OUTROS OLHARES

CARINHA DE UM, FOCINHO DO OUTRO

A alta procura pelos buldogues franceses, esnobados pelos ingleses no passado, se deve a um mecanismo psicológico de ver nesses cãezinhos traços, digamos, humanos

A relação da espécie humana com os cães volta mais de 20.000 anos no tempo e vem produzindo laços firmes e duradouros, em que, não raro, o dono e seu animal chegam a se assemelhar. As engrenagens que levam a cara de um a ficar o focinho do outro já foram destrinchadas e a ciência concluiu: existe um embasamento para essa sensação de familiaridade, seja no semblante, seja no temperamento, e ela tem a ver com um mecanismo que faz os caninos absorverem os trejeitos do homem a ponto de reproduzirem o seu olHar. Mas há outra razão, esta, mais simples, para que tantas duplas se pareçam: as pessoas tendem a escolher, ainda que inconscientemente, raças afinadas com o seu jeito e estilo. E tal elo vai se aprofundando à medida que se domestica o cachorro. “Nós o criamos para ser o mais similar possível com a gente”, explica a americana Alexandra horowitz, especialista em cognição canina e autora de Our Dogs, Our selves. É justamente nesse caldo que o buldogue francês, com seus olhos generosos e focinho pequenino – algo humanizado, por assim dizer -, ingressou no rol dos cãezinhos mais populares do planeta.

Turbinada por celebridades como Reese Witherspoon, Leonardo Di Caprio e David Beckham, a raça registrou ao longo da última década uma subida na procura na casa dos 1.700%, e a curva segue embalada. Nas redes, um dos termômetros desta era, as hashtags #frenchie e #frenchielove vencem a de qualquer outro canino, e o preço naturalmente acompanha o interesse: alcança os 3.000 dólares, cifra que enche inclusive os olhos de ladrões, como os que surrupiaram Koji e Gustav, os cachorrinhos de face amassada da cantora Lady Gaga, felizmente recuperados em questão de dias. Algumas qualidades contemporâneas conspiram a favor desses cães, que no Brasil figuram entre os seis mais requisitados, de acordo com o levantamento do aplicativo DogHero. Uma delas é de cunho prático. “Eles têm comportamento tranquilo e se dão bem em ambientes apertados, como o de um apartamento”, diz o publicitário Thiago Graber, dono de Luna, 3 anos, um veterano no mundo animal.

Outro fator de magnetismo desses buldogues remete àquela ideia de que o homem busca um cão de algum modo parecido consigo mesmo. Um mergulho fundo no universo canino revela que eles, ao contrário de vários de seus pares de raças distintas, apresentam focinho acanhado, o rosto arredondado e os olhos centralizados em vez de concentrados nas laterais. Também esboçam um sorriso “vagamente humano”, segundo os anuários que descrevem a fisiologia canina. Evidentemente que não são a carinha de seus donos, mas reúnem características percebidas em insondáveis camadas do cérebro humano como e “semelhantes”. “Isso tudo transcorre no terreno psicológico, que detecta familiaridades mesmo que elas não sejam óbvias”, ressalta a especialista Alexandra Horowitz, citando cachorros que desencadeiam o mesmo tipo de clique, entre eles boxer, shih tzu e buldogue inglês.

Em sua caminhada para encontrar um canino que acrescente componentes “familiares”, uma ala da espécie humana, sobretudo aquela que vive do mercado de cães, vem exagerando na dose. Essa turma envereda por reproduções que, no caso dos buldogues franceses, têm o objetivo de cruzar entre si os representantes da espécie de focinho já pequeno na tentativa de fazê-los ainda mais miúdos, um atributo que chama a atenção. Em dezembro, o braço britânico do Kennel Club, a mais antiga sociedade de cinofilia do mundo, se mexeu e atualizou suas diretrizes para a raça citando as consequências negativas da mão do homem sobre o processo evolutivo natural. “Precisamos evitar características extremas que exacerbem problemas de saúde desses animais”, assinalou o documento, atendendo a uma petição assinada por mais de 40.000 veterinários.

