OUTROS OLHARES

A GERAÇÃO Z DÁ NOVO SENTIDO (E ESTILO) À MENSTRUAÇÃO

Com naturalidade e calcinhas reutilizáveis para o período, adolescentes tratam do tema sem tabu ou constrangimento

Quando Sapna Palep era mais jovem, ficava mortificada com conversas sobre menstruação. “Era tipo, ‘Não vamos falar sobre isso, preciso sair da sala”, disse a mãe de 43 anos com duas filhas. A mera menção à menstruação evocava “puro constrangimento e medo”. A filha de 9 anos de Palep, Aviana Campello-Palep, ao contrário, aborda o assunto com zero constrangimento ou hesitação. “Quando minhas amigas falam sobre menstruar, elas simplesmente falam sobre isso”, contou Aviana. “É normal na vida de uma garota.”

Essas conversas francas levaram Palep e suas filhas, Aviana e Anaya, de 8 anos, a criar a Girls With Big Dreams, uma linha de roupas íntimas para pré-adolescentes, que inclui calcinhas reutilizáveis para o período menstrual, que oferecem uma alternativa ecologicamente correta aos absorventes regulares e íntimos descartáveis. “Espero fazer a diferença na vida de alguém para que elas não fiquem envergonhadas em algum momento por algo tão normal”, afirmou Aviana.

As meninas Campello-Palep são representativas de duas tendências emergentes que se tornaram claras para os defensores da menstruação, e qualquer um que siga casualmente # PeriodTok: as integrantes da Geração z e das posteriores são mais diretas sobre sua menstruação do que as passadas e também são mais propensas a se importarem se os produtos que usam são ecologicamente sustentáveis. A convergência dos dois ideais pode significar uma mudança cultural na forma como os jovens estão abordando a menstruação.

Mais opções de produtos menstruais reutilizáveis, como roupas íntimas absorventes, coletores menstruais, absorventes de pano, protetores íntimos e absorventes internos sem aplicador estão mais do que nunca no mercado – alguns feitos apenas para adolescentes e pré-adolescentes. ”Todo esse movimento é dirigido por jovens”, informou Michela Bedard, diretora executiva da Period lnc., uma organização global sem fins lucrativos focada em fornecer acesso a suprimentos de menstruação e em acabar com o estigma da menstruação. “As jovens que menstruam estão tendo uma experiência completamente diferente em termos de gerenciar a menstruação com opções reutilizáveis ao longo da vida.”

PARTICIPAÇÃO.

Os estudos descobriram que os membros da Geração Z são mais propensos a se envolver nas mudanças climáticas e nos esforços de sustentabilidade do que as gerações anteriores e estão ensinando seus pais sobre novas maneiras de lidar com seu ócio menstrual de forma aberta e sustentável.

“Eu costumava conversar sobre como esconder seu absorvente interno ou regular na manga ou no short”, observou a pediatra Cara Natterson, autora da série best-seller The Care and Keeping of You, (O Cuidado e o Suporte a Você, numa tradução livre) da American Girl e fundadora da Oomia, linha de gênero inclusiva com relação ao tamanho de sutiãs e produtos para puberdade. ”Não tenho mais essa conversa porque as meninas dizem:

‘Por que deveria esconder meu absorvente interno e o regular”. “Elas estão 100 % certas.”

A filha de 18 anos de Cara ensinou-a sobre novos produtos no mercado. Alguns ela descobre de influenciadores do Instagram ou vídeos # PeriodTok. “Os adolescentes estão procurando conversas sobre as experiências das pessoas”, lembrou.

A sustentabilidade ambiental e a menstruação podem estar tendo seu momento, mas não é a primeira vez, garantiu Lara Freidenfelds, historiadora de saúde, reprodução e parentalidade, e autora de The Modern Period: Menstruation in Twentieth Century America (O Período Moderno: Menstruação nos Estados Unidos do Século 20. Os panos menstruais caseiros eram a norma na virada do século 20, até a Kotex se tornar o primeiro absorvente com sucesso no mercado de massa em 1921. Modernidade significava descartabilidade.

