OUTROS OLHARES

LIFTING CASEIRO NÃO TEM EFICÁCIA COMPROVADA

Populares nas redes sociais, massagens com aparelhos portáteis de microcorrentes ou rolos de pedra podem melhorar a drenagem linfática, mas não promovem a produção de colágeno, afirmam especialistas

Levante a mão se você já esticou a pele do rosto depois de se olhar no espelho, só para ver como você ficaria. Parabéns: você acabou de fazer um lifting facial em casa. Por alguns segundos, pelo menos.

Segundo um relatório da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, os americanos gastaram USS 16,7  bilhões em procedimentos cosméticos em 2020, quase USS 1, 9 bilhão em plástica facial. Perdendo apenas para a remodelação do nariz e das pálpebras, o lifting foi a terceira intervenção cosmética mais popular, com 234.374 cirurgias no ano passado –  um aumento de 75% em relação aos 20 anos anteriores.

Mas, e se você pudesse esculpir seu rosto sem precisar de cirurgia estética, sentado no sofá de casa? Plataformas de mídia social como Tik Tok e Instagram estão repletas de tutoriais de beleza que oferecem maneiras de “dar um tapa” na sua aparência por meio de massagem facial, aparelhos de microcorrente e até mesmo fita adesiva.

É POSSÍVEL CONSEGUIR RESULTADOS DE LIFTING FACIAL COM MÉTODOS CASEIROS?

Para ser franco, não.

“O “lifting facial caseiro” é um ótimo termo de marketing”, disse Jacob Steiger, um cirurgião plástico facial na Flórida. “Mas o que você vai conseguir em casa é apenas tratar da pele. Você nunca vai chegar a uma profundidade suficiente para consertar os ligamentos do rosto.

Nossos rostos contêm ligamentos que sustentam as estruturas da bochecha, do queixo e do pescoço. Conforme as pessoas envelhecem ­ geralmente por volta dos 40 ou 50 anos – elas podem começar a ceder, provocando bochechas caídas e papadas.

Um lifting facial, ou ritidectomia, é um procedimento “que levanta as estruturas da face” que estavam causando a aparência flácida, disse Steiger. Isso resulta em um rosto mais estreito e com contornos que podem fazer você parecer mais jovem.

Você pode melhorar a textura da pele com resurfacing a laser, ou laserterapia, com um dermatologista, ou criar a ilusão de um lifting com preenchimentos injetáveis. Você pode até mesmo esticar áreas ”problemáticas” com terapia de rádio frequência, um procedimento não cirúrgico de retesamento da pele que aquece camadas mais profundas para estimular a produção de colágeno e elastina.

Mas, mesmo esse procedimento tem limites, disse Debra Jaliman, dermatologista da cidade de Nova York.

Uma prática antiga bastante conhecida é a da fita adesiva, que as atrizes do cinema clássico costumavam usar. Mas a dermatologista Michele Green lembra que isso é apenas um truque:

“Quando você remove a fita, tudo volta ao estado anterior, como um castelo de cartas.

OS APARELHOS PORTÁTEIS DE MICROCORRENTES, FUNCIONAM?

Dispositivos de tonificação facial de microcorrentes, como os da NuFace e Zlip, afirmam levantar e enrijecer a pele usando uma corrente elétrica de baixa voltagem para estimular os músculos faciais na produção de colágeno e elastina. Mas os especialistas são indiferentes quanto à sua eficácia.

“Não há muitos dados substanciais ou estudos bem conduzidos mostrando fortes evidências de que esses dispositivos realmente promovem a tonificação da pele”, disse Rina Allawh, dermatologista na Filadélfia, segundo a qual algumas melhorias notadas por pacientes podem vir do soro utilizado no processo. “Muitos desses aparelhos, com bases em gel que contêm ácido hialurônico, um ingrediente que usamos em preenchimentos para ajudar a aumentar a elasticidade da pele”.

A MASSAGEM FACIAL PODE AJUDAR?

Massagear o rosto com um pedaço de jade ou quartzo rosa pode estar em alta nas redes sociais, mas os rolos gua sha e de jade têm sido usados na medicina chinesa há séculos para mover o fluxo de ”chi” (ou energia) do corpo e aliviar dores musculares e tensão, disse Giselle Wasfie, especialista em medicina chinesa e fundadora da “Remix Acupuntura e Saúde Integrativa, com sede em Chicago.

Sua utilização pode aumentar o fluxo sanguíneo, melhorar a drenagem linfática e reduzir a inflamação e o inchaço, além de ajudar a aliviar a tensão dos músculos do rosto e da mandíbula. Mas o que ele não fará é promover a produção de colágeno ou apagar rugas, alertou Allawh.

O QUE POSSO FAZER EM CASA PARA TER UMA APARÊNCIA MAIS JOVEM?

