OUTROS OLHARES

ESPREMA ATÉ O BAGAÇO

De ‘Sex and the City’ a ‘Rebelde’, remakes tentam consertar erros sobre LGBTs, mas por vezes acabam por construir personagens que, ao preencher cotas, nem têm vida própria

Num internato no México, uma estudante brasileira dá as boas-vindas aos recém-chegados e logo é corrigida por um deles. “Sejam todes bem-vindes. Estamos na terceira década do século 21, diz o aluno, deixando a frase na linguagem neutra, para contemplar os estudantes não binários, ­ isto é, que não se identificam  de todo com o masculino nem com o feminino.

Num restaurante luxuoso de Nova York, um grupo de amigas de 50 e poucos anos bate papo enquanto toma café da manhã. “Não dá para continuar sendo quem éramos, certo? sugere uma delas, uma advogada prestes a começar uma especialização em direitos humanos e engatar um relacionamento com uma personagem não binária. Cenas como essas poderiam ter saído dos roteiros de seriados como “Sex Education” e “A Vida Sexual das Universitárias”, lançados recentemente já mergulhados em questões de gênero e sexualidade.

Mas elas fazem parte dos revivals “Rebelde”, “And Just Like That”, que retoma “Sex and the City”‘, na esteira de uma explosão de reboots e remakes que precisam enfrentar um problema que eles próprios criaram no passado – a falta de diversidade.

Quando foram lançadas, entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000, essas produções tinham pouca ou nenhuma preocupação com representatividade. No meio dos anos 1990, por exemplo, existiam só 12 personagens LGBTQIA+ na TV, contra os 360 de hoje, segundo a pesquisa Where We Are on TV, da ONG Glaad, que monitora como a comunidade tem sido apresentada na mídia.

Ao retornar, porém,  esses seriados encontram um mundo em que pessoas LGBTQIA+ querem ser vistos – ou melhor, bem-vistas – nas telas. O problema é que, para atender à demanda, algumas produções acabam por criar personagens sem profundidade, que, tratados como cotas, servem só para alavancar a trajetória de outras figuras e encher os bolsos das emissoras com o chamado “pink Money”.

É que não basta um revival ter personagens coloridos. Suas histórias precisam ser complexas como as de qualquer outra figura. A avaliação é de Michel Carvalho, roteirista com trabalho na Globo e na Netflix e antropólogo com formação na Universidade Federal  do Rio de Janeiro.

“A palavra que define um bom personagem LGBTQIA+ é subjetividade. Todo personagem precisa ter um interesse e uma agenda com questões próprias, mas muitas vezes personagens diversos são planificados, ou seja, a subjetividade deles é regida por apenas um aspecto – o fato de ele ser trans, ou negro, ou gay”.

É o que ocorre no revival de “Sex and the City”, analisa o roteirista. Ao tentar tirar suas protagonistas de uma bolha glamorosa e heteronormativa para envolver as personagens em narrativas com diversidade, o seriado acabou criticado por apresentar figuras estereotipadas.

Che Diaz, por exemplo, é retratada de forma caricata. A personagem se identifica como queer e não binária, tem ascendência mexicana, fuma maconha e faz sexo casual. Sem conflitos próprios, o combo de diversidade que Che carrega serve para desconstruir o trio de mulheres brancas, cisgênero e até então heterossexuais formado  pelas personagens principais.

“O reboot cria um choque entre as protagonistas e o contemporâneo. Até é um conflito interessante, mas serve para construir a subjetividade de quem? Da não binária? Não é das personagens principais. É como se Diaz não tivesse vida própria. Parece um projeto caça-pauta”, diz Carvalho.

Embora seja mais visível no streaming, uma indústria que cresce a todo vapor, a estratégia também tem sido adotada no cinema. Prova disso é o remake de “A Bela e a Fera”, em que LeFou é gay, e somente gay, sem nenhuma outra função narrativa além de trazer à produção representatividade – ou tentar, já que o personagem detonou críticas de que era estereotipado.

Outro reboot relançado é “Charmed – Nova Geração” que acabou com personagens caricatos ao tentar solucionar quase que com um “checklist” as lacunas de diversidade sexual, racial e de gênero da versão original, de 1998.

Raina Deerwater, pesquisadora do Glaad, afirma que uma representação precisa ser mais densa. Ela sugere perguntas que devem ser feitas para analisar a qualidade de um personagem LGBTQIA+.

“Temos de questionar se eles são tratados com o mesmo respeito que seus colegas, se podem contar a própria história, se têm os mesmos altos e baixos, os mesmos romances, as mesmas diversões que os heterossexuais”.

