OUTROS OLHARES

SAIBA COMO GARRAFAS PET ESTÃO AJUDANDO A PREVENIR ENCHENTES

Iniciativa da FGV levou à criação de aplicativo que facilita inclusão de dados

Aos 12 anos, a estudante Ana Clara de Abreu descreve como um cenário de guerra os momentos seguintes à enchente que invadiu a garagem de sua casa, na Vila das Belezas, distrito de M’Boi Mirim (zona sul de SP), em dezembro de 2020.

Na ocasião, a chuva danificou um caminhão, um carro e uma moto da família, que arcou com o prejuízo de consertar os veículos, que já não funcionam mais como antes.

“foi assustador e não tivemos como reagir, porque a chuva foi forte e logo começou a invadir nossa casa. No dia seguinte, parecia a terceira guerra mundial, tudo devastado nas ruas”, conta.

Desde agosto, Ana Clara faz parte de um projeto em sua escola que pretende mapear com garrafas PET, e com a ajuda da população, áreas de risco que não estão no radar das medições oficiais de chuvas. Com o aplicativo Dados À Prova D’Água, desenvolvido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e instituições da Alemanha e da Inglaterra, moradores vão coletar e abastecer a rede com dados que ficarão disponíveis às autoridades para ações de prevenção da Defesa Civil, por exemplo, e, com isso, evitar tragédias comuns na temporada de chuvas.

Com esse serviço, que envolve a união de políticas públicas e privadas, é possível inserir informes sobre alagamentos, intensidade da chuva, milímetros de água e nível do rio. O app está disponível a partir de fevereiro.

A vantagem do método em relação às medições tradicionais é que, além de ser mais barato e fácil de ser realizado, envolve a comunidade na coleta de dados, o que ajuda a ampliar o mapeamento das áreas de  risco e, ainda, os governos podem complementar seus modelos de previsão de inundações nas regiões.

No Brasil existe falta de informações expressivas, de acordo com João Porto de Albuquerque, pesquisador principal do projeto e professor titular de analítica urbana da Escola de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Glasgow, na Escócia.

“Em contato com o Cemaden, notamos que as enchentes são cada vez mais frequentes. E a gente não tem informações sobre todos os lugares que são afetados”, afirma o pesquisador.

“Temos uma desigualdade de dados grande que reflete a desigualdade do nosso país. Em São Paulo há informações melhores que no Acre”, diz. “Então, trabalhamos inicialmente com essas duas cidades, São Paulo e Rio Branco, dois extremos onde as chuvas afetam a população de formas distintas, mas igualmente devastadoras”.

O pesquisador afirma que dentro de São Paulo a desigualdade de informações também é uma realidade. “Os dados do centro da capital paulista são muito melhores que no M’Boi Mirim, bairro onde a gente vem desenvolvendo a pesquisa, mais especificamente no Jardim Ângela e no Jardim São Luiz.”

O aplicativo pretende construir uma rede de monitoramento regional para complementar a já existente, segundo a coordenadora do projeto Waterproofing Data no Brasil, Maria Alexandra Cunha, do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da FGV.

Os medidores de chuvas oficiais (pluviômetros) automáticos são mais precisos, mas são caros, segundo ela, e possuem pontos não alcançados. “O projeto propõe menos rigor, mas uma forma mais fácil de construir uma medição mais territorial. A ideia é espalhar essa rede e, assim, a medição se torna mais precisa.”

Para isso, ela explica, foi preciso envolver a comunidade com ações educacionais em quatro escolas – duas em São Paulo e duas do Acre.

A estudante Ana Clara não está sozinha na coleta de dados. Ela e outros colegas de turma da escola estadual Professor Renato Braga aprenderam a criar pluviômetros com garrafas de plástico e uma régua – o pluvipet -, que devem ser monitorados a cada 24 horas. Tudo sob a supervisão da professora Dayane Almeida de Sousa, 34, que incluiu o projeto em uma aula eletiva.

