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GLORIFY PÕE DEVOÇÃO CRISTÃ NO MUNDO TECH E CHEGA A 10 MILHÕES DE USUÁRIOS

App britânico que funciona como lembrete da prática religiosa diária já recebeu aportes de US$ 80 mi e não descarta virar meio de pagamento

O britânico Henry Costa, 35, conta que passou quatro anos na África trabalhando numa fintech que oferecia serviços financeiros para a população de baixa renda em países como a Zâmbia. Casado e pai de três filhos pequenos, o ex- militar afirma que a rotina de orações da família estava bastante atribulada.

“Tentávamos praticar diariamente a citação [leitura bíblica] e o devocional, que era algo realmente importante para nós. Mas, com o dia bastante atarefado, cada um com seu trabalho, encontrar o tempo e os recursos era bem difícil, além da disciplina em um mundo tão conectado. Lembro-me de virar para a minha esposa e falar: por que a tecnologia não pode nos ajudar a fazer isso?”, afirma Costa, por e- mail.

Antiquada para muitos, a preocupação já tinha suscitado investimentos semelhantes no mundo islâmico, em que aplicativos que avisam a hora das cinco orações diárias são comuns. No cristianismo, ela se tornou insight em 2019, quando Costa fundou, ao lado do também britânico Ed Beccle, a startup Glorify.

Trata-se de um aplicativo de celular que – além do trocadilho óbvio com o Spotify – funciona como lembrete da prática religiosa diária, fornecendo leituras, poemas e músicas de inspiração cristã, de forma a combater a ansiedade dos tempos atuais. Se a ideia parece simples, a execução impressiona: o app já soma 10 milhões de usuários no mundo.

Baseada em Londres e com operações em Nova York e San Francisco, a empresa já nasceu com pedigree: Henry é filho de Ken Costa, 73, banqueiro sul-africano de investimentos que reside há décadas no Reino Unido. Conhecido filantropo evangélico e escritor com quatro livros sobre estratégias cristãs de trabalho e liderança, Ken presidiu a gestora de bens Lazard, foi consultor de figurões como o bilionário Mohamed Al Fayed e mantém ótimas relações no Oriente Médio – chegou a ser enviado especial do ex-premiê Boris Johnson para intensificar tratativas com o reino dos Salman. Foi nesse ambiente que Henry despontou com uma liderança cristã com tino para os negócios.

Tantos foram os sinais que o mercado de venture capital já deu suas bênçãos à percepção de valor do Glorify. A startup obteve dois aportes de US$ 40 milhões: a primeira rodada se deu em dezembro de 2021, com investimentos liderados pela empresa de venture capital Andreesen Horowitz, com participação do SoftBank e até do clã de celebridades Kardashian e do cantor Michael Bublé. O segundo aporte de US$ 40 milhões ocorreu em março deste ano, com nova entrada do Softbank.

E, se há um país ao qual o Glorify é grato, é o Brasil. Só neste ano, a empresa comemorou a chegada de 4 milhões de usuários brasileiros, entre quem o consome de forma gratuita e quem paga o plano mensal (R$ 12,49) ou o anual (R$ 149,90). Hoje, cerca de 5 milhões de usuários são brasileiros, de acordo com a empresa.

“O Brasil é um país muito importante para nós, uma população incrível, com uma incrível presença no mercado cristão. Vemos um enorme crescimento no Brasil, por isso estamos muito animados para continuar investindo”, afirma Costa. Segundo a startup, 54% dos usuários utilizam o app entre 6 e 7 vezes por semana. Para quem se importa com qual tradução da “Bíblia” está lendo, a versão em português oferece trechos bíblicos extraídos apenas da Nova Versão Internacional (NVI), uma edição consagrada entre várias denominações do público evangélico por sua clareza e boa sonoridade. Já em inglês, o Glorify conta com outras duas traduções, além da própria NVI.

