OUTROS OLHARES

BRASIL TEM MAIS MORTES DE CRIANÇAS POR SÍNDROME RARA

Complicações elevam riscos de sequelas cardíacas, apontam pediatras

A mortalidade por SIM-P (síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica) de crianças no Brasil é oito vezes a encontrada nos Estados Unidos.

De acordo com os dados divulgados no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram confirmados 1.899 casos de síndrome rara em crianças no país, com 129 óbitos, do início da pandemia até o dia 17 de setembro de 2022.

Já nos EUA, dados levantados pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) apontam 9.006 casos de SIM-P registrados até 3 de outubro de 2022, com 74 mortes.  

A taxa de letalidade no Brasil é, assim, de 6,8% – portanto, 8,2 vezes a dos EUA, que é de 0,82%. Em todo o mundo, estudos encontraram uma letalidade de SIM-P entre 1% e 7%, o que estaria de acordo com os dados indicados nos dois países.

A mortalidade no Brasil se concentra principalmente na idade de 1 a 4 anos, com 38 (29,4%) mortes por SIM-P nesta faixa etária – para a qual o governo federal ainda não iniciou a vacinação.

Os dados brasileiros podem, ainda, ser subnotificados, uma vez que o Ministério da Saúde até o momento não apresentou um estudo ou rastreamento de todos os casos de síndrome rara pós- Covid-19 em crianças, lembram especialistas.

“É difícil saber a real dimensão de SIM-P no país. Temos poucos dados de Covid, e menos ainda sobre a síndrome multissistêmica pós-Covid”, explica a cardiologista pediátrica Isabela Back.

Pesquisas até agora indicam que a SIM-P, caracterizada por uma reação exacerbada do sistema imunológico que acaba atacando o próprio organismo mesmo após alta da Covid, acomete uma a cada 3.000 crianças.

Além de SIM-P, sequelas cardíacas podem aparecer também em dois outros quadros, explica a cardiologista: Covid longa e durante a própria fase aguda da doença. “Os dados que existem são um número menor de casos, de crianças que foram hospitalizadas com Covid, e nessas 1 em cada mil crianças [0,1%] podem ter quadro cardiovascular.”

Back lembra que o país registrou um número muito alto de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) nos menores que pode ser causada pelo coronavírus, mas o acompanhamento desses casos é insuficiente para dar conta da dimensão. “Algumas crianças podem ter morrido de sequelas cardíacas sem a confirmação do diagnóstico de Covid”, diz.

Crianças que tiveram quadro agravado de Covid, especialmente naquelas que foram hospitalizadas, o risco de desenvolver SIM-P ou sintomas de Covid longa é maior.

Nesse último grupo, a possibilidade de aparecerem sequelas cardíacas mesmo meses após a alta hospitalar pode continuar, e pediatras reforçam a importância do acompanhamento médico para avaliar se há danos no coração.

“Os estudos feitos aqui e lá fora já nos mostram que há alterações cardíacas importantes que podem surgir após esses quadros [de SIM-P e Covid longa], então a criança precisa passar por uma avaliação cardiovascular antes de ser liberada para a prática de atividade física”, afirma Back.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP apontou que 48% das crianças que foram hospitalizadas no instituto com Covid tinham alterações cardiológicas, e elas eram ainda mais frequentes nas crianças que desenvolveram SIM-P.

Para a cardiologista pediátrica Gabriela Leal, coordenadora do serviço de ecocardiograma do ICr e responsável pelo estudo, não é possível saber ainda se essas mudanças podem persistir e aumentar o risco cardiovascular no futuro.

A Covid pode causar inflamação e obstruções em pequenos vasos que nutrem o músculo do coração. Exames de ecocardiograma convencionais nem sempre conseguem identificar essas sequelas, mas um exame diferenciado, como o utilizado pelos pesquisadores do ICr, sim.

“É importante reforçar que a SIM-P é um evento raro e a letalidade também vai depender muito da condição do local onde a criança recebe atendimento, mas é uma condição potencialmente grave. O que nós queremos alertar é que mesmo as crianças que recebem alta podem ter algum grau de comprometimento, por isso é preciso continuar o acompanhamento”, afirma.

