OUTROS OLHARES

QUANDO O GAME NÃO É MAIS SÓ UM JOGO

Vício em diversões eletrônicas tornou-se doença oficialmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. Faltam estudos para determinar a extensão do problema. Para os especialistas, cuidados preventivos são sempre bem-vindos

Agora é oficial. O chamado distúrbio de games é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O que sacramentou a decisão foi a publicação no mês passado de uma versão atualizada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, chamada CID- 11. Nela, o problema é definido como um padrão de comportamento caracterizado pela perda de controle sobre o tempo de jogo, sobre a prioridade dada aos jogos em relação a outras atividades importantes e a decisão de continuar de frente à tela, apesar de consequências negativas.

O diagnóstico é dado quando os prejuízos afetam de forma significativa as áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais e ocupacionais ao longo de cerca de 12 meses. A descrição lembra você? Ou alguém muito próximo?

“Esse é um problema que já vem ocorrendo há multo tempo, mas que piorou. Hoje, a quantidade de jovens que passam horas e até dias na frente do videogame aumentou muito”, relata o psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador de Grupos de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).

Ele conta o caso de um paciente que chegava a ficar 55 horas seguidas conectado. Não levantava nem para ir ao banheiro, fazendo as necessidades nas calças. Outras pessoas param de tomar banho, se afastam dos amigos, perdem o emprego ou o total interesse pelo estudo.

NADA É DE GRAÇA

Uma boa parte do problema está no modelo de negócios das desenvolvedoras de games, setor aquecido por recentes aquisições bilionárias por parte das big techs. Dizem que não precisa pagar para começar a jogar.

Mas quanto mais tempo elas mantém os clientes engajados, mais conseguem vender “vantagens”. Por isso, analisam constantemente o comportamento dos usuários e testam novas maneiras para evitar que desliguem ou façam outra coisa.

“Os jogos de hoje não têm mais game-over nem pause. Se a pessoa sair ela desasslste seu time. Isso pode gerar medo de retaliação e o famoso F.O. M.O. (sigla para a expressão em inglês fear of missing out, ou medo de ficar de fora). O tempo de vida roubado é terrível”, diz Nabuco, da USP.

MUITA CALMA NESSA HORA

Como sempre acontece quando se descreve casos extremos, é necessário cautela para não cair em graves generalizações. Os games também podem ser benéficos. Representam uma oportunidade de dar uma relaxada depois de um dia de muito trabalho ou estudo. Permitem entrar numa realidade diferente e divertida. Também está comprovado que podem ajudar em casos de ansiedade.

A maioria dos jogadores, obviamente, não leva vidas disfuncionais. Estudo publicado no Jornal de Psiquiatria da Austrália e Nova Zelândia no ano passado estima que cerca de 2% da população mundial sofre do transtorno. Mais pesquisas são necessárias para que se tenha uma ideia melhor.

QUANDO POUCO É  MUITO

Mesmo que seja uma percentagem mínima que sofra de distúrbio de games, o problema é que, ainda assim, é muita gente. Se o cálculo australiano estiver certo, há 154 milhões de viciados no mundo.

A Entertainment Software Association, associação comercial da indústria de videogames nos Estados Unidos, estima que haja cerca de 2,6 bilhões de players em todos os continentes. Segundo estimativa da Game Brasil, consultoria especializada no mercado digital, 7 em cada 10 brasileiros afirmam que jogam.

ESTADO X FAMÍLIA

No ano passado, a China, que é o maior mercado de videogames do mundo, introduziu novas regras para a quantidade de tempo que crianças e adolescentes podem jogar. São três horas por semana, limitado a uma hora por dia, das 20hàs 21h e apena, às sextas-feiras, fins de semana e feriados.

No Ocidente, não há notícia de medida tão drástica, As tentativas de coibir os exageros se dão dentro de casa. Nabuco recomenda o engajamento parental. Isso inclui, além de regular e limitar o tempo gasto no videogame, deixar o computador ou o controle no ambiente comunitário da casa para que haja supervisão. Checar esporadicamente que tipo de jogo a criança está jogando, sentar ao lado dela para entender como o jogo funciona e, principalmente, tentar engajá-las em atividades off-line.