Fenômenos de uma indústria que só cresce, os buldogues franceses pertencem ao ramo das raças conhecidas como braquicefálicas, aquelas dos focinhos achatados e com pendor para síndromes respiratórias – daí ser ainda menos indicado tocar nesse órgão por onde o oxigênio vem e vai. “O Ralph não sofre de nenhum problema grave, mas exige mais cuidados”, conta o diretor financeiro Pedro Baldaque, que aprendeu, por exemplo, a não lhe dar grandes quantidades de comida em uma única tacada. Ralph e tantos outros da mesma raça têm como antecedentes os buldogues ingleses, o que se explica cavucando a história. Na Inglaterra do século XIX, os filhotes que não crescessem a contento eram rejeitados e acabavam sendo levados à França, onde foram passando por cruzamentos sucessivos até chegarem à forma atual dos travessos cãezinhos de não mais de 30 centímetros. Deu de caírem no gosto de pintores de grande quilate, como Toulouse Lautrec e Degas, que os retrataram em primorosas telas. À primeira vista, ninguém diz que esses cães contêm algum traço humano. Eles só afloram para valer quando as duas espécies consolidam o tal elo ancestral.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 12 DE FEVEREIRO

CONSAGRE O SEU MELHOR PARA DEUS

Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor… (1Samuel 1.27,28).

Ana foi uma mulher extraordinária. Lutou pelo sonho de ser mãe, a despeito de todos à sua volta conspirarem contra esse propósito. Derramou lágrimas no altar e o coração diante de Deus. Jamais recuou. Queria um filho não para si mesma, mas para consagrá-lo a Deus. Teve a ousadia de oferecer o seu melhor para Deus. Em resposta divina a todo o seu clamor e cumprindo a palavra profética de Eli, Ana concebeu e deu à luz Samuel. Consagrou-o ao Senhor por todos os dias de sua vida. Sabia que seu filho viera de Deus, era de Deus e devia ser consagrado de volta para Deus. Não fosse esse entendimento, e Samuel teria sido um ídolo na vida de Ana. Não compreendesse essa verdade, e sua vida teria gravitado ao redor de Samuel. Nós também precisamos entender que tudo o que somos e temos vem de Deus, é de Deus e deve ser consagrado de volta para Deus. Nossa família, nossa casa, nosso trabalho e nossos bens são dádivas de Deus. Devemos tomar o melhor daquilo que Deus nos tem dado e colocar no altar. Deus merece as primícias, e não as sobras. Precisamos colocar no altar de Deus o nosso Samuel. Precisamos compreender que o Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. Precisamos saber que os sonhos de Deus são maiores e melhores do que os nossos sonhos. Precisamos compreender que nada possuímos que não tenhamos recebido, para voluntária e alegremente devolvermos a Deus o melhor do que ele nos tem dado.

GESTÃO E CARREIRA

APRENDA TÁTICAS PARA CONTORNAR A PROCRASTINAÇÃO E VENCER AS TAREFAS

Ansiedade, insegurança e motivação estão ligadas ao processo de tomada de decisão do cérebro

Todos nós já deixamos uma tarefa importante para depois. Seja estudar para uma prova na época do colégio, preparar um relatório para entregar para o chefe no trabalho ou mesmo iniciar um projeto pessoal que demanda muita dedicação.

A procrastinação faz parte do processo de tomada de decisão, conta o neurocientista Andrei Mayer, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e administrador do canal do YouTube A Culpa é do Cérebro.

“Por algum motivo, a pessoa decide empurrar aquela atividade mais para frente. É algo natural, que fazemos o tempo todo, mas é preciso ficar atento quando isso começa a prejudicar a pessoa profissionalmente ou mesmo em suas relações socias”, Diz Mayer.

O neurocientista explica que o nosso cérebro está o tempo todo fazendo uma avaliação de custo-benefício de todas as nossas ações. Desde coisas simples e diárias, como lavar a louça e escovar os dentes, a elaboração de projetos mais complexos, como mudar os hábitos alimentares ou economizar dinheiro para comprar um imóvel.