Há produções que cumprem tais requisitos, caso da releitura de “She-Ra”, em que a protagonista salva o mundo tascando um beijo noutra personagem feminina, Felina, e de “High School Musical”, que retornou com um casal gay após ter foçado a heterossexualidade de um coprotagonista.

Mesmo “The L. Word”, que já era centrada em personagens lésbicas em 2004, quando estreou, incorporou no remake “Geração Q” um personagem transgênero e bissexual com conflitos que vão além de sua identidade de gênero e de sua orientação sexual, assim como One Day at a Time, que voltou ao ar 33 anos depois do encerramento de sua primeira versão, desta vez com a filha da protagonista se assumindo lésbica e namorando uma personagem não binária.

O reboot de “Rebelde,” lançado neste ano, teve o mesmo cuidado. A atriz Giovana Grigio, que interpretou uma personagem bissexual em “Malhação” e agora vive outra, Emília, na produção, concorda que se deve ir além do cumprimento da tabela. “Amo na história da Emília que sua sexualidade é apenas um detalhe. Ela é uma menina cheia de conflitos, vivendo com intensidade a adolescência, lidando com pressões, encontrando o amor, se questionando enquanto pessoa”, diz.

Carvalho, o roteirista, afirma que a complexidade nasce a partir do momento em que certas convenções sobre a comunidade LGBTQIA+ na TV são quebradas. “Já vimos a narrativa da saída do armário, de se apaixonar pelo melhor amigo, de não se aceitar, de sofrer homofobia. Quando a gente desestrutura essas convenções, complexificamos os personagens”,  afirma.

Ainda há, no entanto, um longo caminho para que essas histórias cheguem à altura das que, por décadas, têm sido contadas sobre pessoas heterossexuais, Deerwater; a pesquisadora da Glaad, diz que é preciso adicionar mais diversidade à diversidade.

“A TV precisa contar mais histórias de pessoas queer negras, indígenas, assexuais, intersexuais, não binárias, de corpos diversos, dos que vivem com HIV. Histórias significativas, com personagens tridimensionais e com pessoas LGBTQIA+ não só na frente, mas atrás das câmeras”.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 13 DE FEVEREIRO

NÃO BASTA COMEÇAR BEM

Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas (1Samuel 28.6).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Governou a nação por quarenta anos. Seus primeiros anos foram bem-sucedidos, porém seu reinado terminou de forma trágica. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não basta iniciar a jornada com bons propósitos; é preciso completar a carreira com integridade. Saul se desviou do caminho e pegou alguns atalhos perigosos. Sua obediência parcial se tornou desobediência total. Sua demora em obedecer a Deus se tornou rebelião deliberada. Sua dureza de coração e sua impiedade lhe fecharam a porta do arrependimento. O mesmo homem que um dia fora cheio do Espírito agora é tomado por espíritos malignos. O Espírito de Deus apartou-se dele, e o coração de Saul se encheu de ódio. Saul se tornou louco e violento. Retrocedeu em sua fé e acabou buscando o que outrora condenava. Saul consultou uma feiticeira em vez de consultar o Senhor. Foi assaltado pelo medo e atentou contra a própria vida. Começou bem e terminou mal. Começou vestindo a túnica da humildade e terminou a carreira cheio de soberba. Começou com a bênção de Deus e fechou as cortinas de sua vida longe de Deus. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não bastam boas intenções, é preciso perseverança no andar com Deus.

GESTÃO E CARREIRA

O MERCADO VIBRANTE DAS SEXTECHS

O segmento do bem*estar sexual passa por uma revolução: deve faturar US$ 108 bilhões no mundo em 2027, e não faltam oportunidades para empreender na área. Conheça algumas das iniciativas brasileiras

Em 1902 ,a empresa americana de eletrodomésticos Hamilton Beach colocou à venda o primeiro vibrador elétrico do país em suas lojas. Na época, ele dividia as prateleiras com outros produtos eletrificados, como torradeiras e máquinas de costura, que ainda eram novidade. E foi um dos pioneiros: chegou antes do aspirador e do ferro de passar roupas.

Mas calma, não foi um movimento revolucionário contra o conservadorismo do século passado. É que os vibradores (que mais pareciam um secador de cabelo) nada tinham a ver com sexo, mas sim com as crenças pseudocientíficas da época. Médicos recomendavam seu uso para massagear partes do corpo prometendo cura para dores, cólicas e até infecções na garganta, por exemplo. Também podiam ser usados na região genital de mulheres para tratar “histeria” – uma doença que não existe, mas que era usada como diagnóstico para quadros de estresse e irritabilidade (a ideia era a de que o útero, hyster em grego, causava comportamentos excêntricos).