Em razão disso, médicos do Departamento de Cardiologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia pretendem escrever uma carta científica com algumas diretrizes para acompanhamento dos pacientes pediátricos que tiveram quadro grave de Covid, SIM-P ou sintomas de Covid longa para avaliar os possíveis riscos cardiológicos nesta população.           

Os cientistas ainda não sabem se há alguma predisposição genética que pode ser um marcador para risco de sequelas cardíacas ou se esse quadro tem semelhança com a síndrome de Kawasaki – condição rara e de causa desconhecida que pode levar a febres, erupções no corpo e, em casos graves, inflamação dos vasos do coração.

“O que observamos, no entanto, é que no Brasil as crianças com SIM-P são muito mais jovens: enquanto a média de idade global é de 9 anos, aqui as nossas crianças com 5 anos têm esse quadro”, diz Back.

Até o momento, porém, sabe-se que a vacinação, por ter uma alta eficácia para prevenir os quadros graves da Covid, ajuda também a proteger contra SIM-P e contra risco de sequelas pós-Covid.

“É absolutamente necessário que as crianças sejam vacinadas, e com o esquema completo. Há muita desinformação, muitos pais se recusam a vacinar os filhos, é preciso alertar que a vacina tem uma segurança absoluta e com isso [a vacinação] conseguimos reduzir as formas graves da doença e o risco de sequela cardiovascular”, diz Leal.

GESTÃO E CARREIRA

OS QUATRO TIPOS DE LÍDERES E COMO SEUS PERFIS AFETAM SEUS NEGÓCIOS

Todo mundo já sabe a importância dos líderes agirem de uma forma que faça com que sua equipe confie e cresça de forma integrada. Mas, você sabia que existem quatro tipos de líderes e de comunicação assertiva para cada tipo de pessoa? É o que o especialista em Alta Performance, Rodrigo Cardoso, explicou.

Entre esses quatro tipos de líderes, não há um melhor ou pior, mas sim o ideal para cada situação. “Dependendo do cenário, cada líder tem prós e contras. No entanto, tem um deles que faz toda a diferença”, adiantou.

1) CHEFE – O líder “chefe”, segundo o especialista, é aquele antiquado. “Esse é aquele tipo de líder que diz: manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que diz que paga seu salário e é o mais antigo”, explicou.

Existem situações em que esse tipo de líder é necessário. “Em momentos de crise, é necessário ser autoritário. No momento em que a coisa está pegando fogo, o líder chefe manda ao invés de pedir”, disse.

2) MOTIVADOR – Esse líder, conforme o especialista, é aquele que nasceu para motivar.

“Ele é um líder que por si só tem uma alta energia, que funciona bem. Mas, também temos um problema: quando ele sai, acaba toda a energia da galera”, explicou.

3) PATERNALISTA – Rodrigo revelou que o líder paternalista estraga, quase sempre a sua equipe. “Ele passa a mão na cabeça, ele aceita o mesmo erro várias vezes e não tem estômago para conflitos. Além disso, ele cuida da equipe, mas acaba criando uma cultura de que se pode errar o tempo todo”, contou.

4) INSPIRADOR – Por fim, o especialista falou sobre o líder inspirador. “O inspirador é capaz de inspirar as pessoas a fazerem mais por eles mesmos do que eles mesmos fariam sozinhos. Não só pela empresa, ou pelo líder, mas sim por cada um. Ele extrai o melhor da equipe e consegue inspirar a todos”, finalizou.

(https://www.instagram.com/rodrigocardoso/).

