OUTROS OLHARES

FRAUDE ATRÁS DE FRAUDE

Em meio à explosão de golpes, até salário some da conta das vítimas

Acostumada a receber seu salário – cerca de R$ 25 mil – logo nos primeiros dias do mês, a servidora federal X. estranhou quando, no dia 6 de junho, o dinheiro ainda não tinha entrado na conta. Ao fazer contato com o empregador, recebeu a informação de que o valor já havia sido depositado. Ela resolveu, então, falar com o gerente do seu banco, Itaú, e veio a surpresa: o salário tinha ido para uma conta aberta em seu nome no PagSeguro para a qual fora pedida a portabilidade. O novo golpe já vem fazendo vítimas Rio afora e ajuda a ilustrar a explosão de casos de estelionato, que já superaram os de roubo e caminham a passos largos para ultrapassar também os de furto como tipo de crime mais comum no estado.

Em maio, de acordo com os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), um a cada seis registros de ocorrência no estado dizia respeito a estelionatos. No acumulado do ano, já são 51.153 golpes denunciados à polícia, muitos deles envolvendo múltiplas vítimas. O número representa um aumento de 115% em relação ao mesmo período do ano passado. É como se uma nova fraude fosse relatada a cada quatro minutos, em média.

PORTABILIDADE CRIMINOSA

Localizamos três casos como o da servidora nas delegacias do estado. Na fraude, que foi batizada como golpe da portabilidade do salário, criminosos utilizam documentos falsos, com dados da vítima, e abrem uma conta em outro banco – em geral, os digitais – para a qual será pedida a portabilidade. Essa solicitação pode ser feita pelo aplicativo dos bancos, sem que seja necessário ir até uma agência.

X. ressalta que não foi consultada pelo Itaú sobreo pedido de portabilidade e tampouco deu anuência para que isso ocorresse. Ela acrescenta que o mais assustador é que, depois que foi feito o procedimento, sequer consta a entrada do salário em sua conta e a saída para a do PagSeguro. O dinheiro foi direto para a nova conta, sem que tenha deixado rastros.

“Fiquei muito chocada coma vulnerabilidade. Questionei como ninguém do banco tinha me informado da portabilidade, se eu não precisava dar anuência. Não sabiam me dizer, falavam apenas que a portabilidade tinha sido feita. Simples assim. Apertam um botão e está feito. É assustador. Recebo várias ligações do banco, o tempo todo, para falar de possibilidades de investimentos, mas, para fazer uma portabilidade de todo o meu salário, ninguém me liga?”, questiona.

A servidora vai entrar na Justiça contra o Itaú e também contra o PagSeguro. X. explica que conseguiu o dinheiro de volta em 72 horas, mas após contatos pessoais que a ajudaram no processo. Agora, seu receio é que os golpistas façam uma nova portabilidade e consigam desviar seu salário novamente. A Polícia Civil solicitou ao PagSeguro os documentos usado na abertura da conta em nome de X., além de ter pedido à Justiça a quebra do sigilo bancário e o bloqueio da conta aberta no nome da servidora.

“É impressionante essa facilidade de abrir uma conta nova apenas com identidade e CPF. E até agora não sei ao certo quais dados meus eles (criminosos) têm, se possuem documentos meus ou se criaram falsos. Mas estou apreensiva, pois não sei como será no próximo mês”, afirma a mulher. Desde 2018, fazer a portabilidade salarial se tornou mais fácil. Até então, só era permitido fazer o pedido à instituição contratada pelo empregador para depósito do salário. Com a nova regra do Banco Central, passou a ser possível pedir ao banco no qual a pessoa possui a conta-salário ou à instituição financeira na qual pretende passar a receber, abrindo uma nova conta. Todo o processo pode ser feito por aplicativo.

Os golpistas encontram facilidade porque conseguem fazer a solicitação abrindo essa nova conta com dados vazados ou furtados. Os servidores acabam sendo alvos mais escolhidos porque muitas vezes seus dados são públicos. Há casos assim também no Pará, no Paraná e em Mato Grosso.