Mas é na abordagem da música que o Glorify revela sua maior brasilidade. No serviço pago, além de narração da leitura do dia, “adoração diária completa” e acesso a conteúdo exclusivo, também funciona um streaming musical de bem-estar. Parte da estratégia de divulgação do app já envolveu patrocínio de festivais musicais online e a criação de um podcast, apresentado pela cantora e compositora gospel Lu Alone.

Mas há desafios. Como se manter amplo o suficiente sem soar muito identificado com alguma denominação cristã específica, o que poderia afugentar outros fiéis?

“Esta é uma das coisas mais difíceis quando você embarca no que estamos fazendo e é um dos nossos pontos fortes: construir algo sem denominação e sem política, com conteúdo independentemente da igreja ou afiliação”, afirma Costa.

Segundo ele, o Glorify formou um conselho teológico com pessoas de diferentes origens e habilidades, a fim de poder ajudar a empresa a criar “algo neutro”. “Estruturamos tudo para cristãos, não pretendemos ter uma opinião. Temos doutores e muita gente engajada para nos ajudar a criar o melhor conteúdo neutro possível.”

Um exemplo dessa neutralidade é a preferência por imagens da natureza e paisagens serenas em vez de iconografia tipicamente cristã – não se veem cruzes no aplicativo, por exemplo. Como a presença de santos católicos desagradaria a evangélicos, as citações que surgem vêm principalmente de autores modernos, como coaches e pastores evangélicos americano.

“Acho que acabamos de começar. O setor da fé ainda tem uma longa jornada, muitos anos pela frente, com muitos produtos a serem desenvolvidos. Ele apenas começou.” Indagado se projeta a transformação do Glorify com o meio de pagamento, ambição comum nas startups da attention economy, Costa não descarta a aplicação entre as igrejas e seus fiéis.

“A filantropia, as causas de doação e as instituições de caridade são muito importantes para os cristãos, e, se o Glorify puder ajudá-los, será um passo à frente.”

GESTÃO E CARREIRA

COMO ADMINISTRAR O EXCESSO DE REUNIÕES

Li uma pesquisa divulgada pela Microsoft, segundo a qual, devido à flexibilidade de poder trabalhar em qualquer lugar, o usuário médio do Teams teve um aumento de 153% no número de reuniões e um aumento de 252% no tempo de reunião semanal entre fevereiro de 2020 e 2022.

Esse é um dos motivos para o aumento do número de reuniões, mas há outros e, talvez o primeiro deles, o que está na origem, é que colocamos “muita comida no prato”, priorizamos muito mal nossas demandas. Não sabemos dizer “não” para as coisas e para as pessoas.

Steve Jobs dizia “Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que você irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente”. O primeiro passo é conseguir priorizar melhor, para quem não sabe onde está indo, qualquer caminho serve.

Precisamos definir nosso propósito de forma mais clara, e aí entra o papel do objetivo dentro dos OKRs (Objectives and Keys Results ou Objetivos e Resultados Chave). O segundo passo é encontrar evidências que nos mostrem que estamos evoluindo no caminho certo em direção ao cumprimento de nosso propósito, aí está o papel dos Key Results (KRs), eles são: geralmente, métricas, números que nos dão esta informação.

A partir daí, pensamos em quais ações melhor impactam estes Resultados-Chave e priorizamos ações com base nisso. Aqui conseguimos atacar talvez os dois principais pontos do excesso de reuniões, a quantidade de prioridades de negócio e a quantidade de ações para entregar estas prioridades.

Outro ponto no qual temos muitas reuniões é porque temos problemas de comunicação. Os OKRs contribuem para uma menor quantidade de reuniões pois têm o tema comunicação em suas premissas, visando engajamento, objetividade e clareza para o que é mais importante.

Conscientes desse problema, algumas empresas têm aderido ao “um dia sem reuniões”, embora seja uma boa iniciativa, penso ser muito difícil de ser colocada em prática e potencialmente inócua, pois não atua sobre a causa, mas sobre o efeito. É preciso liberar tempo para leitura de documentos, escrita de textos que necessitam atenção para pensar.