O melhor é investir em produtos para a pele, aconselha Jaliman. Um retinol, tônico de ácido glicólico, soro de vitamina C e um creme com niacinamida podem “realmente fazer sua pele ficar linda em casa”, disse ela. Você também pode experimentar um produto com ácido hialurônico para hidratação e um creme para os olhos com peptídeos para estimular a produção de colágeno. E, claro, o uso de protetor solar é fundamental.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 20 DE DEZEMBRO

UM ROSTO DE PEDRA

O homem perverso mostra dureza no rosto, mas o reto considera o seu caminho (Provérbios 21.29).

Há homens que são mansos e humildes de coração como Jesus, o meigo Rabi da Galileia; outros são perversos e maus como o rei Herodes, que impiedosamente mandou matar as crianças de Belém. Há homens que são amáveis no trato; outros são homens de pedra, cujo coração é duro como o aço. Há aqueles cujo rosto anuncia benignidade; outros carregam a dureza no trato estampada na própria face. A Bíblia fala de Nabal, homem incomunicável e duro no trato, com quem ninguém podia falar. Esse homem era rico, mas insensato. Dava festas de rei sem ser rei. Gostava de receber benefícios, mas era incorrigivelmente egoísta. Só pensava em si mesmo, e tudo o que tinha estava a serviço do seu próprio deleite. Esse homem foi ferido por Deus e morreu como louco, pois tinha um coração cheio de trevas e um rosto duro como mármore. Não é assim que age o homem reto. O justo considera o seu caminho. Reconhece seus pecados e chora por eles. O justo tem o coração quebrantado e o rosto banhado pelas lágrimas do arrependimento. O justo não é duro no trato, mas amável com as pessoas. O reto humilha-se diante de Deus e trata o próximo com honra. O justo é estimado na terra e mui amado no céu!

GESTÃO E CARREIRA

AS ARMADILHAS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Na pressa de se digitalizar, muitas companhias cometem erros graves, prejudicando os negócios e as pessoas. Saiba como evitá-los

Há quase dois anos, o Brasil estava parando. Em março de 2020, a pandemia de covid-19 chegou por aqui e, em pouco tempo, transformou as grandes metrópoles em cidades-fantasma. Vias movimentadas, como as paulistanas  Faria Lima e Berrini, ficaram desertas sem as centenas de trabalhadores que ocupavam os prédios da região. Os índices de congestionamento e de poluição despencaram no mundo todo, ao mesmo tempo que a demanda pela internet aumentou. As avenidas esvaziadas em centros comerciais eram reflexo da necessidade de isolamento social – o que levou as empresas a correr para colocar todo mundo trabalhando em casa.

Só que a maioria foi pega de surpresa. Segundo levantamento da Citrix, companhia especializada em workspace, 68% das organizações brasileiras não permitiam o trabalho remoto em 2019. Resultado: quando a pandemia chegou, a inépcia era geral e atingia diferentes instâncias, da infraestrutura à liderança. Embora focado em home office, o índice é sintoma de um problema mais profundo das empresas brasileiras: o despreparo para conduzir a transformação digital.

Essas duas palavras, que já ecoavam pelos corredores corporativos há alguns anos, viraram um mantra. Afinal, a realidade se impôs e a digitalização se tornou crucial para a sobrevivência dos negócios. Mas a pressa na condução desse processo faz com que muitas empresas caiam em armadilhas e acabem perdendo tempo, dinheiro, engajamento e talentos. Para que isso não aconteça, é preciso analisar a tecnologia compreendendo não apenas seus pontos positivos, mas os problemas que podem surgir no caminho – que vão muito além das falhas da VPN.

SOLUÇÃO PARA TUDO?

Basicamente, existem dois tipos de inovações: as incrementais, que tornam alguma atividade mais rápida ou eficiente, mas não mudam sua essência; e as paradigmáticas, que transformam a realidade em uma camada mais profunda, modificando as relações e trazendo à tona novas necessidades e desafios.

Essas inovações ocorrem em qualquer época – já existiam bem antes de Steve Jobs inventar o iPhone. A criação da prensa mecânica por Johannes Gutenberg no século 15, por exemplo, foi o estopim para uma revolução no compartilhamento de informações. Sem a necessidade de copiar manualmente os livros, a troca de ideias era mais veloz – e isso foi o cerne de uma mudança profunda na religião. Se não houvesse a prensa, a impressão da Bíblia (primeiro livro a ter essa tecnologia) não seria possível e, consequentemente, a Reforma Protestante, que impactou não apenas a fé, mas os costumes, a ética e o desenvolvimento de sociedades inteiras, não viria à tona. José Borbolla, especialista em ciência de dados e conselheiro na escola digital Tera, conta que a prensa criou até problemas de gestão nos governos da Espanha e de Portugal. Até então, os documentos das coroas eram simplesmente despachados com a assinatura dos reis, mas com a prensa veio a possibilidade de que outras rubricas oficiais fossem incluídas na papelada – o que se tornou regra e demandou a adaptação dos monarcas. Nada mais atual.