“Alguns alunos se empolgaram no início com a parte prática de cortar a garrafa e colocar a régua para media a chuva”, conta Dayane. Mas muitos acharam o monitoramento chato, porque não estava chovendo. Eles achavam que não estava funcionando. Mas expliquei que ‘zero chuva’ também é um dado”.

Naquela escola, o projeto foi desenvolvido com os alunos de ensino fundamental. “Me senti um cientista”, afirma Nicolas Melo, 11. Mas sua mãe, segundo ele, jogou fora o pluvipet que ele fez em casa. “Ela achou que aquela água era dengue”.

Aluna da mesma sala, Rafaella Costa, 11, conta que faz medições desde setembro e troca a água excedente, se houver, toda tarde, às 17 h.

“Coloquei no parquinho do zelador. É interessante ajudar a coletar dados em prol do coletivo.”

“Criamos conhecimento para o bem comum. Seguimos as informações de um instituto de pesquisa e da população porque, na prática, os dados precisam circular, as pessoas precisam saber o que está acontecendo”, diz Rachel Trajber, coordenadora do programa Cemaden Educação.

Ela explica que existe um trabalho de ‘polinização” em escolas de outros três estados: Pernambuco, Santa Catarina e Mato Grosso. “Foi possível dar voz a essas populações. Com isso, elas criam o compromisso de atualizar os dados no aplicativo. “As ações nas escolas são fundamentais”.

Um outro braço do projeto consiste em gravar depoimentos de moradores sobre enchentes para mostras às novas gerações. A secretária Mara Cintra, 51, além de ajudar a mapear as áreas de risco, coletou algumas dessas histórias. A dela própria já vale um vídeo.

“Após a missa na véspera de Natal de 2010, tentamos sair da igreja e nos deparamos com enxurrada que acumulou uma montanha de lixo na porta.”

No Acre, o coronel da Defesa Civil James Joyce Bezerra Gomes, coordenador da rede de alertas do estado, conta que o aplicativo já tem ajudado a nortear suas ações. “Será essencial para emitir alertas às famílias que vivem em áreas de risco de inundações”.

Gomes diz, ainda, que a Defesa Civil usa o pluvipet para fazer suas medições, que são catalogadas no aplicativo, e emite boletins diários via WhatsApp a gestores, que repassam à população. “Com certeza esse aplicativo “vai fazer a diferença para salvar vidas”.

O projeto de mapeamento das chuvas – financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e instituições estrangeiras como a United Kingdom Research and lnnovation, Economic and Social Sciences, Research Council e Global Challenges Research Fund – custou 1,4 milhão de euros (aproximadamente R$ 8,7 milhões).

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE ALEGRIA PARA A ALMA

DIA 02 DE FEVEREIRO

ALIANÇA PERIGOSA

Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança… (Josué 9.14,15).

Firmar aliança com desconhecidos é entrar num pacto de morte. Josué, o líder que introduziu Israel na terra prometida, cometeu esse grave erro. Deus lhe ordenara tomar posse da terra prometida. Ele não podia fazer aliança com os povos da terra; ao contrário, deveria expulsá-los. Os gibeonitas, porém, armaram uma estratégia para fazer uma aliança com Josué. Trajaram roupas puídas, usaram alforjes velhos com pão embolorado e afirmaram ser um povo que vinha de muito longe e, tendo ouvido falar das proezas de Israel, queria fazer uma aliança. Sem consultar a Deus, Josué fez aliança com os gibeonitas, para logo depois saber que aquele era um dos povos que os israelitas deveriam desalojar da terra. Depois de feita a aliança, não puderam quebrá-la. Mais de trezentos anos depois, no governo de Saul, essa aliança foi rompida e uma maldição veio sobre Israel.  Precisamos  ter  cautela  ao  firmarmos  alianças.  Precisamos  consultar  a  Deus  antes  de selarmos um pacto com alguém. Alianças precipitadas podem ser perigosas. Quantos casamentos apressados são feitos sem a direção de Deus! A Palavra de Deus adverte acerca do perigo do jugo desigual. Quantas sociedades são firmadas sem nenhuma prudência! Quantas lágrimas são vertidas e quanto sofrimento é amargado pelo simples fato de se firmarem alianças perigosas.