As primeiras discussões robustas sobre sustentabilidade nos cuidados menstruais começaram na década de 1970, quando as pessoas experimentaram absorventes de pano e esponjas. “Sempre houve jovens que eram idealistas e pensavam nessas coisas, mas não achavam os produtos disponíveis práticos”, avaliou. A sustentabilidade tem sido historicamente sacrificada pela conveniência, acrescentou.

Os pais da Geração Z se beneficiam de melhorias na tecnologia menstrual: os absorventes de pano de outrora não são os mesmos de hoje e roupas íntimas para o período menstrual, por exemplo, são feitas de tecido altamente absorvente sem serem volumosas. Asjovens que menstruam geralmente recorrem aos pais em busca de produtos e conselhos. Agora, podem entregar mais do que um absorvente regular ou íntimo descartável, potencialmente redirecionando alguns dos mais de 15 bilhões de produtos descartáveis que acabam em aterros sanitários todo ano nos Estados Unidos.

”O mundo quando esses progressistas da Geração Z se tornarem pais, em 20 anos, será fascinante”, analisou Nadya Okamoto, ex-diretora executiva da Period lnc. e cofundadora da marca de produtos menstruais sustentáveis August.

BARREIRAS.

 Apesar do esforço dos jovens para normalizar a menstruação, o estigma cultural que assola o ciclo persiste. Os tabus patriarcais em tomo da virgindade, pureza e “sujeira” em muitas culturas e religiões anulam a conversa e podem impedir o uso de produtos menstruais internos, como absorventes ou coletores.

As mensagens corporativas ainda enfatizam em grande parte a discrição e a limpeza, o que faz com que a menstruação pareça suja ou ruim, disse Cheila Quint, ativista menstrual, educadora e autora do livro Own Your Period: A Fact-Pilled Guide to Period Positivity (numa tradução livre, Seja Dona da Sua Menstruação: Um Guia Repleto de Fatos Pela Positividade da Menstruação). “Durante muito tempo, a indústria de produtos descartáveis foi a grande responsável por propagar e perpetuar tabus negativos que mantêm as pessoas deprimidas e assustadas.”

A saúde menstrual é uma questão de saúde pública e não tem gênero, ressaltou a pediatra Cara. Para combater os tabus em torno do assunto, qualquer pessoa, mesmo quem não menstrua, deve poder falar livremente sobre o tema. Ela contou que se certificou de que seu filho de 16 anos saiba dar seu moletom a uma colega de classe com uma mancha de sangue na calça e tenha um absorvente interno ou regular para entregara ela. “Ensinar todo mundo a respeitar os corpos de outras pessoas: todos precisam fazer parte dessa conversa”, concluiu.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 25 DE FEVEREIRO

NÃO ADIE A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS

Disse o rei: Torne para a sua casa e não veja a minha face. Tornou, pois, Absalão para sua casa e não viu a face do rei (2Samuel 14.24).

Davi foi um grande pastor, um grande compositor, um grande instrumentista, um grande guerreiro, um grande líder, um grande rei. No começo de sua jornada foi um grande pai; porém, depois que adulterou com Bate-Seba, perdeu a capacidade de exortar os filhos. O homem que tinha destreza e agilidade para tratar dos negócios públicos não conseguia mais lidar com sabedoria com os assuntos domésticos. O mesmo homem que comandava um exército não sabia mais comandar sua casa. Enfrentava gigantes, mas não sabia enfrentar os próprios filhos. Davi não corrigiu Amnom quando este loucamente abusou de sua irmã Tamar. Davi não consolou Tamar quando esta, depois de desonrada, foi expulsa da casa de Amnom como um trapo imundo. Davi não exortou Absalão quando todo o Israel percebia suas más intenções em relação a Amnom. Davi não perdoou Absalão quando este precisou fugir de Israel por ter matado Amnom. Davi adiou a solução dos problemas dentro de sua casa. Fazer de conta que os problemas não existem e jogá-los para debaixo do tapete não é uma atitude sensata. O tempo não cura as feridas. O silêncio não é sinônimo de perdão. Absalão lutou para conseguir o perdão do pai; depois, lutou contra o próprio pai. Nessa inglória peleja, Absalão morreu e Davi chorou. Porém, era tarde demais. Davi proclamou publicamente seu amor por Absalão, mas o fez tarde demais. Não adie a solução dos problemas em sua casa. Hoje é tempo de agir!

