OUTROS OLHARES

A PELE QUE HABITO

Tatuagem redesenha vida de mulheres marcadas pela dor

Os traumas do abuso psicológico e da violência doméstica do antigo casamento deixaram cicatrizes no corpo e na alma da copeira Liliana, de 50 anos. Após levar três facadas e se automutilar na tentativa de fugir das agressões, o simples ato de se olhar no espelho passou a ser uma volta dolorosa ao passado. Em busca de ressignificar suas dores, em fevereiro deste ano, ela tatuou um leão no braço e encobriu uma das cicatrizes. A técnica artística usada para dar novo significado a corpos mutilados pela dor ou pelas cicatrizes, que começou a se popularizar no Brasil nos últimos quatro anos, tem redesenhado histórias de vida de mulheres como Liliana.

A recuperação do amor próprio através do traço de artistas também tem sido cada vez mais por vítimas de acidentes, doenças ou até mesmo de cirurgias mal feitas. Liliana optou pelo simbolismo da força do leão para amenizar marcas de automutilação no braço direito. Com uma borboleta amarela na cabeça, o animal virou uma espécie de alter ego dela.

“Escolhi fazer o leão pois além de achar um animal lindo, representa força e respeito. Depois de 26 anos de um casamento sufocado por humilhações, ele era o que precisava para me sentir forte e respeitada”, relata a copeira, que preferiu não divulgar o sobrenome, e atualmente vive sob medida protetiva após ter sido vítima de tentativa de feminicídio, em 2019, quando só não foi morta porque o filho a salvou do ex-marido que, revoltado, ateou fogo no prédio em que ela morava destruindo seis apartamentos.

CICATRIZ DESDE OS 8 ANOS

Liliana é uma das mulheres atendidas pelo projeto social We Are Diamonds, que já fez mais de 180 tatuagens gratuitas. Criada pela tatuadora Karlla Mendes, a iniciativa surgiu em 2017, após ela receber a proposta de produzir uma arte em cima de uma marca cirúrgica. Karlla estudou por conta própria e, atualmente, tem a ajuda de um cirurgião plástico e de uma dermatologista para avaliar cada tipo de pele dos clientes, que são na maioria mulheres. Ela estará na próxima Tatoo Week, a maior convenção de tatuagem do mundo, que acontece no Rio de Janeiro, para ensinar sobre o procedimento.

“Como muitas cicatrizes têm relevos ou buracos, é preciso analisar o tipo de desenho que se encaixa melhor, aproveitando a estética aprofundada para fazer tons sombreados, e direcionar a luz para outras partes. É realmente uma arte que dá vida para nós que fazemos e para quem é tatuado”, diz a tatuadora.

Também beneficiada pelo projeto, a bibliotecária Valéria Festa, de 52 anos, foi atropelada por um carro em alta velocidade aos 8 anos. O forte impacto quebrou sua perna esquerda em dois lugares (joelho e fémur), e gerou uma fratura exposta. Após oito cirurgias e um ano internada, devido às complicações de uma infecção. Valéria ganhou no Dia Internacional da Mulher deste ano uma tatuagem de flores sobre as cicatrizes que têm desde o Dia das Crianças de 1978. O desconforto que sentia ao olhar o resultado do acidente agora não existe mais.

“Me perguntaram se doeu. De verdade? Não! As dores, eu senti lá no passado. Agora, são transformação e ressignificação. Me perguntaram também se quis me livrar das cicatrizes por causa dos olhares das outras pessoas, mas fiz por mim”, afirma.

Os primeiros registros da tatuagem no Brasil datam da chegada dos portugueses ao país, quando o escrivão Pero Vaz de Caminha observou a pintura corporal presente na cultura indígena.

Por séculos e séculos, o preconceito contra os povos originários fez com que a tinta sobre a pele fosse sinônimo de imoralidade, especialmente entre as mulheres, de acordo com a professora e mestre em sociologia Luana Thaísa Pedrosa.

