OUTROS OLHARES

A LUZ QUE ENVELHECE

Passar horas em frente ao computador ou ao celular sem proteção acelera o processo de perda de viço da pele. E hora de se render aos filtros solares coloridos

Usar protetor solar todos os dias, faça chuva ou faça sol, é hábito de muita gente. Ainda bem, porque representa escudo vital contra os prejuízos causados pela incidência da luz natural. Sem proteção, há risco de danos ao material genético das células, atalho para o surgimento de tumores como o melanoma, um dos mais agressivos e difíceis de ser tratados. Além disso, o cuidado permanente evita o aparecimento de rugas. O que ainda não entrou na rotina da maioria das pessoas é o costume de usar os produtos que representem algum tipo de defesa para a pele contra a chamada “luz visível” – ou “luz azul” – , irradiada pelo sol, sim, mas também por lâmpadas de LED e tela de computadores, smartphones e aparelhos de televisão. Esse tipo de energia está associado a um extremo desgaste cutâneo que termina por estimular o envelhecimento precoce, a flacidez e o brotar de manchas. E não há dúvida: passamos mais tempo diante de telas do que ao ar livre.

Na verdade, a informação dos malefícios da energia visível à pele é relativamente nova. Ela começou a ser discutida entre médicos e cientistas nos anos 2000, muito tempo depois de a ciência ter apontado os impactos nocivos das radiações UVA e UVB, emitidas primordialmente pelo sol tanto sobre a vitalidade da cútis quanto em relação ao DNA. Atualmente, o que se sabe é que os efeitos desse tipo de luz no processo de envelhecimento da pele estão relacionados principalmente ao componente de pigmentação. “Portanto, seriam clinicamente mais visíveis em pacientes com hiperpigmentação cutânea, como o melasma, ou pessoas com a pele mais morena e com tendência à vermelhidão”, diz o dermatologista Adilson Costa. Trabalhos recentes, contudo, detectaram também a produção de radicais livres, moléculas instáveis associadas ao envelhecimento precoce da pele que podem surgir em qualquer tipo de cútis. Isso basicamente estende a todos a influência nociva sobre a beleza da pele. Não há indicações de que a radiação de aparelhos eletrônicos tenha vínculo com o câncer.

Seria bem mais tranquilo se a proteção contra a luz azul pudesse ser feita da mesma forma que a adotada em relação aos raios solares UVA e UVB. Bastaria pegar firme no uso dos protetores mesmo dentro de casa. No entanto, há obstáculos. A luz azul também é gerada pelo sol e, claro, em potência muito maior. É uma armadilha silenciosa. “Alguns estudos demonstram que a quantidade da radiação emitida pelos equipamentos eletrônicos é inferior à da potência da radiação emitida pelo sol”, justifica Nathalia Harnam, diretora da L’Oréal Cosmética Ativa, divisão da empresa francesa que tem em seu portfólio algumas das marcas de dermocosméticos mais respeitadas do mundo. Ou seja: os danos causados pela luz visível proveniente da radiação solar são bem maiores do que os provocados pela tecnologia. Há artigos científicos mencionando que uma hora e meia a duas horas e meia de exposição à luz do sol, sem proteção solar, seriam equivalentes a 1.952 horas de exposição à luz visível de um aparelho eletrônico a 30 centímetros de distância. Há solução? Em parte, sim. Os únicos protetores que oferecem defesa também contra essa radiação azulada são os que contêm cor. “O pigmento presente na formulação de fotoproteção com cor é muito importante, pois ele atua como uma barreira física de fato, refletindo essa radiação como um espelho”, explica Nathalia Harnam.

Conclusão: para a proteção ser completa, o ideal é que os protetores tenham pigmentos coloridos. Há vários no mercado, como os de cor laranja, que, segundo os fabricantes, oferecem 95% de barreira. O problema é convencer os consumidores a usar os produtos, cujas texturas ou tonalidades às vezes não caem bem. Homens, especialmente, são avessos ao uso de filtros de qualquer tipo, o que dirá ao desses, tingidos. Mas com um pouco de esforço é possível encontrar os mais adequados e discretos e, dessa forma, encarar o sol, o trabalho ou o descanso na frente da TV sabendo que a pele está sob escudo protetor. A saúde agradece.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 15 DE FEVEREIRO

UM VENCEDOR DE GIGANTES

Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu (1Samuel 17.32).

