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HAVAIANAS CELEBRA 60 ANOS COMO EXEMPLO DE INOVAÇÃO

Sucesso dentro e fora do Brasil, marca se reinventa por meio de collabs, novas parcerias, lançamentos e até uma plataforma de customização por aplicativo

Presente nos pés de brasileiros e de cidadãos de mais de 130 países, a Havaianas chega aos 60 anos sendo reconhecida como uma marca de inegável sucesso, graças ao seu design icônico, confortável e acessível. “Nessas seis décadas, a Havaianas se manteve fiel ao seu DNA, que reflete a ginga, a alegria, o jeito acolhedor, livre e colorido do brasileiro”, afirma Ana Bogus, presidente da Havaianas Brasil.

A inovação está no DNA da marca desde a original azul e branca até as monocoloridas e estampadas, passando pelos modelos exclusivos criados por meio de collabs e parcerias. “Ao longo da nossa história, deixamos de ser uma ‘marca de chinelo’ para ser um estilo de vida que valoriza a liberdade sem amarras”, diz Mariana Rhormens, diretora de marketing da marca.

Para Mariana, as pessoas ainda veem inovação muito atrelada à tecnologia aparente, mas a marca também inova quando identifica uma tendência e a transforma em produto, com novos shapes e categorias. Um desses momentos veio nos anos 1990, quando, ao notar que os surfistas usavam a Havaianas com a sola colorida para cima, lançou o modelo Top, monocromático. “Também gosto de lembrar 1998, que inspirou o lançamento da Havaianas Copa, com a bandeira do Brasil na tira. O título não veio, mas o modelo fez tanto sucesso no exterior que passou a se chamar Havaianas Brasil”, conta Ana Bogus.

COLLABS E PARCERIAS

A conexão com os Havalovers, como são chamados os admiradores da marca, é reforçada por meio das collabs e parcerias. “Há mais de 20 anos buscamos marcas que conversam com os nossos valores”, explica Ana Bogus. Uma das collabs mais longas é com a Farm, com dez anos. Mas há também edições limitadas, como as feitas com Versace, Missoni, YSL e H. Stern. As mais recentes são com BAPE, Isaac Silva, Matte Leão, Biscoito Globo, Market, WSL e Zé Carioca.

Em relação às parcerias, há mais de 15 anos a Havaianas contribui com causas ambientais e sociais com reversão de 7% das vendas para as instituições. “Além disso, cerca de 40% da sola de todos os nossos produtos são feitos de resíduos de produção”, afirma Mariana.

Dentre os parceiros estão o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), que desenvolve projetos voltados à conservação da Mata Atlântica, da Amazônia e do Pantanal, e a CI (Conservação Internacional), ONG que atua na preservação da vida marinha. Em 2020, começou o trabalho com a All Out, organização que atua na defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+. “A coleção Havaianas Pride conta com mais de 30 produtos, e já repassamos mais de R$ 2,7 milhões para ações em prol da comunidade. Esse ano, produzimos, com o Datafolha, a Pesquisa do Orgulho, que retrata a percepção em temas como relacionamento, respeito, liberdade, mercado de trabalho e representatividade na mídia”, explica a presidente.

LANÇAMENTOS NO ANIVERSÁRIO

Novidades marcam as comemorações dos 60 anos. “Iniciamos com a Gerando Falcões, ONG que atua nas periferias do país, uma parceria que deu origem à coleção Quebrada Cria. São quatro modelos inéditos criados por artistas das comunidades”, diz Mariana.

A collab mais recente é com a Market, marca inspirada no streetwear. “O Mike Cherman, fundador da Market, ficou tão impressionado com o calor nas praias brasileiras que criou o design termoreativo, que faz com que as solas mudem de cor de acordo com a temperatura”, conta Mariana. Outro produto inovador da collab é a Havaianas Market Zip Top, que parece um chinelo comum, mas tem um zíper na borda que permite colocar ou remover a parte superior do puffer. Além dos novos modelos e coleções, os Havalovers também poderão contar a partir de novembro com uma plataforma de customização pela qual será possível criar suas próprias Havaianas. “No app haverá a possiblidade de escolher a cor da sola, das tiras e estampas, além de várias opções de pins, gerando infinitas possibilidades de combinações”, revela Ana Bogus. Essa proximidade com os admiradores é considerada fundamental para a marca. “Para nos mantermos relevantes, sempre pensamos em novos produtos e formas de nos relacionar com os Havalovers, seja nas lojas, nas redes sociais ou até mesmo no metaverso, onde acabamos de criar a NFTh, uma comunidade exclusiva para os Havalovers”, afirma a presidente. É a havaianas já com os dois pés no futuro.