“A mulher tatuada sempre foi associada à promiscuidade, a partir da ideia de que no século XVI as indígenas que se pintavam ficavam nuas. A nudez na cultura ocidental e católica que colonizou o Brasil sempre foi vista como falta de pudor. Tanto que associaram a prática ao pecado. No homem, essa cultura sempre foi mais normalizada”, pontua a socióloga, acrescentando que a tatuagem só começou a ser culturalmente aceita nos últimos 20 anos, com o fortalecimento do movimento feminista. “A tatuagem cria novos padrões de beleza por ter diferentes estilos. A mulher que sofre violência doméstica não é dona do próprio corpo, os maridos as proíbem de sair, de usar determinadas roupas. Quando ela coloca uma tatuagem por cima da cicatriz, passa a decidir o que vai fazer com o seu corpo, além de cobrir um sofrimento que viveu. É uma carta de alforria.

HOMEM TRANS É ADEPTO

Também especialista em tatuar cicatrizes, Flávia Carvalho explica que o tempo médio de espera para fazer a tatuagem é de cerca de um ano e meio após o acidente, até que o ferimento esteja completamente cicatrizado. Idealizadora do projeto social “A Pele da Flor”, criado em 2015, a profissional, que é autodidata e atua em Curitiba (PR), já atendeu 290 mulheres vítimas de violência doméstica – ela mesma foi vítima -, mastectomia e automutilação:

“Decidi doar o meu trabalho. Já carregamos peso psicológico além do possível. Até o momento, Flávia só atendeu dois homens trans que passaram pela mastectomia masculinizadora.

GESTÃO E CARREIRA

LICENÇA MENSTRUAL PODE MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA E A PRODUTIVIDADE

Sintomas como cólica intensa, enjoo e dor de cabeça são os mais comuns; mulheres relatam dificuldades que enfrentam durante o período

Nos próximos dias, a Espanha pode se juntar ao grupo de países que oferecem licença remunerada para mulheres no período menstrual, como já acontece no Japão, Taiwan, Indonésia, Coreia do Sul e Zâmbia. No caso espanhol se aprovada, a lei permitirá três dias de folga para quem tem uma menstruação dolorosa.

Além da cólica, há uma série de sintomas que podem tornar a menstruação desconfortável para algumas pessoas. De acordo com a ginecologista e obstetra Larissa Cassiano, os mais comuns são dor abdominal, cólica, dor de cabeça, enjoo, irritação, mudança no sono e dor na mama.

Há também aquelas que sofrem por doenças crônicas que podem tornar as dores mais intensas no período.

É o caso da secretária-executiva Shirley Martins, 28, que tem endometriose. A condição se desenvolve quando o tecido que reveste o interior do útero se encontra fora da cavidade uterina, normalmente em outros órgãos da pelve como trompa, ovários, intestinos e bexiga. De acordo com ela, a cólica intensa, a dor de cabeça e o enjoo que sente no período geram indisposição.

“Preciso sempre :alterar minha rotina para ficar em função do ciclo. Não consigo fazer muita coisa”, diz.

Assim como ela, a professora de história, Luzia de Souza, 56, também passou anos alterando sua rotina devido às dores menstruais.

Ela tinha 13 anos quando sentiu o desconforto pela primeira vez. “Acordei bem indisposta, passei a noite sentindo enjoo, dor na cabeça e algo como dor, como gases. Minha mãe me obrigou a ir para a escola assim mesmo e foi um dia horrível”.

“Foram anos de perdas. Deixei de sair com as amigas, ir a festas, viajar, faltei ao trabalho inúmeras vezes”, conta Luzia, que só deixou de sentir dor aos 36 anos após um tratamento para endometriose. Além de lidar com sintomas físicos e psicológicos, ainda há o machismo e o desconhecimento das lideranças das empresas que ignoram a intensidade dos sintomas.

“Uma vez, um chefe homem me disse que era castigo divino para nós, mulheres, que eu teria de suportar, porque ele tinha esposa, mãe e irmãs e nunca as viu reclamar disso”, relata Shirley.

A situação ainda pode se agravar quando se trata de pessoas transgênero e não binárias, atingidas pela transfobia que faz com que a situação de seus corpos seja ignorada por chefes e também por profissionais de saúde.

De acordo com pesquisa feita em 2018 pela marca de absorventes Sempre Livre em parceria com os Institutos Kyra e Mosaiclab com mulheres que menstruam regularmente e que tem entre 14 e 45 anos, 51% das brasileiras sentem mal-estar intenso durante a menstruação.