Os gigantes existem e são muitos. Atrevidos e insolentes, espalham-se pelo caminho com o propósito de nos intimidar. Um gigante é tudo aquilo que parece ser maior do que você. Há gigantes reais e irreais. Gigantes que estão fora de nós e gigantes que são criados no laboratório do medo. Quem nunca venceu um gigante dirá a você que é loucura enfrentar um deles. Os covardes pensam que os gigantes não podem ser vencidos. Os medrosos correrão com as pernas bambas de medo. Seu papel não é fugir dos gigantes nem temê-los, mas enfrentá-los e vencê-los. Um vencedor de gigantes é aquele que não escuta a voz dos pessimistas. Um vencedor de gigantes não supervaloriza as dificuldades do passado, mas aproveita as oportunidades do presente. Um vencedor de gigantes lida de forma inteligente e sábia com os críticos. Triunfa primeiro sobre os críticos antes de derrubar os gigantes. Um vencedor de gigantes torna-se um especialista no que faz. Não traja armadura alheia, mas revela destreza em empunhar suas próprias armas. Um vencedor de gigantes sabe que a vitória vem de Deus, porque toda a glória pertence a Deus. Um vencedor de gigantes é encorajador. Não se contenta em fazer carreira solo. Seu exemplo inspira os abatidos e levanta os prostrados. Sua vida é uma bandeira que drapeja no estandarte, convocando os abatidos para a peleja vitoriosa.

GESTÃO E CARREIRA

GUIA DA SAÚDE MENTAL PARA EMPRESAS

Cada vez mais companhias dizem se preocupar com o bem-estar dos seus funcionários, mas falta combinar com os funcionários, que não estão satisfeitos. Veja quais são os erros mais comuns entre os líderes e saiba o que as empresas ainda precisam aprimorar

O tema é pop: todo mundo está falando de saúde mental. Não é de hoje, você sabe. Nos últimos anos, campanhas como o Setembro Amarelo, de prevenção contra o suicídio, e o Janeiro Branco, de conscientização sobre o bem-estar emocional, têm ganhado relevância nas redes sociais. A discussão sobre transtornos como depressão, ansiedade e estresse nunca esteve tão em voga.

Numa pesquisa global do Instituto Ipsos, 53% dos entrevistados brasileiros relataram alguma deterioração na saúde mental em 2020. Foi a quinta maior alta entre os 30 países pesquisados.

É claro que, nesse debate, as empresas não podem ficar de fora. O trabalho pode estar intimamente ligado ao surgimento de transtornos mentais, a começar pela síndrome de burnout. No começo do ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu oficialmente a síndrome na lista de doenças ligadas ao trabalho.

Ações como essa levaram empresas a priorizar o tema. Hoje, 91% dos trabalhadores afirmam que as companhias têm o dever de investir em saúde mental – praticamente um consenso. Não só entre os colaboradores, diga-se, mas também entre os líderes, que dizem ter captado a mensagem. 92% dos CEOs americanos, por exemplo, afirmam que aumentaram seus investimentos em bem-estar emocional dos funcionários após a pandemia. E 96% consideram que suas companhias estão fazendo “um bom trabalho” quando o assunto é cuidar da mente de seus funcionários.

Mas falta combinar com os russos, porque o descontentamento dos colaboradores ainda é generalizado. Uma pesquisa da Oracle em 11 países mostrou que 76% dos funcionários consideram que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental. No Brasil, o número é acima da média global – 84%.

Resumo da ópera: quase toda empresa afirma estar investindo mais em saúde mental, mas nem por isso têm obtido um resultado satisfatório. Por quê?

OS BAND-AIDS

Muito desse descompasso vem de um fato: “Várias ações adotadas ainda são pontuais, como dar um dia de férias para os funcionários porque a pressão no trabalho está enorme. Não são ações preventivas”, conta Rui Brandão, CEO da Zenklub, uma startup que oferece serviços de saúde mental para empresas, como terapia online para funcionários.

Em português claro: nada adianta um day off se, no resto da semana, os funcionários precisam trabalhar o triplo de tempo para compensar. É como tratar uma fratura com um band-aid.

“Soluções” como essa ajudam a explicar a diferença entre a visão dos líderes e dos liderados sobreo quanto as empresas estão se esforçando para lidar com o tema. Outras “medidas band-aid” que viraram febre são os aplicativos de meditação e mindfulness, voltados para combater o estresse, ou as “salas de descompressão”, ambientes aconchegantes para acalmar os funcionários com jogos e guloseimas. Nada disso é ruim. Pelo contrário. Mas não tratam o problema em si, só os sintomas.