GESTÃO E CARREIRA

NÔMADE DIGITAL ENFRENTA ‘PERRENGUES’ EM NOME DA FLEXIBILIDADE

Brasileiros que optam por morar bem longe do trabalho vivem o desafio de lidar com burocracias e regras de cada país

O nomadismo digital ganhou força com a pandemia, impulsionado pelo trabalho remoto, e vem conquistando brasileiros ao pôr fim às limitações geográficas e permitir viajar enquanto se trabalha. Mas o modelo exige planejamento, disciplina e autoconhecimento para lidar com imprevistos.

Pesquisa do LinkedIn registrou um aumento de 83% em anúncios de vagas mencionando flexibilidade desde 2019, além de um crescimento de 343% nas referências ao termo em publicações na rede. Conforme a 10ª edição do estudo “Tendências Globais de Talentos 2022”, publicado neste mês, os funcionários querem flexibilidade para trabalhar onde, quando e como preferirem e estão mais do que dispostos a deixar as empresas que não proporcionarem isso.

Outro mapeamento da Revelo, startup de recrutamento e seleção que conta com 1,5 milhão de candidatos cadastrados em sua base, mostra que praticamente não existem mais buscas por vagas presenciais. Em um dos estudos recentes, 78% dos profissionais disseram considerar trocar de emprego caso não haja flexibilidade para trabalhar de casa.

Há cerca de 35 milhões de nômades digitais no mundo, e esse número deve chegar a 1 bilhão até 2035, segundo Diana Quintas, sócia no Brasil da empresa de migração Fragomen e vice-presidente da Associação Brasileira dos Especialistas em Migração e Mobilidade Internacional (Abemmi). Se antes eram pessoas que não tinham raízes no trabalho, agora o grupo é diverso, formado por profissionais de diferentes cargos, setores e níveis.

ESTILO DE VIDA

A paulistana Camila Bertelli Macedo, de 33 anos, sempre atuou em regime de carteira assinada em escritório presencial e, há quatro meses, decidiu se tornar nômade digital.

“Entreguei meu apartamento em São Paulo em outubro. Já passei por 11 cidades. Hoje, estou em Luxemburgo, depois vou para Itália e, em seguida, Inglaterra”, conta ela, que é gerente de recursos humanos da Nexa Resources e atuou na implementação do teletrabalho e do trabalho híbrido na empresa. “Entendemos que o teletrabalho é uma escolha.”

Camila conta que precisou adaptar sua rotina à nova realidade, seja em relação ao fuso horário para se comunicar com a empresa, seja para realizar as tarefas pessoais. “Foi bem desafiador. Dormia menos e ficava ansiosa ao reagendar compromissos. Achava que precisava estar 100% disponível. Precisei rever todas as agendas, fazer acordos e dar mais autonomia ao meu time. Cheguei a perder uma reunião porque dormi.”

Para se sustentar em outro continente, a gerente converteu seu salário para a moeda local.  ”O c usto de vida em São Paulo é tão alto, que, com menos dinheiro aqui, tenho uma vida semelhante. Abri uma conta internacional para facilitar a movimentação bancária.”

