Desde o começo do ano, empresas têm estruturado projetos de flexibilidade no trabalho a serem testados. Além de ouvir os funcionários constantemente sobre a preferência de formato e o que vem sendo aplicado, outro ponto a ser considerado é o impacto do modelo adotado na saúde mental e emocional deles.

Pesquisa da Conexa, empresa que presta serviços a operadoras de saúde e corporações, mostra que 32% dos profissionais sentem que o modelo de trabalho afeta a saúde emocional. Desses, 50% estão no presencial; 29%, no híbrido; e 21%, no home office. Para 56%, a modalidade em que atuam não causa interferência.

O levantamento foi realizado entre agosto e setembro deste ano com 1.818 pessoas que fazem acompanhamento psicológico na plataforma. Não é possível identificar o tipo de atividade que cada uma exerce, mas a empresa atende tanto organizações tradicionalmente de escritório quanto indústrias onde o trabalho presencial não é necessário.

A relação entre os modelos de trabalho e as condições emocionais não é unânime, mas encontra eco no histórico dos últimos dois anos. O home office, antes adotado em segmentos específicos, mostrou-se possível diante das restrições de contato impostas pela pandemia, mesmo com a desconfiança inicial sobre se daria certo.

“Percebeu-se que as pessoas acabam até se tornando mais produtivas no home office”, diz Luciene Bandeira, psicóloga e diretora de saúde mental da Conexa. “Por causa dessa experiência, os trabalhadores passaram a olhar para a relação de trabalho de maneira diferente, o que os fez refletir que é possível conciliar vida pessoal e profissional.”

Na pesquisa, os entrevistados perceberam aumentar ou surgir sinais e sintomas de ansiedade (65% em 2022 ante 25% em 2021), mas 80% dizem que fazer psicoterapia tem ajudado. A especialista comenta que isso também foi visto no começo da pandemia por causa do medo do vírus, das incertezas e da onda de demissões.

Assim como o estresse veio como uma resposta ao esforço de adaptação ao home office há dois anos, agora ele surge pela readaptação ao formato presencial. “E como as pessoas já estavam acostumadas, começaram a se questionar”, diz a psicóloga.

MAIS HOME OFFICE, MENOS SALÁRIO

Para melhorar a qualidade de vida, os profissionais até abrem mão de benefícios e salário mais alto. É o caso do analista de sistemas Juan Ferreira, de 26 anos, e da publicitária Michele Almeida, de 28 anos.

Eles sempre trabalharam presencialmente, mas depois de experimentar o home office desde 2020 optaram pela demissão quando as empresas em que trabalhavam retornaram ao escritório.

Na busca por novas oportunidades, a prioridade era trabalhar 100% remoto. “Para mim, o interesse não era salário ou aumento de benefícios, era mesmo o home office”, conta Ferreira.

Mesmo que considere importante fazer trocas presenciais com os colegas, ele acredita que não compensa o tempo gasto no deslocamento, sendo que consegue interagir e conversar tanto de trabalho quanto de amenidades de forma virtual.

Somam-se a isso os benefícios pessoais obtidos com o modelo remoto. “Tenho mais tempo para me exercitar, tenho me alimentado melhor em casa e, para a saúde mental, é mais tempo para ler um livro, descansar, jogar videogame e curtir a família”, relata. Michele expressa as mesmas vantagens e desejo futuro.

“Em outras propostas de trabalho, eu prefiro ganhar menos e trabalhar em casa do que trabalhar presencial ganhando mais”, afirma. Ela também percebe uma melhora no desempenho. “Eu tenho déficit de atenção e não consigo produzir bem no presencial, com pessoas à minha volta conversando.”

Uma pesquisa da consultoria e recrutadora Robert Half realizada com 1.161 profissionais de todo o País reforça os dados da Conexa: 39% dos funcionários buscariam um novo emprego se a empresa atual não oferecesse, ao menos, uma alternativa parcialmente remota.

Para 77% deles, o home office é mais um modelo de trabalho do que um benefício e a mesma proporção indica o formato híbrido como a melhor opção para equilibrar vida pessoal e profissional. Enquanto isso, 17% preferem o remoto e apenas 6% optam pelo totalmente presencial.

A diretora de saúde mental da Conexa diz que as impossibilidades de acordo sobre os modelos de trabalho é algo também novo para as corporações. “As empresas estavam acostumadas com o modelo tradicional, presencial, e agora estão tendo estresse organizacional.”

