OUTROS OLHARES

LICENÇA “CÃOTERNIDADE” LEVA LONGE DEMAIS O BOOM DOS PETS DA PANDEMIA

Solicitações de tempo para cuidar de animais de estimação adquiridos no lockdown chocam quando milhões ainda não têm licença parental

Um terço dos trabalhadores do Reino Unido pensaria em trocar de emprego a dividir o espaço de trabalho com um colega não vacinado, segundo uma pesquisa de opinião pública que saiu nesta semana.

Mas e se o colega tivesse garras? E uma tendência a babar, rosnar e roubar almoços que fiquem desprotegidos?

Se você achava que as regras que permitiam levar cachorros ao escritório já eram irritantes antes da Covid-19, prepare-se. A explosão na propriedade de animais de estimação causada pela pandemia deve afetar os locais de trabalho de maneiras que antes pareceriam inimagináveis.

Permita-me afirmar que eu não tenho bichos de estimação, mas sou profundamente pró-animais. Se minha casa em Londres fosse maior, eu seria um dos 3,2 milhões de britânicos que adquiriram um bicho de estimação desde que os lockdowns começaram, de preferência um cachorro ou gato – ou, idealmente, um de cada.

Antes da pandemia, eu encarava de maneira muito positiva as regras para animais adotadas por empresas como a Ben & Jeny’s e a Amazon, em cuja sede, em Seattle, 7.000 trabalhadores vão ao escritório acompanhados por seus bichos de estimação.

Nos últimos 18 meses, assisti com inveja a vídeos de colegas expulsando os gatos de perto dos teclados de seus computadores, em reuniões via Zoom. Agora que os escritórios estão começando a reabrir, é perfeitamente compreensível que as hordas de novos proprietários de animais de estimação estejam sofrendo alguma ansiedade diante da perspectiva de abandonar seus companheiros peludos.

Considerando a escassez de mão de obra que existe em muitos lugares, é igualmente compreensível que multidões de empregadores estejam planejando uma reabertura de escritórios à “au- altura.”

Pelos menos metade dos 500 gestores americanos pesquisados por um grupo de hospitais veterinários planeja permitir a presença de animais de estimação nos escritórios, quando estes reabrirem. A maioria deles disse que a decisão tinha sido tomada para atender a pedidos dos subordinados, e em boa parte para ajudar a convencer os trabalhadores a voltar ao escritório.

Para pessoas como eu, essa é uma notícia excelente. Mas e se você não gosta de bichos, é alérgico a eles ou rejeita o conceito de dividir seu espaço com criaturas que não são brilhantes na conversação, têm mau hálito e não são famosas pela disciplina sanitária?

Não admira que uma empresa britânica de serviços para animais de estimação tenha lançado o Petiquette, um serviço cujo objetivo é ajudar os empregadores a adotar regras que facilitem a presença de cachorros sem irritar demais as pessoas que prefeririam não tê-los por perto.

Francamente, não estou convencida de que uma empresa precise de assessoria sobre “estabelecer horários para alimentação e brincadeiras que não interrompam os outros”. Mas a ideia é sensata, em termos gerais.

No entanto, enquanto lia as bobagens de relações públicas da Petiquette, percebi uma coisa: a Pets at Home, a empresa que desenvolveu o serviço, também oferece aos seus empregados uma “licença cãoternidade”. Os empregados ganham um dia de folga quando adotam um novo animal de estimação, para ajudar a criatura a se acomodar.

Benefícios como esse não são novidade. A BrewDog, uma fabricante escocesa de cerveja artesanal, desde o começo de 2017 permite que seu pessoal tire uma semana de licença toda remunerada se o empregado adotar um animal ou um cão de resgate. Isso não impediu que dezenas de empregados da BrewDog assinassem uma carta aberta este ano na qual acusam a empresa de ter “uma cultura podre” e “atitudes tóxicas”.

Empresas demais, especialmente nos Estados Unidos, não oferecem licença maternidade ou licença paternidade pagas.

Mas a ideia de licença cãoternidade decolou durante a pandemia, à medida que a posse de animais de estimação disparava.