O impacto disso é que 1 em cada 10 deixa de ir para escola, ou para o trabalho e apenas 26% se sentem produtivas no período menstrual.

“Trabalhar com dor reduz a produtividade e foco de maneira significativa. Além disso, nesse momento, muitas pessoas ficam mais sonolentas ou com mudanças na menstruação, fatos que interferem diretamente no trabalho”, aponta a ginecologista.

Foi pensando em assegurar qualidade de vida das sócias e da equipe que a Pachamama, empresa que fabrica produtos e cosméticos naturais em Minas Gerais, oferece a “Folga da Lua”, que consiste em um dia de licença remunerada no período menstrual.

A decisão de estabelecer esse momento veio junto com o nascimento da empresa. “Desde o primeiro dia, a gente alinhou que daríamos folga menstrual e quando tivéssemos funcionárias ofereceríamos para elas também. Entendemos que nós, pessoas que menstruam, somos seres cíclicos”, afirma Carol Neves, CEO da empresa.

Tanto especialistas quanto pessoas que menstruam concordam sobre a importância de uma pausa mensal.

Para Cassiano, permitir um afastamento neste período pode trazer uma melhora global na produtividade”.

EU ACHO …

O CENTRO DAS ATENÇÕES

Os cientistas estudam e pesquisam incansavelmente para obter vacinas contra o câncer, contra a Aids e tantas outras soluções que aplaquem as doenças que nos rondam. Enquanto isso, os psicanalistas tentam aliviar nossas dores da alma, nossos solavancos do coração. Mas como nem todos os que sofrem têm condições de pagar visitas ao divã, tentam sozinhos descobrir a cura para este mal que já afligiu, aflige ou ainda irá afligir 100% da população: a dor de cotovelo.

Como amor é assunto recorrente na minha trajetória, muitos acham que tenho a fórmula mágica para aniquilar os abalos provocados pela paixão. Tenho nada. Tenho são os meus palpites. E uma antena que capta frases, depoimentos, tudo o que possa ajudar. Um dia desses, uma leitora me escreveu um e-mail simpático, dizendo que havia lido ou escutado em algum lugar uma coisa que ela achava que fazia sentido: “O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções”.

Faz, sim, todo o sentido. Na hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos: o tempo. Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela ideia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi real­ mente verdadeiro e vivenciado profundamente, não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar sua existência. O grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos.

Nossas atenções precisam ser redirecionadas. Ficar olhando antigas fotos, relendo antigas cartas ou lembrando antigas cenas é tirar a dor do quarto dos fundos e trazê-la para o meio da sala. Evite. O tempo só será generoso à medida que você usá-lo para fazer coisas mais produtivas: procurar amigos sumidos, praticar um esporte, retomar um projeto adiado, viajar. As atenções têm que estar voltadas para os lados e para a frente. O quartinho dos fundos tem que ficar fechado uns tempos, a dor mantida em cativeiro, sem ser alimentada. Amores passados contentam-se com migalhas e sobrevivem muito: ajude-se, negando-lhe qualquer banquete. A fartura agora tem que ser de vida nova.

*** MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

ÁLCOOL ELEVA O RISCO DE ARRITMIA

Consumo está relacionado à probabilidade de pessoas com histórico familiar terem episódio de fibrilação auricular

Um estudo concluiu que o consumo de álcool, mesmo que seja apenas uma latinha de cerveja ou uma taça de vinho, pode em pouco tempo elevar a risco de um tipo comum de arritmia cardíaca, a fibrilação auricular em pessoas que já tenham um histórico desse problema. Médicos já desconfiavam há algum tempo que havia um vínculo entre álcool e fibrilação auricular, mas até agora não tinham evidência definitiva de que a bebida pode provocar arritmia.

O novo estudo é um dos mais rigorosos até o momento: os pesquisadores recrutaram cem pessoas com histórico de fibrilação auricular e as acompanhou intensivamente por quatro semanas, monitorando sua ingestão de álcool e seus ritmos cardíacos em tempo real.

Os cientistas descobriram que o consumo de bebida alcoólica eleva a probabilidade de as pessoas terem um episódio de fibrilação auricular, ou arritmia cardíaca nas horas seguintes. E, quanto mais bebida, maior a probabilidade.