O OUTRO LADO

A consultora de RH e mentora de carreiras Karen Vasconcelos pondera que o home office não é para todos, seja porque alguns profissionais demandam maior interação humana ou porque o modelo não funciona para certos ramos de atividade.

Em alguns casos, o formato também pode causar sofrimento. Após sair do presencial, a publicitária Michele Almeida começou a atuar remotamente, mas o excesso de trabalho, as cobranças exageradas e o sono desregulado culminaram na síndrome de burnout. “Eu vivia em função do trabalho, então não tinha noção de qualidade de vida de fato. Mas hoje eu lido bem, descobri a terapia nesse período”, conta a profissional.

BEM-ESTAR

Em uma pesquisa realizada pela Vittude em parceria com a plataforma Opinion Box, 59% dos 2 mil entrevistados afirmaram que trabalhar presencialmente traz mais benefícios para a mente e bem-estar. Para 61% deles, a principal motivação é acreditar na importância da interação com os colegas para a saúde mental.

Quando o trabalho presencial se faz necessário ou é requerido, as companhias têm procurado atrair os funcionários. Karen enumera ações como desenvolvimento de liderança, programas de qualidade de vida, benefícios de autocuidado e ambientes humanizados, como os que aplicam neuroarquitetura.

Essas empresas também valorizam políticas ESG e de diversidade e inclusão. “Isso tem diminuído a resistência ao presencial”, ela observa.

Essas estratégias são favoráveis, inclusive, às próprias companhias. “A partir do momento em que a gente cria uma cultura organizacional mais leve, ambiente não tóxico, a cultura da colaboração cresce e equipes de alta performance têm mais entregas”, afirma Karen Vasconcelos.

“As empresas se beneficiam porque se tornam atraentes e daí vem a inovação, porque elas conseguem estimular o processo criativo a partir dessa relação construída com os colaboradores”, diz a consultoria de RH.

EU ACHO …

O ACIDENTE DO TIO DO ZAP

Raul vivia com os dedos sobre o celular. Repassava tudo que recebia sem ter terminado, por vezes, de ler o texto ou ver o vídeo. Considerava uma espécie de “dever cívico” divulgar denúncias de golpes, riscos e conspirações. Nos grupos de WhatsApp que frequentava, era – de longe – o que mais repassava coisas. A maioria ignorava, poucos reclamavam, quase ninguém lia.

A especialidade de Raul eram as profecias apocalípticas: “Ciclone se aproxima do Estado”; “Terça será o dia de frio histórico”; “Chuvas serão muito acima da média no mês de novembro”; “Morte por intoxicação alimentar cresce 234%”… e assim por diante. As denúncias proféticas eram acompanhadas de fotos e vídeos. O mundo era perigoso e estava próximo do fim… sempre.

A crença de Raul era clara e baseava-se em três leis pétreas: 1) Se está no zap, é verdade; 2) O fim é iminente; 3) Quem acessar o zap estará salvo. Era uma religião clara e com apenas esses mandamentos. A fé de Raul encontrava céticos. Na família, havia o grupo de WhatsApp oficial e o grupo “Sem tio Raul”. Ele nunca desconfiou do cisma familiar.

O hábito do tio tinha duas origens: formação fraca e tempo ocioso. Passava horas recebendo e transmitindo coisas. Riscos de vacina? Sabia de tudo sobre gente que morria na Ilha de Santa Helena, no meio do Atlântico. Alguém postava que a vacina era um plano mundial de dominação e, ainda por cima, o denunciante tinha diploma médico por Harvard? Para o tio, era um fato concreto e impossível de superar. Um sobrinho o enfrentava e duvidava do que ele dizia. Ele balançava a cabeça e concluía: “Bem, você fez USP, este estudo é de Yale…”. Era um argumento de autoridade forte e direto. Quem superaria o peso?

O mundo do tio Raul era uma redoma. Ele andava na rua feliz e satisfeito: sabia de coisas que a maioria ignorava sobre quase tudo. Graças ao seu celular, não havia dominação mundial e plano de controle que não fosse denunciado.