GESTÃO E CARREIRA

PASSANDO A RELAÇÃO A LIMPO

A renovação de um contrato de franquia é aquele momento de ter uma ”DR” entre franqueado e franqueador. Cláusulas, taxa de renovação e reformas, tudo isso deve s.er levado em conta antes de selar um novo acordo

Paulo Henrique de Souza Campos, 30, de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, viu o sonho de empreender se tornar um pesadelo. Em 21 meses franqueado a uma rede de alimentação, várias coisas  deram errado.

Logo no começo, notou que a empresa não oferecia as condições de suporte prometidas inicialmente, Além disso, precisou de um valor maior de investimento do que foi informado na negociação. “Peguei até um empréstimo de R$ 50 mil para pagar uma dessas cobranças extras”, conta.

Além disso, o empresário teve outros R$30 mil de prejuízo por ter que cobrir a unidade. A franqueadora determinava que a franquia funcionasse em local aberto, mas, como chove muito na região, foi necessário instalar uma cobertura. E os problemas só continuaram. “O serviço de delivery previsto em contrato seria o grande incentivo para renovação, mas o sistema atrasou cinco meses. Só para ter uma ideia, foi liberado a apenas dois dias do início oficial da pandemia de coronavírus no Brasil”, complementa.

Não houve outro jeito. Ele procurou um advogado especializado em franquias. Baseado no art. 7° da Lei de Franquias (13.966/2019), Campos pediu, em 2021, a anulabilidade do contrato de franquia pela veiculação de informações omissas e/ou falsas.

Nisso, um investimento total de R$260 mil no ralo – e ainda o ponto de venda teveque ser repassado pela metade do preço. “Diante da manifestação de distrato, meu sócio e eu fomos obrigados a fazer o repasse para outro franqueado. Caso contrário, teríamos que pagar uma multa de valor maior do que custou a abertura”, finaliza.

DR COMERCIAL

O caso de Campos mostra que, mesmo com um contrato entre as partes, nem sempre tudo sai como o previsto. O desgaste na relação, muitas das vezes, perdura até o fim do acordo. É aí que é preciso ter uma boa DR entre as partes. A renovação de contrato é um momento extremamente importante, pois é possível fazer o balanço do que foi negativo, do que foi positivo e como será a relação dali para a frente. E também é nesse momento que o franqueado deve ter atenção para não cair em cobranças extras ou valores exorbitantes.

O advogado especialista em franquias e membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Franchising no Rio de Janeiro (ABF-RJ) David Nigri explica que, em geral, os contratos de franquias têm duração média de cinco anos, que é um tempo “aceitável” para se recuperar o investimento feito.

Normalmente, o franqueador chama o franqueado para a mesa de negociação 60 a 180 dias antes do fim do contrato. Nessa conversa são definidas as intenções. Se houver renovação, irão combinar se a taxa de renovação prevista em contrato deve ser paga ou não.

Na avaliação de muitos franqueadores, um bom franqueado vale muito mais do que uma taxa de renovação. Muitas, inclusive, abrem mão desse valor para mostrar apreço à parceria e ao desempenho positivo que esse franqueado tem demonstrado. “Há casos em que está prevista renovação automática, por períodos iguais e sucessivos ou por prazo indeterminado. Há situações em que a renovação depende de o franqueado e o franqueador firmarem aditamento contratual, para expressamente manifestarem sua vontade de seguir com o negócio”, acrescenta a advogada e sócia do escritório Mônica Villani Advogados, Mônica Villani.

Alguns franqueadores exigem uma obra grande de reforma da unidade franqueada após o período, para viabilizar a renovação – mudança de layout também está incluída aqui.