Uma solução mais concreta que muitas empresas passam a optar, por outro lado, é a contratação de serviços de saúde mental (terapia online, por exemplo) para oferecer como benefício aos empregados. O crescimento dessa demanda levou a um boom das empresas que oferecem esses serviços, caso da Zenklub, que atende nomes como Ambev e Natura; e da Vittude, cujos clientes incluem o Grupo Boticário e a Renner. De 2019 para 2020, os investimentos em empresas do tipo cresceram 150%, de acordo com a Distrito, uma aceleradora de startups.

Claro que oferecer terapia para os funcionários é uma medida lógica e eficaz quando o assunto é saúde mental. Mas há de se tomar um cuidado nessa dinâmica: ode não terceirizar a responsabilidade. Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, explica que esse foi um desafio enfrentado pela empresa no começo da atuação. “Muitas vezes nós colocávamos a plataforma de terapia na empresa e o uso era baixo, mesmo se a empresa pagasse 100% das sessões. E o número de afastamentos e pessoas doentes era alto. Percebemos, então, que as pessoas não usavam [o serviço] porque o assunto ainda era tabu.” Ou seja: oferecer o serviço não resolve os problemas por si só. É preciso normalizar, tomar natural, o uso – e incentivá-lo. 46% dos funcionários americanos ouvidos em um estudo afirmaram que suas empresas não tinham divulgado de forma explicita, proativa, os benefícios relativos a saúde mental que as próprias companhias ofereciam. Para os líderes, pode parecer que um aviso sobre a novidade por e-mail basta – não é bem assim.

É por esse motivo que plataformas como Vittude e Zenklub hoje vão além de simplesmente oferecer terapia online. Esses serviços também produzem relatórios diagnósticos sobre o ambiente de trabalho e atuam na capacitação de lideranças para educar sobre a importância de mudanças na estrutura do trabalho, por exemplo. O problema é que, nesse caso, são necessárias ações efetivas das empresas para mudar. É aquela história: não dá terceirizar completamente o cuidado com a saúde mental dos colaboradores.

O PRIMEIRO PASSO

Já vimos que soluções band-aids não funcionam. O negócio, então, é ir direto na fonte dos problemas. E o pontapé inicial para isso é estar disposto a mudar os ares da companhia.

Parece óbvio, mas não é: muitas empresas ainda acreditam que tomar iniciativas mais amplas de saúde mental custa caro. A falta de orçamento foi um desafio citado por 50% das empresas quando o assunto era saúde mental, segundo um levantamento da Mercer Marsh Benefícios de 2019. Um equívoco, pois não cuidar da saúde mental é o que dói mais no bolso: US$1 trilhão para o PIB mundial, segundo estimativas da OMS considerando os impactos das doenças mentais na produtividade e no absenteísmo (faltar ao trabalho). O órgão calcula que, para cada US$ 1 investido em prevenção e tratamentos de transtornos, o retomo é de USS 4. Para Tatiana Pimenta, da Vittude, parte do desleixo corporativo com a saúde mental no Brasil se deve à falta de estatísticas sobre o problema. “A maioria dos dados que temos é de fora. A grande deficiência da maioria das empresas brasileiras é não saber o tamanho do buraco que elas têm. Elas não mensuram quantos foram os dias de trabalho perdidos por absenteísmo e qual a relação disso como adoecimento mental, por exemplo.”

Mais: “Ainda há um estigma das empresas de que, ao tratar o tema, ela estará criando um passivo trabalhista contra si mesma”, avalia Ana Carolina Peuker, psicóloga e fundadora da BeeTouch, uma startup especializada em mensurar riscos psicossociais em empresas. Nesse caso, o agente maligno é a falta de segurança jurídica para as empresas – um problema estrutural do país.

NA PRÁTICA

Tomada a decisão de levar o tema a sério, chega a hora de agir. Infelizmente, não há fórmula mágica. Assim como na saúde física, os transtornos mentais têm causas múltiplas e se manifestam de maneiras diferentes. Do ponto de vista individual, somente um profissional conseguirá diagnosticar. Mas, pensando do ponto de vista da empresa, algumas atitudes gerais ajudam a proporcionar um ambiente mais saudável.