A partir da década de 1920, as coisas começaram a mudar. O vibrador passou a aparecer em filmes e ensaios pornográficos, e sua imagem passou a ser menos ligada a eventuais tratamentos e mais ao sexo. O produto virou tabu, e foi sumindo das prateleiras das lojas de eletrodomésticos. Mas não deixaram de ser usados, é claro. Agora, eram vendidos em um mercado paralelo – o de produtos eróticos.

Por décadas, sex shops dominaram esse segmento, vendendo vibradores (agora com formato fálico), lubrificantes, brinquedos sexuais e outros produtos voltados ao universo erótico. Tudo de forma discreta, longe do varejo tradicional.

Mas isso começa a mudar. Nos últimos anos, o mercado erótico passou por um grande rebranding – até o nome mudou: “mercado do bem-estar sexual”. Na onda do autocuidado, marcas começaram a anunciar seus produtos não apenas como sexuais, mas também ligados ao bem-estar, saúde física e mental e empoderamento feminino.

Quem lidera esse movimento são as sextechs, com o sufixo “tech” para indicar startups que inovam no setor (assim como em fintechs ou foodtechs, por exemplo). E elas trazem um diferencial importante: os novos produtos são desenvolvidos de mulher para mulher.

“Antes, mulheres poderiam até estar à frente de sex shops, mas poucas encabeçavam todo o negócio, desde o desenvolvimento de produtos e marcas”, comenta Lídia Cabral, fundadora da Tech4Sex, plataforma que estuda e fomenta o ecossistema de sextechs brasileiras.

E não faltam demandas especificas delas. Dados do Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex) mostram que 55,6% das mulheres têm dificuldade para chegar ao orgasmo em relações sexuais. Mais: 40% não se masturbam. Para muitas, a sexual!dade ainda é tabu.

UM MERCADO QUENTE

As sextechs surgem para atender esse enorme segmento de clientes cujas necessidades vinham sendo ignoradas pelo mercado erótico anterior. As mudanças são várias: vibradores e brinquedos sexuais não têm mais necessariamente formato de pênis; muitos são discretos ou assumem formas inusitadas. O design costuma ser clean, sem referências eróticas, para lembrar produtos do dia a dia, como cosméticos, e não causar constrangimento caso forem expostos. E o foco na discrição das embalagens é redobrado, pelo mesmo motivo.

Lubrificantes, géis e produtos de relaxamento para facilitar o sexo também são apostas do segmento –  59,7% das mulheres afirmam sentir dor durante a relação sexual. Itens de saúde também são frequentes, como camisinhas femininas feitas especialmente para maximizar o conforto. Afinal, entre a maior preocupação das mulheres em relação ao sexo, as chances de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é a que lidera a lista, com 46% (entre os homens, a maior preocupação é não satisfazer sexualmente o parceiro ou parceira, citada por 55% deles).

Não só. Como o assunto ainda é delicado entre as mulheres, as empresas têm de se reinventar na hora de conquistar clientes. A linguagem é acessível, nada provocativa; em propagandas, os modelos são pessoas comuns, e não corpos que se encaixam perfeitamente nos padrões.

Praticamente todas as sextechs também se engajam em uma outra missão para além de vender seus próprios produtos: o da educação sexual. Em suas redes sociais, por exemplo, essas startups disseminam conteúdos para tirar dúvidas e dar dicas voltadas para a sexualidade. Muitas acabam até integrando esse extra aos seus negócios, vendendo ou oferecendo cursos, livros e podcasts para seus clientes. Esse tipo de esforço ajuda a normalizar o assunto, e criar uma base fiel de compradoras.

A fórmula tem dado certo. Em 2020, o mercado do bem-estar sexual movimentou US$ 78 bilhões, segundo a Allied Market Research. E a consultoria prevê que o segmento vá atingir os US$ 108 bilhões ainda em 2027.

A maior parte do mercado global ainda está concentrada nos Estados Unidos, pioneiro no movimento. Por lá, inúmeras startups passam a chamar atenção dos investidores e recebem aportes milionários. Celebridades passam a empreender no segmento também, ajudando a divulgar e normalizar os produtos de bem-estar sexual.

Em novembro, a cantora americana Demi Lovato, por exemplo, lançou sua própria linha de vibradores em parceria com a sextech Bellesa. E a atriz e supermodelo Cara Delevingne se tomou conselheira criativa para a marca Lora DiCarlo, cujos vibradores térmicos buscam simular o toque humano. Por aqui, o mercado ainda está nas fases iniciais, mas grandes varejistas começam a dar um empurrãozinho. A pioneira foi a Amaro, varejo de moda que inaugurou uma seção de bem-estar sexual em seu e-commerce em abril de 2021.