Muitas reuniões são cansativas e mais ainda se forem burocráticas sem visão dos benefícios, isso gera desengajamento dos colaboradores. Especialmente aquelas onde o executivo entra apenas para cobrar as pessoas. Esses momentos têm que ter seu fórum apropriado.

Muitas reuniões operacionais não têm necessidade da participação do diretor, no entanto, se ele faz parte do time de trabalho daquele projeto, deve estar, pois considero muito ruim a prática de mandar representantes, é um desprestígio que pode comprometer o engajamento dos demais. Isso deve ser definido no início ao estabelecer a governança com papéis e responsabilidades, podendo sofrer algum ajuste ao longo do tempo.

Assuntos que podem ser resolvidos por e-mail, devem ser resolvidos por e-mail. Não há necessidade de convocar o time para, por exemplo, passar vários slides, onde um apresenta o material e os demais apenas assistem, sem contribuir em nada com suas opiniões. É mais indicado que cada um leia o documento previamente, e nas reuniões todos possam discutir o assunto e ter suas dúvidas esclarecidas.

Para os OKRs funcionarem bem é preciso disciplina e envolvimento de todos. Essa ferramenta de gestão, quando bem implantada, determina que todos devem saber para onde rumar e como discernir se estão ou não na direção correta. Assim, é possível dar mais autonomia para as pessoas e construir um ambiente de confiança, com cada um sabendo o que precisa entregar, sabendo, inclusive, quando é necessário pedir ajuda.

Obviamente isso não acontece da noite para o dia, mas é um caminho perfeitamente possível de se trilhar e, naturalmente, uma rota acertada para se reduzir o número de reuniões.

PEDRO SIGNORELLI – Especialista na implementação do método OKR, fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar organizações em suas jornadas de transformação e gestão. (http://www.gestaopragmatica.com.br/).

EU ACHO …

A TENTAÇÃO TENENTISTA

Tratar o cidadão como incapaz e a si como filósofo iluminado é a receita do despotismo esclarecido

O tenentismo foi um forte movimento entre jovens oficiais das Forças Armadas no Brasil, na República Velha (1889- 1930). Promoveram muita agitação, como o levante do Forte de Copacabana e a Coluna Prestes. Não escreverei sobre o fato histórico do tenentismo. Quero falar de algo que permanece entre nós. Talvez sempre tenha estado aqui.

O Brasil precisa de reformas profundas. Se eu apresentar essa frase a Bolsonaro, Lula ou Ciro Gomes, creio, todos concordarão. Posso me sentar com alguém de extrema direita ou de extrema esquerda: todos concordam que deveríamos mudar muitas coisas nas leis, nos costumes e no processo político.

Os tenentes participam do mesmo sentimento. O Brasil precisa mudar. Porém, diziam: o povo é pouco educado, a alfabetização ainda mais limitada (década de 1920) e havia um sistema político viciado. Eleitores pouco conscientes, leitores escassos, políticos canalhas e voto duvidoso: esse era o caldo cultural do tenentismo. De onde poderia vir a mudança?

Aqui entra o que chamo de sentimento tenentista: não podemos consultar o povo. A população é boa, bem-intencionada, todavia fraca no discernimento; superficial na avaliação e alvo de qualquer demagogo ou populista.

Pobres na sua maioria, ágrafos, os eleitores cedem a promessas imediatas e vazias. Não seriam pessoas más, apenas crianças carentes e com pouca estrutura. Para fazer as reformas, devemos passar por cima dos políticos (todos corruptos!) e tentar expressar o que o povo não consegue fazer: executar o melhor para eleitores incapazes de tal elevado arbítrio.

Não surge no século 20. Há frases de D. Pedro II sobre inconstância e fraudes nas urnas. A desconfiança do sistema político atinge todos. A certeza de que os cidadãos médios são incapazes também. Um líder (ou um grupo) esclarecido, ético, cheio de ideias e bem-intencionado é a solução. Eles expressarão o verdadeiro rumo que o sistema político é incapaz de criar (e que os eleitores são impossibilitados de eleger).