O estudo foi publicado em agosto de 2021 no periódico Analls of Internal Medicine. Somadas a dados de estudos anteriores, as conclusões sugerem que pessoas com um histórico de fibrilação auricular podem reduzir suas chances de apresentarem arritmias se diminuírem ou evitarem a ingestão de álcool.

Os autores especulam que as conclusões podem ter implicações mais amplas também para adultos saudáveis.

Embora o consumo moderado de álcool seja visto amplamente como sendo benéfico para a saúde do coração, a nova pesquisa mostra que, em algumas pessoas, o álcool tem o potencial de perturbar o funcionamento cardíaco.

“Isso demonstra que, sempre que ingerimos álcool isso presumivelmente tem um efeito quase imediato sobre o funcionamento elétrico do coração”, disse Gregory Marcus, um dos autores do estudo e professor de medicina na divisão de cardiologia na Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA).

A fibrilação auricular é a anormalidade de ritmo cardíaco mais comum. Estimam que afeta 13 milhões de adultos, nos Estados Unidos. Ela ocorre quando as câmaras superiores do coração, os átrios, começam a bater de modo irregular, o que pode perturbar o fluxo de sangue para as câmaras inferiores, os ventrículos.

Com o tempo, isso pode levar a comparações como falência cardíaca e derrames. A fibrilação auricular pode ser persistente ou pode ocorrer esporadicamente com sintomas como palpitações, falta de ar, fadiga que durem alguns minutos ou algumas horas. Quando os episódios ocorrem ocasionalmente, a condição é conhecida como fibrilação auricular paroxística. As pessoas têm propensão maior a desenvolver fibrilação auricular quando envelhecem e a condição também ocorre com mais frequência em pessoas com hipertensão, doença cardíaca, obesidade ou um histórico familiar de arritmias.

Cerca de quatro décadas atrás, médicos começaram a documentar casos de pessoas que apresentaram arritmias após sessões de consumo intensivo de álcool nos fins de semana ou feriados, um fenômeno que ficou conhecido como síndrome do coração pós-feriados.

Desde então, vários grandes estudos observacionais constataram que pessoas que consomem álcool regularmente, mesmo que seja apenas uma dose por dia, têm propensão maior de desenvolver fibrilação auricular quando comparadas a pessoas que se abstêm.

Muitos desses estudos anteriores tiveram deficiências importantes. Na maioria dos casos, dependiam de os participantes relatarem sua própria ingestão de álcool o que nem sempre é confiável.

Outra limitação é que quando se pede às pessoas que recordem um episódio de fibrilação auricular, elas podem equivocadamente identificar vários comportamentos diferentes como gatilhos. Mas o novo estudo foi projetado para contornar essas limitações. Marcus e seus colegas recrutaram cem pessoas, na maioria homens com histórico de fibrilação auricular paroxística, e as fizeram usar monitores de eletrocardiograma que monitoraram seu ritmo cardíaco 24 horas por dia. Os aparelhos têm um botão que os participantes foram instruídos a pressionar sempre que tomavam uma bebida alcoólica. Os pesquisadores também usaram outros meios objetivos para monitorar a ingestão de álcool. Eles equiparam os pacientes com tornozeleiras que podiam detectar o nível de álcool no sangue. Fizeram também exames de sangue rotineiros para medir os níveis de fosfatidiletamol, um biomarcador que traz algum indicio do consumo alcoólico recente de uma pessoa.

Durante quatro semanas de monitoramento, os pesquisadores descobriram que pelo menos 56 participantes sofreram um episódio de fibrilação auricular. Os dados indicaram que em muitos casos o álcool tinha sido o gatilho das arritmias.

Uma dose de álcool dobrava as chances de uma pessoa ter um episódio de fibrilação auricular nas quatro horas seguintes e duas doses ou mais as triplicavam.

Mariana R. Piano, pesquisadora que já publicou muitos estudos sobre álcool e saúde cardiovascular, e que não esteve envolvida no novo estudo, disse que as descobertas representam um avanço importante em nosso entendimento de como o álcool afeta o coração.

Ela disse que os médicos precisam conversar com seus pacientes, especialmente os que têm fibrilação auricular, sobre quanto álcool consomem e se seria prudente reduzir seu consumo ou cortá-lo.