O maior salto, porém, veio em outubro, quando a gigante Magalu decidiu fazer o mesmo. Segundo Lídia, da Tech4Sex, o movimento é importante para conquistar novos públicos e impulsionar o mercado. Afinal, dificilmente uma pessoa tem contato com esses produtos a não ser que procure ativamente por eles. Com segmentos de vendas nas varejistas, novos clientes podem ser atraídos pela curiosidade.

SEXTECHS À BRASILEIRA

Para Marília Ponte, empreender na área não era o plano A. Seu interesse pelo segmento das sextechs começou quando passou a entender a própria sexualidade – e acabou descobrindo como o mercado americano vendia soluções inovadoras para essas questões. A jovem de 26 anos decidiu que queria trabalhar com isso – mas teve um problema: não encontrou nenhuma empresa do tipo no Brasil. A solução foi criar a sua própria.

Marilia fundou a Lilit, uma sextech que comercializa vibradores, em 2020. O primeiro desafio foi aquele que todas as sextechs relatam: a falta de dados que indiquem o tamanho real do mercado. O jeito foi fazer sua própria coleta; uma pesquisa inicial com mais de quatro mil mulheres, e depois encontros e conversas constantes com potenciais clientes para desenvolver os produtos ideais.

O processo revelou algo importante: “Enquanto nós estávamos preocupadas em saber os detalhes dos protótipos de vibradores, como o tipo de material e carregador, as mulheres estavam envergonhadas e perguntavam como usar o produto. Ali percebemos que o mercado brasileiro estava em um estágio anterior de maturidade”, conta.

Para o pontapé inicial, Marília apostou num produto simples e discreto: o Bullet Lilit, um vibrador pequeno, discreto, com 5 estágios de vibração, recarregável e resistente à água. A ideia é que o Bullet seja o “primeiro vibrador” para mulheres que nunca utilizaram produtos sexuais.

O Bullet Lilit foi lançado em agosto de 2020, e, até hoje, é o único vendido pela marca. A estratégia de ser monoproduto funcionou: desde o lançamento, a empresa já faturou RS1,2 milhão. Agora, com o nome mais consolidado e uma base de clientes, a ideia é lançar novos produtos a partir de 2022.

Foi também apostando no simples que surgiu a Feel, marca de lubrificantes fundada por Marina Ratton em 2020. No início, a empreendedora não tinha certeza sobre em qual produto apostar – também foi necessário fazer pesquisas com bases de clientes em potencial. A startup constatou que muitas mulheres se queixavam de desconforto e ressecamento em relações de penetração vaginal; ao mesmo tempo, tinham vergonha de comprar lubrificantes em farmácias.

Mais: boa parte delas preferia produtos orgânicos e naturais, seja no campo dos alimentos, dos cosméticos ou dos itens de higiene. E essa preocupação era praticamente ignorada no ramo de bem-estar sexual. A ideia da Feel, então, foi lançar um lubrificante natural à base de calêndula e aloe vera – vegano e sem testes em animais.

Embora o plano inicial fosse investir em apenas um produto, a sextech constatou outros problemas entre suas clientes, e mais oportunidades de negócios. “Percebemos, por exemplo, que muitas mulheres estavam usando óleo de coco da cozinha para hidratar a região da vulva”, diz Marina. A Feel então integrou a seu catálogo um produto à base de óleo de coco para aplicar após a depilação e aliviar assaduras. Hoje, também comercializa sabonetes íntimos.

Ainda que as mulheres sejam as novas protagonistas quando se fala do mercado do bem-estar sexual, outros grupos que antes tinham pouco espaço também despontam. Marcas começam a apostar em produtos feitos especialmente para o público LGBTQIA+.

No Brasil, uma das empresas que aposta na diversidade é a Panty­ nova, e-cornmerce de produtos eróticos fundado pelas empreendedoras lzabela Starling e Heloisa Etelvina em 2018. Na época um casal, elas estavam insatisfeitas com suas experiências como consumidoras do mercado erótico.

Com cintas penianas no catálogo, além de vibradores e lubrificantes, a startup viu seu faturamento disparar 400% em 2020, quando grande parte da população ficou em casa e começou a explorar mais sua sexualidade. “Costumamos brincar que a pandemia foi um investidor-anjo”, conta Iza. Em tempo: a maior parte da equipe que compõe a Panty-nova é LGBTQIA+.