A tentação tenentista inclui um programa moral de reformas e, para garantir a verdadeira opção pelos altos e reais interesses da população da pátria sofrida, deve tomar o poder e implantar o tratamento amargo que os partidos rejeitam. Apesar de serem uma força política, os novos tenentistas rejeitam o rótulo da chamada velha política. Tomam fortes à força, estabelecem golpes, desconfiam do voto, rejeitam a negociação que, na cabeça deles, sempre foi sinônimo de negociata.

É sabido que os tenentes tentaram diversos golpes contra o presidente Arthur Bernardes e outros. Na Era Vargas, quase todos foram promovidos e diminuíram seu ardor de mudança. Fazer do tenente um capitão – e até general – tende a aplainar diferenças dos promovidos com o sistema.

Fato histórico: os tenentes de 1922 tornaram-se generais em 1964. Continuavam críticos das oligarquias renovadas pelo populismo. Mantinham no seu projeto a ideia de que eles encarnariam a verdadeira mudança no Brasil. De quando em vez, as Forças Armadas mostram que o tenentismo é longevo e que o povo brasileiro ainda necessitaria, imaginam, de cuidados que só uma instituição sólida e acima do bem e do mal poderia oferecer.

A visão neotenentista (acho que o termo não existe, criei-o por necessidade) continua moralista, antipartidos, contrária ao debate que a democracia implica e fiel de que é a verdadeira chama da pátria que arde de forma perene só entre seus adeptos. O povo? Crianças mal orientadas. O voto? Pouco confiável. Os partidos? Argh! A liberdade? Justificativa para baderna. O mundo do neotenentismo é quase uma releitura da ideia platônica de um governo de filósofos que, pensando no grupo, estejam acima dos erros comuns de sectarismo das raposas do poder.

Os erros são evidentes. Falar em nome do povo é recurso de todo autoritário. O paternalismo da proposta justifica mais a ansiedade do progenitor do que o anseio dos filhos. Tratar o cidadão como incapaz e a si como filósofo iluminado é o velho modelo do despotismo esclarecido. É compreensível que o eleitor pense mais no político corrupto que lhe oferece um pé de bota, antes da eleição, do que no jovem messiânico que promete uma nova pátria gloriosa. O bonapartismo tenentista, a ideia de que eles pairam acima dos partidos, é uma velha e equivocada posição. Todo projeto tem uma origem social, vindo de um quartel, de um partido, de uma igreja ou de um coletivo. O bonapartismo é uma forma de disfarçar uma clara proposta de controle. Falar em nome de todos, na História, sempre foi diminuir o fato de que falo em meu nome e do meu grupo.

O neotenentismo existe e permanece entre lideranças e militares. Ele viceja na esquerda, na direita, entre jovens e entre antigos. Eles continuam com uma procuração da soberania popular, falam em nome do País e dos altos interesses da nação. Quase sempre naufragam e acabam apelando aos velhos vícios da política, seus canais mais carcomidos.

A velha política atrai os neotenentes para seu centro expandido – mais cedo ou mais tarde. Torna-os capitães, generais, sindicalistas, senadores, intelectuais, diretores, membros de comissões. A solução não está em educar ou conduzir o povo, tampouco em falar em seu nome. Não sei o destino final, mas o caminho passaria por ouvir, de verdade, o cidadão comum. Como? Você tem esperança?

LEANDRO KARNAL  – É historiador, escritor, membro da Academia Paulista de Letras e autor de ‘A Coragem da Esperança’, entre outros

ESTAR BEM

ESPECIALISTAS ENSINAM COMO COMEÇAR A FAZER MUSCULAÇÃO

Treino curto, simples e no começo do dia são algumas das recomendações

Ainda me lembro da sensação torturante de me pendurar nas barras de flexão na aula de ginástica do ensino fundamental, lutando com todas as minhas poucas forças para me sustentar.