Com esse poder de mudar tudo rápida e profundamente, a tecnologia pode acabar trazendo uma ilusão perigosa: a sensação de que ela, por si só, é capaz de resolver tudo. “É uma ideia incongruente pensar que precisamos de mais tecnologia para nos salvar de nossa própria desgraça e que, lá na frente, teremos ferramentas para solucionar o que estamos vivendo hoje”, diz José. Mas esse pensamento mágico, batizado de solucionismo tecnológico – tão presente em vários discursos vazios sobre a transformação digital -, não vem de hoje.

O movimento positivista, por exemplo, já pregava no século 19, durante a Revolução Industrial, só ser possível acessar a verdade por meio da racionalidade – que encontrou sua expressão máxima no maquinário tecnológico, mais do que pela capacidade humana. Daí vem a crença, explica José, de que a solução pela tecnologia é a única narrativa possível para a humanidade. Um perigo, pois deixa de lado o que realmente temos de mais rico a oferecer, como a sensibilidade, a individualidade e a criatividade. Só que esses aspectos parecem estar massacrados por outra armadilha ardilosa da transformação digital: o culto cego aos dados.

DESCONFIE PRIMEIRO

A batida frase de que “os dados são o novo petróleo” descreve bem o momento em que vivemos. Com a internet, os smartphones e os aplicativos ficou fácil rastrear as pegadas digitais que deixamos enquanto usamos nossos dispositivos. Algoritmos e buscadores passaram a memorizar nossos gostos, hábitos, compras, endereços e até indicadores de saúde.

Na onda do mapeamento de dados, a área de gestão de pessoas começou a trabalhar com o people analytics (que engloba e cruza diferentes indicadores gerados pelos funcionários, da avaliação de desempenho ao uso do plano de saúde) e com a inteligência artificial (muito usada para otimizar o recrutamento). Por um lado, os dados podem ser interessantes para ler melhor as necessidades do negócio e compreender quais ações a companhia deve tomar em termos de desenvolvimento e engajamento das equipes, por exemplo. Por outro, devemos ter cautela ao pensar que sistemas algorítmicos são um reflexo completamente fiel do que está acontecendo. “Os dados vão até certo ponto”, explica Vinicius Picollo, consultor especializado em estratégia e cultura digital.

É por isso que o pensamento crítico humano sempre precisa embasar a coleta e a análise de informações, além de acompanhar de perto a criação e o desenvolvimento de sistemas como o machine learning. Se uma inteligência artificial não estiver o tempo todo sendo monitorada de maneira criteriosa, corre o risco de reproduzir padrões condenáveis de comportamento. Ficou famosa uma experiência da Microsoft em 2016, quando a empresa criou um perfil de ‘Twitter para Tay, sua  robô de interação social. A ideia era que, com base nas conversas com os usuários, ela criasse seu próprio conteúdo. Tay seria “ensinada” pela rede, como são muitos chatbots hoje. No começo, suas postagens eram inocentes e bem-educadas, dizendo que os seres humanos eram muito legais. Mas em 24 horas a IA foi corrompida: tornou-se racista, homofóbica e defensora do nazismo. O experimento fez com que a Microsoft deletasse o perfil de Tay e serviu de alerta para o fato de que, sozinhas, as inteligências artificiais podem reproduzir o que há de pior na humanidade.

Outro foco de atenção quando falamos de dados é atentar aos “pontos fora da curva”, os comportamentos ou indicadores que não são mapeados pelos sistemas de análise. “Os algoritmos vão criando bolhas e repetem padrões. Por isso, não podemos deixar tudo nas mãos das máquinas. Elas terão vieses que farão com que elementos que seriam importantes para a mudança sejam deixados de lado, o que é péssimo para empregador e empregado”, diz Vinicius.

Ou seja, para conquistar bons resultados, temos que desconfiar das tecnologias. E, em hipótese nenhuma, devemos delegar a elas o processo decisório um erro muito comum de diversas lideranças que esperam que os robôs digam qual é o melhor caminho a seguir. “A inteligência artificial não toma decisão. Ela apenas lê aquilo que você escolheu para ser imputado no sistema”, diz Michele Martins, vice ­ presidente de RH da Neoway, empresa de big data. Evita-se esse problema garantindo a qualidade e a origem dos dados. Um exemplo: se a companhia quer melhorar os índices de diversidade no recrutamento, não pode criar um algoritmo de seleção baseado em perfis de empregados que não fazem parte dos grupos minoritários. Isso enviesaria o algoritmo e o colocaria longe dos resultados a serem alcançados.

NOVOS PARADIGMAS

Por estarmos vivendo uma transformação paradigmática, encaramos um impasse: há atitudes que ainda são repetidas, mas que simplesmente não fazem mais sentido neste novo cenário. O trabalho remoto e flexível, por exemplo, traz à tona uma série de desafios para todos. O mais profundo deles, talvez, seja o da autogestão. Uma vez que não há mais o “olho físico” da empresa sobre os funcionários, cada um passa a organizar as próprias entregas e agendas. “Estamos forçando as pessoas a ter uma autonomia muito maior e a criar seus processos de trabalho. Cada um está numa casa diferente, não tem mais como a empresa definir o processo”, diz Anderson Sant’Anna, professor na Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp).