METAVERSO SEXUAL

Nem só de produtos físicos vivem as sextechs. Uma tendência no mercado internacional é o surgimento de apps e redes sociais voltadas para o bem-estar sexual, oferecendo fóruns de discussão, podcasts, contos eróticos em texto e áudio e outros conteúdos voltados para a sexualidade. No Brasil, uma das pioneiras no movimento é a startup Share Your Sex, fundada por Mariah Prado. O negócio seguiu um caminho incomum: começou com um grupo secreto no Facebook, ainda em 2015, exclusivo para mulheres compartilharem relatos e dúvidas sobre o sexo.

Com o crescimento da comunidade, que hoje soma mais de 250 mil participantes, Mariah despertou o interesse por empreender no ramo. O empurrão final para o surgimento da empresa veio em 2020, quando o grupo no Facebook acabou derrubado pela plataforma, que alegou violação da política da rede social em relação ao conteúdo sexual Mariah e as participantes da Share Your Sex conseguiram reverter a decisão – mas ficou claro que aquilo poderia acontecer novamente.

A solução foi fundar seu próprio aplicativo para celular, de mesmo nome, com fóruns e grupos de discussões. Há também a opção de assinar o serviço para ter acesso exclusivo a streaming de áudios com contos eróticos, masturbações guiadas, podcasts sobre saúde feminina e outros conteúdos desenvolvidos por psicólogas e sexólogas.

A censura que motivou a criação da Share Your Sex, aliás, é um dos maiores desafios citados pelas sextechs. Muitas redes sociais têm políticas de restringir conteúdos sexuais, e divulgar a venda de produtos eróticos é praticamente impossível.

Mesmo conteúdos não explícitos, como os de educação sexual, podem ser removidos automaticamente pelos algoritmos – na maioria das vezes até é possível recorrer para um analista humano separar o joio do trigo, mas a burocracia e a demora atrapalham. Por isso, muitas sextechs burlam o sistema em suas redes sociais escrevendo seus conteúdos de forma disfarçada: sexo vira s3xO, por exemplo.

Talvez isso não dure por muito tempo. O crescimento das sextechs no mundo vem pressionando as redes sociais a rever suas políticas de conteúdo. Afinal, o grande desafio das empresas do ramo é esse: normalizar o sexo e o consumo de produtos e conteúdos eróticos. A base de clientes em potencial é enorme, as soluções estão sendo desenvolvidas, os empreendedores estão a postos e os investidores estão de olho. Só falta mesmo quebrar de vez o tabu.

EU ACHO …

COMER GATO POR LEBRE

– Você já comeu gato por lebre? perguntaram-me devido a meu ar um pouco distraído.

Respondi:

– Como gato por lebre a toda hora. Por tolice, por distração, por ignorância. E até às vezes por delicadeza: me oferecem gato e agradeço a falsa lebre, e quando a lebre mia, finjo que não ouvi. Porque sei que a mentira foi para me agradar. Mas não perdoo muito quando o motivo é de má-fé.

Mas a variedade do assunto está exigindo uma enciclopédia. Por exemplo, quando o gato se imagina lebre. Já que se trata de gato profundamente insatisfeito com a sua condição, então lido com a lebre dele: é direito de gato querer ser lebre.

E há casos em que o gato até que quer ser gato mesmo, mas lebresse oblige, o que cansa muito.

Há também os que não querem admitir que gostam mesmo é de gato, obrigando-nos a achar que é lebre, e aceitamos só para poder comer em paz com tempos e costumes.

Num tratado sobre o assunto, um professor de melancolia diria que já serviu de lebre a muito gato ordinário. Um professor de irritação diria uma coisa que não se publica.

Tenho mesmo vergonha é quando não aceito lebre pensando que era gato. (Há um provérbio que diz: é melhor ser enganado por um amigo do que desconfiar dele.) É o preço da desconfiança.

Mas na verdade, quando aceito gato por lebre, o problema verdadeiro é de quem me ofereceu, pois meu erro foi apenas o de ser crédula.

Estou gostando de escrever isto. É que várias lebres andaram miando pelos telhados, e tive agora a oportunidade de miar de volta. Gato também é hidrófobo.

*** CLARICE LISPECTOR

ESTAR BEM

COMO O EXERCÍCIO PODE CONTROLAR A ANSIEDADE

Pesquisadores descobriram que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver o problema. Acredita-se que a atividade física altera os níveis de substâncias relacionadas ao humor

Para lidar melhor com todas as notícias desanimadoras sobre o aumento dos casos de Covid-19 e muito mais, você pode sair e praticar atividade física com segurança. Um estudo com quase 200 mil esquiadores descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver ansiedade clínica ao longo do tempo. O estudo, da Suécia, concentrou-se no esqui, mas os pesquisadores disseram que quase qualquer tipo de atividade aeróbica ajuda a nos proteger contra preocupação e pavor excessivos, um pensamento animador quando enfrentamos mais uma terrível temporada de pandemia.