“O custo para alcançar um objetivo é o tempo e o esforço que você terá que aplicar naquilo. O benefício é a recompensa que você vai obter no final, ou seja, o prazer e o sentimento de realização”,  afirma.

Para superar a procrastinação é preciso entender como esse processo funciona, aprender algumas estratégias para dar início às tarefas e estimular o sistema de recompensa.

Mayer enfatiza que tanto a procrastinação como A preguiça estão relacionadas à motivação, mas são comportamentos diferentes.

“A preguiça é uma desmotivação geral. A pessoa não tem vontade de fazer nada. Não tem energia mental nem física para desenvolver qualquer atividade”, afirma. Já a procrastinação se refere a uma tarefa específica. Por algum motivo, você deixa de fazer uma tarefa para fazer outra”.

As duas, porém, podem ser desencadeadas por questões fisiológicas e psicológicas, como estresse e sono irregular.

“Dormir mal afeta todos os sistemas do cérebro, inclusive os envolvidos com a motivação. Se a pessoa dorme mal ela se sente menos motivada e procrastina mais, fica preguiçosa. Com o estresse é a mesma coisa. O estresse muda a forma de como o cérebro vai calcular o custo-benefício das tarefas, fica mais difícil ter motivação”.

Assim, como em qualquer processo de tomada de decisão, muitas partes do cérebro são envolvidas na procrastinação. “As principais são o córtex pré-frontal, que funciona como um grande gerente, um planejador dentro da nossa cabeça, e o chamado sistema de recompensa, que é o circuito que processa as informações relacionadas às sensações de prazer, à satisfação”, ressalta Mayer.

“As informações sobre o esforço que você vai ter que fazer para conquistar essa recompensa chegam até o gerente, que é o córtex pré-frontal, que vai ajudar você a tomar a decisão”.

E o que acontece quando a gente procrastina? “Basicamente, é o seu cérebro chegando à conclusão de que não vale a pena executar essa tarefa agora, e você acaba deixando para mais tarde. Ele avalia que não vale a pena investir energia física e mental naquele momento. Isso é procrastinar. É quando o gerente chega a essa conclusão.”

Mayer destaca que os quatro componentes básicos que o cérebro leva em consideração para tomar essa decisão são: a recompensa (o que você vai ganhar com aquilo), o esforço físico e mental para resolver aquela tarefa, o tempo que você terá que dedicar e, finalmente, a probabilidade de dar certo ou não.

“Ou seja, qualquer coisa que tenha pouco benefício, ou que a recompensa esteja muito longe, que o custo seja muito alto, tem que se esforçar muito, a tendência é de a gente procrastinar mais”, conclui.

A insegurança quanto ao resultado de uma tarefa é uma das causas da procrastinação. Afinal, por que investir tanto esforço e tempo em algo que pode dar errado?

“Esse medo está relacionado com a ansiedade”, observa Mayer. “Pessoas ansiosas tendem a procrastinar mais certas tarefas, já que a ansiedade é uma resposta de um medo que a gente tem no presente em relação a alguma coisa que vai acontecer no futuro. É quando a pessoa tem medo de um potencial perigo no futuro”, diz o neurocientista.

O psicólogo Bruno Farias explica que a procrastinação de tarefas importantes também pode acontecer em pacientes com TOC (transtorno obsessivo- compulsivo).

“É um quadro caracterizado por pensamentos obsessivos. O paciente se sente tão perturbado com os pensamentos intrusivos que realiza diversos rituais na tentativa desesperada de se sentir melhor”.

Alguns exemplos citados pelo psicólogo são conferir várias vezes se trancou mesmo a porta de casa ou checar se o gás da cozinha está desligado. “São pacientes que precisam da nossa compreensão e acolhimento, além de serem encaminhados para profissionais de saúde mental sérios para que possam fazer um tratamento adequado”, ressalta.

Andrei Mayer conta que é possível separar os procrastinadores em três grupos, embora seja comum uma pessoa encaixar em todos eles.