O resultado é que o culto do comando e controle precisa cair por terra. Para que o home office funcione, laços de confiança, avaliação por entregas (e não por tempo de trabalho) e objetivos compartilhados são essenciais. O problema é que nem todos conseguem se adaptar à nova ordem, ainda mais em companhias que valorizavam chefes controladores antes da pandemia. O resultado é uma empresa doente, com líderes que desconfiam de seus times e apelam para o microgerenciamento na ânsia de saber o que, como e quando eles estão produzindo. Os liderados, por sua vez, se sentem esgotados porque, além de trabalhar, precisam “mostrar serviço”.

NA MESMA PÁGINA

Um levantamento da consultoria Bain & Company feito em 2019 mostra que apenas 8% das empresas conquistam suas metas depois da transformação digital. Isso faz pensar e traz uma lição importante: não trocar ferramentas sem que elas estejam conectadas com as necessidades reais do negócio. Mas é o que acontece o tempo todo. Segundo Luís Banhara, diretor-geral ela Citrix, as companhias correram, em março de 2020, para implementar tecnologias e conseguir ficar, nas palavras dele, “com a cabeça fora da água”. O desespero passou, e agora chegou o momento de ver o que está funcionando – e muita coisa não está. “É uma colcha de retalhos que torna a vida dos funcionários miserável”, explica o executivo.

José Borbolla traz uma história elucidativa sobre os “puxadinhos tecnológicos”. Em um evento de lançamento de uma nova tecnologia numa grande empresa, ele foi chamado no café por alguns funcionários. A turma confessou que ninguém sabia usar o novo sistema e que, para driblá-lo, um colega tinha feito uma nova programação no bom e velho Excel. O CEO estava falando para o vazio – e perdendo tempo e dinheiro. “As pessoas usam o que conhecem”, afirma José.

Não é à toa que 94% dos empregados se sentem excluídos da transformação digital de suas empresas, segundo o relatório Four Insights on the Culture of Digital Transformotion Todoy, feito em 2020 pela consultoria Futurum Research em parceria com a Pega, empresa de desenvolvimento de softwares, que ouviu 500 líderes e empregados na América do Norte e na Europa. O levantamento revela ainda que 45% dos profissionais não sabem como ajudar suas empregadoras nesse processo. Por isso um projeto de transformação digital não pode, nunca, estar desvinculado da reformulação da cultura corporativa – o que significa treinar para uma nova mentalidade.

É necessário, por exemplo, desenvolver competências como pensamento crítico e data literacy (“alfabetização em dados”, numa tradução livre). Essas habilidades se tornam fundamentais para que líderes e liderados compreendam que dados não representam a realidade e que as métricas estabelecidas por uma companhia não podem se confundir com as metas que devem ser alcançadas – um erro comum em corporações que estão se transformando digitalmente. Em muitos casos, em vez de olhar para um objetivo de longo prazo, como o aumento da inclusão, as chefias ficam obcecadas pela métrica que pode (ou não) levar à conquista da meta, como o número de integrantes de grupos minoritários no quadro da empresa. “Isso é falho, porque você pode ter a quantidade de pessoas, mas não ter uma cultura diversa”, explica Vinicius, consultor de estratégia digital.

CONSCIÊNCIA SOCIAL

Uma das consequências mais discutidas sobre a transformação digital é a extinção de algumas profissões. Um estudo feito em 2013 pelo economista Carl Frey, diretor do programa Futuro do Trabalho na Oxford Martin School, da Universidade de Oxford, estima que 50% das profissões exercidas em países em desenvolvimento – como o Brasil – desaparecerão em 20 anos. As tarefas que estão com os dias contados, segundo o especialista, são as repetitivas. O perigo já é percebido pelos brasileiros. Por aqui, uma em cada três pessoas teme ser substituída por máquinas ou por programas de computador, segundo um estudo da Universidade de Oxford e da seguradora Zurich. Além disso, um levantamento da consultoria Degreed mostra que 65% dos brasileiros acreditam que suas habilidades profissionais estão em risco.

Nesse contexto, a educação continuada se mostra essencial. E, em um país com tantos problemas de ensino como o Brasil, as empresas têm um papel importante para desenvolver a força de trabalho. Se não fizerem isso, correm o risco de ficar sem profissionais qualificados para tocar os negócios.

Antônio Salvador, líder da área de carreira da consultoria Mercer, coautor do livro Transformação Digital Uma Jornada que Vai muito Além da Tecnologia (Atelier de Conteúdo, 44,90 reais) e experiente executivo de recursos humanos, recebeu inúmeros relatos de trabalhadores que, por falta de oportunidade, não possuíam o mínimo de capacitação. “Alguns não têm o básico para fazer contas de subtrair, mexer numa caixa registradora, usar o tablet, tirar um pedido. Não têm o elementar”, conta. Esse pessoal, que já fica prejudicado em um mercado que ainda emprega para funções operacionais de baixa complexidade, seria deixado totalmente para trás na corrida da transformação digital.