Outra dica é observar a taxa de royalties, se mudou e se o critério de cobrança continua o mesmo e identificar qualquer tipo de regra nova que esteja sendo acrescentada ao contrato. ”Ao renovar um contrato, o franqueado deve procurar um advogado para realizar unia minuciosa análise da documentação”, acrescenta Nigri.

O CEO da Proseling e autor do livro Franqueado feliz vende bem, Alexandre Sita, defende que a renegociação deve ser feita com argumentos sólidos, e não apenas “sentimentos de posição”. “Faça uma análise do que o franqueador quer: se ele quer reduzir sua área, mostre o quanto isso vai afetar o negócio, e que isso significa a queda de uma porcentagem importante do lucro. Se prepare para esta conversa e deixe seus interesses claros sem se preocupar se é justo”, pondera.

E QUANDO O NEGÓCIO NAO DÁ MAIS CERTO?

Se o franqueado não estiver satisfeito com a performance do negócio e entende que ele faz a parte dele e, mesmo assim, não alcança resultados, é melhor não continuar com o acordo, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem.

Mas é importante ter em mente que uma regra do jogo é não concorrer com a franqueadora. É mais do que seguir carreira solo, é começar de novo. “Existe um fator primordial que, quando acaba, não adianta mais persistir, que se chama ‘esperança’. Enquanto houver esperança de melhora, ‘segue o jogo’, mas se o franqueado não acreditar mais que é possível reverter uma situação complicada, é melhor não renovar e seguir carreira solo”, analisa Sita

Todos os passos para o distrato devem ser analisados, especialmente quando não houver a renovação dos acordos de forma amigável. Sobre a descaracterização da loja, caso o franqueado resolva continuá-la em outro segmento, não há um prazo determinado, segundo Nigri. Tudo deve ser acordado quando o distrato for feito. “Uma questão que deve ser avaliada é se o franqueador terá direito de preferência em adquirir o ponto, mas isso também é algo a ser negociado”, complementa.

SEM CONCORRÊNCIA?

Mônica recorda outro ponto importante para quem quer “voar solo”: a cláusula de não concorrência. É muito comum que os contratos de franquia contenham cláusulas de não concorrência durante um determinado período após o término da relação contratual. “Isso fora outras condições que protejam a propriedade intelectual do franqueador. Logo, é uma decisão bastante complexa e estratégica a ser tomada”, argumenta.

A especialista em franchising, sócia-fundadora da Novoa Prado Advogados, Melitha Novoa Prado, acredita que a questão mais importante para evitar frustrações é analisar calmamente a Circular de Oferta de Franquia (COF) e todos os pontos dos contratos. “Toda relação de franquia começa no processo de seleção. Por isso, quanto mais fiel o franqueador for nas informações fornecidas ao candidato e se comportar com transparência, clareza e veracidade, menos conflitos ele terá na sua rede e muito mais saudável e feliz será a trajetória dos seus franqueados”, pontua.

VALE APENA?

Resumo da obra: a renovação vale a pena, sim. Desde que todos os pontos sejam muito bem avaliados e a relação de “ganha-ganha” esteja presente entre os envolvidos.

COMO ALGUMAS REDES LIDAM COM A RENOVAÇÃO DO CONTRATO

MARIA BRASILEIRA

A rede de limpeza residencial, que conecta profissionais e pessoas que precisam do serviço, informa ao franqueado sobre a renovação com seis meses de antecedência. Um comitê interno avalia a trajetória do franqueado e se ele segue os padrões exigidos pela companhia. “As exigências na hora da renovação são mais de ordem operacional, visto que a maioria dos franqueados hoje atua em home office. O uso total do sistema de gestão é um dos fatores. Isso sem contar o bom engajamento com a marca em todos os sentidos”, explica o CEO e cofundador da rede, Felipe Buranello. O percentual de renovação contratual dos franqueados que completaram cinco anos é de 90%, e, além das exigências (que já fazem parte da rotina), a Maria Brasileira sugere um curso de atualização de capacidade de gestão, facultativo. A empresa oferece descontos na hora da renovação e até parcelamento dos valores. Caso o contrato não seja renovado, o ex- franqueado tem 30 dias para descaracterização do ponto comercial e não pode atuar na mesma área em um período de dois anos.