“Os buscadores são aqueles que procrastinam tarefas importantes para executar outras que geram prazer imediato”, diz. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a pessoa está deprimida ou estressa da. Ela deixa para depois algo importante que precisa fazer e dá preferência para devorar uma caixa de chocolate ou ver um filme que gosta na televisão, pois são coisas que satisfazem rapidamente”.

Também existem os evitadores. “A pessoa tem medo de não conseguir e ficar frustrada, medo de se expor socialmente, medo de tentar de maneira geral. “Segundo Mayer, “é comum os ansiosos se enquadrarem nesse grupo”.

Já os indecisos são aqueles que não sabem como concluir uma atividade. “Um dos fatores envolvidos no cálculo que  o cérebro faz é a chance de concluir ou não a tarefa. Se o cérebro avaliar que a probabilidade é pequena, ele não vai encontrar motivação”.

O primeiro passo é identificar a causa da procrastinação. Sea questão for o longo prazo até a recompensa, uma tática é quebrar essas atividades em micro objetivos ou metas diárias, semanais e mensais.

“O simples fato de alcançar uma dessas marcas já gera um sinal de recompensa no cérebro  que a gente chama de recompensa intrínseca”, diz neurocientista.

“Essa tática é muito importante para conseguir manter a pessoa motivada. É como se a gente transformasse o projeto num jogo em que cada meta alcançada é uma fase que a pessoa superou. E aí o simples fato de passar a primeira fase já é recompensador. Você ganha quando conquista o resultado almejado”, compara. Outra estratégia que Mayer indica é fazer um planejamento detalhado – para isso é possível lançar mão de diários.

“É preciso ter sempre uma agenda antecipada com todas as atividades que você deve fazer, aí você só precisa seguir a programação. Tomar decisões em cima da hora pode ser uma armadilha e tirar o foco”.

Mayer também indica a técnica dos cinco minutos. “Quando você estiver sem vontade  nenhuma para fazer algo, comece fazendo por apenas cinco minutos. Se você não quiser continuar depois desse tempo você para. Mas estudos mostram que só de iniciar uma tarefa a sua motivação para conclui-la já aumenta significativamente”,

O psicólogo Bruno Farias reforça que também é preciso analisar o comportamento.

“A pessoa que procrastina tem tempo para o lazer? Ela dorme bem? Se alimenta bem? Ela gosto do que faz? Seu cotidiano faz sentido para ela? Ela está passando por uma dificuldade pessoal intransponível no momento? Ela precisa de ajuda? Essas são perguntas muito importantes que devem ser feitas para si mesmo”, afirma.

Quando a desmotivação é muito grande, Farias ressalta a necessidade de passar por uma avaliação médica para fazer exames e verificar se está tudo bem com a saúde, e com a nutrição do corpo.

A terapia cognitivo-comportamental, destaca o psicólogo, pode ajudar a pessoa a entender suas reações e atitudes diante dos acontecimentos e evitar hábitos prejudiciais, como a procrastinação.

EU ACHO …

O RESTO PODE ESPERAR

A cada vez que você procura um livro na estante, você pensa: “Preciso organizá-los em ordem alfabética”. Acertei? Pois é, mas nunca tem tempo, e acaba demorando para encontrar o exemplar que buscava. O mesmo se dá quando percebe que o antúrio está pegando sol e dizem que não é aconselhável, qualquer hora você irá trocar a planta de lugar, assim como qualquer hora irá comprar uma panela pra substituir aquela que está sem cabo. Uma hora dessas você vai descartar os remédios fora da validade. E irá abrir a lata de atum que comprou em 2019. O que não faltam são horas pela frente, dias e semanas a seu dispor, não precisa ser agora- agora.

Aquela mancha na parede que você disfarçou colocando uma árvore artificial na frente – antes do fim do mês você chamará um pintor. O móvel da sala está infestado de cupim, sua funcionária já alertou, um dia isso virá abaixo, diz ela, tem que tomar uma providência. Não demora você irá tomar.