Essa apreensão, que se tornou mais forte durante a pandemia por causa dos altos índices globais de desemprego, já estava no radar do Fórum Econômico Mundial em 2019 em seu relatório O Futuro dos Empregos. No documento, ficava clara a preocupação de que, se a Quarta Revolução Industrial – conceito criado por Klaus Schwab, fundador do fórum, para representar o período de disrupção tecnológica que vivemos – não fosse conduzida com cuidado pelos países e pelas empresas, haveria um grande risco de os índices de desigualdade aumentarem em todo o mundo. “É fundamental que os negócios adotem um papel ativo para apoiar sua atual força de trabalho com base na requalificação, que os indivíduos se concentrem em seu aprendizado a vida inteira e que os governos criem um ambiente que facilite essa transformação da força de trabalho”, disse Klaus Schwab na época, segundo reportagem da RFI Brasil em Londres publicada no UOL.

Quando há desenvolvimento e segurança, os profissionais ganham força para parar de atuar como máquinas e se tornar mais humanos – utilizando competências essenciais para a inovação. “Como gestores, precisamos olhar para as oportunidades que aumentem o potencial humano e que tornem pessoas vistas como operacionais capazes de agregar com criatividade, inovação e tomada de decisão em cenários complexos”, diz Michele, da Neoway. Sem essa percepção, corre-se o risco de cair na maior armadilha para a transformação digital: deixar que as máquinas assumam o comando. Ou pior: robotizar nossa própria humanidade.

EU ACHO …

POR QUEM OS SINOS DOBRAM?

Neste fim de ano, cuide muito do seu mundo imediato; cultive a mais profunda esperança

A frase é do poeta e pregador John Donne (1572-1631). O inglês comentava que não deveríamos perguntar, quando o toque no campanário anunciava uma morte, por quem era o som. A humanidade é uma e ninguém, portanto, é uma ilha. Assim, independentemente de quem estivesse sendo velado ou rememorado, os sinos dobravam por você, sempre… (“And therefore never send to know for whom the bell tolls; It tolls for thee”).

A frase foi usada como título de Ernest Heningway, em 1940, em romance sobre a terrível Guerra Civil Espanhola. Dali surgiu um clássico do cinema com a mesma dúvida de Donne, estrelado por Gary Cooper e Ingrid Bergman. O diretor, Sam Wood, foi o mesmo que terminara a filmagem de …E O Vento Levou, depois que Victor Fleming abandonou o set em uma crise de estresse. Por fim, o tema do toque de Finados moveu Raul Seixas a compor música com o mesmo título. Em versos de teor psicanalítico, o baiano colocou na letra: “É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro/E vira o aperto de mão de um possível aliado/Convence as paredes do quarto, e dorme tranquilo/Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo”.

Os sinos dobram por nós. Somos pan e de um todo. Cada homem ou mulher que termina sua existência torna a humanidade menor. A retirada de uma pequena porção de terra de um vasto território pode não se mostrar logo, mas o continente ficou menor. A metáfora é poética e religiosa.

O ano de 2021 foi de enormes perdas humanas no Brasil e no mundo. Ficamos bem menores com a pandemia. Entre tantas tragédias, eu perdi dois amigos. No começo dele, foi-se Contardo Calligaris (que não morreu de coronavírus). Era cheio de vida e  transbordava de ideias e de planos. No fim do ano da peste, faleceu Marcelo Cunha, conhecido oftalmologista de São Paulo.

A convite da família Cunha, falei na igreja na missa de réquiem. Seguindo Donne, toda liturgia de finados é para nós. Ritos fúnebres sempre nos envolvem pelo afeto a pessoas amadas e pelo medo que ronda a incerteza do nosso destino. Choramos por quem vai e pelos que ficam. Choramos por nós. Fiz, na Igreja São José, apinhada, o elogio necessário e sincero a um grande amigo, pai, avô, médico, marido e cidadão. Lembrei-me do seu humor refinado e atenção com os outros.

Fiz muitas viagens com Marcelo e Rosana, sua esposa. Na missa, lembrei-me de uma frase confessional enunciada diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém.  Estávamos de quipá, separados das mulheres (a área de visita é diferente). Diante do Kotel, ele me disse que tinha  pouco a lamentar e que a vida dele era intensa e feliz. Ele avaliava, sem saber que era profético, que a vida dele tinha valido a pena e que ele poderia morrer tendo feito o que queria fazer. Respondia à pergunta do filósofo Luc Feny: “O que é uma vida bem-sucedida?”.