A primeira e mais crucial delas é o mapeamento da situação. É para isso que servem as pesquisas de clima organizacional. Mas a empresa deve adotar uma postura realmente acolhedora. Sem isso, nenhum colaborador vai se sentir à vontade para admitir que o trabalho o está adoecendo, seja por medo de represálias ou por sentir que não será levado a sério. Isso nos leva ao próximo ponto, que é normalizar o assunto no dia a dia da empresa. Não basta lembrar da saúde mental somente em datas especificas, como o Janeiro Branco ou numa semana específica para conscientização (mais uma medida band-aid que ganhou popularidade nos últimos tempos). É preciso integrar o assunto ao dia a dia.

A forma como ele é abordado também importa. Trazer palestrantes ou enviar campanhas de conscientização por e-mail têm pouco efeito: soam burocráticas e protocolares. Pessoas se conectam melhor com as histórias de outras pessoas – e o melhor jeito de tornar o assunto natural é líderes darem o exemplo e falarem abertamente sobre ele com suas equipes, seja para compartilhar experiências próprias com terapia ou para relembrar os funcionários sobre quais medidas a empresa está adotando.

De fato, quando profissionais americanos foram perguntados sobre quais medidas empresas poderiam tomar para melhorar a abordagem sobre saúde mental, a resposta mais popular (31%) foi a adoção de uma cultura mais aberta e franca.

Também é preciso manter um canal de comunicação sempre aberto para que colaboradores possam recorrer em caso de queixas ou dúvidas – e reforçar seu uso. A busca ativa também é importante: gestores e profissionais do RH devem estar sempre atentos aos sinais de deterioração mental que os colaboradores podem estar demonstrando. Faltas constantes, queda repentina na produtividade, mudanças repentinas de humor ou de aparência e ausência de comunicação são alertas que devem ser levados em conta.

Outras medidas também ajudam. A flexibilização, palavra que também ficou na moda na pandemia (e que deve sobreviver a ela), é uma delas. Abrir a possibilidade de que os funcionários, na medida do possível, gerenciem as próprias horas de trabalho é um grande passo para evitar o estresse e o acúmulo de trabalho, já que cada um conhece sua agenda e seus picos de produtividade (este texto, por exemplo, foi escrito fora das horas convencionais de trabalho por escolha do repórter).

A comunicação constante com a equipe também é essencial – funcionários que relatam ter líderes que se comunicam pouco geram 23% mais risco de problemas de saúde mental do que estar sob gestores comunicativos. Faz sentido: a ansiedade surge quando nosso cérebro não tem informações suficientes para processar os dados e planejar o futuro próximo. Nesse vazio, acaba considerando diversas possibilidades – inclusive as piores possíveis, o que causa angústia. Especialmente no home office, a comunicação pode acabar prejudicada – então o esforço deve ser redobrado para manter toda a equipe atualizada sobre qualquer mudança no planejamento ou na empresa.

E a conversa não precisa girar só em torno do trabalho – um simples bate-papo sobre como anda a vida ajuda a criar ambientes mais agradáveis e acolhedores. Quase 40% dos funcionários afirmam que ninguém no ambiente de trabalho tem o costume de perguntar como eles estão se sentindo, e esses mesmos colaboradores foram 38% mais propensos a relatar degradação da saúde mental na pandemia em comparação aos que tinham colegas acolhedores.

Mas atenção: mais comunicação não significa mais reuniões a toda hora. Você já deve ter ouvido falar da fadiga do Zoom na pandemia. Não é brincadeira. Pesquisas já mostraram que as reuniões são os principais elementos que derrubam a produtividade dos trabalhadores e causam estresse e cansaço.

Também são propulsoras da ansiedade, já que muitos colaboradores se preocupam com o que terão que falar – ainda mais quando é aquela reunião misteriosa, chamada de última hora. A dica aqui é marcar as conversas com antecedência e mantê-las curtas e direto ao ponto com momentos de descontração. Também vale lembrar que nem tudo precisa de uma reunião – muitas vezes bastam mensagens.

É claro que nem tudo é fácil de resolver. Uma equipe reduzida para um trabalho extenso vai resultar necessariamente em mais estresse e cansaço do time – e não há flexibilidade de horário ou app de meditação que resolva. Ao mesmo tempo, se o que causa adoecimento dos colaboradores é um gestor tóxico, controlador e abusivo, não haverá melhora sem uma troca na liderança.