A ciência já oferece multas evidências encorajadoras de que o exercício pode melhorar nosso humor. Experimentos mostram que quando as pessoas (e animais de laboratório) começam a se exercitar, elas normalmente ficam mais calmas, mais resilientes, mais felizes e menos propensas a se sentir indevidamente tristes, nervosas ou com raiva. Estudos epidemiológicos, que muitas vezes se concentram nas ligações entre um tipo de atividade ou comportamento e vários aspectos da saúde ou longevidade, também descobriram que mais exercícios estão associados a chances substancialmente menores de desenvolver depressão grave. Inversamente, ser sedentário aumenta o risco de depressão.

Um estudo neurológico notável de 2013 até descobriu que o exercício leva a reduções na ansiedade dos roedores, provocando um aumento na produção de neurônios especializados que liberam uma substância química que acalma a atividade excessiva em outras partes do cérebro.

 Mas a maioria desses estudos foi pequeno, de curto prazo ou principalmente relevante para camundongos, deixando em aberto muitas questões sobre quais tipos de exercícios podem ajudar nossa saúde mental, quanto tempo as melhorias de humor podem durar, se homens e mulheres se beneficiam igualmente e se é possível malhar demais e talvez aumentar sua probabilidade de se sentir emocionalmente pior.

SAÚDE MENTAL

Para o novo estudo, que foi publicado na Frontiers in Psychiatry, cientistas do exercício da Universidade de Lund, na Suécia, e outras instituições, decidiram que valeria a pena examinar a saúde mental a longo prazo de milhares de homens e mulheres que participaram do famosa corrida anual de esqui na Suécia conhecida como Vasaloppet, em que uma multidão de participantes percorre a distância de 90 km entre Salen e Mora, na província histórica sueca da Dalecárdia.

Como esse tipo de evento requer saúde, resistência e treinamento abundantes, os pesquisadores usaram dados sobre os corredores do Vasaloppet para estudar como o exercício influencia a saúde do coração, os riscos de câncer e a longevidade.

“Usamos a participação em uma Vasaloppet como um substituto para um estilo de vida fisicamente ativo e saudável”, disse Tomas Deierborg, diretor do departamento de medicina experimental da Universidade de Lund e autor sênior do estudo, que completou duas vezes o percurso de 90 km.

Para começar, ele e seus colega reuniram tempos de chegada e outras informações de 197.685 homens e mulheres suecos que participaram de uma das competições entre 1989 e 2010. Eles então cruzaram essas informações com dados de um registro nacional sueco de pacientes, procurando diagnósticos de transtorno de ansiedade clinica entre os corredores nos próximos 10 a 20 anos. Para comparação, eles também verificaram diagnósticos de ansiedade durante o mesmo período de tempo para 197.684 de seus concidadãos selecionados aleatoriamente que não haviam participado da corrida e eram considerados relativamente inativos.

Os esquiadores descobriram os pesquisadores, provaram ser consideravelmente mais calmos ao longo das décadas após a competição do que os outros suecos, com mais de 50% menos risco de desenvolver ansiedade clínica. Esse padrão tendia a prevalecer entre  esquiadores masculinos e femininos de quase todas as idades – exceto, curiosamente, as corredoras mais rápidas. As melhores finalistas femininas de cada ano tendiam a ser mais propensas a desenvolver transtornos de ansiedade do que outros corredores embora seu risco geral permanecesse menor do que para mulheres da mesma idade no grupo de controle.

Esses resultados indicam que “a ligação entre o exercício e a redução da ansiedade é forte”, disse Lena Brundia, principal pesquisadora de doenças neurodegenerativas do Instituto de pesquisa Van Andei, no estado americano do Michigan, que foi outra autora do estudo.

 EXERCÍCIO AERÓBICO

Segundo Deierborg, não é necessário percorrer de esqui, longas distâncias nos bosques nevados da Suécia para colher os frutos, disse Deierborg. Estudos anteriores de exercício e humor sugerem que seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde de cerca de 30 minutos de caminhada rápida ou atividades semelhantes na maioria dos dias “tem bons efeitos na sua saúde mental” e esses benefícios parecem se aplicar a uma população mais ampla do que apenas os suecos, disse ele.

Ainda assim, pode valer a pena monitorar sua resposta psicológica a treinos e competições internos especialmente se você for uma mulher competitiva.