Vou citar outro inglês. O arquiteto da monumental  catedral Saint Paul, de Londres, foi Sir Christopher Wren. Enterrado na base daquele prédio, a lápide anuncia, em latim, que se algum leitor quiser ver obras, monumentos  da sua autoria, basta olhar ao  redor (“Lector: Simonumennun requiris circumspice”). Para aferir o gênio de Wren, basta olhar ao redor do túmulo e teremos a prova em perda. O talento dele cobre à memória do túmulo. Pensei na ideia naquela missa na Igreja de São José, aliás, o padroeiro da boa morte no mundo católico. Se ele quisesse ver as obras do Marcelo, ali estavam: a família, os pacientes, os amigos e os funcionários da Clínica e da Fundação. Ali, do púlpito, eu via a construção de uma vida: pessoas gratas e emocionadas. Naquele dia 19 de outubro de 2021, entendi que os sinos dobravam por nós. Todavia, não apenas anunciavam seu toque melancólico de dor, também o repicar entusiasmado de vida. Os sinos badalam sem cessar, pela ilha-homem que se liga ao arquipélago vasto da humanidade, somos o bem que fizemos, resta  o  carinho como obra, imortaliza-se o amor. Sim, os dois netos pequenos, Gabriele Cecília, talvez não se lembrem do avô brincalhão no futuro, mas a vida do Marcelo estava neles e eles levarão adiante o dever de tocar mais sinos, anunciando a todos que a lista de passageiros muda sempre e que a viagem continua.

A obra dele continua na visão de milhares de pessoas que ele tratou, a minha inclusive. O toque é por todos nós, em sons eufóricos a bimbalhar ou em toque de nênias. Vida que fica ou que segue: do alto das torres os sinos mostram nossa combalida mortalidade como um hiato possível de felicidade entre dois toques, o do nascer e o de morrer.

Querem obras, querida leitora e estimado leitor? Olhem para as pessoas ao seu redor. Há novos sineiros a cultivar. Hoje, aniversário da morte do meu pai, ouço o som forte dos carrilhões que ele amava escutar. Há algo maior indicado por Donne, algo que nos excede: cada outra pessoa que seguirá quando eu, ser oxidável, deixar de poder ouvir qualquer coisa. Cuide muito das obras ao seu redor. É isso que move os sinos da eternidade e do afeto. Os sinos choram e riem conosco, como a vida. Neste fim de ano, cuide muito do seu mundo imediato. Cultive, no seu campanário, a mais profunda esperança!

*** LEANDRO KARNAL

ESTAR BEM

OS SETE TIPOS DE CANSAÇO E COMO ENFRENTÁ-LOS

Comece se perguntando onde você usa a maior parte de sua energia ao longo do dia e os efeitos que isso causa no corpo. Assim, será possível criar estratégias para se recuperar

Para ter saúde, é preciso muito mais do que não ter alguma doença. Em resumo, pode-se dizer que estar com saúde tem o mesmo valor de estar descansado. O difícil é identificar o tipo de descanso necessário.

“Acredito que precisamos de uma mudança de pensamento. A maior parte do nosso foco, hoje em dia, está na produtividade e isso nos coloca numa roda de exaustão”, diz a psiquiatra Saundra Dalton-Smith, que identifica em seu livro Sacred Rest: Recover Your Life, Renew Your Energy, Restore Your Sanity (Descanso Sagrado: recupere sua vida, renove sua energia e restaure sua sanidade, em tradução livre) sete tipos de cansaço e, para cada um, uma forma de descanso.

Diferentemente do que se pode imaginar, não se cura o cansaço só com uma boa noite de sono, porque descansar não é o mesmo que dormir. “As pessoas não dizem que estão com sono, mas sim que estão cansadas. Existe uma confusão muito grande entre cansaço e sonolência”, diz a médica Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono. “Claro que o sono tem papel reparador, mas muitas vezes o cansaço pode até te impedir de dormir.”

A pandemia, com seus excessos de telas, informação e estresse, causou mais cansaço na sociedade – a mesma que, já em 2010, era chamada de Sociedade do Cansaço pelo filósofo Byung Chui Han. Hoje, tempo e sono se tornaram raros diante de uma demanda cada vez mais acelerada e exigente.

Para reconhecer o tipo de cansaço sentido e saber como se recuperar, é essencial se perguntar onde você está usando mais a sua energia durante o dia e os efeitos que isso causa no corpo. “Comece perguntando a si mesmo: ‘Que tipo de cansaço eu sinto?’. Pense no trabalho que você faz todos os dias – seja em um escritório, um prédio ou na sua casa. E comece a entender como você gasta sua energia, repassando cada um dos sete tipos de cansaço. Normalmente, a área em que você mais usa energia é a que tem maior probabilidade de ser deficiente de cansaço.” Veja abaixo os sete tipos:

CANSAÇO FÍSICO

É associado ao esforço físico e à fraqueza muscular. Comum depois de um dia todo caminhando ou após voltar a treinar. Também está associado a pessoas muito agitadas e com acúmulo de estresse, o que impede uma boa noite de sono. Para descansar, tente fazer alongamentos ao longo do dia, massagem e ter bons hábitos noturnos, como evitar coisas estressantes e estimulantes quando estiver na cama e ir dormir no mesmo horário.