QUEM ESTÁ VULNERÁVEL

O perfil de quem sofre de dependência em jogos eletrônicos costuma ser de pessoas do sexo masculino e de classe média. Normalmente, o uso abusivo começa na pré-adolescência ou adolescência.

Pessoas que apresentam doenças mentais prévias, como depressão, têm mais chances de desenvolver o transtorno. O mesmo vale para quem já enfrenta problemas familiares e baixa autoestima, já que, enquanto jogam, elas se sentem parte de alguma coisa que não têm na vida real e ainda se beneficiam do bem-estar provocado pela liberação de dopamina no cérebro.

AJUDA PARA VICIADOS

O tratamento para o transtorno de jogos eletrônicos é similar ao de outros vícios: psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos. A ideia por trás da designação da OMS não é estigmatizar nem proibir os games. Ela procura justamente contribuir para  a ampliação do número de diagnósticos e do maior acesso aos diferentes tipos de ajuda, já que as seguradoras de saúde serão pressionadas a pagar pelo tratamento, poisa gora passa a ser reconhecido como uma condição médica.

Mas, de novo: há uma grande diferença entre ser um jogador entusiasmado e ser um viciado. A preocupação exagerada de pais sobre os efeitos dos games nos filhos ainda não foi reconhecida pela OMS como transtorno obsessivo. Ainda não.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 17 DE FEVEREIRO

TRIUNFANDO SOBRE AS CIRCUNSTÂNCIAS

… o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva (Salmos 84.6).

Não são as circunstâncias que fazem o homem; é o homem que faz as circunstâncias. Enquanto uns olham para o pântano, outros olham para as estrelas. Enquanto uns naufragam diante das tempestades, outros fazem seu caminho na tormenta. John Milton, aos 50 anos de idade, ficou completamente cego. Depois de sua cegueira dolorosa, escreveu o grande clássico O paraíso perdido. Ludwig Van Beethoven, depois de uma surdez progressiva, ficou completamente surdo aos 46 anos de idade. Sua brilhante carreira musical parecia chegar ao fim. Porém, compôs mais cinco sinfonias, suas músicas mais excelentes. Fanny Crosby viveu 92 anos. Conhecia de cor o Novo Testamento e o Pentateuco. Escreveu mais de 8 mil hinos, muitos dos quais cantava de cor. Seus hinos são entoados no mundo inteiro e ainda inspiram milhões de cristãos. Essa heroica mulher ficou cega na sexta semana de vida. Entretanto, as trevas de sua cegueira não lhe roubaram a alegria da vida nem o entusiasmo para fazer o melhor para Deus. Assim como Deus fortaleceu Fanny Crosby para ser uma bênção, a despeito das circunstâncias adversas, Deus pode sustentar você nos vales da vida, transformando-os em verdadeiros mananciais. Não olhe para os problemas; olhe para Deus e triunfe sobre as circunstâncias!

GESTÃO E CARREIRA

NÔMADES DIGITAIS

Com o home office e as novas tecnologias, uma parcela crescente da população abre mão da residência fixa para adotar um estilo de vida que mescla turismo e trabalho

O isolamento social imposto pela pandemia reformulou de maneira radical o mercado de trabalho. Milhões de pessoas espalhadas pelo mundo se viram forçadas a adotar o modelo remoto, fazendo reuniões pela internet e interagindo com seus colegas pelo WhatsApp. Sem a necessidade de ir ao escritório, muitas delas transferiram a base profissional para casas de praia ou no interior, se afastando do ritmo caótico das metrópoles. As mais ousadas se jogaram em um estilo de vida ainda mais transformador. Com o avanço de tecnologias como videoconferências e sistemas de inteligência artificial, as amarras territoriais desapareceram, abrindo espaço para uma geração de nômades digitais. Não é exagero dizer que, em muitos casos, basta um notebook na mochila para dar expediente em qualquer canto do mundo – desde que, é claro, a internet funcione.