Algumas semanas atrás, Roger Wade, presidente executivo da Boxpark, uma empresa britânica de restaurantes “pop­ up” e venda de alimentos, postou uma pesquisa em mídias sociais perguntando o que seus leitores achavam de um trabalhador que tinha lhe pedido licença cãoternidade para cuidar de um cachorro adotado. Meu dedo hesitou sobre o teclado, quando chegou a hora de votar. Quanto mais homens tiverem licença -paternidade, melhor. O enrosco surgido nos Estados Unidos este mês quando Pete But tigieg, secretário federal do Transporte, tirou uma licença para cuidar de seus gêmeos recém-nascidos foi tão desagradável quanto previsível. Também compreendo por que qualquer pessoa que tenha um cachorro novo queira uma licença, e por que pode fazer sentido que uma empresa ofereça grandes benefícios e, crucialmente, licenças maternidade e paternidade generosas para seus empregados. Mas um número excessivo de companhias não o faz, especialmente nos Estados Unidos, o único país rico que não garante licenças remuneradas para as pessoas que acabam de ter filhos. No final do ano passado, só 21% dos trabalhadores americanos tinham acesso a licenças renumeradas quando se tornam pais.

Foi pensando em estatísticas como essa que fiz como 61% dos respondentes da pesquisa e votei contra a concessão de uma licença cãoternidade ao empregado de Wade. Em um mundo mais justo, concedê-la poderia ser razoável, mas por enquanto é um passo grande demais para qualquer pata.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 04 DE DEZEMBRO

A CASA DO ÍMPIO É DESTINADA À RUÍNA

O Justo considera a casa dos perversos e os arrasta para o mal (Provérbios 21.12).

A casa do perverso será destruída, e o justo verá isso acontecer. Vem a tempestade e acaba com os maus, porém os honestos continuam firmes no exato momento em que os maus são desamparados. Os perversos se comparam à palha que o vento dispersa. Não têm raízes profundas nem sólido fundamento. Não permanecerão na congregação dos justos nem prevalecerão no juízo. Quando a tempestade chegar, serão arrastados para a ruína. Serão levados pela enxurrada das circunstâncias e não permanecerão de pé. O justo, porém, observa a casa dos perversos e vê os ímpios caminhando rumo à ruína. O justo não apenas vê a ruína do perverso, mas é levantado por Deus como agente do juízo sobre ele. A própria justiça do justo condena a iniquidade do perverso. A própria luz do justo cega os olhos doentes do perverso. A própria santidade do justo denuncia a iniquidade do perverso. As virtudes do justo são a expressão do juízo divino sobre a vida do perverso. O justo, na verdade, é levantado por Deus para ser o instrumento da condenação do perverso. É por intermédio do justo que os perversos são arrastados para o mal. A ruína do perverso será grande, pois sua casa desabará sobre sua cabeça e, nesse dia, ele ficará completamente desamparado.

GESTÃO E CARREIRA

CARREIRAS QUENTES – V

TECNOLOGIA – GUERRA POR TALENTOS

O mercado de trabalho para tecnologia está aquecido desde a invenção da roda, e segue se provando indestrutível. “Mesmo dentro de um cenário de pandemia, a busca por profissionais de TI não cessou. Muito pelo contrário. Todos os setores econômicos estão em processo de transformação digital e demandam por pessoas para trabalhar com tecnologia”, diz Wagner Sanchez, diretor acadêmico do Centro Universitário FIAP.

O interesse pelos melhores profissionais é tanto que, não raro, quem dita as regras do jogo são os candidatos. Muitas vezes, uma mesma pessoa está participando de mais de um processo seletivo ao mesmo tempo, e ela não vai ter medo de recusar uma proposta pouco interessante. Isso causa guerras entre companhias para atrair e reter os melhores da área.

Muitas vezes, a briga é entre empresas de países diferentes. A pandemia quebrou de vez as poucas barreiras geográficas que ainda haviam no mercado de tecnologia. “Agora, as disputas por talentos são com empresas de fora, principalmente por causa da alta do dólar. As companhias do exterior perceberam que elas conseguem contratar mão de obra brasileira de alta qualidade por um custo bem mais baixo”, afirma Mariana Horno, da Robert Half.

HACKER DO BEM

Quando começou a faculdade de Direito, Daniel Zaia Manzano (33 anos) nem imaginava cair na área de TI. “No meio do curso, percebi que gostava de informática e decidi mudar de carreira”, relembra o paulistano. Daniel é um pent ester – também conhecido como “hacker do bem”. O seu trabalho é simular ataques a sistemas de segurança de empresas e bancos para encontrar vulnerabilidades. O desafio, ele diz, é estar atualizado com tudo que envolve ferramentas-antifraude e tentativas de golpes (porque o que não falta aí é novidade). E Daniel lembra que não tem mais essa de o profissional aprender tudo sozinho. “A formação acadêmica é importante para dar uma base teórica e também existem certificações importantes para a área [como o CSSP, destinado para quem trabalha com segurança de rede; e o OSCP, sobre ética de hacking]. Ser autodidata hoje significa ser curioso e buscar novos conhecimentos, mas sem pular a educação tradicional”.

