EU ACHO …

FINALMENTE, O FUTURO

Enfim, a humanidade evoluirá para seres assexuados imortais, todos iguais

Como tratar de um romance que você acha essencial sem dar spoiler? Esta questão tem me acompanhado especificamente, no caso de um romance que, suspeito, acertou em grande medida o que será nosso futuro, se a ciência chegar aonde queremos que chegue e realize nossos mais escondidos sonhos utópicos.

Talvez tenha achado a solução. Discutir a utopia realizada no romance – que, devido à alta qualidade do autor, é descrita em poucas páginas da obra, mas de forma definitiva – , avançando suas características e consequências sem entrar no mérito do enredo em si.

Se você reconhece o romance é porque já o leu, tudo bem. Estamos entre iguais. Mas não vá você dar spoiler no Painel do Leitor. Se não reconheceu e se interessar, pergunte ao Google.

Todos imaginamos que processos científicos disruptivos – adoro essa palavra fetiche do mercado de picaretas motivacionais – são levadas a cabo por pessoas motivadas em avançar a ciência em favor da humanidade. No caso do romance, o brilhante cientista é um deprimido profundo, sem nenhuma esperança e sem qualquer vida afetiva.

Suspeito que ninguém possa ter capacidades cognitivas superiores sem que elas derivem de sintomas psíquicos graves. O que não significa que todo mundo com problemas mentais tenham tais capacidades, a maioria é só uma vítima de seu quadro clínico.

As pesquisas em biologia molecular do nosso personagem deprimido o levam a descobrir que todos os males humanos – doenças, envelhecimento, morte, desencontros do desejo, instabilidades sexuais, sociais e tristezas decorrentes de tudo isso tudo ­ são consequências da reprodução cruzada humana e da meiose a ela associada – meiose é o processo de divisão celular das células reprodutivas.

Sem entrar aqui no mérito técnico das diferenças entre mitose e meiose – de novo, o Google explica -, o fato é que a reprodução dos gametas sexuais via meiose gera instabilidade e essa instabilidade, trazida pela diferença envolvida nos gametas masculinos e femininos, causa todos aqueles males descritos acima e que todos conhecemos, segundo estudos de nosso gênio deprimido.

A ficção científica envolvida na trama é a descoberta de que, uma vez que o ser humano reproduza celularmente só via mitose todas as suas células serão sempre iguais a si mesmos. Portanto, não haverá instabilidades introduzidas pelas diferenças entre os sexos que reproduzem a espécie.

Enfim, a humanidade ‘evolui’ para seres assexuados imortais, todos iguais, nem homens, nem mulheres – logo, o agêneros e assexuados venceram a polêmica idiota dos gêneros – que podem ou não ser gerados em quantidades maiores ou menores pelas farmacêuticas a  partir de acordos multilaterais entre os países ricos – os pobres e fundamentalistas, isolados em reservas, ainda permanecerão um tempo reproduzindo via sexo entre homens e mulheres, até a extinção do homo sapiens sexuado e infeliz atual.

O romance é escrito por um desses nossos “descendentes, já da outra espécie, que dedica o livro ao homo sapiens, esse infeliz. A única espécie que chegou à conclusão de que seria  melhor extinguir a si mesmo para fazer evoluir o mundo.

O mundo agora é feliz. Para além de todas as mentiras comuns em nossa época, a metafísica o contemporânea sai do armário nessa obra: o que está em jogo é suprimir a morte material à todo custo, o resto é propaganda enganosa. Não existem mais famílias, a nova espécie não tem sexo nem gênero. Não há desejos, não há dependências afetivas, ninguém envelhece nem adoece, ninguém “quer” nada. O nirvana é de fato aqui e agora. Nem heranças, nem inventários.

Os problemas são outros. Se ninguém morre, como decidir fabricar mais gente? Quem decide? Quem interdita? A medida que a biotecnologia em jogo se torna mais barata, a questão é como controlar a possível “democratização” desse processo e a explosão populacional de imortais sem nenhum desejo, Sem riscos de guerras nem consumo exagerado, o planeta repousa nas mãos de uma nova espécie sem nenhum anseio destrutivo. A depressão como paraíso. Enfim uma mudança de ares.

*** LUÍS FELIPE PONDÉ

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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