GESTÃO E CARREIRA

ATÉ QUANDO O MODELO HÍBRIDO VAI SER PROVISÓRIO?

Pesquisa do IDC Brasil, feita para o Workspace Google, constatou que a maioria dos colaboradores aponta melhora na produtividade com o trabalho híbrido. Das 900 pessoas entrevistadas, 44% trabalham no sistema híbrido, 29% no presencial e 27% de forma remota.

Para 67% dos entrevistados o trabalho em home office é melhor, pois não gastam tempo em deslocamento, 46% gostam do modelo por terem a oportunidade de passar mais tempo com as pessoas com quem moram e 31% pela flexibilidade de horários para começar as atividades. Ainda assim, 50% dos entrevistados sentem falta do café com colegas e 44% lamentam a falta de reuniões presenciais e também a falta de infraestrutura no trabalho remoto.

São inegáveis e incontáveis os benefícios de trabalhar em casa, especialmente para quem mora nas grandes cidades, não perder tempo com deslocamento, por exemplo, é fenomenal. As dificuldades com transporte público que, em geral, não suprem as necessidades da população, são enormes, há também o fato de poder estar mais perto da família. Esses têm sido alguns dos elementos que surgem de forma massiva nas discussões sobre o tema.

Por outro lado, as empresas têm enfrentado muitos desafios que parecem sem solução, mas que não são necessariamente novos. Alguns deles, bem importantes, já estavam lá, o cenário só os escancarou. Percebemos que temos muitas reuniões, – já tínhamos – mas agora elas avançam no horário do almoço. Antes nos preocupávamos em ir embora depressa por conta do horário de pico no trânsito, hoje como não temos essa preocupação, passamos um pouco do nosso horário de trabalho, afinal o computador está logo aqui e a cozinha para preparar o jantar está a cinco passos de distância.

Em contrapartida, quem não sente falta do olho no olho ou do happy hour? Estar ombro a ombro trabalhando com o time melhora o desempenho? Sim. Para algumas atividades faz muita diferença. Inviabiliza ser realizado de forma remota? Não, mas o team building fica mais limitado. A leitura corporal é prejudicada, para não dizer inviabilizada, até porque, por vezes, nosso interlocutor está com a câmera fechada.

É virtualmente – ou realmente – impossível agradar a todos. Há desafios inúmeros, começo dizendo que temos muitas reuniões, poderíamos ter muito menos se soubéssemos priorizar os temas. Nossas calls não são objetivas, temos reuniões com várias pessoas que não precisam estar nelas. Atividades que geram discussão e precisam de muita interação, tendem a render mais se forem feitas presencialmente.

Não sem antes termos a certeza se a solução não está numa troca de e-mails ou na produção de uma apresentação em powerpoint e aí sim reunir a todos que precisam estar reunidos para discutir os pontos onde há dúvidas, ou que podem gerar outras ideias a serem discutidas. Ferramentas como Mural, Miro e outras para o trabalho compartilhado ganharam muitos pontos além de um mercado gigantesco, pois antes só alcançavam times de tecnologia espalhados geograficamente.

Hoje chegam a todos os segmentos e funções. Inclusive, nos abriu a possibilidade de contratar pessoas fora da praça onde a empresa está localizada. E como ficam os objetivos em comum da empresa? Qual a melhor forma de atingi-los? É preciso focar numa gestão clara, envolvente, onde todos conheçam o rumo da empresa e saibam qual a importância de seu trabalho para o resultado do negócio. O planejamento também não pode mais ficar engessado, é preciso que seja ajustado sempre que houver uma necessidade, uma interferência.

Os OKRs – Objectives and Keys Results ou Objetivos e Resultados Chaves – são um caminho sem volta, seja para o trabalho 100% presencial, 100% remoto ou híbrido. Ele traz clareza e direção para as ações, alinhamento entre todos e foco, mitigando, inclusive, os riscos do trabalho remoto, pois traduz de maneira mais clara o propósito daquelas ações, facilitando a conexão do trabalho do dia a dia do colaborador com a estratégia da empresa.