CANSAÇO MENTAL

Já passou horas pensando cm algo que aconteceu ou que irá acontecer num futuro próximo? Os “overthinkers” (quem pensa demais) dominam esse tipo de cansaço. Em uma sociedade que compara produtividade a sucesso e exige que façamos múltiplas tarefas, todos recebem sua dose de ansiedade, esquecimento e preocupação. Para acalmar a mente, meditação é uma boa, mas atividades lúdicas como jogos e esportes, brincar com o pet e até cozinhar podem ajudar.

CANSAÇO EMOCIONAL

Já ouviu falar em pressão psicológica? A ideia de se colocar acima do outro e causar danos emocionais pode acontecer em locais de trabalho, casamentos e até amizades. Porém, na sociedade do cansaço, os indivíduos são “empresários de si mesmos”, de acordo com Byung Chui Han, o que faz com que sejamos nosso pior inimigo – sempre adicionando coisas na lista de tarefas. Falta de disposição, irritabilidade, tristeza profunda, angústia e pânico são alguns dos sintomas. O autoconhecimento é a chave. Terapias, escritas matinais e momentos de introspecção com atividades prazerosas e calmas são ideais. Tente impor limites.

CANSAÇO ESPIRITUAL

Não tem a ver com religião, mas sim quando vamos contra nossos princípios. Os principais sintomas são: medo da morte, sentimento de abandono e falta de pertencimento e perda da esperança. Redefinir seus propósitos de vida, prioridades e exercitar a compaixão podem ser interessantes. Também vale passar um tempo em contato com a natureza, fazer orações ou tomar um banho de ervas energizantes.

CANSAÇO SENSORIAL

O excesso de estímulo dos nossos cinco sentidos é a causa. Cheiros fortes, luz intensa, barulhos constantes. Durante a pandemia, pelo uso exacerbado das telas, o cansaço ganhou novas proporções. Uma maneira de recuperar a energia é ficar longe do celular e do computador e encontrar espaços neutros, como parques ou ambientes arejados.

CANSAÇO SOCIAL

Imagine-se em um jantar com a família do futuro namorado ou o primeiro dia na escola nova. Esforçar-se para agradar os outros pode ser cansativo. Ele também surge quando passamos algum tempo com pessoas que sugam nossas energias. O descanso está em ficar perto de pessoas que fazem bem e nos apoiam (mesmo virtualmente) e saber identificar esses contatos sociais positivos e verdadeiros.

CANSAÇO CRIATIVO

Se a procrastinação é sua melhor amiga no dia a dia, pode ser que você esteja cansado criativamente. Adiar tarefas importantes, ignorar prazos e ter falta de energia para inovar são alguns dos sintonias. Além da irritabilidade e de dúvidas sobre o trabalho, se ele está sendo bem-feito. As atividades automáticas, como tomar banho, escovar os dentes, lavar o rosto ou a louça podem ajudar. É importante também estabelecer momentos de ócio para recuperar a inspiração.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MECANISMO BIOLÓGICO EXPLICA PORQUE FAZ TANTO BEM FAZER O BEM

Pesquisas atestam: ato de ajudar leva à liberação de neurotransmissores, como dopamina e ocitocina, que trazem a sensação de felicidade

De segunda a sábado, faça chuva ou faça sol, a professora Claudia Carvalho, de 55 anos, sai do trabalho às 18 horas e vai para a sede da ONG Assistência sem Fronteiras, na zona sul de São Paulo, da qual é voluntária. Lá, coloca no seu carro o caldeirão de sopa quente que vai distribuir à população em situação de rua, em diversos pontos da cidade. A rotina é puxada, mas ela diz sentir-se recompensada. “Parece mágica. Muitas vezes cheguei para o trabalho voluntário com dor de cabeça, preocupações, cansaço, mas saía renovada.”

Mecanismos biológicos e sociais justificam a sensação positiva vivida por Claudia nesse voluntariado. A prática de atos de generosidade ativa o sistema límbico, um conjunto de estruturas presente no cérebro que controla comportamentos ligados à nossa sobrevivência, que desencadeia a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina, ocitocina e endorfinas, explica o psicobiólogo Ricardo Monezi, pesquisador de  fisiologia do comportamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Essa liberação de neurotransmissores tem efeitos em muitos sistemas. Pesquisas já comprovaram efeitos positivos, como melhora de dores crônicas, como a fibromialgia, e  benefícios ao sistema cardiovascular, além da sensação de felicidade e realização”, diz.

E quanto mais se pratica o altruísmo, maior é a vontade de continuar a praticar, avisa o psicobiólogo. “Há um sistema de recompensa que deixa a pessoa ‘viciada’ nessa boa sensação. Por isso, ela tende a ficar cada vez mais generosa”.