Nesses casos, as companhias vão acabar pagando o preço – não só os custos financeiros relacionados à saúde mental, mas também vão ficar para trás na corrida de atração e retenção de talentos. O apreço à saúde mental das equipes caminha para se tornar uma vantagem competitiva. Empresas com planos de ação sólidos nesse sentido vão conseguir manter os melhores profissionais. Isso é especialmente verdade entre os jovens, já que metade dos millenials e 75% da geração Z afirmam que já deixaram empregos por razões de saúde mental.

Por outro lado, é importante também que as empresas reconheçam suas limitações. A saúde mental é complexa e envolve vários fatores, incluindo os da vida pessoal dos funcionários, que fogem do controle das companhias. Nesse caso, as empresas podem seguir as dicas para minimizar o sofrimento no trabalho e atuar como uma ponte para aproximar os colaboradores de profissionais que possam ajudá-los. Só a demonstração de que a empresa se importa, na verdade, já é uma grande ajuda. Saber que você não está sozinho já cria algum conforto – seja na vida, seja no trabalho, que, no fim das contas, é onde passamos a maior parte da vida.

QUATRO AÇÕES QUE EMPRESAS PODEM TOMAR

MAPEAR

Não existe solução mágica: cada problema precisa ser solucionado na fonte. E só dá para saber o que está errado ouvindo os colaboradores. Pesquisas de clima e canais de comunicação sempre abertos entre gestores e suas equipes são essenciais.

FALAR ABERTAMENTE

Funcionários só se sentem à vontade para falar de saúde mental se o tema for tratado com naturalidade. A iniciativa deve partir dos líderes. Eles devem falar de experiências próprias, mostrar suas vulnerabilidades, e deixar claro que a empresa se importa genuinamente com as demandas dos funcionários.

COMUNICAR

Grande parte da ansiedade e do estresse vem da falta de informações e de mudanças de última hora no planejamento. É importante deixar toda a equipe atualizada sobre os projetos em desenvolvimento, especialmente sobre imprevistos e prazos, por exemplo.

PROCURAR AJUDA

Empresas com muitos colaboradores ou que ainda estão perdidas quando o assunto é saúde mental no trabalho podem recorrer às diversas companhias especializadas no ramo. Elas fazem o diagnóstico dos problemas, sugerem mudanças e oferecem terapia aos funcionários.

EU ACHO …

EM DIREÇÃO AO CAMINHO INVERSO

A despersonalização como a destituição do individual inútil – a perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser. Pouco a pouco tirar de si, com um esforço tão atento que não se sente a dor, tirar de si, como quem se livra da própria pele, as características. Tudo o que me caracteriza é apenas o modo como sou mais facilmente visível aos outros e como termino sendo superficialmente reconhecível por mim mesma. Assim como há um momento em que M. vê que a vaca é a vaca de todas as vacas, assim ele quer de si mesmo encontrar em si o homem de todos os homens. A despersonalização como a grande objetivação de si mesmo. A maior exteriorização a que se chega. Quem se atinge pela despersonalização reconhecerá o outro sob qualquer disfarce: o primeiro passo em relação ao outro é achar em si mesmo o homem de todos os homens. Toda mulher é a mulher de todas as mulheres, todo homem é o homem de todos os homens, e cada um deles poderia se apresentar onde quer que se julgue um homem. Mas apenas em imanência, porque só alguns atingem o ponto de,  em  nós, se  reconhecerem. E pela simples presença da  existência deles, revelarem a nossa.

Aquilo que se vive – e por não ter nome só a mudez pronuncia – é disso que me aproximo através da grande largueza de deixar de me ser. Não porque eu então encontre o nome do nome e torne concreto o impalpável – mas designo o impalpável como impalpável, e o sopro recrudesce como na chama de uma vela.

A gradual des-heroização é o verdadeiro trabalho que se labora sob o aparente trabalho, a vida é uma missão secreta. Tão secreta é a verdadeira vida que nem a mim, que morro dela, me pode ser confiada a senha, morro sem saber de quê. E o segredo é tal que somente se a missão chegar a se cumprir é que, por um relance, percebo que nasci incumbida – toda vida é uma missão secreta. A des-heroização de mim mesma está minando subterraneamente o meu edifício, cumprindo-se à minha revelia como uma vocação ignorada. Até que me seja enfim revelado que a vida em mim não tem o meu nome.