BANCOS DEVEM CHECAR

Gerente Executivo de Soluções de Prevenção à Fraude do Serasa Experian, Rafael Garcia alerta que a regra permitindo que o pedido de portabilidade seja feito na nova conta, que pode ter sido aberta com dados fraudados, tem contribuído para que os golpes ocorram. Ele acrescenta que a obrigação de realizar o procedimento com segurança é dos bancos:

“Nesses casos, aquele que permitiu a abertura da conta de forma fraudulenta e o que permitiu que a portabilidade fosse feita sem consentimento (do verdadeiro titular da conta) devem ser responsabilizados. Os bancos de origem (do empregador) também não têm feito qualquer checagem nesse sentido.

Assim como a servidora X., o idoso Z. também tomou um susto ao não encontrar o seu salário na conta. Em janeiro deste ano, após ter sido vítima do golpe, o servidor público foi até o Banco do Brasil, onde recebia os vencimentos, e foi informado de que havia sido solicitada uma portabilidade para um banco digital, o Nação BRB FLA. A vítima registrou o caso na 5ª DP (Mem de Sá), que segue investigando o caso. À polícia, Z. informou que estava desesperado, pois ficou sem dinheiro para custear suas despesas mensais.

Já uma engenheira, moradora da Zona Sul do Rio, relatou à polícia que foi vítima de uma quadrilha que agiu de forma um pouco diferente. Os criminosos abriram duas contas bancárias em seu nome em diferentes bancos e solicitaram a portabilidade do salário à empresa onde ela trabalha. O golpe não deu certo porque a área de Recursos Humanos da companhia fez contato com a engenheira para confirmar o pedido. O caso também segue em investigação também pela 5ª DP.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirmou que seus associados mantêm equipes de combate à fraude documental. Questionado sobreo caso de X., o Itaú não esclareceu por que a portabilidade foi feita sem o consentimento da correntista e alegou que assim que recebe um pedido de portabilidade de outra instituição notifica o cliente para que possa se manifestar. O PagSeguro não respondeu, e o BRB argumentou que utiliza ferramentas de controle na abertura de contas. Já o Banco do Brasil informou que dispõe de procedimentos de segurança para prevenir casos de fraude e que o caso do idoso está sob análise.

COMO AGEM OS ESTELIONATÁRIOS

Documentos falsos com fotos dos golpistas são apresentados ao banco

Com dados da vítima, os criminosos abrem uma conta nova em seu nome, em geral em bancos digitais.

Em alguns casos, os criminosos falsificam documentos com os dados da vítima, mas usam uma foto de algum integrante do esquema. A abertura de contas em bancos digitais pode ser feita de forma virtual.

Os criminosos pedem, no banco no qual abriram a nova conta, portabilidade do salário da vítima cujos dados foram usados. O pedido pode ser feito pelo aplicativo da instituição financeira.

A solicitação da portabilidade é feita pelo banco que recebeu o pedido para aquele no qual a vítima possui conta-salário.

Com a portabilidade concluída, no mês seguinte o salário da vítima sequer cairá em sua conta, indo direto para a nova, criada pelos golpistas.

SOBRE A PORTABILIDADE

É possível pedir a portabilidade ao banco no qual o cliente recebe o salário ou na instituição financeira na qual a nova conta foi aberta. A solicitação pode ser feita por aplicativo.

DICAS PARA EVITAR O GOLPE

Esteja atento às tentativas de criminosos de furtar seus dados pessoais, com links enviados para e-mail ou celular pedindo o preenchimento de dados para participar de pesquisas ou falsas promoções de estabelecimentos, por exemplo.

É preciso ter atenção aos sites de compras, nos quais é comum fornecer muitos dados pessoais. Certifique-se de que o mesmo é confiável.