EU ACHO …

O POSSÍVEL MELHOR, A EXCELÊNCIA E O PERFECCIONISMO

“Sempre tem jeito, tem, tem/Feito bem, tudo tem, tem”

(Gilberto Gil e João Donato, “Tudo tem”)

A excelência é um horizonte, não um local aonde se chega. Ela é uma referência de movimento contínuo, não um patamar em que se estacione. Se imaginada como uma linha de chegada a ser cruzada, a possibilidade de ser excelente se esvai. Porque a noção de excelência está ligada à ideia de melhor. E melhor não é uma escala, com gradações de “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”. Excelência é a atitude de buscar ultrapassar, de avançar, de ser melhor do que se está.

Sempre haverá a possibilidade da elevação. “Isto é ótimo. E pode ser melhor.” Vale insistir, melhor não é uma gradação, é uma visão do que poderá ser. Melhor não é uma escala, é uma escalada.

Seria o mesmo que buscar a perfeição? No sentido de busca, sim. Mas de alcance, não, porque ser “perfeito” significa ser feito por completo, pronto, terminado. E somos seres em processo. Desse modo, não podemos ser perfeitos, porém é cabível pensar que somos perfectíveis. Somos passíveis de sermos perfeitos. “Eu sei que não vou chegar ao máximo, mas quero me aproximar ao máximo do máximo naquilo que desejo empreender.” Isso denota que o máximo é minha referência, a excelência é a minha referência, o perfeito é a minha referência. E, com essa orientação, sigo na caminhada.

Poderíamos até imaginar, como alegoria, que carregamos aquela placa de “estamos em obras”, no sentido de que estamos em construção de nós mesmos e daquilo que realizamos na vida.

E como é possível saber se estamos na direção de fazer o melhor? Existe um indicativo, que consiste em fazer a distinção entre melhor como adjetivo e como substantivo. Quem quer excelência, deve olhar o melhor como substantivo, não como adjetivo. Quando você tem prazo para entregar um relatório, limite de custo para realizar um projeto, tem de fazer o possível melhor. O melhor, nesse caso, como substantivo, é o melhor que pode ser feito nas condições existentes. Se você procura o melhor possível, estará algum nível abaixo daquele que poderia alcançar. Quando você tem prazo a cumprir, precisa procurar o possível melhor até a data final. Será o melhor que você fará na condição em que se encontra.

Já o melhor possível revela uma postura mais acomodada, na linha do “foi isso o que deu para fazer”. Essa ideia do “foi o que deu”, do “é o que temos” é desanimadora. O que anima é olhar o possível como adjetivo, pois se é possível, eu posso ir além do apenas satisfatório.

Alguém que tem sempre o horizonte da excelência coloca o melhor como substantivo, o melhor é aquilo a ser buscado. Se ele servir como adjetivo, é acomodador, é desfigurante, compromete a qualidade.

“Fiz o melhor possível” é uma frase até desalentadora. É mais fácil imaginá-la pronunciada numa circunstância de fracasso do que de triunfo. Outra conotação aparece em “eu fiz o possível melhor”, pois, se havia um melhor que poderia ser feito nessa condição, foi o que fiz. Demonstra uma posição que é impulsionadora. Quando faço o melhor possível, há um nível de conformismo. No fundo, sei que eu me mediocrizei, foi o famoso “deu pro gasto”.

Qual o risco dessa atitude mediocrizante? Habituar-se com aquilo que é menos. A mediocridade é um hábito. Ela se insere como uma perspectiva de atuar sempre no modo de economizar energia, de se pautar por fazer apenas o mínimo necessário. Medíocre não é aquele que fica ali no meio da tabela (isso é ser mediano), mas aquele que se contenta com o banal, com o menor esforço. Daí para se instalar um estado de inércia não precisa muito. O que é preciso para se acomodar? Só se acomodar. Pronto, não requer prática, tampouco habilidade.

Quem busca o possível melhor se coloca na vida em um patamar mais elevado, pois é capaz de afastar a mediocridade. Pode ser que, por alguma contingência, o resultado esperado não tenha vindo. Mas, se eu concluo que fiz o meu possível melhor, me equilibro, pois tenho consciência de que, naquele contexto, o meu melhor veio à tona. Se tenho consciência de que eu não regateei empenho, o próximo passo é analisar o que pode ser melhorado para a oportunidade seguinte.