RAIO-X

Investimento inicial: de R$36,5 mil a R$76,5 mil

Unidades em operação: 403

Capital de giro: de R$7 mil a R$17 mil

Royalties: de R$550 a R$2,2mil

Faturamento médio mensal: de R$45 mil a R$60 mil

Fundo de publicidade: de R$200 a R$300

Lucro médio mensal: 20% do faturamento bruto

Prazo de retorno: 14 meses

Duração do contrato: 5 anos

REDEORTO

Na rede de clínicas odontológicas, o prazo para início das conversas sobre a renovação de  contrato também começa quando faltam seis meses para o fim do prazo, no mínimo. Segundo o CEO da Redeorto, Rubens Vergani, reuniões são realizadas mensalmente para avaliação das questões sobre o uso da marca e padronização. “Caso alguma coisa ainda fique pendente até a renovação, isso também é levado em conta para uma possível permanência do franqueado”, afirma. A média de renovações chega a 10 %. Caso o franqueado deixe de fazer parte da rede, deve descaracterizar o ponto em até 30 dias.

RAIO-X

Investimento inicial: de R$10 mil a R$450 mil

Unidades em operação: 152

Taxa de franquia: de R$3 mil a R$49 mil

Capital de giro: de R$15 mil a R$100 mil

Royalties: 8%

Fundo de publicidade: 2%

Faturamento médio mensal: R$150 mil

Lucro médio mensal: 25%

Prazo de retorno: de 12 a 24 meses

Duração do contrato: 5 anos no modelo Smart e 20 anos no modelo Premium

VÓ ALZIRA

A casa de bolos também atua com prazo de seis meses, pelo menos, para iniciar as conversas sobre as renovações contratuais. A equipe franqueadora faz uma análise de um dossiê do franqueado, além de considerar a opinião do chamado “time de campo”, checklists de operação e a adesão às novidades trazidas pela empresa. É baseado nisso que algumas vantagens podem ser oferecidas na hora de renovar o contrato. “O time de implantação visita o ponto e é exigida uma adequação mínima de layout, reformas. Eventualmente abatemos parte desse custo da taxa de renovação, com objetivo de demonstrar nossa parceria junto a bons franqueados”, explica André Rodrigues, CEO da empresa. Até agora, ao menos 40% de empresários ligados à rede já renovaram pelo menos uma vez os contratos. Se o franqueado quiser encerrar a operação, deve comunicar a decisão com 90 dias de antecedência. Depois, fica impedido de atuar por dois anos no mesmo segmento.

RAIO-X

Investimento inicial: R$150 mil

Unidades em operação: 295

Taxa de franquia: R$35 mil

Capital de giro: R$15 mil

Royalties: não cobra

Fundo de publicidade: R$500

Faturamento médio mensal: R$40 mil

Lucro médio mensal: R$8 mil

Prazo de retorno: 24 meses

Duração do contrato: 5 anos

YES! COSMÉTICOS

A fabricante de cosméticos com fórmulas livres de componentes de origem animal começou a renovar os contratos de franquias este ano (já que começou a expandir dessa forma em 2016). Por enquanto, segundo o sócio- fundador e CEO, Cândido Espinheira, oito franqueados vão se manter com a marca. “Toda a infraestrutura é avaliada para verificar o que precisa ser reformado, substituído ou se adequar a um novo padrão. Já os treinamentos e o suporte da franqueadora são constantes em todo o período de parceria”, informa. No caso da renovação de contrato, a franquia usa a preferência do ponto para o próximo interessado. Para aquele que deixou de ser associado à marca, há uma ”quarentena” de três anos até que ele possa voltar a atuar na área.