A medida mais importante, em relação ao golpe da portabilidade, é monitorar seu CPF e as contas abertas relacionadas a ele. É possível fazer essa checagem no Registrato, do Banco Central. Para ter acesso ao sistema, é preciso ter uma conta no sistema do governo federal (gov.br). Também é possível fazer o acesso com o login do próprio Registrato, no entanto, a criação de novas contas está suspensa.

GESTÃO E CARREIRA

PRESENÇA FEMININA NAS EMPRESAS AINDA ESBARRA EM MITOS A SEREM SUPERADOS

Executivas relatam dificuldades em implantar ações que incluam mulheres, mas dizem que o quadro está mudando

O resultado obtido em 2018 pela EDP Brasil, com a formatura da primeira turma da escola de eletricistas criada pela empresa exclusivamente para mulheres, é mais do que simbólico. Pode até parecer óbvio, a iniciativa tomada pela companhia do setor energético, mas ela só virou realidade após a ultrapassagem de alguns obstáculos.

“A primeira dificuldade que tivemos foi convencer, até internamente, que haveria demanda para a escola”, afirmou Fernanda Carsughi, vice-presidente de Pessoas & ESG da EDP Brasil, no Summit ESG, do Estadão. Na verdade, alguns indicadores ajudavam a corroborar o mito de que as mulheres não iriam se interessar em serem capacitadas na área. Mas um exame mais detalhado do assunto rapidamente identificou o real problema.

Na fase de estruturação do programa, explicou Fernanda, entendeu-se que havia algumas regras do edital do concurso que travavam a participação de mais gente. “Havia pré- requisitos técnicos que muitas mulheres, por não terem estudado na área, não tinham. Outra questão foi que retiramos a obrigação de as candidatas terem CNH no início do processo. Depois, durante o curso, demos condições para que elas conseguissem o documento.”

RESULTADO

Por volta de 800 candidatas se inscreveram na primeira turma da escola em 2018. Da classe feita em Mogi das Cruzes, com 16 alunas, 7 foram selecionadas para trabalhar na própria empresa. “Tivemos de dar alguns passos para trás, mas foi importante para solidificar o modelo”, disse Fernanda. As ações afirmativas para aumentar a participação feminina no mundo corporativo já consegue apresentar alguns resultados palpáveis, segundo Carolina Figueiredo, diretora de Estratégia da Philip Morris Brasil. A meta da empresa para este ano é chegar em dezembro com 40% dos cargos de liderança da companhia ocupados por mulheres. “Agora, estamos muito perto, com 39,6%”, explicou a executiva da empresa no Summit ESG. Se a meta não for atingida, o bônus de fim de ano dos executivos será afetado. “Temos ainda vários programas de desenvolvimento para as lide- ranças femininas tanto júnior quanto mais sênior”, disse.

No caso da Neoenergia, que inclusive passou a apoiar o futebol feminino em um país onde, por 38 anos, entre 1941 e 1979 a lei proibia as mulheres de jogar bola, a questão de gênero está em sintonia com o discurso principal da empresa, voltado para a transição energética, em direção a um mundo mais sustentável, e a economia de baixo carbono de forma geral, segundo Laura Porto, diretora de Renováveis do grupo. “É uma mudança de cultura que está em curso. O ESG é tratado como uma pauta real e não um discurso teórico.” O que não significa, segundo Maristella Iannuzzi, fundadora da CMI Business Transformation, que a preocupação, por exemplo, em contratar pessoas com mais de 50 anos esteja consolidada no mundo corporativo. “O etarismo ainda é um assunto muito discreto nas empresas. Apesar da questão de gênero ter avançado, pautas como o 50+ LGBTQIA+ ainda são muito incipientes”, disse a consultora.

EU ACHO …

A VIDA QUE PEDIU A DEUS

Se fosse feita uma enquete nas ruas com a pergunta “você tem a vida que pediu a Deus?”, a maioria responderia com um sonoro quá quá quá. Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado. Mas mesmo os que teriam motivos para estar – aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade – também não têm achado muita graça na vida.