Afinal, é disto que se trata: honrar o esforço, ir além, ultrapassar o óbvio e caminhar numa direção que não limite o meu potencial, a minha expressividade, a minha capacidade de deixar a marca naquilo que faço. Essa é uma perspectiva que faz vibrar a vida que há em mim.

Podemos levantar voo e almejarmos um horizonte mais criativo, instigados pela busca da excelência, ou podemos estacionar no pântano da mediocridade. Essa é uma escolha. Talvez no lufa-lufa do cotidiano essa questão fique um pouco encoberta. Mas aparecerá em algum momento, de repente naquele despertar no meio da madrugada: “O que eu fiz da minha vida até aqui?”.

O “ainda dá” está muito atrelado à ideia de excelência. De procurar fazer o melhor dentro daquela circunstância. Já que vou destinar o tempo da minha vida para fazer, então farei bem-feito. Do contrário, é melhor empreender a energia e o tempo em qualquer outra coisa.

Qual o propósito desse esforço? Fazer bem-feito para deixar a minha marca positiva na obra. Fazer bem-feito pela satisfação interior de me sentir capaz, de saber que sou reconhecido por isso. Fazer bem-feito para dar o exemplo a quem comigo estiver aprendendo. Fazer bem-feito para inspirar outras pessoas a também buscarem o melhor, a terem a excelência como meta. Fazer bem-feito para criar uma corrente virtuosa de coisas bem realizadas. Fazer bem-feito para ser gratificante para mim, como autor da obra, e para quem dela desfruta, buscando nela a obra excelente!

Vale de novo: excelência é a procura do melhor de modo contínuo. Mas essa noção não é idêntica à percepção do perfeccionismo. Pode até existir uma interseção entre essas duas ideias, à medida que a pessoa perfeccionista procura sempre fazer o possível melhor e, sobretudo, não acomodar-se no suficiente. É aquela que não se contenta com posturas como “ah, mas dá para entregar assim mesmo”, “já está de bom tamanho”, “ninguém vai reparar nesse detalhe”.

Uma pessoa que se diz perfeccionista anuncia a intenção de sempre fazer o melhor,  mesmo  que aquilo  que  faça  já  seja  de nível elevado.  Um  músico exímio, mesmo aplaudido ao final da apresentação, não fica totalmente satisfeito quando sabe que poderia ter sido melhor. Um escritor que, após o texto publicado, percebe que poderia ter feito uma construção melhor, fica frustrado, ainda que seu trabalho seja elogiado.

São comportamentos que demonstram uma atitude de busca de excelência. Há uma satisfação íntima em saber que o melhor que poderia ser feito foi realmente feito. Por essa perspectiva, o perfeccionismo, em si, não é um defeito.

É comum no ambiente de recursos humanos, especialmente entre recrutadores e selecionadores, a piada em torno do candidato à vaga de emprego que, indagado sobre um ponto fraco, cita o perfeccionismo. Vale a graça, afinal, quem aponta essa característica como defeito está sugerindo não ter defeito algum.

Mas  ser  perfeccionista  sinaliza  um  compromisso  consigo  mesmo  de  fazer o  melhor.  No  poema  “Andrea  Del  Sarto”,  o  dramaturgo  britânico  Robert Browning  (1812-1889)  escreveu:  “Ah,  mas  o  esforço  de  um  homem  deve exceder o seu alcance ou então para que o céu?”.

Esse questionamento de Browning faz alusão ao céu como referência, o horizonte para que a pessoa vá além, tente ultrapassar aquilo que está ao seu alcance. Pode indicar uma impossibilidade, mas é, acima de tudo, a sinalização de um horizonte, um ponto futuro que nos propulsiona, que faz com que a nossa ação não se limite àquilo que for banal. Essa é uma postura positiva.

O oposto seria o modo desleixado, relapso ou acomodado. Qual o risco de eu começar a aceitar a ideia de que posso fazer alguma coisa sem capricho?