Enquanto outras crianças pareciam naturalmente dotadas de força física, cheguei a acreditar que meus braços eram mais úteis para responder a perguntas em sala de aula.

No entanto, provei a força física desde então. Fiz um curso de levantamento de peso na faculdade e adorei a forma como me sentia ao ver o músculo aumentar. Antes de me casar, fiquei viciada nos treinos de barra e descobri a satisfação de conseguir carregar as compras por mais de dois minutos sem descansar.

Além das alegrias viscerais de me sentir forte, também sei dos benefícios da musculação para a saúde. Um estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine descobriu que combinar exercícios aeróbicos com uma ou duas sessões semanais de exercícios de força não apenas prolonga a vida, como melhora a qualidade de vida e o bem-estar.

Diversos estudos concluíram que o treinamento de resistência é bom para a saúde mental. Foi demonstrado que influencia positivamente a cognição e diminui a depressão e a ansiedade. As evidências também sugerem que simplesmente faz nos sentirmos melhor fisicamente.

Mas toda vez que fiz treinamento de força o suficiente para ter um progresso, minha dedicação final diminuiu, principalmente por causa das exigências da vida diária. Consumida por ciclos de trabalho, cuidados dos filhos e exaustão total, segui o caminho de menor resistência – literal e figurativamente.

A maioria dos americanos luta para encontrar tempo para o exercício de força. Embora o CDC (centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos) recomende que os adultos façam dois treinamentos de fortalecimento muscular por semana, apenas 31% de nós atinge essa marca.

Então, pedi a psicólogos do exercício, cientistas, treinadores e adeptos da musculação seus conselhos sobre como iniciar uma rotina duradoura de treinamento de força. Aqui está o que aprendi.

COMECE DEVAGAR

Para aqueles que não fazem musculação – ou já não praticam há algum tempo -, os especialistas sugerem começar com séries de força curtas, mas consistentes. “Estabeleça algumas pequenas metas para si mesmo”, disse Mary Winfrey-Kovell, professora convidada de ciência do exercício na Universidade Ball State. “Um pouco de movimento é melhor que nenhum.”

Quão devagar? Dependendo da agenda, necessidades e vontades. Os cientistas do exercício sugerem dedicar 20 minutos duas vezes por semana ao treino de força, ou talvez 10 a 15 minutos três vezes por semana.

Isso é sustentado por outro estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine, que descobriu que apenas 30 a 60 minutos por semana de treinamento de força podem trazer recompensas significativas no longo prazo, incluindo uma redução de 10% a 20% no risco de mortalidade, doenças cardiovasculares e câncer. (Notavelmente, os benefícios se estabilizaram após uma hora e diminuíram após duas horas por semana).

COMECE SIMPLES

O marketing fitness muitas vezes tenta nos convencer de que qualquer rotina que valha a pena deve envolver dispositivos sofisticados ou equipamentos especializados, mas na verdade você precisa de muito pouco. “O treinamento de força não precisa significar halteres, pesos superpesados e muitos equipamentos”, disse Anne Brady, professora de cinesiologia da Universidade da Carolina do Norte – Greensboro.

Exercícios de musculação que dependem do seu próprio peso corporal – pense em flexões, pranchas e sentar e levantar (às vezes chamado de levantamento de cadeira) – podem ser incrivelmente eficazes quando feitos de forma correta e consistente, disse ela. Você pode incorporar equipamentos à medida que progride em força e conhecimento.

ADMITA QUE É UM NOVATO

 Iniciar uma rotina de musculação quando você tem pouca ou nenhuma experiência pode parecer assustador – principalmente se você se exercita em uma academia ou espaço público sob o olhar de praticantes mais experientes. Muitos de nós “tentamos parecer que sabemos o que estamos fazendo”, disse Casey Johnston, autor da popular newsletter “She’s a Beast” (Ela é uma fera, em português) e do livro “Liftoff: Couchto Barbell” (Levantar: do sofá aos halteres, em português). “Não há problema em cometer erros. Tudo bem fazer perguntas.”