No entanto, as descobertas têm limitações. Elas não podem provar que o exercício faz com que as pessoas tenham um humor melhor, apenas que pessoas altamente ativas tendem a ser menos ansiosas do que seus pares mais sedentários. O estudo também não explica como o esqui pode reduzir os níveis de ansiedade. Os pesquisadores suspeitam que a atividade física altera os níveis de substâncias químicas cerebrais relacionadas ao humor, como dopamina e serotonina, e reduz a inflamação em todo o corpo e no cérebro, contribuindo fisiologicamente para uma saúde mental mais robusta. Qualquer exercício em qualquer ambiente provavelmente deve ajudar.

“Um estilo de vida fisicamente ativo parece ter um forte efeito na redução das chances de desenvolver um transtorno de ansiedade”, disse Deierborg.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

VEJA QUAIS SÃO OS MELHORES ALIMENTOS PARA GARANTIR A SAÚDE DO SEU CÉREBRO

Um crescente conjunto de pesquisas mostra que apostar na qualidade da dieta de uma pessoa pode ter efeito expressivo no equilíbrio mental e bem-estar

É hora de começar a alimentar seu cérebro. Durante anos, a pesquisa sobre alimentação saudável concentrou-se principalmente na saúde física na ligação entre dieta, peso e doenças crônicas. Mas, o campo emergente da psiquiatria nutricional estuda como os alimentos podem afetar como sentimos.

“Muitas pessoas pensam em comida em termos de gordura abdominal, mas o alimento também afeta nossa saúde mental. É uma parte pouco explorada nesse assunto”, disse Uma Naidoo, psiquiatra de Harvard e diretora de psiquiatria nutricional e de estilo de vida do Massachusetts m General Hospital.

A conexão entre o estômago e o cérebro é forte e começa no útero. O intestino e o cérebro se originam das mesmas células do embrião, explica Naidoo. Uma das principais maneiras pelas quais o cérebro e o intestino permanecem conectados é através do nervo vago, um sistema de mensagens químicas bidirecional que explica porque o estresse pode desencadear sentimentos de ansiedade em sua mente e borboletas em seu estômago.

DERRUBANDO UM MITO

Muitas vezes, as pessoas tentam influenciar seu humor comendo alimentos reconfortantes, como sorvete, pizza ou macarrão com queijo. O problema, dizem os especialistas, é que, embora essas comidas normalmente ofereçam uma combinação tentadora de gordura, açúcar, sal e carboidratos que os tornam hiper palatáveis, eles podem provocar uma piora no que sentimos.

Traci Mann, que dirige o laboratório de saúde e alimentação da Universidade de Minnesota, concluiu uma série de estudos para determinar se a comida preferida de uma pessoa melhora seu humor. Em seus experimentos, o fator que parecia importar mais era a passagem do tempo.

“Se você comer comida reconfortante, pode se sentir melhor, mas, se não comer, também se sentirá melhor com o passar do tempo. As pessoas acreditam em comida reconfortante e estão dando crédito a melhora de humor que teriam acontecido de qualquer maneira”, afirmou.

CONTRA A DEPRESSÃO

A pesquisa de Mann descobriu que os alimentos que tradicionalmente trazem conforto não têm um efeito significativo no humor, e um crescente conjunto de pesquisas mostra que melhorar a qualidade da dieta de uma pessoa pode ter um efeito significativo na saúde mental.

Os cientistas sabem que cerca de 20% de tudo o que comemos vai para o cérebro, disse Drew Ramsey, psiquiatra e professor da Universidade Columbia, em Nova York. Neurotransmissores e receptores críticos são produzidos quando você come nutrientes e aminoácidos específicos, explicou. Suas células gliais, por exemplo, que compõem uma porção substancial do cérebro, são dependentes de gorduras omega-3. Minerais, incluindo

zinco, selênio e magnésio, fornecem a base para a atividade celular e o tecido cerebral e a síntese de neurotransmissores que afetam diretamente o humor. Ferro, ácido fólico e vitamina B12 ajudam seu corpo a produzir serotonina.

“Nossos cérebros evoluíram para comer quase qualquer coisa para sobreviver, mas cada vez mais sabemos que há uma maneira de alimentá-lo para melhorar a saúde mental geral. Sabemos que se você come um monte de lixo, você se sente um lixo, mas a ideia de que isso se estende a um risco para a saúde mental é uma conexão que não fizemos na psiquiatria até recentemente”, explicou Ramsey.