Os nômades digitais acabam de ganhar um integrante de peso: Brian Chesky, CEO do Airbnb, a plataforma que ajudou a sacudir o mercado de turismo ao oferecer a viajantes a possibilidade de alugar uma casa ou apartamento por poucos dias, em vez de reservar apenas um quarto de hotel. O empresário anunciou que não terá mais residência fixa. Ele pretende passar algumas semanas em cada destino, começando por Atlanta, na Geórgia, Estados Unidos, e se hospedar apenas em imóveis disponíveis no app. De tempos em tempos, retornará a São Francisco, na Califórnia, onde fica o escritório central.

Para justificar a decisão, Chesky compartilhou alguns números da plataforma registrados em 2021. Uma em cada cinco reservas no terceiro trimestre foi para estadias de pelo menos 28 dias. E metade delas foi feita por ao menos uma semana. Nos doze meses entre setembro de 2020 e setembro de 2021, mais de 100. 000 hóspedes fizeram reservas de noventa dias ou mais.

É uma grande mudança, já que antes a plataforma era conhecida pelas estadias curtas, de poucos dias. A empresa também abriu doze vagas para o programa Live Anywhere, em que os escolhidos passarão um ano viajando pelo mundo com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. Mais de 300.000 pessoas se inscreveram para a iniciativa.

Pode parecer só uma esperta jogada de marketing. O.k., talvez seja um pouco disso, mas outros exemplos mostram que, com certo grau de desprendimento, até mesmo quem não é o CEO de um app de alcance global e dono de fortuna estimada em 12 bilhões de dólares pode se dar ao luxo de viver assim. O especialista do Google Vinicius de Oliveira sempre gostou de viajar. Morou dois anos na Austrália, fez um mochilão pelo Sudeste Asiático e passou temporadas em diversas cidades do interior de São Paulo. Durante a pandemia, percebeu que poderia abrir mão também da residência fixa. “Trabalhar por doze meses para poder viajar nas férias é coisa do passado”, diz. Nos últimos dois anos, eles esteve em Belém, Maceió e Rio de Janeiro. Ficou algumas semanas em diversas cidades menores de São Paulo, e mesmo dentro da capital paulista explorou períodos em diferentes bairros. Agora, se prepara para passar duas semanas na Argentina. Na volta, vai a Belo Horizonte.

É um estilo de vida que exige desapego material. Vinicius viaja só com uma mochila, onde guarda mudas de roupas suficientes para uma semana. Em outra mala, menor, leva o computador. Ele conta que já sentiu falta de ter um espaço apropriado para trabalhar em lugares onde se hospedou. “Eu também adoro cozinhar, e nem todas as cozinhas são equipadas ou têm os temperos de que gosto”, diz. “Mas quando está em uma cidade diferente, com tanto para conhecer, você releva essas coisas.” Assim, o turismo se mescla à rotina. O almoço é uma oportunidade para conhecer restaurantes locais, e a preguiça na frente da TV nos fins de semana dá lugar a passeios.

A mudança vem sendo feita de maneira desigual, como costuma ser no Brasil. No fim do ano passado, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgaram um estudo que traça o perfil de quem adotou o home office entre maio e novembro de 2020, quando a pandemia estava descontrolada e a vacina ainda longe de se tornar realidade. O levantamento mostrou que a força de trabalho remoto era majoritariamente feminina (57,8%), de pessoas que se declararam brancas (65,3%), com nível superior completo (76%), na faixa de 30 a 39 anos (31,9 %) e empregadas no setor privado (61,1%). Naquele período, 7,3 milhões de brasileiros trabalharam em home office, ou 9,2% da população ocupada. Desde então, o porcentual caiu, com empresas requisitando a volta de seus funcionários.

Alguns setores têm se mostrado mais abertos a adiar o retorno aos escritórios. É o caso dos gigantes de tecnologia, como Google e Apple, que decidiram manter seus colaboradores do mundo inteiro em teletrabalho. Em outros casos, com estruturas hierárquicas muito verticalizadas, adotar o nomadismo digital de forma definitiva é um sonho distante. “O home office é um modelo que veio para ficar, mas não quer dizer que ele, de imediato, vai atingir a maioria”, diz Fábio Mariano Borges, antropólogo, sociólogo e professor da ESPM. Ele traça um paralelo com a internet. “É uma tendência que, primeiro, demora um tempo para se estabelecer. E, depois, atinge maior abrangência.”