Mais que qualquer coisa, aprender a forma correta – e quais movimentos são mais seguros para o seu corpo – pode ajudar a evitar lesões e promover uma rotina duradoura.

Se você puder, considere contratar um personal trainer certificado para algumas sessões, virtuais ou presenciais, que criará um plano de treinamento e o guiará pelos exercícios. E, se você se exercita numa academia, não tenha medo de pedir orientação.

Uma vantagem de começar do zero? Sua força vai melhorar exponencialmente no início. “Acho que a maioria das pessoas ficaria surpresa com a rapidez com que podem ficar muito mais fortes”, disse Johnston. Depois de algumas sessões, disse ela, “você realmente sentirá a diferença na funcionalidade do seu corpo”.

EXERCITE-SE NO INÍCIO DO DIA

 Se você é como eu e frequentemente planeja fazer treino de força à noite, mas descobre que, às 17h ou mais tarde, você se sente incapaz de sair do sofá, os especialistas aconselham que você reserve um tempo no início da manhã.

Há uma razão para isso. Pesquisas sugerem que quanto mais autocontrole gastamos ao longo do dia menos temos para dar à noite. “Então, se você usou seu autocontrole para várias coisas e pretendia malhar à noite”, não causa surpresa se você ceder ao desejo de ficar parada na frente do telefone ou da TV em vez de suar, disse Elizabeth Hathaway, professora de psicologia do exercício e mudança de comportamento de saúde na Universidade do Tennessee em Chattanooga. “O autocontrole não é um recurso infinito.”

TENTE ‘EMPACOTAR A TENTAÇÃO’

Precisa de um empurrão extra? Kelley Strohacker, professora de fisiologia do exercício da Universidade do Tennessee – Knoxville que pesquisa a mudança de comportamento de saúde, sugere um truque de economia comportamental chamado “pacote de tentação”. Funciona assim: ao “empacotar” algo que amamos e esperamos – por exemplo, um podcast ou programa de TV favorito, um audiolivro ou uma playlist emocionante – com uma atividade que achamos desafiadora, podemos aumentar nossas chances de fazer esta atividade.

“Simplesmente combiná-las pode ajudar a aliviar um pouco o pensamento inicial de ‘eu realmente não quero fazer isso, mas sei que deveria’”, disse Strohacker. O segredo, no entanto, é só se permitir esse prazer enquanto faz o treino.

USE (QUASE) O QUE VOCÊ QUISER

Se a ideia de vestir uma “roupa de exercício” específica apresenta uma barreira para o treinamento de força, não se preocupe! “Vista qualquer coisa com a qual você se sinta confortável”, disse Brady.

“O mais importante é poder se movimentar livremente em diferentes amplitudes.” Você também pode se beneficiar se suas roupas “respirarem” para que você não fique superaquecido, mas não há necessidade de comprar roupas esportivas especiais que absorvem a umidade se você ficar mais confortável de pijama.

OBJETIVO É AVANÇAR

 Se você achar que precisa faltar às sessões, tenha autocompaixão, disse Strohacker. A musculação, como todos os exercícios, é um jogo longo, e o objetivo final é conseguir manter consistência ao longo de nossas vidas, apesar dos contratempos no percurso.

“Nossa cultura promove a narrativa de “você consegue fazer se realmente quiser”, disse ela. “Isso é muito simplificador.” A vida acontece.

Pesquisas sugerem que o verdadeiro caminho para a longevidade e consistência em qualquer atividade é “curtir e se sentir realizado”, acrescentou ela. Isso se torna mais fácil quando celebramos nosso progresso, por menor que seja, e encontramos o caminho de volta quando nos desviamos do curso.

CONSIDERE UM TREINO DE SOFÁ

 Se a vontade de passar um tempo no sofá parece avassaladora, faça o sofá trabalhar para você: use-o como um equipamento para facilitar seu treino.