E eu também não tenho nome, e este é o meu nome. E porque eu me despersonalizo a ponto de não ter o meu nome, respondo cada vez que alguém disser: eu.

A des-heroização é o grande fracasso de uma vida. Nem todos chegam a fracassar porque é tão trabalhoso, é preciso antes subir penosamente até enfim atingir a altura de poder cair – só posso alcançar a despersonalidade da mudez se eu antes tiver construído toda uma voz. É exatamente através do malogro da voz que se vai pela primeira vez ouvir a própria mudez e a dos outros, e aceitá-la como a possível linguagem. Só então minha natureza é aceita, aceita com o seu suplício espantado, onde a dor não é alguma coisa que nos acontece, mas o que somos. E é aceita a nossa condição como a única possível, já que ela é a que existe, e não outra. E já que vivê-la é a nossa paixão. A condição humana é a paixão de Cristo.

Ah, mas para se chegar à mudez, que grande esforço da voz. Minha voz é o modo como vou buscar a realidade; a realidade, antes de minha linguagem, existe como um pensamento que não se pensa, e por fatalidade sou impelida a precisar saber o que o pensamento pensa. A realidade antecede a voz que a procura, mas como a terra antecede a árvore, mas como o mundo antecede o homem, mas como o mar antecede a visão do mar, a vida antecede o amor, a matéria do corpo antecede o corpo, e por sua vez a linguagem um dia terá antecedido a posse do silêncio. Eu tenho à medida que designo – e este é o esplendor de ter uma linguagem. Mas eu tenho muito mais à medida que não consigo designar. A realidade é a matéria-prima, a linguagem é o modo como vou buscá-la – e como não acho. Mas é do buscar e não achar que nasce o que eu não conhecia e que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas – volto com o indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha linguagem. Só quando falha a palavra, é que obtenho o que ela não conseguiu.

E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crúcis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela. A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio. A ela só se chega quando se experimentou o poder da voz e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o próprio instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição.

*** CLARICE LISPECTOR

ESTAR BEM

AS 10 LIÇÕES DA CIÊNCIA PARA A DIETA

As maiores descobertas em relação à alimentação saudável que foram feitas em 2021 e podem melhorar seu novo ano

Findado o ano de 2021, analisamos nossos post sobre dieta e nutrição para selecionar algumas dicas que poderíamos usar no ano novo. Aqui estão dez descobertas para lembrar na próxima vez que for ao supermercado ou à cozinha.

ÁGUA COM GÁS NÃO SUBSTITUI A ÁGUA

Água gaseificada, sem açúcar é uma escolha melhor do que refrigerante ou suco de frutas, mas não deveria ser sua principal fonte de água. Ela tem o potencial de ser erosiva para osdentes, segundo especialistas, e pode contribuir para gases e inchaço.

OBSERVE OS PADRÕES DA SUA DIETA

A Associação Americana do Coração divulgou novas diretrizes alimentares para melhorar o coração e a saúde das pessoas. Em vez de emitir uma lista de ”não comerás”, o comitê se concentrou em como as pessoas poderiam fazer mudanças levando em consideração seus gostos, sua cultura e modos de vida.

Por exemplo, em vez de estimular as pessoas a abandonar o macarrão porque é um carboidrato refinado, talvez seja mais eficaz dizer para comê-lo como uma entradinha, em pequena porção.

O QUE VOCÊ COME PODE AFETAR SUA SAÚDE MENTAL

À medida que as pessoas lidavam com estresse, depressão e ansiedade durante a pandemia, muitas se voltaram para suas confort foods favoritas. Mas estudos na área da psiquiatria nutricional sugerem que os alimentos carregados de açúcar e ricos em gordura, por mais reconfortantes que possam parecer, são os menos propensos a beneficiar nossa saúde mental. Alimentos integrais, como vegetais, frutas, nozes, sementes, legumes e feijão, além de peixes, ovos e alimentos fermentados como iogurte podem ser uma aposta melhor.

CAFÉ FAZ BEM PARA A SAÚDE

O café é amado por muitos, mas seus benefícios para a saúde têm sido frequentemente questionados. As últimas análises sobre os efeitos do café e da cafeína na saúde, no entanto, foram tranquilizadoras. Seu consumo tem sido associado a um risco reduzido de todos os tipos de doenças, incluindo a doença de Parkinson, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, cálculos biliares, depressão, suicídio, cirrose, câncer de fígado, melanoma e câncer de próstata.