BUROCRACIA

Lidar com questões burocráticas e legislativas de outros países é um problema com que muitos só se deparam depois de cruzar a fronteira. Foi o que observou a jornalista e escritora Lídia Zuin, de 31 anos, que se mudou para Berlim em dezembro de 2021. “Sempre trabalhei com meu CNPJ, inclusive atendendo a empresas estrangeiras. Mas, quando entra dinheiro de fora, há questões mais complexas, principalmente quando é necessário emitir nota fiscal.”

Segundo ela, além da dificuldade para alugar apartamento na Alemanha, há documentações necessárias para poder trabalhar. ” A conversão da moeda nem sempre vale a pena. Além dos tributos gerados pela minha empresa, tenho de pagar imposto por estar recebendo esse dinheiro em outro país. Não sobra muito.”

Na experiência dela, algumas ferramentas podem ajudar, como é o caso do aplicativo Nomad, além de bancos digitais com taxas menores e incentivos fiscais e de visto ofertados por países como Estônia, Croácia e Costa Rica. Ela destaca, porém, que a vida de freelancer na Europa não é fácil.

“Dependendo do local, pode-se ficar até três meses e você não é considerado cidadão fiscal. Mas, depois desse tempo, é preciso pagar impostos. Faz mais sentido respeitar a tolerância do visto”, acredita.

Essa foi a aposta do escritor e educador Matheus de Souza, de 32 anos, que já rodou 26 países. Ele conta sua experiência e dá dicas para viver e trabalhar em qualquer lugar no livro Nômade Digital, da editora Autêntica Business (2019).

“Tenho empresa no Brasil e pago todos os impostos. Embora existam vistos específicos para nômades digitais, opto pelo de turista, por não trabalhar para empresas estrangeiras e não querer me fixar em nenhum local. Respeito o tempo de permanência de cada país. No México, por exemplo, são seis meses.”

O escritor explica que uma das maiores dificuldades desde que mudou seu estilo de vida é comprovar residência, quando necessário. ”Fui abrir uma conta digital no Brasil e tive de pedir o endereço da minha mãe. Esse é o grande pesadelo dos nômades.”

‘PERRENGUES’

Matheus conta que passou por situações inusitadas. Certa vez, ficou preso por cinco horas em um elevador na Sérvia, sem falar o idioma. “Também já tentaram me aplicar golpes, com notas rasgadas ou troco errado. Cheguei a perder a carteira no raio x do aeroporto de Portugal. Fiquei duas semanas vivendo só com cartão do Brasil, pagando altas taxas. Hoje, não levo todos os cartões juntos”, lembra ele, que sugere atenção especial a países com tensão política. ”Quando a Rússia cortou relações com a Geórgia, meu voo foi suspenso, e não tive reembolso. Precisei mudar todo o meu planejamento.”

EU ACHO …

ESTUPIDEZ, PROGRESSO E CANSAÇO

Desista de controlar todas as coisas e de ter sucesso

“De repente, tornou-se indiferente pra mim não ser moderno” disse Roland Barthes (1915 1980). Que libertação! Chega a hora em que devemos investir num gesto de fôlego: encontrar nosso lugar no mundo. O culto à modernidade é uma prisão.

E se essa indiferença for hoje, um gesto de recusa displicente ao ridículo da fé moderna? Falarei de duas formas sobre esse culto moderno: a fé em si mesmo e a fé no progresso.

A indiferença sem objeto pode nos levar à ideia de um estado místico ou simplesmente à ideia de um estado de alienação completa em relação ao mundo. Não é dessa indiferença sobre a qual falo.

Em termos contemporâneos, arriscaria dizer com razoável consistência, que a indiferença em relação ao apego à modernidade – apego este tão ridiculamente cantado em prosa e verso pela Semana de Arte Moderna de 1922 e seu umbigo futurista – significa uma diminuição do nível de ansiedade.