A esposa, ao vê-lo sair, advertiu: “Vá pela escada, o elevador está em obras hoje”. Prestando atenção no seu celular, ele ignorou os avisos. Chamou o elevador, abriu a porta e deu um passo em direção ao vazio. O elevador não estava naquele andar. Distraído com o grupo no celular, ele caiu no poço e quebrou o pescoço. No curto trajeto até o chão, ainda teve tempo de um último pensamento: “Por que não o tinham avisado no zap?”. Era a última e fatal conspiração. Esperança?

*** LEANDRO KARNAL – É historiador, escritor, membro da Academia Paulista de Letras, autor de ‘A Coragem da Esperança’, entre outros

ESTAR BEM

AUTOMASSAGEM NOS PÉS, UM TOQUE DE EQUILÍBRIO

Leve pressão em toda a área pode ser feita diariamente, na hora de ir para cama. De 5 a 10 minutos são suficientes para sentir os benefícios

Muitas vezes a gente só lembra deles quando se machuca e não pode contar com esta dupla 100% boa. Os pés. Partes fundamentais para o equilíbrio, e não só no sentido físico. Uma forma de manter mente e corpo em harmonia é simplesmente incorporar à rotina uma massagem nos pés antes de dormir.

Embora exista a reflexologia podal, prática terapêutica que prevê a pressão em certos pontos dos pés com a finalidade de melhorar a saúde dos órgãos, ninguém precisa se preocupar com teoria ou ser um expert para fazer uma automassagem. Segundo o terapeuta Pedro Saliba, o importante é prestar atenção nas respostas do próprio corpo e começar devagar.

“Massagem é uma coisa que todo mundo pode tentar fazer. O primeiro conselho que eu dou é usar um toque leve. Imagine que tem de ser uma sensação prazerosa”, afirma. Tampouco há necessidade de temer por algum malefício resultante da pressão feita nos pés. “Não tem nenhum ponto que a pessoa vai apertar e que vai dar tilt”, brinca o especialista, que desenvolveu um método chamado de Full Relax and Heal.

Nele, o terapeuta junta diferentes técnicas, aromaterapia, reflexologia e liberação miofascial – informações em @pedrosalibamassagem no Instagram. “Eu faço mais movimentos, uso o toque firme, mas sem dor. Quando a gente está fazendo essa manipulação, o corpo começa a produzir hormônios que trazem prazer, cura e recuperação muscular.” Veja as dicas do terapeuta e os benefícios da automassagem nos pés:

DESCANSO NA ÁGUA MORNA

O terapeuta recomenda que se prepare a região para receber a automassagem. “Eu gosto que a pessoa comece fazendo um escalda-pés. Ela vai pegar uma bacia, colocar água bem quente do chuveiro, numa temperatura que o corpo aguente. Aí vai botar sal e, se tiver óleos essenciais, pode pingar umas gotinhas na água”, explica o profissional. Gerânio ativa a feminilidade, hortelã-pimenta auxilia quem tem problemas para manter o foco, recomenda Saliba. Os pés devem ficar de molho na água quentinha, durante cerca de dez minutos. “É o tempo em que a água vai esfriar”, diz.

DEDICAÇÃO AOS PÉS

Depois de enxugar os pés, com um pouco de creme hidratante nas mãos, comece tateando toda a área com as pontas dos dedos, para sentir se tem algum ponto mais sensível e evitar pressioná-lo demais. “A pessoa pode fazer movimentos circulares na sola do pé e na curva, acompanhando a anatomia. Pode fazer nas duas direções livremente”, ensina o terapeuta. “Depois, massageia o peito do pé e também entre os dedos.” No total, entre 3 e 5 minutos são suficientes para sentir os efeitos.

AUTODESCOBERTA

Saliba explica que se massagear serve também como exercício de autoconhecimento. “Entre as mulheres principalmente existe muito tabu no toque do corpo. A prática ajuda nisso”, afirma.

HIDRATAÇÃO DA PELE

Para a automassagem nos pés, serve qualquer creme hidratante, de preferência com uma fragrância suave ou a que você já esteja acostumado. Quem quiser pode comprar um neutro, sem perfume, e pingar umas gotas de óleos essenciais. “Uma boa combinação pode ser melaleuca, ação anti-inflamatória, com lavanda, que é calmante”, indica o terapeuta.