Estender essa conduta para outras esferas do meu dia a dia. Habituar-me a fazer sem esmero, a realizar somente aquilo que “dá para o gasto”.

Ter o perfeccionismo, portanto, como um compromisso de empenho para fazer o melhor é um atributo desejável. Ele passa a ser de fato um problema quando adquire um nível de obsessão que compromete o objetivo. Por exemplo, um jornalista que fica fazendo infindáveis ajustes no texto e atrasa a entrega da matéria. De que adianta um texto impecável que fica pronto depois do fechamento? Ou um chef que burila demais o empratamento enquanto o cliente fica impaciente com a demora? É necessário primar pela qualidade, mas ter a noção do processo como um todo. O perfeccionismo precisa ser um aliado para que o resultado final seja marcado pelo alto nível.

Isso vale para empresas também. Algumas destinam seus mais intensos esforços para as vendas, mas pouco se importam com o pós-venda. Outras fabricam produtos de alta qualidade, contudo, por causa de uma logística ineficaz ou de um mau atendimento, sofrem arranhões na percepção de suas marcas. Não adianta ter ilhas de excelência em uma companhia se houver falhas no processo que afetem negativamente o cliente.

Outro ponto em que o perfeccionismo pode ser prejudicial é quando a pessoa superdimensiona o erro que cometeu. O cantor que faz um ótimo show, mas fica remoendo a nota que desafinou ou a entrada fora do compasso. O palestrante que encantou a plateia, mas se martiriza por uma fala tropeçada ou porque esqueceu de citar um exemplo que tinha em mente. A pessoa que preparou uma refeição que agrada os convidados, mas fica se culpando pelo sal a mais em um dos pratos.

É claro que se algo sai errado, em meio a uma série de ações bem- sucedidas, acaba chamando a atenção justamente por destoar do conjunto da obra. No entanto como humanos somos falíveis. Isso não significa se conformar com o erro. Esses eventos servem para nos deixar mais atentos para que não se repitam. Estar atento é diferente de sobrevalorizar aquilo que nos desagradou.

Exemplo concreto: eu, Cortella, já fui avaliado em eventos. Muitas vezes, entre cem pessoas, dez expressaram comentários como “não gostei”, “estava ruim” etc. Mas  eu  tive noventa avaliações  favoráveis,  que  classificaram a palestra como boa ou ótima. Eu tenho de levar em consideração quem não apreciou, porque aquela opinião pode contribuir para uma melhora em algum aspecto que outros não anotaram ou não quiseram anotar. Mas eu também não posso hiperdimensionar as dez negativas perante outras noventa positivas, porque isso seria eu desmerecer a minha própria ação. Cabe a mim fazer as correções necessárias.

O perfeccionista dá atenção àquilo que é desvio, que é equívoco, mas de maneira alguma subestima os aspectos que produziram aquele resultado positivo. A pessoa perfeccionista não pode ser obsessiva a ponto de rebaixar o conjunto da obra por causa de algo que destoou.

Assim, seguir em busca da excelência é uma atitude positiva, desde que não fiquemos distraídos pelo caminho, procurando o horizonte sem olhar onde pisamos, despreparados para quando “o inesperado faz uma surpresa”. E ele, às vezes, faz…

ESTAR BEM

O QUE VOCÊ COME PODE ADICIONAR ANOS À SUA VIDA

Estudos de longo prazo indicam como uma melhor alimentação traz boa saúde e vida mais longa – mesmo começando aos 60 ou mais

Não importa quantos anos você tem, nem quanta porcaria consome: nunca é tarde demais para começar a desfazer os danos causados por uma dieta ruim.

Esta é a mensagem dos cientistas que estudam como nossas escolhas alimentares afetam nossa expectativa de vida e o risco de desenvolver doenças.

Eles descobriram que as pessoas podem obter benefícios consideráveis para a saúde em qualquer idade, cortando alimentos altamente processados carregados de sal, açúcar e outros aditivos e substituindo-os por outros mais nutritivos, como frutas, legumes, nozes, feijão, lentilhas, frutos do mar e grãos integrais.