“A fibrilação auricular é uma arritmia cujos efeitos podem afetar a vida das pessoas profundamente, como por exemplo provocar um derrame. Por isso é muito importante poder transmitir aos nossos pacientes que fatores podem ter gatilhos realmente agudos”, disse Piano, que é professora e diretora associada de pesquisas na Escola de Enfermagem da Universidade Vanderbilt.

 “Beber é algo que podemos monitorar e podemos modificar individualmente. É algo para o qual é fácil prestar atenção”, afirma. Mas ela qualificou o estudo de rigoroso e disse que as descobertas são oportunas porque a incidência de fibrilação auricular vem subindo rapidamente.

Segundo os COC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), até 2030 a estimativa é que 12,1 milhões de pessoas nos EUA tenham fibrilação auricular. Piano disse que os médicos devem explicar a seus pacientes que tomam álcool como praticar a “ingestão alcoólica de baixo risco”, uma definição feita pelo Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo.

Para mulheres, isso significa tomar não mais que três doses de álcool em qualquer dia e no máximo sete doses por semana. No caso dos homens, a ingestão de baixo risco significa um máximo de 14 doses semanais e não mais que quatro doses em um dia.

O governo americano define uma dose, padrão como 340 ml de cerveja comum, 150 ml de vinho ou 45 ml de bebida destilada (com teor alcoólico de 40%).

Gregory Marcus, da UCSF, disse que as conclusões do estudo são potencialmente empoderadoras para pessoas com fibrilação auricular porque sugerem que existe uma maneira de controlarem um gatilho importante de arritmias. “Isso mostra que esses eventos de fibrilação auricular não se devem ao acaso e que há fatores que podem ser modificados para reduzir a chance de um episódio ocorrer”.

Isso não significa, é claro, que todo o mundo que bebe acabará tendo problemas do coração. Mas, disse Gregory, para as pessoas que já têm histórico de arritmia, as descobertas indicam que devem evitar a ingestão excessiva de álcool.

A PSIQUE E AS PSICOLGIAS

LINGUAGEM CORPORAL DOS PETS PODE INDICAR SINAL DE ESTRESSE

Lamber os lábios, bocejar ou levantar uma pata dianteira são possíveis alertas

A minha é uma das cerca de 23 milhões de famílias americanas que adotaram um animal de estimação durante a pandemia, e Ozzy, nosso novo e amado mestiço de pastor alemão, galgo afegão e chow chow, nos trouxe alegria durante um período muito difícil.

Um estudo de 2021 descobriu que, na pandemia, as pessoas que possuíam cães se sentiam mais apoiadas socialmente e eram menos propensas a ter sintomas de depressão do que as que não tinham cachorros, mas queriam ter.  

O pelo do astro do rock de Ozzy, que parece espetado e enrolado em sua cabeça – o nome dele é por causa do Ozzy Osbourne – e seus ruídos estranhos que parecem de macaco nos fazem rir, e meus filhos adoram brincar de cabo de guerra com ele no quintal.

Mas Ozzy às vezes também é muito irritante, fazendo coisas como saltar sobre a mesa da cozinha para roubar meu sanduiche ou puxar a coleira como um cão de trenó quando caminhamos. Então, alguns meses atrás meu parceiro e eu contratamos uma treinadora, Amber Marino, para nos ajudar a entendê-lo. A primeira coisa que ela nos ensinou foi que provavelmente estávamos interpretando errado grande parte do comportamento de Ozzy, o que a maioria dos donos faz.

“Os cães estão sempre se comunicando conosco, mas na maioria das vezes não estamos ouvindo, o que pode levar a problemas comportamentais”, disse ela.

Fiquei surpresa 1ao saber que quando um cachorro rola no chão ele não quer necessariamente um carinho na barriga – pode ser que ele queira mais espaço.

Eu sempre achei que quando um cão abana o rabo significa que está feliz, mas na verdade pode significar que está empolgado e prestes a correr. Eu queria saber mais sobre o que foz os cães agirem da maneira como agem, então entrei em contato com vários cientistas para me explicarem o que os humanos eram quando se trata de comportamento canino. Aqui estão algumas coisas fascinantes que aprendi.

RECONHEÇA OS SINAIS DE ESTRESSE

Um erro importante que as pessoas cometem é que muitas vezes não percebem os sinais de que os cães estão estressados ou ansiosos – o que geralmente antecede um comportamento agressivo.