Quanto ao melhor modelo de trabalho, tenho a impressão de que a resposta é meio óbvia, não me parece que a solução seja a escolha entre um e outro, presencial ou home office, mas sim um e outro, ou seja, o modelo híbrido.

PEDRO SIGNORELLI – Especialista no mercado corporativo e na implementação do método OKR, é CEO da Pragmática Consultoria em Gestão (www.gestaopragmatica.com.br).

EU ACHO …

CUIDADO AO CONCORDAR COM TUDO

Para sermos bons para os outros, não precisamos ser ruins para nós mesmos!

O homem é um ser social. Preocupar-se com a opinião outros é uma característica humana. O problema é que algumas pessoas se preocupam em demasia. Deixam de ser autênticas, não agem da forma como gostariam, não expressam suas opiniões, têm medo do julgamento alheio: Medo de magoarem ou serem criticadas.

Concordar com tudo só para agradar aos outros, torna as pessoas infelizes e psicologicamente vulneráveis, sem autonomia. Com o passar do tempo, todo este desgaste emocional pode gerar estresse, insatisfação e angústia, com prejuízo de sua saúde física e emocional.

Pessoas que têm um medo exagerado de desagradar aos outros, na verdade, querem ser “aceitas” e acabam deixando a opinião alheia prevalecer sobre a própria opinião, são “boazinhas” em excesso.

O adulto muito preocupado em obter a aprovação dos outros pode ter sido aquela criança de pais rígidos que acreditava que perderia o amor e a proteção deles, se fizesse algo “errado” ou diferente do que esperavam dela. Talvez não tenha se sentido amada simplesmente por existir, mas por ser obediente, “boazinha” e não dar “trabalho” a eles.

Ainda que não seja intencional, sabemos que nem sempre os pais conseguem oferecer o afeto de que os filhos precisam, principalmente porque estão sempre preocupados em suprir as necessidades materiais e financeiras da família.

O certo é que, para sermos bons para os outros, não precisamos ser ruins para nós mesmos!

Devemos estabelecer prioridades, saber discernir o que vai agradar às pessoas, sem nos desagradar. Ter habilidade para reconhecer quando é cabível o outro ouvir um “não” e quando somos nós que temos que ceder. Aqui entra a nossa assertividade! É preciso saber expor nossas opiniões, saber argumentar e usar a palavra “não” no momento certo, quando realmente esta for necessária. Focar em nossas habilidades, substituir pensamentos disfuncionais por pensamentos mais realistas (adaptativos) e aprender com os nossos erros (até com os erros alheios), buscando sempre o equilíbrio necessário para uma vida mais autêntica e um melhor relacionamento humano.

Assim agindo, podemos melhorar nossa autoestima e nosso humor, sem sermos agressivos ou generosos demais. Não precisamos reprimir nossos sentimentos para corresponder às necessidades ou expectativas dos outros! Se tivermos dificuldades para isso, um acompanhamento psicológico com um profissional habilitado é de grande valia. A psicoterapia é uma grande aliada para o nosso bem-estar e melhor qualidade de vida.

***  GELDES APARECIDA GOMES – Psicóloga clínica pós-graduada pela FAMERP

ESTAR BEM

BARRIGA CHAPADA

Técnica do abdominal hipopressivo cresce no país

Inspirado na técnica de yoga conhecida como Uddiyana, os abdominais hipopressivos se popularizaram nas redes sociais por meio de vídeos de contração do abdômen. Mas foi com a promessa de redução de medidas em poucas semanas que os posts viralizaram. O método cresce cada vez mais e ganha adeptos, no entanto fisioterapeutas e educadores físicos alertam para a complexidade da técnica, que vai além de simplesmente encolher a barriga.

Baseada nas técnicas hipopressivas, o low pressure fitness (LPF) marca o início da popularidade do método, já conhecido na Europa, no Brasil. Até hoje a escola internacional estima que já tenha certificado cerca de 7.000 profissionais na área. A embaixadora da LPF e educadora física Carol Lemes conta que um dos diferenciais da técnica é o trabalho do diafragma.