Quanto antes você começar, melhor; e leva aos maiores ganhos na expectativa de vida. Mas mesmo as pessoas que esperam até a meia-idade ou mais tarde para melhorar seus hábitos alimentares ainda podem acrescentar anos a suas vidas.

A pesquisa é animadora por várias razões. Ela mostra que você não precisa necessariamente transformar sua dieta para obter benefícios. Mesmo pequenas mudanças, como adicionar um punhado de nozes a sua dieta diária no lanchinho da tarde e cortar carnes processadas, como presunto e salsicha, podem adicionar anos a sua vida. E isso sugere que, mesmo se você estiver na casa dos 60 anos ou mais, fazer essas mudanças relativamente pequenas na dieta ainda pode gerar grandes benefícios.

Em um estudo no New England Journal of Medicine, os cientistas acompanharam cerca de 74 mil pessoas entre 30 e 75 anos por mais de duas décadas. Durante esse tempo, eles analisaram dietas e hábitos de vida e acompanharam as mudanças no que essas pessoas comiam. Os pesquisadores usaram vários sistemas de pontuação para avaliar a qualidade das dietas, como o Índice Alternativo de Alimentação Saudável, desenvolvido por especialistas em nutrição da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard.

O índice dá pontuações baixas para alimentos não saudáveis e mais altas para os saudáveis. Entre os alimentos que receberam pontuações mais altas estavam frutas, legumes, nozes, sementes, feijão, grãos integrais e alimentos ricos em gorduras insaturadas e ácidos graxos ômega 3, como peixes, abacate e azeite de oliva. Alguns dos alimentos não saudáveis que receberam pontuações mais baixas foram coisas como carnes vermelha e processada e alimentos ricos em sódio e açúcares, como bebidas adoçadas, pizza e batatas fritas.

Quanto mais alimentos nutritivos as pessoas comiam e quanto menos junk food consumiam, maiores eram suas pontuações na dieta. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que tinham pontuações consistentemente altas estiveram até 14% menos propensas a morrer de qualquer causa durante o período do estudo, em comparação com as que tinham dietas consistentemente ruins.

OS BENEFÍCIOS

E, talvez, o mais importante: as pessoas que melhoraram seus hábitos alimentares testemunharam grandes benefícios. Descobriu-se que as que aumentaram suas pontuações na dieta em apenas 20% durante o estudo tiveram uma redução de 8% na mortalidade no período e uma queda de 7% a 15% na probabilidade de morrer de doenças cardíacas. Alcançar um aumento de 20% na pontuação da dieta pode ser tão simples quanto substituir as bebidas açucaradas por água com gás e comer pelo menos um punhado de nozes ou uma porção de feijão ou lentilha diariamente, disse Mercedes Sotos Prieto, principal autora do estudo.

Ela destacou que a maioria dos participantes tinha mais de 60 anos – ou seja, nunca é tarde para se beneficiar de uma melhora nos hábitos alimentares. As reduções na mortalidade entre as pessoas que melhoraram seus hábitos resultaram em grande parte da diminuição da incidência de doenças cardiovasculares, fortemente influenciadas pela dieta – trata-se da principal causa de morte no mundo.

Sotos Prieto, professora-assistente da Universidade Autônoma de Madri e professora adjunta da Escola de Saúde Pública de Harvard, observou que comer uma dieta mais nutritiva, fazendo pequenas e graduais melhorias em suas escolhas alimentares ao longo do tempo, pode ajudar a perder peso e a diminuir os níveis de colesterol, pressão arterial, açúcar no sangue e inflamação – tudo isso pode melhorar sua saúde cardiovascular e reduzir a possibilidade de você ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

“Não é necessário mudar drasticamente seu estilo de vida”, disse Sotos Prieto. “Escolha pequenas metas que você vai conseguir alcançar e sustentar ao longo do tempo.”