E para tal, se existir algum princípio passível de ser anunciado, ele seria o seguinte: desista de controlar todas as coisas e desista de ter sucesso.

Ou uma máxima derivada diretamente da anterior: desista do autoconhecimento como chave do sucesso. A submissão da ideia de autoconhecimento ao conceito de sucesso é uma das chaves da falácia da cultura contemporânea.

Como alguém pode enunciar um princípio tão ousado na era do BBB como paradigma do coaching emocional? Em breve, não existirá mais muita diferença entre a psicologia e o marketing, seja este de teor ideológico, seja este focado no modelo do LinkedIn.

Feita tal digressão, com a intenção expressa de indicar que a indiferença em relação à modernidade passa necessariamente pela desistência do sucesso e pela aceitação do fracasso do controle métrico sobre as coisos, nos indaguemos agora qual seria a fé na modernidade. Essa fé pode se apresentar de várias formas. Não se trata de fazer uma defesa do retorno da vida natural. Nunca há retorno, a menos que acontecesse uma destruição radical das condições materiais que possibilitam a vida moderna – o que, em sã consciência, ninguém deseja. A indiferença em relação a modernidade se refere à recusa do ato de fé e m si, atribuído à máquina social moderna de mundo, vista como um bem em movimento acumulativo de felicidades.

A obra do sociólogo francês Alain Ehrenberg, no meu entender, aponta para um dos tipos de crise de fé na máquina social moderna e ilumina uma das formas referidas acima. No seu livro “La Fatigued ‘Être Soi: Déprcssion et Sodéte”, Ehrenberg indica um dos equívocos dos modos de regulação do vício na sociedade moderna.

O contemporâneo nos chama a sermos indivíduos autônomos e responsáveis por nossas vidas, numa espiral acelerada. Assim, as relações entre são marcadas pela demanda, cada vez mais alta, de “high performance” e sucesso.

Ehrenberg definirá a depressão de caráter social como, justamente, o reverso desse desempenho. Nós fracassamos necessariamente em nos tornarmos esses indivíduos autônomos e responsáveis.

A expressão que o sociólogo usa é “insuficiente” – e aqui ele recolhe a grande tradição agostiniana do século 17 francês. O ser humano é insuficiente para enfrentar o mundo. Sempre, em todas as vezes.

Na modernidade, passamos a acreditar que, inclusive pelos psicofármacos, pela educação e pela psicologia, poderíamos chegar à high performance cheios de felicidades e de sucessos.

Essa ideia de acúmulo de sucessos e felicidades nos leva a outra face da fé moderna: a fé no progresso. Em 1937, Robert Musil (1880-1942) proferiu uma conferência em Viena, em que ele chamava a atenção para o risco presente no progresso, na medida em que este carrega em si uma grande semelhança com a estupidez. Essa conferência, intitulada “Sobre a Estupidez” está publicada no Brasil pela editora Âyiné. Nela, Musil falava, já em 1937, que, como tínhamos acumulado muito progresso até então, o risco de aumento da estupidez era imenso.

De lá para cá, o progresso só aumentou. Basta olhar o mundo corporativo para ver como a estupidez e o progresso sempre se dão muito bem.

*** LUIZ FELIPE PONDÉ

ESTAR BEM

OITO DICAS PARA SE MANTER MOTIVADO COM OS TREINOS

Especialistas recomendam táticas para ter uma vida ativa, como encarar os esportes como mais uma tarefa do dia, criar incentivos associados aos hábitos saudáveis e ser flexível sem deixar de priorizar os exercícios

Eu estava quase “pulando” a corrida. Era uma tarde no início de dezembro, minhas reuniões do Zoom haviam terminado, estava escurecendo, e o céu estava cuspindo granizo. Ainda assim, saí pela porta, porque minha última reunião do dia tinha sido com alguns corredores profissionais, cada um com vários títulos de corrida de longa distância. A médica Megan Roche e seu marido David me encorajaram a pensar no meu treino como uma pausa depois de um longo dia de trabalho, em vez de encarar como mais uma tarefa.