NOSSO MICROBIOMA É MOLDADO PELA COMIDA

Os cientistas sabem que os trilhões de bactérias e outros micróbios que vivem em nossos intestinos desempenham um papel importante na saúde, influenciando nosso risco de desenvolver obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e outras condições. Em 2021, um grande estudo internacional descobriu que a composição desses microrganismos, que formam nosso microbioma, é moldado pelo que comemos. Uma dieta rica em alimentos integrais e nutrientes apontava o crescimento de micróbios benéficos que promoviam a boa saúde. Ingerir uma dieta repleta de alimentos altamente processados com adição de açúcares, sal e outros aditivos teve o efeito oposto, promovendo micróbios intestinares ligados a uma pior saúde cardiovascular e metabólica.

ALIMENTOS ALTAMENTE PROCESSADOS PODEM VICIAR

Batata frita, sorvete, pizza e alimentos menos saudáveis continuam a dominar dietas, apesar de estarem ligados à obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde.

Um novo estudo mostra que esses alimentos não são apenas tentadores, mas viciantes, provocando controvérsia entre pesquisadores. A pesquisa descobriu que certos alimentos eram especialmente propensos a provocar comportamentos alimentares “viciantes”, como desejos intensos e perda de controle. Mas outros especialistas alegam que esses alimentos não causam estado mental alterado, a característica das substâncias viciantes.

VOCÊ NÃO PRECISA DE OITO COPOS DE ÁGUA POR DIA

Fatores únicos como o tamanho do corpo, temperatura externa e o quão forte você está respirando e suando determinarão a quantidade de água que precisa.

Para a maioria das pessoas jovens e saudáveis, a melhor maneira de se manter hidratado é simplesmente beber quando está com sede. Os mais velhos, faixa dos 70 e 80 anos, podem precisar prestar mais atenção para obter líquidos suficientes porque a sensação de sede pode diminuir com a idade.

FERMENTADOS PODEM MELHORAR SUA SAÚDE

Iogurte, kimchle kombucha há muito são os alimentos básicos da dieta em muitas partes do mundo. Mas este ano os cientistas descobriram o que esses fermentados podem alterar a composição dos trilhões de bactérias, vírus e fungos que habitam nosso trato intestinal. Eles também podem levar a níveis mais baixos de inflamação em todo o corpo, que os cientistas associam cada vez mais a uma série de doenças ligadas ao envelhecimento.

PLANO ALIMENTAR PARA EVITAR AZIA E REFLUXO

O refluxo está entre as queixas de saúde mais frequentes dos adultos americanos e pode ter se tornado ainda mais comum após o estresse relacionado à pandemia e ao ganho de peso. Uma nova pesquisa mostrou que aqueles que aderiram a cinco características principais do estilo de vida – incluindo exercícios e seguir uma dieta de estilo mediterrâneo, com frutas e vegetas, peixes, aves e grãos integrais – estão mais propensos a evitar o desconforto.

FRUTAS E VEGETAIS PODEM ESTIMULAR SEU CÉREBRO

Estudo descobriu que os flavonoides, os compostos químicos que dão cores vivas aos vegetais, podem ajudar a conter o esquecimento e a confusão moderada de que as pessoas mais velhas costumam  reclamar. Especialistas concordam que esses são alimentos que você deve comer para a saúde do cérebro.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SOB CONTROLE, A ANSIEDADE TAMBÉM PODE SER BENÉFICA

Apesar de desconfortável, sentimento serve como sistema de alerta, além de ajudara detectar o que não funciona mais

Durante toda a minha vida adulta, tentei evitar dirigir. Eu poderia citar uma série de nobres razões para Isso: preocupação com o meio ambiente, desejo de economizar dinheiro, os benefícios para a saúde obtidos com caminhadas ou ciclismo. Mas o principal motivo é que sou ansiosa. E se eu fizesse algo estúpido e acidentalmente apertasse o acelerador em vez do freio?

Até 2020, evitei dirigir por anos, apesar de ter tirado minha habilitação no ensino médio. Mas veio a pandemia. Depois de mais de um ano apertada em casa, minha família ansiava por um novo cenário.