De fato, o nomadismo digital já se desenha como uma oportunidade real para uma parcela crescente da força de trabalho. É preciso, porém, ter algumas habilidades importantes, como a capacidade de adaptação e a responsabilidade de entregar as demandas sem a pressão do ambiente corporativo, além de certa autonomia financeira. “Ficou claro na pandemia que não importa o número de horas trabalhadas, mas o resultado final”, diz Borges. De certa forma, adotar um estilo de vida nômade está relacionado a ter poder sobre a própria agenda. Isso, sim, é algo realmente transformador.

EU ACHO …

DENTRO DOS TEUS OLHOS

Durante o pior da pandemia, em 2020, nos vimos pouco. Você, eu, nossos parentes, nossos amigos, quantos encontros presenciais tivemos? Reuniões por Zoom foram necessárias, aniversários foram festejados à distância, cada um no seu quadrado (mesmo!), mas vá lá, era o que tínhamos naquele longo “hoje” que ainda não virou “ontem”, continua se arrastando. Quantas vezes, nos últimos dois anos, você esteve frente a frente com quem realmente importa?

Foi uma longa solidão. Para uns, insuportável, para outros nem tanto. Não tive problema com o isolamento. Escritor trabalha só, se aquieta em seu ninho. Afora a preocupação com os idosos da família e com o desconhecimento sobre o vírus, me defendi bem. Ao ser perguntada onde doía, eu respondia que doía quando lia as notícias, mas quase dormia tão bem quanto antes. Quase. Impossível não se sentir afetada pela quantidade de vezes que a palavra “morte” era enunciada e no clima pouco amistoso entre os “ele sim” e “ele não”. Não costumo escrever sobre política, mas impossível se calar diante de tanto descompromisso com a saúde, então expus minha indignação e levei bronca de quem se sentiu ofendido pelas minhas opiniões.

Ontem recebi a notícia deque uma amiga desmaiou em casa, foi conduzida ao hospital, o estresse a levou ao chão. Esse esgotamento nos acomete de vez em quando, nossos

“pregos” perdem o poder de sustentação. A gente vem abaixo, quem nunca passou por isso? Problemas familiares, emocionais, financeiros e zás! Caímos.

Cada um de nós precisa encontrar um meio de se reerguer.

Não imaginei que o meio podia ser este: voltei a fazer sessões de autógrafos e elas se tornaram ainda mais significativas. Depois de tanto tempo me relacionando on-line, através das plataformas digitais, voltei a enxergar as pessoas e a me encantar com a expressão de seus olhos. Os olhos. Com o uso das máscaras, ganharam ainda mais relevância, são dos olhos a responsabilidade de substituir o sorriso escondido, são eles que declaram “como eu gosto de você”.

Voltei a me sentir querida e meus leitores voltaram a se sentir indispensáveis. O vigor da presença física e o sentimento declarado através do olhar fazem isso (estou exemplificando com a sessão de autógrafos, mas vale para todos os encontros). Os olhos trouxeram de volta o que perdemos durante nossa invisibilidade mútua. Agente reconhece que faz diferença para o outro no momento exato em que é visto. Eu dependo das palavras, gosto de ler e de ser lida, mas é através do contato visual que me sinto abraçada e acolhida de um jeito que voltou a ser possível.

*** MARTHA MEDEIROS

marthamedeiros@terra.combr

ESTAR BEM

DESCUBRA SE OS LEITES VEGETAIS SÃO BONS PARA VOCÊ

Tais bebidas à base de grãos, arroz ou leguminosas podem ser consumidas esporadicamente, mas não devem substituir laticínios na dieta, explicam especialistas, que alertam também para o risco dos açúcares adicionados

Já se foram os dias em que a escolha mais complicada que você tinha que fazer na seção de laticínios era se comprava leite com gordura reduzida ou integral. Agora, você encontrará caixas e mais caixas de bebidas lácteas feitas a partir de alimentos que você  nunca pensou que poderiam ser “ordenhados” – amêndoa, aveia, arroz, ervilha.