O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não aguentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.

Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, do papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.

Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém os força a nada, nem o governo, nem o papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?

Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e se arriscar no desconhecido. Reconheço os diversos fatores – família, amigos, opinião alheia – que nos conduzem ao acomodamento.

Por outro lado, sei que esse meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.

A mulher que diz que adoraria se separar, mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.

É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudar ou a manter as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de se queixar, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E, então, deixar de sofrer.

***MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

COMO DIRECIONAR EXERCÍCIOS PARA COMBATER ANSIEDADE E ESTRESSE

Diretora de centro em Ontário conta, em livro, sobre quais exercícios, e em que medida, ajudam a recuperar saúde mental

Quando Jennifer Heisz estava na pós-graduação, pegou emprestada a bicicleta velha e enferrujada de uma amiga – e acabou redirecionando sua carreira. Na época, ela estudava neurociência cognitiva, mas, insatisfeita com a direção de seu trabalho e com sua vida pessoal, começou a sentir o que agora reconhece como “ansiedade muito grave”, como me disse recentemente. Sua amiga sugeriu, como alívio, andar de bicicleta. Sem ser muito atlética antes, ela começou a pedalar com entusiasmo. “Isso acalmou minha mente”, disse ela depois.

Essa descoberta a convenceu a mudar o foco de sua pesquisa. Agora diretora do NeuroFit Lab da McMaster University em Hamilton, Ontário, ela estuda a interação entre a saúde física e emocional e como o exercício físico ajuda a evitar ou tratar depressão, ansiedade, estresse e outras condições de saúde mental.

“Os efeitos do movimento na mente são muito profundos e fascinantes”, definiu Heisz.

Essa é a ideia que anima seu novo livro, Move the Body, Heal the Mind (“Mexa o Corpo, Cure a Mente”, em tradução livre), que detalha a ciência mais recente sobre exercícios e saúde mental, bem como sua própria jornada da inatividade e de colapsos emocionais em série até o treinamento de triatlo e aumento da serenidade. Recentemente, falei com Jennifer Heisz sobre seu livro e o que ela pode nos dizer sobre saúde mental, os benefícios do exercício leve, as tensões dos anos de pandemia e como escolher o treino certo, agora, para elevar seu ânimo. Segue nossa conversa editada.

PODEMOS FALAR SOBRE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ANSIEDADE, QUE MUITOS DE NÓS ESTAMOS SENTINDO HOJE EM DIA?

Fazer exercício é extremamente benéfico para reduzir a ansiedade. Na verdade, no final de cada treino você normalmente obtém um breve alívio da ansiedade, devido ao neuropeptídeo Y, que aumenta com o exercício. É um fator de resiliência. Ajuda a acalmar a amígdala ansiosa – que é a parte do cérebro que reconhece o perigo e nos coloca em alerta máximo. Nos últimos anos, com a pandemia, nossa amígdala esteve hiperalerta, desencadeando uma resposta quase constante ao estresse. Essa cronicidade do estresse começa a deixar nossas mentes realmente com medo e você fica com uma ansiedade constante. O exercício, ao regular o neuropeptídeo Y, ajuda a acalmar a amígdala ansiosa, a diminuir o medo, a hipervigilância e a nos manter mais calmos.

ALGUM TIPO ESPECÍFICO DE EXERCÍCIO?

O legal é que exercícios leves a moderados, como caminhar, são suficientes. Pesquisas do meu laboratório mostram que esse tipo de exercício reduz a ansiedade imediatamente após o treino e, com o tempo, se você continuar se exercitando, reduz a ansiedade ainda mais e por mais tempo. Parece que cerca de 30 minutos desse tipo de exercício, três vezes por semana, já é bom. Caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar são atividades que funcionam no caso.

E QUANTO A TREINOS MAIS INTENSOS?