Em outro estudo publicado no início deste ano na PLOS Medicine, os cientistas analisaram grandes quantidades de dados sobre o impacto que diferentes alimentos têm no risco de morte prematura. Em seguida, usaram esses dados, juntamente com outras pesquisas sobre mortes e taxas de doenças crônicas, para estimar como as mudanças na dieta podem influenciar sua expectativa de vida em diferentes idades.

Os pesquisadores descobriram que um jovem de 20 anos que troque a dieta típica ocidental por uma dieta ideal de estilo mediterrâneo (e permaneça com ela) pode adicionar em média 11 a 13 anos à expectativa de vida. Uma pessoa de 60 anos que faça essa mudança pode aumentar sua expectativa de vida em até 9 anos, e uma pessoa de 80 anos pode ganhar cerca de 3 anos e meio.

MAIS LEGUMINOSAS

O estudo revelou que os maiores ganhos na expectativa de vida resultaram da ingestão de mais leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha e amendoim. Os enormes benefícios para a saúde que você obtém ao comer mais leguminosas, nozes e grãos integrais decorrem de seu perfil metabólico, explicou Lars Fadnes, principal autor do estudo da PLOS Medicine e professor da Universidade de Bergen, na Noruega. Esses alimentos são ricos em nutrientes e contêm grandes quantidades de fibras, vitaminas e minerais.

As leguminosas, por exemplo, são ricas em proteínas e contêm várias vitaminas do complexo B, ferro, cobre, magnésio, manganês, zinco e fósforo, contou ele. Em ensaios clínicos, esses alimentos também provaram reduzir a inflamação e melhorar os níveis de colesterol e outros marcadores metabólicos que afetam sua vida.

Fadnes enfatizou que, se você comer muita junk food, quanto mais cedo você mudar seus hábitos alimentares, melhor. Mesmo para pessoas com excesso de peso, mais velhas e com problemas metabólicos, os benefícios que elas podem obter ao comer alimentos mais nutritivos, revelou ele, “provavelmente serão substanciais”.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

O MELHOR AMIGO DA CRIANÇA É O CACHORRO (E O GATO, O PEIXE…)

Famílias falam da relação com os animais, e veterinária dá dicas de convivência

Não se deixe enganar por estes focinhos fofos das fotografias: Ângelo e Tutu podem até parecer boa gente, mas na verdade eles são dois ladrões de carninha. “E de açaí!”, dedura Flora, 2 anos e 7 meses.

Ela é tutora dos cachorros, junto com sua mãe e seu pai. A família mora em uma casa na Vila Romana, em São Paulo – tiveram que se mudar para lá justamente por causa da dupla canina, que fazia muita bagunça no antigo apartamento.

Ângelo é um vira-latas caramelo de 28 kg, enquanto Tutu, um spitz alemão, pesa 3 kg. Flora conta que a comida favorita deles é ração, mas que, realmente, quando alguém dá sopa, eles assaltam o prato dos humanos.

Ambos foram adotados por Paola Cecchi e o marido Renan Buscarino. Quando Flora nasceu, bem no começo da pandemia, o casal achou melhor deixá-los em outro lugar, com medo de os passeios na rua trazerem coronavírus para dentro de casa —lembra como era tudo muito incerto naquela época?

Mas, um mês depois, Paola ouviu do pediatra que Tutu e Ângelo não só poderiam, como deveriam voltar para casa.

“Ele disse que era muito importante para a criança ter relação com animais. Explicou que evitava doenças respiratórias, ajudava na socialização, no desenvolvimento. Então, os trouxemos de volta para casa”, lembra a mãe da Flora.

Quando perceberam que tinha neném em casa, os cachorros suavizaram seus modos, conta Paola. Ângelo, por exemplo, que sempre pulou de um jeito, digamos, sem noção nas pessoas, passou a medir sua força. “E olha que a Flora já até mordeu a cabeça dele!”, diz Paola.

Hoje, os três são grandes amigos. “A Flora não pode ouvir o pai dela mexer no saco de ração que vem de onde estiver para ajudar. E ela ama ser a fiscal de quem comeu e de quem não comeu. É bem engraçado.”