Reservei um hotel à cerca de três horas de Nova York e me inscrevi em aulas de direção. Naquele primeiro dia, eu cheguei enjoada com músculos tensos e cérebro em alerta máximo. Mas meu instrutor me garantiu que não corríamos risco de morte, já que não estaríamos dirigindo rápido o suficiente para isso. E aí ele me disse algo inédito: “O medo nunca vai embora”. Você tem que aprender a gerenciá-lo. Tenha medo apenas o suficiente para ficar alerta, mas não tanto a ponto de deixa-lo hesitante.

Ter alguma ansiedade – especialmente quando confrontado com uma situação estressante – não é necessariamente ruim e pode realmente ser útil, dizem especialistas. Veja como ela pode ajudar.

MELHORAR O DESEMPENHO

A ansiedade é uma emoção desconfortável, muitas vezes alimentada pela incerteza. Pode criar preocupação e medo excessivo se persistentes, não apenas sobre fatos estressantes, mas também sobre situações cotidianas. Geralmente também há sintomas físicos, como ritmo cardíaco acelerado, tensão muscular, respiração rápida, sudorese e fadiga.

Ansiedade em excesso pode ser debilitante. Mas uma quantidade normal destina-se a ajudar a nos manter seguros, dizem os especialistas.

“A emoção da ansiedade e a resposta fisiológica subjacente ao estresse evoluíram para nos proteger”, disse WendySuzuki, neurocientista e autora de “Good anxiety” (“Boa ansiedade”, em português).

Em sai livro, ela explica que gerenciar o estressepode ser mais útil do que bani-lo. Quando a ansiedade está muito alta, acrescentou Suzuki, ela tende a se tornar menos útil. O primeiro passo para domar o sentimento é reconhecer quando você está se sentindo muito ansioso e tentar relaxar:

“Minha dica nº 1 é ativar o sistema nervoso parassimpático (os neurônios que diminuem a  frequência cardíaca e ajudam as pessoas a se sentirem mais calma) respirando fundo. É uma tática boa e simples”, disse.

A respiração profunda pode ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar, seja em uma fila, sentada na sala de aula ou, no meu caso, dirigindo.

Além disso, a atividade física  – mesmo algo tão simples com o caminhar ao ar livre,- pode aumentar o nível de serotonina e dopamina em seu cérebro, o que também pode ajudar a reduzir a ansiedade a um nível mais gerenciável.  Mas se a ansiedade está deixando você  desconfortável com muita frequência ou interferindo no funcionamento do seu dia a dia, o ideal é buscar ajuda de um profissional de saúde mental.

RECONHECER O QUE NÃO ESTÁ FUNCIONANDO

O psicólogo Seth Gillihan diz que costumava se sentir ansioso antes de começar o dia de trabalho. Na época, ele se concentrou em gerenciar sua ansiedade em vez de examinar o que estava causando-a. Finalmente, percebeu que a ansiedade em si não era o problema.

“Eu estava trabalhando há muito tempo de uma maneira que não era sustentável”, disse Gillihan, cujos problemas de saúde contínuos às vezes dificultavam o cumprimento de um cronograma completo. Ele então reduziu suas horas na clínica e passou mais tempo escrevendo e fazendo podcasts, duas de suas paixões.

Agora, disse, está grato por ter ouvido o que seu corpo estava tentando lhe dizer, em vez de tentar suprimir esses sentimentos.

‘Penso na ansiedade como um alarme, um detector de fumaça, e um bom alarme não é silenciado o tempo todo.

ENFRENTAR OS MEDOS

Se você está superestimando o risco de algo terrível acontecer, comece reconhecendo sua ansiedade e olhando para ela objetivamente, sugere Joel Minden, psicólogo clínico e autor do livro “Mostre para sua ansiedade quem manda”.

Lembre-se de que essa é a reação emocional que ocorre quando você antecipa que coisas ruins vão acontecer, disse ele, um aborrecimento inconveniente, “quase como se o cérebro fosse uma criança, fazendo birra”.

Seja paciente e gentil consigo mesmo, disse ele, do jeito que você seria com um amigo, ao dar passos pequenos para enfrentar seus medos.

GERAR CONSCIÊNCIA

Pessoas ansiosas tendem a ser cuidadosas e cautelosas, e podem canalizar essas tendências para a consciência, disse Alice Boyes, autora de “A caixa de ferramentas da ansiedade: “Sempre fui ansiosa, desde criança.

Quando cresceu, Boyes continuou a se preocupar com as coisas darem errado, mas também começou a fazer planos de contingência. O objetivo é criar um esquema que ajude a reduzir suas preocupações e, em seguida, seguir adiante.

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