FREQUÊNCIA POR SEMANA

O hidratante pode ficar ao lado da cama e a automassagem ser feita todo dia, antes de dormir. Afinal, sem contar o escalda-pés, a prática leva só alguns minutos. “Ajuda muito a relaxar, em casos de ansiedade e quando a pessoa chega do trabalho e não consegue desligar. Vai melhorar a saúde do sono, para ele ser reparador”, diz Saliba. A automassagem completa nos pés pode ser realizada quando você tiver condições de tirar um tempo maior para si, de repente no fim de semana. “Se a pessoa conseguir fazer isso uma vez por semana, já vai ter vários benefícios.”

FOCO NA PANTURRILHA

“Após a estimulação do pé, é bacana fazer o mesmo na panturrilha. Ali tem o acúmulo de toxinas do sistema linfático, principalmente para quem trabalha em pé.” Nessa região, é importante que o movimento contínuo seja feito sempre de baixo para cima, por causa da circulação. Segundo o especialista, basta massagear de 2 a 3 minutos.

INTENSIDADE DO TOQUE

“É importante respeitar os sinais do corpo. Se há uma parte dolorida no pé, não quer dizer que é para você ficar apertando ali até melhorar”, afirma o especialista.

Não vá além do limite, nem na frequência nem na intensidade. “Só vai ser dolorido se você realmente usar muita força.” Uma pressão exagerada pode acabar machucando também as mãos.

ATENÇÃO A CONTRAINDICAÇÕES

“A massagem é contraindicada para pacientes com diagnóstico de câncer porque ela acaba espalhando essas células. Outra contraindicação é em casos de trombose porque o trombo pode mover-se e se alojar em outra parte”, explica Saliba. Já para quem sofre com pressão alta, ele recomenda a prática. “Diminui a pressão nas artérias e relaxa o corpo.”

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SEIS EM CADA 10 PESSOAS ESTÃO SOBRECARREGADAS

Desânimo, exaustão, irritabilidade, esquecimento, ansiedade e depressão – essas são algumas das consequências do excesso de atividades para a saúde mental

Frases do tipo “Trabalho enquanto eles dormem” ou ”Dou conta de tudo sozinha”, que romantizam a sobrecarga, podem estar no pensamento de pessoa que está passando por sofrimento emocional, extrapolando a sua saúde mental.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 43% dos entrevistados dizem que estão com sobrecarga de trabalho e 31% sofrem pressão por resultados e metas.

Mas não é só no trabalho que essa situação acontece, também é comum para quem é responsável por outros adultos que precisam de cuidados especiais, ou então por pais responsáveis por crianças pequenas. Segundo um levantamento com 1.086 brasileiros, realizado pelo grupo Consumoteca, pelo menos seis em cada dez participantes afumaram sentir falta de apoio no dia a dia com as crianças estarem sobrecarregados pelo acúmulo de trabalho – o que engloba emprego e cuidados com os filhos e a casa.

De acordo com o psicólogo Luiz Mafle, professor de psicologia e Doutor em Psicologia pela PUC Minas e Universidade de Genebra, a sobrecarga acontece quando a  pessoa tem diversas tarefas para realizar ao mesmo tempo ou quando está muito preocupada com uma atividade.

“O desgaste emocional pode acontecer; por exemplo, quando é preciso tomar conta de alguém que tem uma necessidade e precisa estar presente o tempo todo. Esses              cuidados geram uma sobrecarga. Outra situação pode ser um trabalho que apresente urgência a todo momento – ou seja, o tempo todo a pessoa precisa checar, verificar; lembrar. Tudo isso pode gerar uma sobrecarga. Na hora que essas duas situações se acumulam, é uma bomba. Nesse momento, o nível de estresse e depressão é possível dobrar ou quadruplicar”, explica

PSICOTERAPIA É FUNDAMENTAL

O especialista diz que, muitas vezes, a pessoa sobrecarregada se sente menos valorizada, então para mostrar seu valor busca assumir muitas tarefas, para as pessoas verem que ela tem muita capacidade.

”A psicoterapia é fundamental para ver até que ponto a responsabilidade deve ser assumida e até que ponto ela deve ser compartilhada com alguém, porque muitas vezes essas crenças centrais de não ser amado e de não ter valor nos fazem tomar decisões, ter atitudes e pensamentos que nos colocam em enrascadas e não vemos muitas saídas. A terapia é um ótimo lugar para lidar com as situações, trazendo menos peso para nosso dia a dia”, orienta Luiz Mafle.