Embora o leite de vaca ainda seja o mais popular, de acordo com as vendas no varejo, as alternativas não lácteas movimentaram cerca de US$ 2,95 bilhões em 2020, um aumento de 54% em relação a cinco anos antes, segundo a empresa de pesquisa de mercado Mintel.

Essas alternativas à base de plantas são normalmente feitas quando hidratamos a leguminosa, as nozes, os grãos ou outro ingrediente principal e, em seguida, pressionamos e coamos o líquido, ou o “leite”. Muitas pessoas os preferem porque querem, ou precisam evitar laticínios, mas alguns escolhem porque acreditam que são mais saudáveis do que o leite de vaca. Alguns especialistas estimulam os consumidores a enxergarem além do hype e eliminarem o rótulo nutricional, porque algumas opções podem não ser tão saudáveis quanto parecem.

Isso dependerá do tipo de leite vegetal que você bebe, se é fortificado, quantos açúcares adicionados contém e como ele se encaixa em sua dieta em geral. Você não deve supor, por exemplo, que os leites vegetais contenham os mesmos nutrientes do leite de vaca, mesmo que a bebida seja branca e tenha a mesma textura cremosa. E algumas das versões adoçadas podem conter mais açúcar adicionado do que um donut.

“Em geral esses leites não lácteos foram promovidos como mais saudáveis, mas esse não é necessariamente o caso”, disse Melissa Majundar, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética.

O leite de vaca é naturalmente rico em proteínas, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e muitas vezes é enriquecido com vitamina A (que está naturalmente presente no leite integral) e vitamina D. Embora muitos leites à base de plantas sejam enriquecidos com muitos dos nutrientes encontrados no leite da vaca, nem todos o são.

E muitos não fornecem a quantidade suficiente de nutrientes essenciais, como proteína, potássio e vitamina D”, explicou Jackie Haven, do Centro de Política e Promoção de Nutrição do Departamento de Agricultura dos EUA.

Dito isso, as bebidas não lácteas podem ser alternativas importantes para aqueles alérgicos ou intolerantes ao leite ou que estão evitando laticínios. E elas podem fazer parte de uma dieta saudável, desde que você preste atenção ao rótulo e às informações nutricionais e certifique-se de estar recebendo os mesmos nutrientes essenciais que normalmente obteria do leite real.

De acordo com a SPINS, uma empresa de pesquisa de mercado, os seis leites mais populares são: amêndoa, aveia, soja, coco, ervilha e arroz (excluindo versões misturadas, como amêndoa e coco). A seguir, comparamos as versões originais ou sem açúcar de cada um ao leite integral em termos de sabor, proteína, calorias, gorduras e outros atributos.

LEITE DE AMÊNDOA

A bebida com sabor de nozes é o leite vegetal mais popular, segundo a SPINS. Uma xícara da versão sem açúcar tem apenas 37 calorias – cerca de um quarto da quantidade do leite integral – e cerca de 96% menos gordura saturada. Mas não é páreo para o leite de vaca (nem para as amêndoas cruas) em termos de proteína, visto que tem apenas cerca de 1g, em comparação com os 8g presentes no leite integral. Se você tem alergia a nozes, os especialistas recomendam evitá-la, pois pode desencadear uma reação alérgica.

LEITE DE AVEIA

As vendas desta bebida espessa e cremosa aumentaram 182% de 2020 para 2021, de acordo com a SPINS, tornando-se um dos leites vegetais que mais crescem. Uma xícara da marca popular Oatly! tem pouca gordura saturada (0,5g) e um pouco menos calorias que o leite integral (120 versus 146), mas tem 7g de açúcares adicionados (o leite puro não tem) e apenas 3g de proteína.

Uma xícara contém alguma fibra -2g -, mas Edwin MacDonald IV, diretor de nutrição clínica para adultos da Universidade de Medicina de Chicago, disse que não é muito.