RAIO-X

Investimento inicial: R$195 mil (loja de rua/shopping)

Unidades em operação: 90

Taxa de franquia: R$40 mil

Capital de giro: R$50 mil

Royalties:30%

Fundo de publicidade: 5%

Faturamento médio mensal: R$70 mil

Lucro mensal: de 15% a 22%

Prazo de retorno: de 24 a 36 meses

Duração do contrato: 5 anos

EU ACHO …

O SORRISO QUE O TEMPO NOS DEU

A última vez que almoçamos juntas eu ainda me deslumbrava com seu sorriso de garota e seus olhos faiscantes, dois holofotes que não perdiam nada do que acontecia ao redor – e nem eram azuis, e ela nem era garota, tinha mais de 60.

Sobrava inteligência. Assistia a todas as peças em cartaz e dominava os assuntos da mídia tradicional e da mídia independente, pois não era mulher de se conformar com uma única versão dos fatos. Não saía de casa sem suas echarpes exóticas, trazidas de andanças pelo mundo. Era uma pessoa comum e ao mesmo tempo um acontecimento, e sendo o mundo generoso comigo, aquele não foi nosso terceiro nem oitavo almoço, pra lá do vigésimo. Amizade rodada

Acho que nunca havíamos demorado tanto para nos reencontrar. Além de morarmos em cidades diferentes, teve a pandemia e a própria vida, que nos sobrecarrega de tarefas a ponto de subverter a percepção do tempo: mal diferenciamos o que aconteceu há três meses ou há três anos. Ela e eu acabamos nos acostumando com a troca de WhatsApps e não vimos o tempo passar, até que voltamos a sentar à mesma mesa, ela agora com mais de 70 e algumas perdas na bagagem.

Me explicou sobre o problema no joelho que a estava impedindo de correr, atividade matinal sagrada, costumava fazer 8km assim que acordava. Paciência, aderiu ao pilates. Percebi seu rosto tomado por rugas novas, mas os olhos mantinham-se faiscantes. Sua boca murchou, reparei, mas que diabos, a minha também, mesmo sendo mais moça. Seu cabelo havia perdido o brilho e o volume, percebi assim que ela retirou a echarpe que agora usava enrolada na cabeça, não mais no pescoço. Quimio?

Ela assentiu, mas a ascendência nordestina não permitiu que ele caísse todo, foi a explicação pouco científica que me deu, acompanhada de uma piscadinha. E ainda nem tínhamos falado sobre a morte de sua mãe, que foi um abalo mais duro do que ela previa. “Mas são 13h20 de uma quinta-feira e você está bem aqui na minha frente, não vejo motivo melhor para um vinho branco gelado. Garçom!”

É um processo lento e contínuo. O rosto desaba um pouco e ganha vincos. O corpo resiste graças a atividades físicas regulares, mas também vai se entregando. Alguma doença aparece, é curada, então vem outra, e certas dores excêntricas. A memória falha bastante, às vezes menos, ler ajuda. Mas graças ao bom humor e a uma vida bem aproveitada, as contingências previsíveis deixam de ser dramáticas. Envelhecer é um teste de sabedoria. A grande tragédia do envelhecimento é restar só. Ela e eu fizemos um brinde, sorrimos o sorriso que o tempo nos deu e confirmamos que, sem preservar os afetos, de nada presta viver tanto. Marcamos novo almoço para breve.

*** MARTHA MEDEIROS

ESTAR BEM

A CURA PELA MENTE

A meditação já é usada como auxílio em vários tratamentos. Agora, um estudo comprova que ela reduz o stress crônico, um dos grandes males da modernidade