TUDO À FLOR DA DELE

Uma das principais características de uma pessoa que está  tentando lidar com diversas tarefas é a irritabilidade. “A pessoa fica muito sensível, e isso pode refletir na forma de agressão, caso seja reativa, ou na forma de choro, caso seja mais  emotiva. Tem gente que chora por qualquer coisa que digam. Isso acontece porque ela está tentando se livrar  de qualquer outra demanda que possa surgir”, alerta Luiz.

INSÔNIA

Com tantas tarefas e a cabeça cheia de pensamentos, normalmente quem está sobrecarregado começa a ter perda de sono. “Com o sono desequilibrado, o cansaço se torna ainda mais frequente. Além disso, começa a gerar impactos na rotina e também na saúde física”, conta o especialista.

PERDA DE RENDIMENTO NO TRABALHO

O excesso de preocupações e tarefas também prejudica o foco e a atenção no trabalho. “Normalmente, quem está sobrecarregado se sente desmotivado e com dificuldades de concentração, o que pode impactar diretamente na rotina  profissional  Além disso, a irritabilidade e os sentimentos à flor da pele podem provocar conflitos entre os colegas”, orienta Luiz

AUMENTO OU PERDA DE APETITE

A sobrecarga emocional também atinge a  forma como cuidamos do nosso corpo e alimentação. “É possível ver pessoas que esquecem de comer e outras que descontam os sentimentos na alimentação. Necessitamos olhar com cuidado e entender porque está acontecendo esse desequilíbrio na alimentação, pode ser um sinal que o corpo e a mente precisam de ajuda”, explica Luiz.

SENTIMENTO DE FRACASSO

“Com tantas atividades sob seu controle, a pessoa sobrecarregada muitas vezes não consegue dar conta de tudo e se sente frustrada e com o sentimento de desamparo. Ela começa a abraçar o mundo e isso a sufoca e frustra”, conta.

ANSIEDADE

Quando vivemos além dos nossos limites normalmente também estamos em estado de ansiedade. “O cansaço mental pode vir acompanhado de dores no peito, falta de motivação e crises de ansiedade. Com tantas preocupações é comum que os indivíduos fiquem mais ansiosos e comecem a criar cenários em sua cabeça, o que pode aumentar ainda mais os gatilhos para ansiedade”, revela Luiz.

DEPRESSÃO

Quando vivida em grandes períodos, a sobrecarga é um dos principais fatores que causam ansiedade e depressão. É normal que existam períodos cansativos, mas ao atingir o objetivo que almejava, a pessoa deixa de ficar tão sobrecarregada. “Agora quando essa sobrecarga é vivida por longos períodos, a pessoa começa a se sentir frustrada, a vida começa a se paralisar porque não sobra espaço para outros crescimentos, desenvolvimentos, e vira uma rotina muito pesada. A pessoa vai se sentindo pior, cansada, sem energia e não consegue ter uma vida pessoal nem um autocuidado, além de se sentir desvalorizada e abandonada, o que aumenta o nível de ansiedade e depressão”, esclarece o especialista.

ISOLAMENTO

Em um nível mais avançado de sobrecarga, a pessoa começa a se fechar e a se isolar, não tendo contato com os amigos e familiares. “Ela se fecha e não conta com mais ninguém, quer se isolar. Tudo parece virar uma exigência, então ela acha que qualquer outra demanda vira uma tarefa, assim começam os problemas nas relações”, diz o psicólogo.

DEIXAR O AUTOCUIDADO DE LADO

Com tantas tarefas, a pessoa não consegue ter um tempo para olhar para si mesma “Normalmente perde o prazer em se cuidar, se arrumar e, às vezes, deixa de lado até os atos de higiene. Não se olha mais com carinho e atenção, porque a exaustão tomou conta e o autocuidado se torna mais uma tarefa em meio a tantas”, revela.

NÃO BUSCA AJUDA

É importante buscar ajuda e se cuidar. Uma pessoa com sobrecarga tira muito proveito da psicoterapia, porque ela vai compreender quais os motivos que estão levando ela a assumir todas essas responsabilidades de uma vez e provavelmente sozinha, o que ela sente que precisa compensar assumindo tanta responsabilidade para si e que não pode compartilhar com outras pessoas”, explica Luiz.

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