Quem pratica generosidade exercita a compaixão, o que proporciona o sentimento de gratidão, relata a psicóloga clínica Lina Sue, do Curso de Terapia Cognitiva do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da  USP. “E quando temos gratidão, o cérebro entende que está tudo bem, o que resulta em bem-estar”,  afirma. Em seu mestrado, em  2018, Lina conduziu uma terapia em grupo com treino de habilidades de compaixão para pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático (Tept), que vivenciaram ou testemunharam doenças, tragédias, violência sexual e a percepção de morte – real ou não. Ao final, houve, na média, um aumento de 22% na escala de autocompaixão, com redução dos sintomas: Tept (54%), depressão (41%), ansiedade (32%) e desesperança (34%). Além disso, diminuiu a sensação de vergonha e autocrítica.

EVOLUCIONISMO

Comportamentos relacionados à generosidade, à doação e à ajuda ao próximo são importantes para o ser humano como espécie, dentro de uma perspectiva evolucionista, explica a psicóloga Mayara Wenice de Medeiros, do Laboratório de Evolução do Comportamento Humano (Lech), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Por sermos uma espécie que vive em sociedade, esses comportamentos são importantes para a nossa sobrevivência”, avisa.

Segundo ela, há estudos mostrando que bebês de poucos meses de vida já apresentam comportamentos de generosidade e preferem interagir com pessoas que fazem o mesmo. Funciona como uma moeda de troca: “É um mecanismo biológico que foi desenvolvido ao

longo da história da espécie”. Ela menciona também o “altruísmo recíproco”, que leva uma pessoa a ajudar outra pensando na possibilidade de precisar dela no futuro. “Isso não é premeditado, mas inconsciente”, explica Mayara.

Para que a generosidade proporcione bem-estar, é preciso que a motivação seja a capacidade de amar o próximo, na visão de Leila Tardivo, professora do Instituto de Psicologia da USP. “O senso comum diz que é melhor dar do que receber. Isso tem  embasamento científico”, afirma.  “Freud dizia que a capacidade de amar e trabalhar define a saúde mental. E esse ‘amar’ não se refere somente a um parceiro, mas também a outras pessoas e ideais. “Para ter esse amor, é preciso que a pessoa tenha obtido conquistas do desenvolvimento pessoal”, explica. Ou seja, se a culpa, a vaidade ou a ansiedade forem as motivações para uma ação altruísta, pode não haver o mesmo  bem-estar. “Se uma pessoa sente que não é merecedora e pratica ações solidárias para aplacar sua culpa, por exemplo, não faz bem.” Leila também fala da importância de ter autoestima, se respeitar. “A ação tem de fazer sentido para quem a pratica e para quem a recebe. Como humanos, receber também é relevante quando se necessita.”

BOM HUMOR

Quem se voluntaria para ajudar nas ONGs e instituições nunca está de mau humor nas ações sociais ou ambientais, na percepção de João Paulo Vergueiro, de 41 anos, um dos coordenadores do Dia de Doar, que no dia 30 de novembro promoverá mobilizações em todo o País por doações a projetos de impacto social e ambiental. “Quando uma pessoa percebe que está fazendo a sua parte, tem uma sensação de pertencimento que  proporciona bem-estar”, argumenta.

Atualmente, Vergueiro faz doações financeiras a cinco projetos sociais e é conselheiro de três ONGs. Além disso, faz voluntariamente o jornalzinho da paróquia do bairro onde cresceu. “Mesmo que a doação seja pequena, penso que outras pessoas estão fazendo o mesmo e que juntos estamos fazendo a diferença na vida de quem precisa de ajuda. Isso me deixa muito feliz.”

COMO DOAR E AJUDAR

Quer começar a praticar voluntariado ou fazer doações a ONGs e iniciativas sociais? Veja alguns canais que fazem essa ponte.

ATADOS

Nessa plataforma de voluntariado você encontra vagas nas ONGs e projetos sociais e ambientais em todo o Brasil. Tem uma ferramenta de busca por vagas com filtros como de localidade, causa e habilidade. Site: www.atados.com.br.    

BSOCIAL

Essa plataforma tem como principal objetivo fazer a ponte entre doador e beneficiados, selecionando projetos e ONGs relevantes e de credibilidade. Site:  www.bsocial.com.br.

DIA DE DOAR

O movimento mundial criado para promover a doação vai intensificar suas atividades no dia 30 de novembro. Para acompanhar e participar, vá no perfil do Instagram @diadedoar.  

DROPS OF ACTION

O perfil no Instagram reúne e apresenta iniciativas sociais e ambientais com objetivo de facilitar para o público geral as doações, voluntariado e outras atitudes que ajudem quem precisa. No @dropsofaction.

VOAA

O canal Razões para Acreditar, que divulga histórias de superação, tem um site voltado a vaquinhas para apoiar as causas que eles compartilham. Confira (e contribua) no https://voaa.me.

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