“Os hipopressivos trabalham de uma forma geral o diafragma, que é muitas vezes negligenciado pelos profissionais e praticantes de atividade física. Além de ser um músculo postural, ele é o principal músculo respiratório”, explica.

A educadora física Gabriela Bahia diz que o sucesso dos hipopressivos não é restrito às redes sociais. Fundadora de uma plataforma de treinos que tem mais de 30 mil alunos, a Crew, ela conta a receptividade e o empenho dos alunos com o método.

“Os meus alunos aprovaram muito e são de longe os exercícios que eles mais pedem para fazer. Vou lançar uma próxima sequência de exercícios no carnaval do ano que vem”, conta Bahia.

Entre os principais motivos para o apelo popular estão os resultados visíveis em pouco tempo. Isso porque as mudanças no corpo, especialmente a redução das medidas, é consequência do desinchaço na região. A redução acontece porque a ativação do diafragma estimula o sistema linfático.

“Com algumas semanas de prática, a gente já consegue ver resultados relacionados à redução de medidas, principalmente do inchaço abdominal que a metodologia promove. Isso acontece porque, ao trabalhar o diafragma, estimulamos o ducto torácico, responsável pela drenagem da cavidade abdominal e de membros inferiores”, explica Lemes.

Uma das vantagens do método é trabalhar músculos mais internos do abdômen. Em abdominais convencionais esses locais profundos não são alçados, pois eles ativam apenas músculos superficiais. A dona da Crew conta que costuma unir os dois exercícios, de forma complementar.

“Quando você faz um abdominal convencional sem saber como ativa a musculatura mais interna da barriga, que é o transverso do abdômen, provavelmente não vai ter resultado e pode acabar machucando a lombar. Quando a gente faz o hipopressivo conseguimos ativar e fortalecer essa musculatura mais interna do abdômen. Essa ativação permite que você faça um bom abdominal e um bom treino de superiores”, explica a educadora física.

BENEFÍCIOS PARA SAÚDE

Apesar de todo o sucesso em função dos resultados estéticos, a técnica é capaz de trazer diferentes benefícios para a saúde. Segundo Lemes, é comum que após os primeiros treinos, os alunos, principalmente aqueles com constipação, relatem melhora no funcionamento do intestino. Mulheres no pós-parto, que sofreram diástase, encontram na técnica uma solução para o afastamento dos músculos reto abdominais.

Um estudo publicado no Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública ressaltou o papel benéfico da técnica hipopressiva na melhora dos parâmetros de controle postural e ativação do transverso abdominal.

A fisioterapeuta Cristiane Melo atua há 20 anos em consultórios e vê esse benefício. Hoje, ela estima que usa a técnica em cerca de 80% de suas pacientes, seja para fins estéticos, seja para melhora da saúde.

“Às vezes a pessoa acha que tem barriga, mas ela tem uma má postura. Por isso que o método tem até um resultado rápido se comparado a outras terapias, porque ele alinha o corpo, favorece as musculaturas internas para pôr o abdômen para dentro, é um conjunto de fatores.”

Todos os especialistas alertam que mesmo com todos os benefícios é necessário ter cuidado ao fazer o exercício. O principal deles é buscar um profissional habilitado. Apesar da quantidade de vídeos na internet, a técnica envolve respiração e posturas, por isso se realizada da maneira errada pode trazer problemas. Além disso, mesmo sendo considerado um método democrático, existem restrições – pessoas hipertensas e grávidas não devem fazer.

“O método hipopressivo é 70% as posturas que a gente ensina e 30% o vacum abdominal, então não é simplesmente ensinar a colocar a barriga para dentro como muita gente acha que é”, diz a fisioterapeuta.

PARA COMEÇAR

Um dos exercícios mais populares, especialmente para iniciantes é a postura héstia. O praticante deve sentar com a coluna alinhada e empurrar a palma das mãos contra a coxa. Em seguida, é preciso inspirar de forma lenta e profunda expandindo a caixa torácica no sentido latero-costal (elevando as costelas), com cuidado para não tensionar os ombros. Na sequência, é hora de expirar lentamente, sempre mantendo a coluna ereta. Após três repetições da respiração, deve-se fazer uma pausa de no mínimo três segundos, sem puxar o ar. Por fim, naturalmente, o famoso vácuo abdominal acontece, como uma consequência da pausa respiratória e abertura das costelas.