O edredom que o gato rasgou, é preciso resolver: ou corta as unhas desse bichano ou dá outro jeito. Você: eu sei, eu sei.

Pois é, a gente paga as conta em dia, retorna as mensagens, providencia comida para a despensa, não protela o trabalho, a vida funciona do jeito que tem que funcionar, mas como dar conta de todo o resto? Do gigantesco universo das insignificâncias que se escondem por trás da cortina (que precisa de uma lavagem) e dentro daquela gaveta empanturrada de recibos antigos que precisam ser jogados fora? Para onde quer que você olhe, existe uma pendência aguardando a vez. Mas não precisa ser logo hoje.

Tem coisas que não dá para adiar: fazer exercícios, cumprir os compromissos de trabalho, telefonar para a mãe, atender as demandas dos filhos e reservar um tempinho pra ele, pra ela: ninguém é louco de procrastinar um amor. Entre uma coisa e outra, você promete a si mesma que irá arranjar uma tela antiderrapante para colocar embaixo do tapete e chamar o moço que regula o ar-condicionado, da semana que vem não passa.

O marido da sua amiga pegou Covid, um primo anda tendo tonturas, uma conhecida arrasou na live, um ex-colega de trabalho se separou. Você mandará um WhatsApp pra todos eles – daqui a pouquinho.

Já já você agendará a colonoscopia que deveria ter feito em outubro. O trinco da porta está meio frouxo, mas eleve resistir até o carnaval. Aquele saco enorme de lenhas ainda está atravancando a garagem do prédio, mas qual o problema de permanecer lá até o início do inverno? Ok, ok, só que agora não dá, são nove horas da manhã e você ainda não postou nada no stories nem bisbilhotou o Instagram dos outros, primeiro as prioridades.

*** MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

POR QUE OS DESODORANTES NATURAIS ESTÃO CADA VEZ MAIS POPULARES

 Embora a adaptação nem sempre seja fácil, os antitranspirantes convencionais vêm sendo trocados por opções sem ingredientes polêmicos, como alumínio ou triclosan

Quando se trata de desodorantes, o brasileiro é exigente. Não à toa  É que viver em um país tropical, como cantou Jorge Ben Jor, às vezes implica questões não tão poéticas do dia a dia. Suportar o calor e controlar o suor excessivo (além do mau cheiro que às vezes o acompanha) são algumas delas. Mas, em matéria de desodorante não é todo mundo que pode ou quer usar os convencionais antitranspirantes, que colocam o Brasil em segundo lugar no ranking mundial dos países que mais gastam com esse tipo de produto. É por isso que cada vezmais marcas têm apostado em versões naturais) sem alumínio ou triclosan, acompanhando uma tendência que parece ter vindo para ficar.

A POLÊMICA 00 ALUMÍNIO.

“Nos últimos três anos, o uso de desodorantes naturais aumentou muito”, diz a dermatologista Giovana Alcântara, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Boa parte da mudança de hábito tem a ver com a polêmica envolvendo os sais de alumínio utilizados nas fórmulas dos antitranspirantes e câncer de mama. Alguns estudos científicos encontraram resquícios do metal, assim como parabenos e outras substâncias químicas, em células tumorais. “Em outro estudo, o alumínio foi apontado como disruptor endócrino em ratos, onde agiu como hormônio estrogênio, fator preocupante para o desenvolvimento de câncer de mama”, explica a médica.

Apesar dos indícios, a ciência se divide em classificar o alumínio como vilão ou tratá-lo como substância inofensiva. “Os resultados da literatura ainda são controversos. De qualquer forma, a Sociedade Americana de Endocrinologia defende o princípio da precaução, ou seja: enquanto não há estudos suficientes, a gente tem de minimizar a exposição”, diz Tânia Bachega, médica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem-SP) e professora da Faculdade de Medicina da USP. À parte da possível relação com câncer, a dermatologista levanta outros pontos de alerta, como predisposição a intoxicações e alergias. Por ser difícil dimensionar o acúmulo da substância química a longo prazo no organismo, ela também sugere precaução – seja com as versões em   aerosol ou roll-on. ”Vale a pena retirar do uso diário.”