Foi um longo caminho até que a meditação saísse da Índia, país onde se originou, em torno de1500 a.C., se espalhasse pelo resto da Ásia, atravessasse a Europa e chegasse à América. Mas demorou pouco para que a prática caísse no gosto dos ocidentais, e menos ainda até que começasse a ser investigada pela ciência, curiosa em comprovar e entender os efeitos positivos relatados pelos adeptos. Hoje, meditar virou um remédio chancelado por algumas das instituições de pesquisa mais respeitadas do mundo. Está prescrita como terapia complementar em tratamentos de gama variada, que inclui a mitigação de efeitos colaterais dos remédios contra o câncer, dores crônicas, hipertensão arterial e doenças psiquiátricas, especialmente depressão e ansiedade. A produção científica a respeito da meditação ganha volume na mesma velocidade que o hábito cresce pelo planeta. Se antes da pandemia a curva da adesão ao método já era ascendente, nesses dois últimos anos marcados por indefinição, pressão e sofrimento ela subiu de forma significativa. No Brasil, segundo levantamento do Google, de março a setembro de 2020 houve aumento de 4000% nas buscas pela pergunta “como fazer meditação para ansiedade.” Sobre a questão “os benefícios da meditação”, registrou-se uma elevação de 200%.

Um dos principais alvos de estudo é justamente investigar de que maneira meditar reduz o stress. Em crises agudas, daquelas desencadeadas por situações pontuais – fazer uma prova ou entregar um trabalho com prazo apertado, por exemplo -, sabe-se que a meditação rápida, concentrada na atenção à respiração durante alguns minutos, tem efeito salvador. A prática permite que o organismo entre imediatamente no modo baixa voltagem. O coração desacelera, a pressão arterial cai, o suor diminui. Desliga-se o esquema que o corpo acionou para reagir a algo. Estruturas que integram sistemas cerebrais envolvidos nesse tipo de resposta saem da hiperativação e retornam ao nível normal de funcionamento. Uma delas é a amígdala, parte do chamado  cérebro primitivo, onde estão as primeiras estruturas a surgir no órgão. Elas foram desenvolvidas justamente em resposta à necessidade de os homens estarem preparados para enfrentar ameaças comuns no início da evolução humana, como predadores ou invasores. Faltava, porém, evidência mais sólida em relação aos benefícios que a meditação poderia oferecer ao controle do stress crônico. A maior parte das pesquisas levava em consideração respostas de participantes a questionários e, por vezes, imagens obtidas em exames de ressonância magnética funcional, capazes de identificar as áreas do cérebro acionadas de acordo com os comandos apresentados pelos pesquisadores. Por isso, os marcadores podem não ser precisos, além de os voluntários estarem vulneráveis ao efeito placebo.

Recentemente, um avanço inquestionável foi realizado em termos de precisão. Pesquisadores do reputado Instituto Max Planck e da Universidade de Dresden, na Alemanha, publicaram o trabalho que colocou de lado lacunas metodológicas e comprovou que a meditação reduz o stress crônico. A saída encontrada por eles foi medir nos fios de cabelo dos participantes do estudo o nível do cortisol, hormônio liberado em alta concentração em situações de stress, tanto as agudas quanto as prolongadas. Nesse último caso, quanto mais tempo de exposição, maior a circulação do cortisol pelo corpo e maior também seu acúmulo no cabelo. Por isso, a detecção do hormônio nos fios é medida confiável para aferir o grau de stress de longo prazo. O estudo durou nove meses e o exame nos fios se deu a cada três meses.

Os voluntários passaram por três métodos diferentes de meditação. O objetivo era trabalhar as habilidades da atenção, compaixão, gratidão e capacidade de enxergar situações pela perspectiva do outro. Depois dos primeiros seis meses, a concentração de cortisol nos fios havia declinado 25%. No final, mantinha-se baixa. ”A combinação dos métodos é interessante para o stress crônico”, diz Veronika Engert, chefe do grupo de pesquisa Estresse Social e Saúde da Família do Max Planck. A notícia é muito boa. Ao reduzir o stress crônico, a meditação atenua esse que é um dos principais fatores de risco para infarto e acidente vascular cerebral. E um remédio que não custa nada, não tem efeito colateral, pode ser praticado em qualquer lugar e por todos. É só começar.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

PESQUISADORES ENCONTRAM ÁREA DO CLITÓRIS NO CÉREBRO

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram definir com precisão onde se localiza a representação do clitóris no cérebro das mulheres. O estudo, publicado, revista científica J Neurosci, também mostra que a área do cérebro ativada durante a estimulação do clitóris é mais extensa em mulheres que fazem mais sexo. A pesquisa foi realizada estimulando o clitóris de 20 mulheres durante uma ressonância magnética de seus cérebros.