EU ACHO …

TANTO TUDO

Você sabe que os anos estão passando quando não identifica mais quem são as pessoas que a maioria da população admira. Há um sem-número de ídolos populares que, se entrassem num elevador comigo, eu não faria ideia de quem seriam, enquanto, para seus fãs, compartilhar com eles os poucos segundos entre o térreo e o décimo andar ressignificaria a vida. Muitos artistas estão neste exato instante quebrando recordes no Spotify e fazendo lives acompanhadas por milhões de seguidores, e ao ouvir seus nomes pela primeira vez, eu talvez os confundisse com algum ex-colega de faculdade.

Parece absurdo que alguém nunca tenha escutado a respeito de Anitta, por exemplo, mas há pouco tempo, um advogado me perguntou quem era. Fiquei chocada. De que planeta você veio?  Pode-se gostar ou não gostar, mas jamais ter ouvido falar de Anitta? Só então me dei conta de que eu estava caindo na armadilha comum de achar que, se alguém ignora a existência de uma celebridade, não passa de um esnobe.

O showbiz mudou. Antigamente, as capas de revista consagravam carreiras. A televisão era o eletrodoméstico mais importante da casa. Todo mundo conhecia o rei do iê iê iê, o galã da novela, a miss de cetro e coroa. Eram intocáveis, distantes, quase sobrenaturais – pois raros.

Hoje você grava um vídeo caseiro, posta na internet, cai na graça de uns, viraliza e dentro de um ano pode estar morando numa mansão, e quem vai dizer que o valor passou ao largo?

Quase sempre o êxito vem do talento artístico, mas pode vir também do faro para tendências, para criar conteúdo motivacional, para fazer dinheiro nas redes – algum talento toda pessoa tem, é só descobrir qual e como usá-lo, manejando as ferramentas que dispõe. A frase célebre de Andy Warhol não caducou pelo sentido, e sim pela duração: 15 minutos, hoje, é uma eternidade, mas uns poucos segundos de visibilidade estão garantidos a todos.

Nós, os sobreviventes da era analógica, não conseguimos acompanhar tanta novidade circulando pelo palco digital. Eu, ao menos, admito a lentidão que me domina: cultivo paixões antigas e algumas atuais, e já me perdoei por, mesmo trabalhando num veículo de comunicação, não conseguir estar informada sobre tudo e sobre todos. Não conhecia Marília Mendonça. De que planeta eu vim?

De outro século e deste aqui, vim lá de trás e de hoje cedo, administro como posso o meu passado e este presente intenso, me espanto com a oferta atordoante de eventos e existências, tantas que nem todas são por mim assimiladas. Ainda assim, junto-me aos lamentos. Toda morte é trágica, ainda mais de jovens que deixam órfãos uma família, amigos, fãs e um futuro. Não é esnobismo, não, é esse tempo agora, voraz.

*** MARTHA MEDEIROS

marthamedeiros@terra.com.br  

ESTAR BEM

ENTENDA COMO OS HORMÔNIOS INFLUENCIAM A ATIVIDADE FÍSICA

Pesquisadores descobriram que o estrogênio é responsável por ativar genes ligados ao ato de se movimentar

O estrogênio tem o poder de alterar a atividade cerebral de maneiras que podem afetar o quão fisicamente ativos nós somos, aponta novo estudo realizado com camundongos que analisou o DNA, os hormônios e as células cerebrais. Por meio de tecnologias avançadas para localizar e reprogramar genes específicos e neurônios em animais vivos, o estudo,  publicado recentemente na revista cientifica Nature, descobriu que doses de estrogênio   desencadearam processos no cérebro dos animais – até mesmo machos ­ que os tornaram mais ativos.

Embora os humanos compartilhem muitos dos mesmos hormônios, genes e neurônios com os camundongos, nós não somos roedores e não podemos ainda dizer se nossos cérebros e sistemas fisiológicos funcionam da mesma maneira. Mas as descobertas abrem  caminhos de pesquisa sobre porque muitas mulheres se tornam menos ativas após a menopausa, quando o estrogênio desaparece.