Levou anos até que a estudante Vitória Carvalho Hebmüller, de 26 anos, percebesse que seu corpo não reagia bem aos antitranspirantes convencionais. Desde que começou a aplicar os produtos no início da puberdade, aos 12, sentia as axilas inflamadas de tempos em tempos, mas nunca relacionou o problema ao desodorante.

Vitória passou então a testar outras marcas e tipos diferentes de desodorantes naturais. O produto certeiro para ela foi uma loção de limpeza enzimática lançada no Brasil em 2019 chamada Myde. “Aplicando uma vez por dia depois do banho, durava até o dia seguinte mesmo depois de fazer atividades físicas intensas.”

A responsável pelo desenvolvimento do produto, que recebeu em 2019 o Prêmio Atualidade Cosmética na categoria Banho e Higiene, é Erika de Figueiredo, arquiteta que não mediu esforços para achar uma solução para seu incômodo constante com o odor corporal. ”Mesmo com o uso de desodorantes (mais de uma vez ao dia, muitas vezes), eu continuava transpirando com odor, o que era muito desagradável e limitante. Eu não me sentia confortável em diversas situações”, conta.

A loção de limpeza que Erika desenvolveu com a ajuda de uma farmacêutica inibe a atividade enzimática das bactérias que produzem o mau odor. O produto não elimina a transpiração, como os antitranspirantes à base de alumínio, e tampouco age como bactericida ou fungicida, função da substância triclosan, dos produtos tradicionais.

TRANSIÇÃO.

Justamente por não evitar a transpiração, desodorantes naturais demandam paciência com o próprio corpo durante a transição. “Pode haver aumento da sudorese nos três a quatro meses seguintes. Depois, isso costuma se regularizar”, explica a dermatologista Giovana Alcântara.

Outro fator importante é o tipo do produto. “Nem todo desodorante natural é igual. Testamos fórmulas há mais de dez anos e a proporção, além da combinação de ingredientes, faz uma enorme diferença na performance”, diz Marcella Zambardino, co-CEO da Positiva, empresa de produtos ecológicos. Em 2020, a marca lançou um desodorante em bastão feito com óleo de coco, bicarbonato de sódio e óleos essenciais de lavanda e melaleuca, entre outras matérias-primas.

No caso da marca Bioterra Cosméticos, uma fórmula mais cremosa conta com probióticos (microrganismos vivos) para ajudar no equilíbrio da microbiota e controle do odor. Além disso, substitui o bicarbonato de sódio, que pode causar reação alérgica em peles sensíveis, por hidróxido de magnésio. “O desodorante precisa ter um pH um pouco mais alcalino para combater a proliferação de bactérias e essa substância ajuda nisso”, explica Pamela Mota, idealizadora da marca.

NATUREBAS

Quer começar a usar um desodorante natural no lugar dos produtos tradicionais? Siga essas dicas:

PRIORIZE roupas de tecidos naturais, que não abafam a transpiração.

LAVE as axilas com mais frequência; se preciso, use lenços umedecidos ao longo do dia e depois seque bem.

FAÇA esfoliação nas axilas semanalmente.

SEPARE uma toalha para secar as axilas. Dessa forma, você evita a proliferação de bactérias.

REAPLIQUE o desodorante ao longo do dia, quantas vezes for necessário.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

POR QUE ACUMULAMOS TRALHA, E COMO RESOLVER ESSE PROBLEMA?

Por culpa ou sentimentalismo, algumas pessoas acham difícil descartar, por exemplo, presentes inúteis de pessoas que amam ou admiram

Em 2020, muitos de nós aproveitamos as longas e solitárias horas do lockdown imposto pela covid-19 para eliminar roupas antigas, embalagens de alimentos vencidos e papelada obsoleta de closets, gavetas e armários. No início, fiz parte desse grupo de pessoas, e enfrentei com muito entusiasmo os problemas mais óbvios: roupas apertadas, sapatos velhos, centenas de embalagens vazias de plástico e de vidro.