“Se você está procurando benefícios para a saúde, é melhor comer aveia, e não o Leite”, disse ele.

Uma xícara de aveia, por exemplo, tem duas vezes mais fibras do que uma xícara do leite de aveia. A fibra é importante para a saúde intestinal, controle de colesterol e açúcar no sangue e para manter o peso.

LEITE DE SOJA

Quando fortificado com cálcio e vitaminas A e D, o leite de soja é o único leite não lácteo que é comparável ao leite de vaca em termos de equilíbrio de nutrientes, de acordo com as diretrizes alimentares. Uma xícara tem 6g de proteína, 105 calorias e cerca de 89% menos gordura saturada do que o leite integral. Feito à base de soja, tem consistência semelhante ao leite de vaca e é fonte natural de potássio.

“Se você está procurando um substituto do leite que seja nutricionalmente equilibrado, ervilha e soja serão os melhores”, disse David Ludwig, endocrinologista e pesquisador de obesidade do Hospital Infantil de Boston.

Embora tenha havido alguma preocupação com os compostos que imitam o estrogênio chamados isoflavonas na soja, não há dados suficientes para provar qualquer dano ou benefício. Se você é alérgico a soja, os especialistas dizem para evitar a bebida.

LEITE DE COCO

Feito da carne ralada do coco, é naturalmente doce e tem cerca de metade das calorias do leite integral, mas tem pouca proteína (0,5Sg por xícara) e tem 5g de gorduras saturadas – aproximadamente a mesma quantidade no leite integral – e nenhuma gordura insaturada saudável. Tal como acontece com a gordura láctea, há o risco de a gordura do coco aumentar os níveis de LDL, ou colesterol “ruim”, disse Alice H. Lichtenstein, professora de nutrição na Universidade Tufts.

LEITE DE ERVILHA

Às vezes chamada de “leite de proteína’, esta bebida é feita de ervilhas amarelas. ‘Tal como acontece com outros leites vegetais feitos de leguminosas., como o leite de soja, o de ervilha é rico em proteínas (8g por xícara), e as versões sem açúcar contêm cerca de metade das calorias do leite integral e apenas meio grama de gordura saturada.

LEITE DE ARROZ

Feito de arroz integral, o leite tem um sabor naturalmente doce. Tem um pouco menos calorias que o leite integral (115, contra 146 por xícara) e nenhuma gordura saturada; no entanto, é muito pobre em proteínas (0,7g por xícara). Quando comparado a outros leites à base de plantas, “não parece haver nenhum benefício no leite de arroz”, disse Lichtenstein.

A bebida também tem carboidratos de digestão rápida, disse Ludwig, que podem se converter rapidamente em glicose, aumentando os níveis de insulina e açúcar no sangue, uma preocupação potencial para pessoas com diabetes ou com resistência grave à insulina.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

ADULTOS TAMBÉM TÊM

Associado a crianças, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade pode se estender à maturidade, com prejuízos devastadores para a vida

É relativamente normal conhecer, ou ao menos ter ouvido falar, crianças e adolescentes diagnosticados com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Mas há um contingente enorme de adultos que manifestam a condição, sofrem consequências severas na vida afetiva, profissional e social e, pior, nem sequer sabem por que têm a vida tão atribulada. Segundo dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), há no Brasil cerca de 2 milhões de indivíduos nessa situação.

O TDAH é um transtorno de desenvolvimento caracterizado por impulsividade, desatenção e agitação. Está associado a alterações cerebrais registradas em pesquisas de imagem. Estruturas como a amígdala, o núcleo accumbens e o hipocampo, todas relacionadas ao processamento das emoções e ao sistema de recompensa, apresentam volume menor quando comparadas às de pessoas sem a condição. Isso significa uma quantidade mais reduzida de neurônios na região, fenômeno com repercussão negativa no funcionamento desses mecanismos. Recentemente, ganharam impulso as pesquisas sobre sua apresentação em adultos, aspecto até então pouco elucidado. Trata-se de um fascinante e atualíssimo movimento da ciência.