Apesar de parecer simples, a posição requer controle da respiração e do diafragma. Lemes explica que esse é um dos motivos para a necessidade de ter um profissional habilitado durante o aprendizado da prática.

“A maioria das pessoas apresenta um diafragma muito rígido e alteração na função respiratória. Por isso destacamos a importância de um profissional”, adverte.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SÍNDROME DE MUNCHAUSEN, UMA DOENÇA NA TELA DA TV

O drama de pessoas que se machucam para ir para hospital é tema de ‘Travessia’, da Globo

Jade Picon enfrentará um novo desafio na novela Travessia, da Rede Globo. A personagem Chiara, interpretada pela atriz, teria síndrome de Munchausen ou distúrbio factoide, uma condição na qual a pessoa se machuca e finge ter sintomas para ser hospitalizada.

A síndrome foi descrita em 1951 pelo médico inglês Richard Asher e recebeu o nome em homenagem ao barão de Munchausen, alemão cujas peripécias fantasiosas viraram livro. Os pacientes com esse transtorno costumam forjar sintomas de doenças para serem cuidados pela equipe médica de um hospital. “Inconscientemente, ela (pessoa com a síndrome) busca estar sob cuidados médicos, aquele carinho quase maternal que uma pessoa doente recebe quando é atendida”, resume a médica Vanessa Citero, coordenadora do Serviço de Saúde Mental do Hospital Universitário da Unifesp e professora do Departamento de Psiquiatria da universidade.

A especialista conta que atende, em média, de dois a três pacientes por ano com essa condição no Hospital Universitário. O diagnóstico é complicado: ninguém acredita que o paciente está se machucando de propósito para ficar mais tempo no centro de saúde. Um dos casos que mais deixaram sua equipe chocada foi o de uma mulher jovem que pedia para ser entubada, pois acreditava que teria algo grave no pulmão, mesmo que os exames dessem negativo.

“O caso era muito estranho, pois a bactéria que encontrávamos estava presente nas fezes. Então desconfiamos que ela infectava o acesso venoso com fezes quando não estávamos olhando, para fazer a bactéria chegar ao sangue”, relembra. Essa paciente acabou morrendo pouco depois e não foi possível confirmar a suspeita.

DIFERENTE DA HIPOCONDRIA

A principal característica da distorção factoide é a de que a pessoa provoca os sintomas com intenção de ficar doente.

O cenário é diferente de uma pessoa hipocondríaca, por exemplo, que tem medo de estar doente. O psiquiatra Antônio Freire, coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Juliano Moreira, em Salvador, ressalta que a ansiedade ligada à hipocondria é a de fazer exames para ter certeza de que não há algo de errado com o corpo, enquanto a síndrome de Munchausen pode estar ligada à mitomania – transtorno daqueles que mentem compulsoriamente.

“O hipocondríaco não possui sintomas, ele se sente mal ao saber que pode estar doente. Ele não produz a doença ou um quadro de fingimento de doença”, esclarece o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana).

O último paciente com esse transtorno atendido pelo médico, há cerca de três meses, foi uma mulher de aproximadamente 50 anos. Ela apresentava um quadro depressivo e, à medida que chegava o momento de receber alta médica, novos sintomas apareceram, como tremores e esgotamento físico, que mal permitiam que ela saísse da cama.

“Pedimos avaliação do setor de neurologia, pedimos ressonância, diversos exames, até entender que ela estava em busca de atenção e não queria ir para casa”, conta. Outra prática comum nos portadores dessa síndrome atendidos por ele é a de se cortar durante exames de urina, para que o exame detecte algum tipo de sangramento interno.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Os dois psiquiatras concordam que o diagnóstico costuma ser demorado. Afinal, seja qual for a queixa, o grupo médico tem como obrigação analisar cada sintoma que pode estar causando a condição, antes de acreditar que tudo não passa de narrativa inventada.

No caso do transtorno fictício causado a terceiros, a solução é mais simples, embora desafiante: é preciso retirar a vítima menor de idade dos cuidados do agressor. Quando a vítima inflige danos a si mesma, o problema é mais difícil de resolver. Ao ser confrontado com um diagnóstico de Munchausen, o paciente costuma deixar de fingir a doença e pede alta. Porém, a melhora é apenas a saída rápida para se internar em um outro hospital.

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