“Sempre me esforço para ficar motivado”, disse David. Uma coisa que o ajuda é encontrar alegria na própria atividade. Às vezes um momento de descontração também contribui, contou ele.

“Parece ridículo, mas, se estiver descendo um declive ou estiver cansado, estique os braços como se fosse um avião e tudo ficará menos sério.

Parecia bobo, mas, quando experimentei o truque do avião, minha corrida escura e fria ficou surpreendentemente alegre. Aqui estão outras maneiras de encontrar inspiração e talvez até um pouco de alegria em seu treino diário:

NÃO ENCARE O TREINO COMO UM EXERCÍCIO

Quando o exercício não é atraente, fazer parecer outra coisa pode ajudar. Crystal Steltenpohl, psicóloga da Universidade do Sul de Indiana, que estuda nutrição para exercícios lembra de uma conversa que teve com um voluntário que disse: “Eu vou jogar basquete, mas isso é apenas um momento de estar com os amigos. Em outras palavras, embora a atividade fosse considerada um exercício, isso era apenas um benefício secundário, e não o fator motivador.

Passei anos competindo como corredora, ciclista e esquiadora. E, ainda que eu continue treinando essas atividades, costumo fazer os 22 minutos diários de exercícios de intensidade moderada automaticamente, sem nunca pensar em exercícios. Em vez disso, faço minha caminhada matinal para limpar a cabeça, me sentir presente e me conectar com meu marido e meus cães.

!Se você perguntar, a maioria das pessoas dirá que quer se exercitar pela saúde o que é um grande objetivo. Mas o que faz as pessoas se mexerem é algo de que elas gostem”, defendeu Katie Heinrich, cientista do exercício da Universidade Estadual do Kansas.

Para ela não existe atividade perfeita para todos.

“Como você gosta de se mover? Talvez seja dança ou pode ser um passeio no parque. Para algumas pode ser Cross Fit ou spinning.

FOQUE NOS INCENTIVOS

No mês passado, pesquisadores publicaram um mega estudo testando a eficácia de 54 abordagens para motivar as pessoas a se exercitarem. O experimento, que recrutou 60 mil membros de uma rede de academias como cobaias, descobriu que oferecer um audiolivro gratuito era uma das maneiras mais eficazes de levar as pessoas à academia. A ideia era dar aos participantes algo pelo que esperar enquanto se exercitavam, disse uma das organizadoras do estudo, Kati Milkman, professora da Universidade da Pensilvânia.

É uma abordagem familiar a Megan Rodie. Ela gosta de tirar fotos, e correr lhe dá a oportunidade de buscar paisagens interessantes para registrar.

“Essas fotos me levam através da minha jornada de corrida”, disse ela.

PRIORIZE O EXERCÍCIO

“A desculpa número um que as pessoas dão para não se exercitar é a falta de tempo”, disse Heinrich, que conclui:

“Você tem que tomar uma decisão de encarar os exercícios no seu dia. Isso não vai acontecer magicamente”.

Johnston costumava tentar encaixar o exercício em sua vida fazendo coisas como subir as escadas em vez do elevador, mas isso nunca realmente me prendeu ou me deu qualquer validação de que eu estava fazendo algo significativo”, disse ela.

“Dar ao exercício um lugar fixo na vida foi motivador”.

Se você pensa no exercício como uma atividade facultativa, você vai se dar permissão para ignorá-lo. Em vez disso, tente pensar nele como uma parte essencial do seu trabalho”, disse Brad Stulberg, escritor especializado sobre desempenho humano.