É preciso evoluir muito ainda no conhecimento do incômodo, mas passos relevantes estão sendo dados pela medicina. E o que se sabe até o momento é suficiente para oferecer aos pacientes assistência para que conduzam a vida reduzindo riscos de prejuízos. O grande problema, insista-se, é identificá-los. O TDAH em adultos é uma extensão do problema em crianças, mas há um nó: a maior parte dos pacientes não é diagnosticada na infância,- portanto, não recebe tratamento. É de se esperar, como resultado natural, que esses indivíduos continuem carregando a condição ao longo da vida. Estima-se que dois terços das crianças com TDAH sigam com os sintomas do transtorno na vida adulta porque não receberam diagnóstico.

O desafio na detecção do transtorno está em compreendê-lo. É comum ver isso acontecer com as condições psiquiátricas, sem diagnóstico definido por testes laboratoriais, associadas ao câncer ou à diabetes, e marcadas por manifestações comportamentais que confundem leigos e inclusive profissionais da saúde. A identificação se baseia na avaliação clínica, o que exige uma expertise infelizmente não muito abundante no país. Além disso, também a exemplo de outras enfermidades mentais, o TDAH é estigmatizado. O paciente, seja ele criança, adolescente ou adulto, é visto como preguiçoso, bagunceiro ou simplesmente alguém desagradável.

Em qualquer fase da vida, as apresentações do transtorno têm a mesma raiz, ou seja, a impulsividade, a agitação e a falta de atenção. Na maturidade, no entanto, a abrangência das consequências é mais ampla. O caos provocado em todas as esferas da vida é arrasador. A área profissional é marcada por instabilidade e maior índice de desemprego. Procrastinação, rendimento abaixo da capacidade intelectual, ausência de foco e atenção, dificuldade para seguir rotinas, incapacidade de planejamento e execução das tarefas propostas estão entre os motivos dos costumeiros fracassos. “Além disso, há questões como os frequentes esquecimentos, perdas e descuidos com datas e reuniões importantes”, explica a psicóloga lane Kestelman, presidente voluntária da Associação Brasileira do Déficit de Atenção.

As relações afetivas e sociais são igualmente prejudicadas. Não se sabe com precisão, por não haver estatística confiável, mas o índice de divórcios e separações é maior entre os pacientes. As queixas de desorganização e falta de aptidão para ajudar no gerenciamento da casa são frequentes. Com os amigos, as reclamações mais comuns estão em torno da falta de atenção em conversas, mudanças súbitas de humor, inabilidade para escutar e esperar a vez de falar, além da incapacidade para expressar ideias e colocá-las em prática. O desenrolar de meses e anos assim solidifica na trajetória do paciente um ciclo negativo marcado por baixa autoestima e sentimento de fracasso. Por isso, em cerca de 75% dos adultos os sintomas aumentam ou contribuem para o surgimento de quadros de depressão, ansiedade, bipolaridade, dislexia, distúrbio de sono, dependência química e alcoolismo. “É um sofrimento enorme”, diz a psicóloga Iane.” O paciente fica exausto.”

O primeiro passo para mudar a direção dessa espiral é procurar ajuda caso a história de vida e sintomas se assemelhem aos descritos. Há fontes credenciadas onde buscar informação, como o site da ABDA. Somente a avaliação de um especialista indica a presença do transtorno. Há no Brasil alguns centros especializados. Em São Paulo, funciona o Ambulatório de TDAH em adultos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Na Bahia, há o serviço da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, localizada em Salvador, e no Rio Grande do Sul existe atendimento no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Uma vez identificado, o TDAH pode ser tratado com remédio – a famosa ritalina – associado a terapia e treinamentos que auxiliam na organização de tarefas cotidianas (como não perder compromissos). Ninguém deve sofrer prejuízos tão profundos por falta de assistência. “Os tratamentos existem e devemos trabalhar para que o transtorno não acompanhe o indivíduo até a vida adulta”, afirma o médico Mario Louzã, coordenador do Ambulatório de TDAH em adultos do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Todos ganham quando o mal é cortado pela raiz.

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