LISTA DOS ALIMENTOS

Ramsey criou um mantra sobre os melhores alimento para o cérebro: “Frutos do mar, verduras, nozes e feijão – e pouco chocolate amargo”.

A ciência sobre os possíveis benefícios cerebrais dos alimentos ainda está no estágio inicial, e comê-los não resultará em mudanças de humor da noite para o dia. Mas incorporar vários desses alimentos nas refeições melhorará a qualidade geral de sua dieta  – e você notará a diferença.

VERDE FRONDOSO:

Para Ramsey, as folhas verdes são a base de uma boa dieta para o cérebro porque são baratas, versáteis e têm uma alta proporção de nutrientes por calorias. Couve é o seu favorito, mas espinafre, rúcula, beterraba e acelga também são ótimas fontes de fibra, ácido fólico e vitaminas C e A. Se você não é fã de saladas, adicione verduras a sopas, ensopados, frituras e smoothies, ou pode transformá-los em um pasto.

FRUTAS E VEGETAIS COLORIDOS:

Quanto mais colorido for o prato, melhor será a comida para o seu cérebro. Estudos sugerem que frutas e vegetais de cores vivas, como pimentão vermelho, mirtilo, brócolis e berinjela, podem afetar a inflamação, a memória, o sono e o humor. Alimentos avermelhados – púrpura são ainda mais poderosos. E não se esqueça dos abacates, que são ricos em gorduras saudáveis que melhoram a absorção de fitonutrientes de outros vegetais.

FRUTOS DO MAR:

Sardinhas, ostras, mexilhões, salmão selvagem e bacalhau são fontes de ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa essenciais para a saúde do cérebro. Os frutos do mar também são uma fonte de vitamina B12, selênio, ferro, zinco e proteínas. Se você não come peixe, sementes de chia, sementes de linhaça e vegetais do mar também são boas fontes de ômega 3. Para aqueles com orçamento limitado, o salmão enlatado é uma opção mais acessível.

NOZES, FEIJÕES E SEMENTES: 

Tente comer entre meia xícara e uma xícara cheia de feijão, nozes e sementes por dia. Castanhas de caju, amêndoas, nozes ou sementes de abóbora são um ótimo lanche, mas também podem ser adicionadas a refogados e saladas. Feijões preto e vermelho, lentilhas e legumes também podem ser adicionados a sopas, saladas e ensopados ou apreciados como refeição ou acompanhamento. As manteigas de nozes também contam.

ESPECIARIAS E ERVAS:

Elas não apenas melhoram o sabor da comida, mas estudos sugerem que certas especiarias podem levar a um melhor equilíbrio dos micróbios intestinais, reduzir a inflamação e até melhorar a memória. Destaque para o açafrão – estudos sugerem que seu ingrediente ativo, a curcumina, pode ter benefícios para a atenção e a cognição geral. “A cúrcuma pode ser muito poderosa ao longo do tempo”, disse Naidoo. “Tente incorporá-la ao molho de salada ou legumes assados” ou em curry, molhos, ensopados ou smoothies. ”Adicionar uma pitada de pimenta preta torna a curcumina 2.000 % mais biodisponível para o nosso cérebro e corpo”, explicou. “É um truque fácil de fazer quando você está cozinhando.” Outras especiarias que podem melhorar a saúde do cérebro incluem canela,  alecrim, sálvia e gengibre.

ALIMENTOS FERMENTADOS:

Eles são feitos combinando leite, vegetais ou outros ingredientes crus com micro organismos como leveduras e bactérias. Um estudo recente descobriu que seis porções diárias de alimentos fermentados podem diminuir a inflamação e melhorar a diversidade do microbioma intestinal. Alimentos fermentados incluem iogurte; chucrute; kefir, uma bebida láctea fermentada, kombucha, bebida fermentada feita com chá; e kimchi, um  acompanhamento tradicional coreano de repolho fermentado e rabanete. O kefir de coco é uma opção não láctea. Outros alimentos fermentados incluem missô, queijo cotage, queijo Gouda e alguns tipos de vinagre de maçã. Você também pode beber “shots intestinais” contendo probióticos, que são pequenas garrafas de bebidas fermentadas, geralmente com cerca de 60g, vendidas em muitos supermercados.

CHOCOLATE AMARGO:

As pessoas que comem regularmente chocolate amargo têm um risco 70% menor de sintomas de depressão, de acordo com uma grande pesquisa em quase 14 mil adultos. O mesmo efeito não foi observado em quem comeu muito chocolate ao leite. O chocolate escuro é embalado com flavonóis, incluindo epicatequina, mas o chocolate ao leite e as barras de chocolate populares são tão processados que não têm muita epicatequina.

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