Você precisa ter cuidado com exercícios muito intensos. Se você está ansioso, já está sob estresse. O exercício de alta intensidade também é um tipo de estresse. Mas nossos corpos só têm, em geral, uma res- posta ao estresse. Então, durante exercícios intensos você adiciona um estresse físico extremo ao estresse que seu corpo já está sentindo – e aí tudo pode se tornar demais. Logo antes da pandemia, eu treinava para um triatlo e fazia muitos treinos de alta intensidade. Mas quando a pandemia começou, eu estava sentindo tanto estresse emocional que não conseguia terminar esses treinos. Então, recuei. O que eu diria às pessoas é que, quando você já está se sentindo estressado, o exercício prolongado e intenso pode não ser a opção certa.

O QUE VOCÊ RECOMENDARIA ÀS PESSOAS?

Que procurem fazer exercícios confortavelmente desafiadores, para que a frequência cardíaca seja elevada, mas não acelerada. Para muitas delas, isso significaria dar um passeio rápido pelo parque ou pelo quarteirão.

O EXERCÍCIO FÍSICO AJUDA DO MESMO MODO CONTRA DEPRESSÃO?

Classicamente, a depressão tem sido atribuída à falta de serotonina no cérebro, coisa que os antidepressivos tratam. Mas, para algumas pessoas com depressão, as drogas não funcionam bem, provavelmente porque a serotonina não é o problema delas. Muitos dos que estudam a depressão agora pensam que o problema pode envolver inflamação, que está ligada ao estresse. A inflamação começa a danificar as células, induzindo uma resposta imune e aumentando a inflamação, que pode entrar no cérebro, afetando o humor. Para essas pessoas, o exercício pode ser o remédio de que precisam, pois ajuda a combater a inflamação. Em estudos, quando os indivíduos que não responderam a antidepressivos começam a se exercitar, geralmente observam reduções significativas em seus sintomas.

DE QUANTO EXERCÍCIO ESTAMOS FALANDO?

Um estudo que analisou quanto exercício você precisa para combater a depressão comparou 150 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana, que é a recomendação- padrão de exercícios para a saúde física, com um quarto disso. E ambos os grupos se beneficiaram da mesma forma. Então, parece que a prescrição de exercícios para a saúde mental é menor do que para a saúde física, o que é muito legal.

VOCÊ FALA EM SEU LIVRO SOBRE SUAS CRISES DE ANSIEDADE, ESTRESSE E TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO, INCLUSIVE APÓS O NASCIMENTO DE SUA FILHA E, MAIS TARDE, SEU DIVÓRCIO. O EXERCÍCIO A AJUDOU A LIDAR COM ISSO?

Ele é a chave. A doença mental pode acontecer a qualquer pessoa, mesmo às que parecem estar lidando bem com as coisas. Para mim e muitas outras pessoas, as transições de vida, como divórcio e nascimento dos filhos, podem ser desafiadoras. Depois do meu divórcio, eu realmente precisava de algo para redirecionar minha vida. E eu sabia o quão potente o exercício, como estímulo, altera o cérebro. Alguém mencionou triatlos. Eu ainda estava andando de bicicleta na época. Então, adicionei a corrida e a natação.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SAÍDA PARA ANSIEDADE TAMBÉM PODE ESTAR NO PRATO

Ovo, frutas cítricas e oleaginosas têm propriedades que atuam no bem-estar e no bom funcionamento do sistema nervoso

Há quem diga que a ansiedade é o mal do século. Após a pandemia, não restou dúvidas. O avanço das medidas restritivas para conter o vírus, o luto por milhões de vidas perdidas, o isolamento social e o trabalho home office ajudaram a aumentar suas manifestações, ao lado do estresse e da depressão. São milhões de pessoas diagnosticadas ao redor do mundo. Mas a solução pode estar nos hábitos, inclusive alimentares.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 18,6 milhões de brasileiros, quase 10% da população, conviviam com quadros ansiosos em 2019. Trata-se do país com maior número de pessoas afetadas. Um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) em 2021 confirmou que, em uma lista de 11 países, o Brasil lidera em casos de ansiedade, com quase 65% dos entrevistados, à frente de nações como Estados Unidos e Irlanda.