De acordo com especialistas, um filhote estressado pode mostrar que está com medo lambendo os lábios, bocejando, levantando uma pata dianteira, soltando pelos, coçando-se, tremendo, ofegando ou andando de um lado para o outro.

Os olhos também podem mudar: quando costumávamos levar nosso outro cachorro, Henry, ao parque de cães, ele às vezes adorava o que meu parceiro e eu chamávamos de “olho de louco” – seus olhos se esbugalhavam e víamos mais da parte branca. Eu só soube recentemente que esse é um fenômeno chamado “olho de baleia”, e muitas vezes é um sinal de estresse canino.

Isso não significa que toda vez que seu cão arfa, boceja ou levanta a pata, ele esteja à beira de um colapso. Os cães também ofegam quando sentem calor. Alguns deles, como os

perdigueiros, levantam uma pata dianteira quando sentem um cheiro. Bocejar também pode significar, é claro, que o cachorro está cansado.

Para entender o que a linguagem corporal do comportamento de um cão está dizendo, “você  precisa olhar para todo o corpo dele e avaliar o contexto em que estão”, disse Sarah Byosiere, psicóloga e diretora do Centro de Pensamento Canino (Thinking Dog Center) no Hunter College, parte da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

Se o cão estiver com problemas, o que você deve fazer? Primeiro, tente descobrir o que pode estar causando o desconforto, disse Angie Johnston, psicóloga e diretora do Centro de Cognição Canina e Laboratório de Aprendizagem Social do Boston College.

Você está num lugar desconhecido? Seu cão está conhecendo novas pessoas ou cães? Uma vez que você tenha uma ideia do que pode estar lhe causando incômodo, afaste-se dessa atividade, disse ela, e veja se esses comportamentos de ansiedade se dissipam.

Os movimentos da cauda são outra coisa que pensamos entender, mas normalmente não. “O equívoco mais comum, de longe é que abanar o rabo, definitivamente significa que o cachorro está feliz”, disse Johnston.

Se o abanar do rabo de um cachorro for fluido e relaxado então sim, ele provavelmente está contente, disse Johnston. Mas se o rabo estiver balançando apenas levemente e parecer rígido, pode ser um sinal de que ele está prestes a ser agressivo. Pesquisas também sugerem que quando o rabo abanando de um cão se inclina mais para a direita, ele está feliz, mas, se inclinar mais para a esquerda, ele se sente hostil.

NÃO TRATE SEU PET COMO GENTE

 Os especialistas me disseram que muitas vezes atribuímos as ações de nossos cães a sentimentos que eles realmente não estão tendo.

Eu sempre acreditei que Ozzy lambe meu rosto porque ele me ama. Mas os cães costumam lamber os rostos porque querem provar o que você comeu recentemente, disse Evan MacLean, antropólogo evolucionista e psicólogo comparativo na Universidade do Arizona.

Isso vem do comportamento de lobos jovens, que lambem o interior da boca de suas mães para que elas regurgitem comida para eles comerem. O que explica por que os cães fazem coisas nojentas, como comer o vômito de pessoas.

Além disso, aquela expressão de culpaque você vê no rosto do seu cachorro depois que ele fez algo “mau”? A pesquisa mostra que não é realmente um sinal de que ele está envergonhado – provavelmente estão apenas reagindo à sua raiva.

“Os cães adotam essa aparência como resposta ao comportamento ou tom de sua pessoa, não por terem feito algo que consideramos errado”, disse Alexander Horowitz, cientista cognitivo que dirige o Laboratório de Cognição Canina do Barnard College.

Em última análise, os cães nos entendem muito melhor do que nós os entendemos, disse Johnston. Ao longo de milhares de anos de domesticação, eles se tornaram “muito bons em ler nossas emoções”, disse ela, mas “não acho que tenha funcionado tanto na outra direção”.

Para agir certo com nossos amados cães, precisamos realmente conhece-los – e suas pequenas dicas estranhas.

“Percebo agora que Ozzy tem nos comunicado suas necessidades com bastante clareza, mas que simplesmente não fomos receptivos – e agora que estamos prestando mais atenção ele se comporta muito melhor. No entanto, ainda estamos trabalhando com sua tendência a roubar sanduíches”.

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