Com um sofá, você pode fazer exercícios de se sentar e levantar-se, disse Brady. Você pode se virar e fazer flexões ou pranchas.

E se quiser assistir à TV enquanto se exercita no sofá escolha programas com comerciais e experimente o “desafio do comercial”, sugere Winfrey-Kovell. Nos intervalos, faça marchas ou levantamentos de pernas, ou mantenha pesos pequenos ao lado e os levante até que o programa recomece. Apenas se certifique de manter uma boa postura e forma.

“Não devemos nos exercitar com as costas na posição de camarão”, disse ela. Mas, “se os quadris estão na posição correta, a coluna está alinhada, os ombros estão para trás e seus pés podem tocar o chão”, há muita coisa que você pode fazer no sofá.

UMA ROTINA

Pronto para começar? Brady recomenda começar com esta rotina básica de fortalecimento. O único equipamento que você vai precisar é seu próprio corpo e um conjunto de faixas de resistência, que você pode comprar por menos de R$ 100 online.

Complete cada exercício, na ordem, de 10 a 15 vezes, depois volte e faça uma segunda série. Os exercícios alternam grupos musculares e devem ser realizados com um nível moderado de intensidade – o que você achar adequado.

TENTE ESTA ROTINA INICIAL DE 20 MINUTOS

1.  Flexões (ou flexões modificadas)

2.  agachamento

3.  Remada sentado com faixa de resistência

4.  Pontes de glúteos

5.  Desenvolvimento com faixa de resistência

6.  Perdigueiro

7.  Pulldowns com faixa de resistência

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

NOITE INFELIZ

Distúrbios do sono crescem entre crianças; conheça os mais comuns

Os malefícios decorrentes de uma rotina de sono reduzido ou de baixa qualidade entre adultos, como o aumento no risco para doenças cardiovasculares e a piora da saúde mental, são amplamente debatidos hoje. No entanto, as crianças também sofrem com o descanso insuficiente, e de forma crescente desde que a pandemia alterou hábitos e elevou o tempo delas com dispositivos eletrônicos.

Especialistas alertam para o fato de que a insônia entre os pequenos é mais preocupante, pois trata-se de uma fase da vida em que o cérebro ainda está em formação, e muitos não conseguem comunicar as queixas durante à noite.

“A maioria das alterações na infância pode interferir no aprendizado, na atenção da criança, no comportamento diurno. Então, a noite mal dormida vai ter uma série de efeitos durante o dia, podendo deixar a criança mais agitada, com um rendimento escolar prejudicado”, explica a neurologista e neuropediatra Rosana Alves Cardoso, da Associação Brasileira do Sono (ABS).

Profissionais ouvidos dizem que os distúrbios do sono em crianças têm crescido de forma clara nos últimos anos, especialmente depois dos impactos da pandemia. O fato de grande parte das atividades do dia a dia, como as aulas e o lazer, ter migrado para equipamentos eletrônicos produziu efeitos diretos na hora de dormir.

“Sem dúvidas houve um aumento nas reclamações. Na pandemia, os jovens ficavam mais de dez horas ligados em eletrônicos. A criança na idade escolar ficava em média cinco horas assistindo às aulas, depois fazendo tarefa de casa e, no restante do tempo, o único lazer que eles tinham era com as telas. Eles não largam o aparelho e dormem, existe uma rotina para você desacelerar que leva tempo”, afirma o pediatra Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono e presidente do departamento científico de medicina do sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Para entender melhor esse cenário, especialistas explicam que há três principais distúrbios do sono que são mais prevalentes em crianças até a fase da adolescência, por volta dos 15 anos. Confira as características e tratamentos de cada um.

INSÔNIA COMPORTAMENTAL

A insônia comportamental envolve também dificuldades para adormecer, mas trata-se de um quadro diferente daquele observado em adultos – que pode ter como desencadeadores problemas de saúde mental e até predisposições genéticas. No caso das crianças, Rosana Alves Cardoso, da ABP, explica que há uma associação com determinados hábitos que condicionam o início do sono.