Outra pesquisa, desenvolvida em conjunto pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez a mesma constatação. De acordo com os pesquisadores, 40,4% dos brasileiros se sentiam frequentemente tristes ou deprimidos, e 50,6% relataram estar constantemente ansiosos ou nervosos durante a pandemia.

Segundo estudos feitos pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das principais medidas para conter e driblar o mal do século começa em casa, mais precisamente à mesa, com alguns alimentos. Apesar de eles ajudarem a combater e prevenir a doença, é necessário sempre procurar o auxílio de um médico diante dos sintomas de ansiedade. Confira os alimentos mais indicados.

OVO

Pesquisas apontam o ovo como um dos principais alimentos para o combate da ansiedade. Isso porque ele carrega o triptofano, aminoácido responsável pela produção de serotonina, conhecido como o hormônio do prazer. Para que possamos manter níveis adequados da substância no organismo, é recomendado o consumo de, pelo menos, dois ovos por semana. No ovo encontramos vitaminas do complexo B e D, que têm sua carência associada a transtornos de humor. E ainda contém colina, uma espécie de vitamina V que ajuda a produzir acetilcolina, neurotransmissor responsável pela saúde cerebral.

BANANA

A fruta mais popular do Brasil é rica em triptofano e potássio, o que também ajuda no combate a ansiedade e depressão. Além disso, ela tem bons níveis de vitamina B6, que facilita a síntese de serotonina. Já o magnésio da fruta promove o relaxamento. É indicado que se coma pelo menos uma por dia, entre as refeições ou pela manhã.

PEIXES GORDUROSOS

Outros exemplos são peixes gordurosos como o salmão, a sardinha e a truta, ricos em ômega-3. Esse tipo de gordura ajuda no aumento de produção de resolvinas e auxilia na redução da quantidade de citocinas, o que promove uma melhor comunicação entre neurônios e mantém áreas do cérebro, como o hipocampo, bem preservadas.

FRUTAS CÍTRICAS

Pessoas que sofrem de ansiedade perdem vitaminas e minerais com muita facilidade, por isso existe a necessidade constante de repor esses nutrientes. O consumo de frutas cítricas, como a laranja, limão e a tangerina, ajudam a promover o bom funcionamento do sistema nervoso, visto que a vitamina C auxilia na produção de serotonina, aumentando, assim, a sensação de bem-estar e evitando a fadiga.

NOZES, AMÊNDOAS E CASTANHAS-DO-PARÁ

Elas fazem parte da turma de oleaginosas. São alimentos ricos em magnésio, vitaminas do complexo B e triptofano, que contribuem para minimizar o estresse, combater a depressão e ainda induzem ao sono. Entretanto, por conter gordura, mesmo que seja considerada a “boa”, deve ser consumida com moderação. Uma porção com um mix de cada uma é o suficiente por dia.

ABACATE

Além do magnésio, que promove o relaxamento, a fruta contém beta-sitosterol, substância que atua na regulação do cortisol — conhecido como o hormônio do estresse, que deixa o corpo todo em ritmo acelerado. Também dá uma força ao funcionamento intestinal, facilitando a síntese de neurotransmissores que melhoram o humor.

UVA

Um dos elementos principais da uva são as vitaminas do complexo B, que promovem o bom funcionamento do sistema nervoso central.

ALFACE

Ela tem em sua constituição a lactucina, que tem propriedade calmante e está concentrada, principalmente, no talo. A verdura deve aparecer no cardápio diariamente, em quantidade equivalente a um prato de sobremesa por refeição. Também é possível fazer chá das folhas de alface, priorizando o talo no preparo.

AVEIA

Ela traz boa dose de magnésio. Além disso, contém vitaminas do complexo B, que ajudam a modular a química cerebral e favorecem a síntese de serotonina. Também é rica em fibras, o que auxilia no bom funcionamento intestinal.

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