SEJA FLEXÍVEL

Fazer do exercício uma prioridade não significa que você precisa de um cronograma rígido. Um estudo que Milkman e alguns colegas publicaram em 2020 descobriu que ter flexibilidade para atingir seus objetivos pode aumentar a chance de sucesso. Os pesquisadores estudaram mais de 2.500 funcionários do Google, designando aleatoriamente alguns para serem pagos para ir à academia em um período que eles identificaram antecipadamente como a mais conveniente, enquanto outros poderiam ir a qualquer momento. Os pesquisadores esperavam que comprometer-se com horários específicos ajudaria as pessoas a formarem hábitos mais fortes, disse o principal autor, John Beshears, economista da Harvard Business School. Em vez disso, as pessoas com flexibilidade acabaram indo com mais frequência após o fim do pagamento. Quando os participantes do grupo mais rígido perdiam o treino, eles acabavam não indo, enquanto os de esquema flexível continuaram a fazê-lo, disse Milkman.

TENHA UM INCENTIVADOR

“O melhor incentivador do condicionamento é um amigo. Ele o responsabiliza por aparecer para treinar e o apoia quando você não o faz”, disse Stulberg.

Em um estudo de 2017, Heinrich entrevistou proprietários e treinadores de academias de Cross Fit e descobriu que a sensação de comunidade era um forte motivador para as pessoas que continuaram com as aulas.

CRIE UM CLIMA DE SUCESSO

Procure maneiras de tornar o ambiente mais convidativo para a atividade física, disse Steltenpohl. Pode ser uma academia, um parque, uma pista de caminhada ou até mesmo seu quarto com um colchonete e um aplicativo de treinos, disse ela. A chave é que seu entorno deve te preparar para ter sucesso.

Megan Rodie geralmente corre logo pela manhã, e ela se prepara com antecedência, arrumando suas roupas, preparando o café e uma playlist enérgica enquanto se prepara para correr. Nas manhãs de inverno, ela também acende luzes e ocasionalmente aquece

seus músculos primeiro em um banho quente.

LEMBRE-SE DA SENSAÇÃO

É tentador pensar que você está muito estressado ou cansado para se exercitar, mas muitas vezes o exercício é exatamente o que você precisa para se sentir melhor.

“Você não precisa se sentir bem para ir treinar; você precisa do treino para se sentir bem”, disse Stulberg.

O exercício pode ajudá-lo a controlar seu humor, disse Steltenpohl, e, quando você está se sentindo péssimo, às vezes o exercício é um poderoso antídoto.

SE FALHAR, VOLTE AOS TRILHOS

O truque mais eficaz identificado no megaestudo da rede de academias foi incentivar as pessoas a voltarem aos trilhos quando perdessem uma sessão de treino. Nesse cenário, as pessoas se comprometiam a ir à academia em determinados dias e horários e, caso perdessem uma dessas visitas planejadas, receberiam um lembrete e também a chance de ganhar pontos extras se fizessem a próxima visita planejada

Não demorou muito para motivar as pessoas a voltarem à academia, e Milkman teoriza que é um lembrete de “não perca seu treino duas vezes” que estimulou as pessoas. Você pode potencializar isso entrando na academia com os amigos, disse ela.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

‘MARCAPASSO CEREBRAL’ COMBATE VÍCIO EM DROGAS

Experimento usa estimulação profunda com eletrodos para restaurar fluxo de neurotransmissores ligados à sensação de prazer. Primeiro voluntário conseguiu se manter longe dos opioides, mas dados ainda são iniciais

O Instituto de Neurociências Rockefeller, ligado à Universidade de West Virgínia, nos Estados Unidos, colheu os primeiros resultados positivos de um experimento inédito para tratar pessoas viciadas em drogas por meio da estimulação cerebral profunda. A etapa inicial, em curso, busca avaliar a segurança dessa cirurgia em quatro pacientes.

O primeiro paciente submetido ao procedimento foi o americano Gerod Buckhalrer, de 33 anos, em novembro de 2019. Ele teve contato com opioides pela primeira vez  aos 15 anos, após sofrer uma lesão no ombro. Nunca mais parou. Aos 20, já usava heroína. Quando foi incluído no estudo, lutava contra o vício, sem sucesso, há 17 anos.