Quando Flora chega da escola, os cães estão lá no portão esperando. “O Ângelo já dá uma lambidona na cara dela. Ela adora lambeijos, fica feliz, corre no quintal. É como uma relação de irmãos.”

A veterinária Paula Castro explica que os animais conseguem mesmo sentir o amor que os humanos dão para eles.

“Eles demonstram isso quando são felizes perto de nós, brincam e pedem carinho. Se um animalzinho é tratado com amor, ele sempre dará amor em troca. A gente sabe que eles nos amam quando buscam sempre ficar pertinho”, diz.

Paula conta que ter um pet em casa pode ser muito bom para as crianças que convivem com ele, que inclusive podem – como faz Flora – ajudar os adultos nos cuidados como colocar água limpa e fresca, dar comida e fazer companhia aos adultos nos passeios.

“Tarefas mais difíceis, como dar um remédio, cortar unhas e manejar fezes e urina, por exemplo, é melhor deixar para as crianças mais velhas”, recomenda a veterinária.

Outras sugestão é sobre a escolha da espécie para se ter em casa. “Com relação a cães e gatos, existem raças que aceitam melhor o contato com crianças, e outras que não. Por isso, é necessário pesquisar.”

“Com relação aos pets não convencionais, como cobras, aves e roedores, avaliar a agressividade também é importante, além de se certificar sempre de que há autorização do Ibama para se adquirir e manter em casa um desses animaizinhos.”

Por falar em adquirir, Paula acha que, sempre que possível, deve-se dar preferência a adotar animais, em vez de comprá-los. “Existem milhares de animais em ONGs só esperando por uma família que vá amá-los e a quem eles também vão amar. Muitos passam a vida toda e nunca encontram um dono, e isso é muito triste.”

Outra recomendação da veterinária é de que não se dê animais de presente em datas comemorativas. “Eles são seres vivos que necessitam de muitos cuidados, respeito, carinho e dedicação. Ter um animal deve ser uma decisão muito bem pensada”, ensina.

Ela própria tem em casa duas gatinhas, que são boas amigas de seu filho Miguel, de 11 meses: a Alice, de 7 anos, toda branquinha, e a Lilith, 5 anos, toda pretinha.

“A Alice tem ficado mais próxima do Miguel, ela se incomoda menos com ele falando e engatinhando pela casa. A Lilith ainda se assusta um pouco e, quando ele está comendo, pede um pouco da comida dele”, conta Erik Malagrino, marido de Paula e pai do Miguel.

“Miguel é muito amoroso com tudo. Do jeito dele, elétrico e animado, faz carinho nelas, engatinha atrás, brincando. A casa vira uma farra com os três.”

Literary Revelations

Independent Publisher of Poetry and Prose

Postcardsfromhobbsend

Film reviews as you know them only much....much worse

Mon site officiel / My official website

Venez parler de tout ce dont vous avez envie avec moi. Donnez vos opinions en toute liberté. Laissez vos commentaires. Je vous attends nombreuses et nombreux !!! / Translation in English for people who don't speak French : come to speak about all you want with me. Give your opinions with complete freedom. Leave your comments. I await you many and many !!!

Yours Satirically

with no commitments and all excuses

Lire dit-elle

Vous devriez savoir que je laisse toujours mes yeux dans les arbres...Jusqu'à ce que mes seins s'ennuient...

Baydreamer ~ Lauren Scott

~ a thread of words from every stitch of life ~

FELICISSES

UM POUCO SOBRE LIVROS, FILMES, SÉRIES E ASSUNTOS ALEATÓRIOS

kampungmanisku

menjelajah dunia seni tanpa meninggalkan sains

Blog O Cristão Pentecostal

"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b

Agayana

Tek ve Yek

Envision Eden

All Things Are Possible Within The Light Of Love

4000 Wu Otto

Drink the fuel!

Ms. C. Loves

If music be the food of love, play on✨

troca de óleo automotivo do mané

Venda e prestação de serviço automotivo

darkblack78

Siyah neden gökkuşağında olmak istesin ki gece tamamıyla ona aittken 💫