“A insônia comportamental tem muito a ver com hábitos inadequados da família. É aquela criança que às vezes tem uma falta de limite, uma recusa ou demora para dormir no horário estabelecido”, explica.

Moreira, da SBP, esclarece que a situação é diferente do bebê nos primeiros meses de vida que acorda para ser amamentado, por exemplo, quando há uma transição de um sono chamado de polifásico, fragmentado, para o que dura quase a noite inteira. No caso da insônia comportamental, esse processo é atrasado. A criança estar muito irritada é um dos sinais do problema.

Na maioria das vezes, o problema demanda apenas estratégias para modificar esses gatilhos. É importante, por exemplo, ensinar a criança a dormir sozinha e evitar a associação com hábitos específicos. Moreira acrescenta, porém, que em alguns casos a causa pode ser questões médicas, como uma infecção ou alergia. Nessa situação, um pediatra deve ser consultado.

APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Outro problema que pode se apresentar na infância, a apneia é um quadro mais comum entre aqueles de 2 a 8 anos e demanda uma maior atenção por oferecer mais riscos à saúde. O quadro leva ao bloqueio das vias aéreas várias vezes durante a noite.

“Ela não é fácil de reconhecer como a insônia, porque a princípio a criança está dormindo. O principal sintoma é o ronco alto, que nem o do adulto. Roncar de vez em quando por quadros de alergia ou resfriado é uma coisa, mas se em mais da metade das noites ela está roncando há um sinal de alerta”, explica Moreira.

Os especialistas destacam que essas pausas na respiração podem levar a um atraso no desenvolvimento da criança. Por isso, outro sinal é, por exemplo, quando o maior de 4 anos ainda faz xixi na cama. Alterações durante o dia, como hiperatividade e falta de atenção, também são pontos de alerta.

“Na apneia, o indivíduo ronca, engasga e não consegue puxar o ar, então ele tem interrupções frequentes da respiração que levam a oxigenação mais baixa e, consequentemente, a questões neurológicas”, acrescenta. A principal causa, segundo os pediatras, é o aumento das amígdalas e da adenoide, tecidos que crescem nos primeiros sete anos de vida. Em caso de crescimento excessivo, o tratamento pode envolver a retirada dos tecidos.

PARASSONIAS

Entre as crianças mais velhas, que estão entrando na fase da pré-adolescência, os pediatras apontam que o distúrbio mais comum são as parassonias, que englobam o sonambulismo, o terror noturno e o despertar confusional. Eles são ligados à fase inicial do sono, provocando um acordar parcial. Nesse momento, a pessoa mistura elementos do sono, e podem surgir manifestações como grito, choro e movimentos.

O mais conhecido é o sonambulismo, mais frequente entre crianças de 8 a 12 anos. É quando a pessoa se levanta, caminha, muitas vezes até conversa. No geral, os médicos explicam que é um quadro que costuma ser passageiro, e sabe-se que há fatores de predisposição genética. Existem medicações auxiliares em casos muito graves, mas geralmente basta esperar que eles passem. Hábitos como o excesso de eletrônicos próximo a hora de dormir, por exemplo, pioram o distúrbio. Além disso, é preciso pensar na segurança delas, que podem sair andando pela casa enquanto dormem. Outra parassonia é o chamado terror noturno. Nele, a criança começa a gritar e chorar enquanto dorme, tem elevação da frequência cardíaca e pode apresentar sudorese. Pediatras explicam que o quadro é mais comum entre 3 e 6 anos, com episódios curtos e passageiros. É possível procurar um médico em casos graves frequentes, mas eles costumam cessar.

O mesmo vale para o despertar confusional, mais frequente nas crianças de 7 a 12 anos. Nele, o pequeno apresenta fala arrastada, por vezes agressiva. Mais uma vez, os bons hábitos (chamados de higiene do sono) reduzem a agitação e melhoram os sintomas.

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