A estimulação cerebral profunda já é amplamente usada no tratamento de doenças como Parkinson, epilepsia grave e transtorno obsessivo compulsivo. Além do abuso de substâncias, a técnica também vem sendo pesquisada para outras condições, como a depressão.

COMO FUNCIONA

O procedimento consiste na inserção de eletrodos no cérebro, que ficam conectados a uma bateria instalada no peito. A cirurgia é feita com o paciente acordado, pois é preciso verificar em tempo real se o eletrodo está no lugar correto. No caso do tratamento para dependência química, o alvo é o núcleo accumbens, responsável pelo centro de recompensa cerebral.

Quando consumida, a droga desencadeia um aumento da dopamina no cérebro, um neurotransmissor que proporciona uma sensação de prazer. O problema é que, com o passar do tempo as pessoas precisam de doses cada vez maiores ou de substâncias mais fortes para alcançar a mesma sensação.

A heroína, que costuma ser o destino da maioria das pessoas que começa a dependência química com o uso de opioides, é considerada uma das drogas mais viciantes do mundo -para alguns, a mais viciante. Testes feitos com animais em laboratório mostram que ela faz o nível de dopamina do sistema de recompensa do cérebro aumentar até 200%. Ela também é considerada extremamente perigosa, porque a dose potencialmente fatal é apenas cinco vezes maior que a necessária para ficar chapado.

Nos EUA, o vício em opioides como a heroína, a morfina e a metadona é uma epidemia. Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostram que mais de 100 mil pessoas morreram de overdose de drogas entre junho de 2020 e junho de 2021. Versões sintéticas, como o fentanil, um anestésico e analgésico de acesso restrito, foram responsáveis por quase dois terços desses óbitos.

DANO PROGRESSIVO

Com o tempo de uso, drogas como essas fazem com que haja uma alteração fisiológica no funcionamento do cérebro. A hipótese dos pesquisadores é de que o impulso elétrico consegue restaurar a função normal dessa área, danificada pelo uso das substâncias. O eletrodo também estimula uma segunda região cerebral que também é prejudicada pelo consumo abusivo de entorpecentes. Trata se do córtex frontal, que é vital para o julgamento e a tomada de decisões.

O tratamento ainda é inicial, experimental e, mesmo que um dia seja aprovado, ele será indicado apenas para um pequeno número de pessoas. Os riscos da cirurgia envolvem infecção, sangramento e problemas de memória.

Para serem incluídos no estudo, por exemplo, os pacientes devem ter passado por inúmeros esforços de reabilitação que não funcionaram e sofrido múltiplas overdoses. Mas acredita-se que abordagens como essa possam ajudar a trazer respostas a respeito do funcionamento do cérebro de dependentes químicos e dos fatores que conduzem ao vício. Com esse resultado, a esperança é desenvolver novos tratamentos no futuro.

Outra vantagem é que os eletrodos permitem aos pesquisadores registrar a atividade cerebral dos pacientes em tempo real. Isso ajuda a mapear biomarcadores para dependência, desejo e ansiedade, por exemplo. A expectativa é que essas informações possibilitem a intervenção precoce.

SEGIJNDA ETAPA

A próxima fase do estudo com a estimulação cerebral profunda incluirá dez pacientes para avaliar a eficácia do procedimento. Os dados da primeira etapa parecem promissores. Buckhalter por exemplo, não teve recaída nos últimos anos.

O americano ainda toma medicamentos, faz aconselhamento e frequenta reuniões do Narcóticos Anônimos, que fazem parte do tratamento atual contra a doença. A diferença é que antes só isso não bastava para mantê-lo afastado das drogas.

Outra linhas de tratamento para vicio em pesquisa são “estimulação magnética transcraniana e ultrassom focalizado.

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