E garanto que, depois de 55 anos morando na mesma casa, havia muito mais coisas para arrumar e eliminar. E quando um vazamento recentemente ensopou o carpete do porão, onde guardei por décadas tudo o que não sabia como usar, mas não conseguia jogar fora, fui forçada a retomar o projeto. Nada como uma crise para nos forçar a lidar com a tendência incontrolável de acumular coisas.

Gente como eu, que preenche todas as áreas de armazenamento contanto que os espaços de convivência se mantenham em ordem, não se qualificam como acumuladores, uma definição que é, por si só, um diagnóstico psiquiátrico. Mas a acumulação tem seus riscos. Dentre eles, o estresse crônico e repetitivo que pode surgir quando, por exemplo,  procuramos freneticamente por um documento no meio de pilhas de objetos aleatórios, ou corremos para esconder a bagunça antes que a visita chegue.

BAGUNÇA

Sem falar do risco de tropeçar em objetos largados fora do lugar. Além do mais, a bagunça causa distração, tirando a atenção de pensamentos e tarefas relevantes. E em um estudo de 2015, a Universidade St. Lawrence apurou que um quarto entulhado pode gerar uma péssima noite de sono.

Você pode estar se perguntando por que as pessoas juntam tantas coisas que provavelmente nunca usarão. O medo de passar necessidade é uma das razões pelas quais geralmente compro no atacado, principalmente quando os produtos que desejo estão em promoção. Um medo semelhante certamente motivou uma corrida frenética em busca de papel higiênico, macarrão e feijões em lata no início da pandemia. Nunca me esqueço o que uma vizinha disse quando, no meio de uma festa, perguntaram-lhe onde ela mantinha seu estoque de papel-toalha. “Na loja”, disse.

COMPRAS

Quando estou deprimida, confesso que faço compras para me sentir melhor; geralmente, é mais um maiô ou casaco do qual não preciso. Scott Bea, psicólogo clínico da Clínica  Cleveland, observou que nossa sociedade de consumo leva muitas pessoas a colecionarem coisas das quais não precisam.

Algumas também se agarram ao passado, cormo um amigo que guarda os programas de todos os eventos aos quais compareceu nas últimas seis décadas. Por culpa do sentimentalismo, algumas pessoas acham difícil descartar presentes inúteis de pessoas que amam ou admiram. “E se um dia a pessoa vier me visitar e descobrir que joguei fora?”,  é um questionamento muito comum.

Tenho muitos motivos para não me desfazer de objetos que não uso há muito tempo. Se forem coisas muito queridas, como o faqueiro e o jogo de jantar que comprei com meu marido na época de nosso casamento, há 46 anos, quero deixá-los para alguém que eu saiba que vai apreciá-los e usá-los. E tenho um medo quase irracional de que, assim que me desfizer de algum objeto, vou descobrir que preciso dele. Apesar disso, periodicamente faço um sacrifício e doo roupas e utensílios domésticos a instituições de caridade.

ORGANIZE-SE

Como deixar a casa mais funcional

• Planeje-se. Você pode escolher ir passando por cada um dos cômodos, ou se concentrar em uma categoria (como sapatos) mas evite mudar o planejamento no meio.

• Estabeleça metas razoáveis de acordo com seu tempo e energia. Se um closet inteiro é demais, eliminar os objetos desnecessários de uma gaveta pode ser o primeiro passo.

• Va devagar. Mantenha uma caixa ou sacola em cada cômodo, para ir colocando as doações. Quando alguma roupa não serve mais, ou não cai bem, vai direto para a sacola de doações.

Peça ajuda a um  amigo, parente ou consultor de organização, se necessário.

• Faça três pilhas: manter, doar e descartar.

• Se sua bagunça inclui itens que você está guardando para outras pessoas, estabeleça um  prazo de retirada.

Evite recaídas. Resista à tentação de preencher os espaços que foram liberados.

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