Uma área maior lhes permite perceber melhor as sensações? É o tamanho da área o que leva a fazer mais sexo, ou ter relações sexuais frequentes a faz crescer? São questões impossíveis de responder no momento, dizem os pesquisadores.

No entanto, este estudo pode ajudar a desenvolver tratamentos melhores para pessoas que sofreram violência sexual ou que têm problemas sexuais.

“A forma como os órgãos genitais femininos estão representados no córtex somatossensorial humano é muito pouco estudada”, disse à AFP Christine Heim, professora de psicologia médica do Hospital Universitário Charité em Berlim, coautora do estudo.

“E essa falta de conhecimento tem impedido as pesquisas sobre comportamentos sexuais  padrão e condições patológicas”, acrescentou.

Quando uma parte do corpo é afetada, a atividade neuronal no córtex somatossensorial é ativada. E cada parte do corpo corresponde a uma área diferente do cérebro, formando uma espécie de mapa corporal.

No entanto, até agora, a localização precisa da genitália feminina nesse mapa permanecia uma questão de debate. Estudos anteriores haviam localizado algumas vezes sob a representação do pé, outras perto do quadril. O motivo: técnicas de estimulação imprecisas (próprias ou de terceiros) que causavam o  atrito simultâneo de outras partes do corpo, ou desencadeavam a excitação, obscurecendo os resultados.

Em 2005, usando uma técnica que imitava uma sensação tátil altamente localizada, pesquisadores conseguiram determinar a localização precisa da representação da genitália masculina no cérebro. Mas isso ainda não havia sido feito nas mulheres. Para isso, foram selecionadas 20 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 45 anos.

Para a estimulação, foi aplicado um pequeno objeto redondo desenhado especificamente para o estudo, colocado na lingerie na altura do clitóris: graças aos jatos de ar, uma pequena membrana começava a vibrar levemente.

A abordagem pretendia ser “a mais confortável possível” para as participantes, explica John Dylan Haynes, coautor do estudo.

Oito estímulos clitorianos foram realizados, cada um com duração de 10 segundos, intercalados com 10 segundos de descanso bem como oito estímulos nas costas da mão direita para comparação.

A conclusão é que, tanto para mulheres quanto para homens a representação da genitália no mapa do cérebro está próxima à representação do quadril

No entanto, a localização precisa varia para cada mulher dentro desta área.

Ospesquisadores, então, estudaram se essa área exibia características diferentes com base na atividade sexual. As 20 mulheres foram questionadas sobre a frequência das  relações sexuais no último ano, bem como desde o início da vida sexual.

Em seguida, para cada uma delas, os pesquisadores determinaram os dez pontos mais ativados no cérebro durante a estimulação e mediram a área obtida.

“Encontramos uma ligação entre a espessura da região genital e a frequência das relações sexuais especialmente nos últimos 12 meses”, explica Heim.

“Quanto mais relações sexuais, maior é a zona”.

A plasticidade cerebral é bem conhecida: partes do cérebro se desenvolvem conforme uma função é usada. Mas, no momento, um vínculo causal não pode ser estabelecido diretamente.

O estudo também não determinou se uma área maior resultava em uma melhor percepção. Mas Heim, em um estudo publicado em 2013, mostrou que 35 pessoas que sofreram violência sexual traumática tinham uma área genital reduzida.

“Na época, levantamos a hipótese de que essa poderia ser a resposta do cérebro para limitar o efeito prejudicial do abuso”, explicou, acrescentando que seriam necessários mais estudos para fazer essa verificação.

No futuro, o objetivo é desenvolver formas de ajudar os pacientes. A pesquisadora quer estudar se determinados distúrbios sexuais estão relacionados a alterações na região genital.

Então, talvez, terapias destinadas a “treinar” essa área possam ser consideradas.

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