Os resultados também destacam como o cérebro e processos biológicos internos trabalham juntos para desempenhar um papel inesperado e substancial na ação do corpo em se levantar e se mover, ou em permanecer quase imóvel. Por quase um século, desde um famoso estudo de 1924 envolvendo ratos, cientistas sabem que as fêmeas dos mamíferos tendem a estar fisicamente mais ativas logo antes da ovulação, quando também estão mais sexualmente ativas. Esse comportamento faz sentido do ponto de vista evolutivo, uma vez que as fêmeas estariam à caça de um parceiro. Nas décadas seguintes, pesquisadores começaram a especular que o estrogênio deveria ter um papel motor nesse comportamento, com estudos subsequentes indicando que as oscilações diárias de fêmeas de animais criados em laboratórios normalmente aumentavam e diminuíam junto com seus níveis de estrogênio.

Mas como poderia o estrogênio, cuja função primária é controlar a ovulação e outros aspectos da reprodução, influenciar a atividade física? Esse quebra-cabeça chamou a atenção de Holly Ingraham, professora de fisiologia da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA, que há anos pesquisa fisiologia e metabolismo das mulheres. Ela e seus colaboradores se perguntaram se o estrogênio poderia, de alguma forma, moldar a atividade genética no cérebro, o que não ativaria as células cerebrais de uma maneira que acionaria o próprio ato de se mover.

Para investigar essa possibilidade, os cientistas primeiro reuniram um grupo de ratos fêmeas adultas e saudáveis e então bloquearam quimicamente a absorção de estrogênio em alguns deles, enquanto rastreavam o quanto os animais se moviam. Quase imediatamente, os animais sem estrogênio tornaram-se visivelmente mais sedentários do que os demais, confirmando que o estrogênio de alguma forma afeta a atividade física.

ATRÁS DAS CÉLULAS

Em seguida, os pesquisadores examinaram a atividade de uma série de genes  nos cérebros dos animais e perceberam que um específico bombeava proteínas extras na presença de estrogênio, mas ficavam quase inertes quando ele estava ausente. Esse gene, o melanocortina-4, ou Mc4r, já era associado, em pessoas, à ingestão de alimentos e à regulação do peso corporal. Mas os cientistas agora indicam que ele também pode ser a ponte entre o estrogênio e o impulso para ser fisicamente ativo, uma ideia que eles fundamentaram utilizando técnicas de mapeamento genético de alta tecnologia por uma das autoras do estudo, Jéssica Tollkuhn, professora do Laboratório da Escola de Ciências Biológicas Cold Spring  Harbo em Nova York, nos EUA.

Essas técnicas mostraram, em tempo real, o estrogênio se ligando aos genes Mc4r em  certos neurônios, especialmente aqueles em uma parte do cérebro do camundongo envolvido no gasto de energia. No final, o experimento mostrou o estrogênio disparando um gene especifico, que, por sua vez, ativa certas células cerebrais que, então, são esperadas que estimulam o animal a se mover.

Mas os cientistas ainda não haviam observado esses genes e neurônios em ação. Então utilizaram uma técnica chamada quimiogenética para galvanizar diretamente os neurônios relevantes nas fêmeas de camundongos criados para não produzir estrogênio. Antes fisicamente lentos, esses ratos agora exploravam, levantavam-se, brincavam e corriam muito mais que antes.

De forma semelhante, quando os cientistas utilizaram uma forma da tecnologia de edição de genes para estimular a atividade do gene Mc4r nos cérebros das fêmeas, os ratos tornaram-se quase duas vezes mais ativos do que antes, um surto físico que persistiu por semanas. Até camundongos machos se moveram mais quando sua atividade do gene Mc4r era aumentada, embora não tanto quanto as fêmeas.

O estudo também levantou a intrigante possibilidade de que o “momento do exercício, para ter seu impacto mais benéfico para as mulheres, pode ser ajustado considerando as mudanças no ambiente hormonal” incluindo as alterações da menopausa, disse Tomas Horvath, professor de neurociência, obstetrícia e ginecologia na Escola de Medicina da Universidade de Yale.

“É claro que todas essas observações em camundongos precisam ser confirmadas se operam em nós, humanos. No entanto, o fato de que esse mecanismo é encontrado em uma parte antiga do cérebro sugere que ele deve ser aplicável à maioria dos mamíferos, incluindo os humanos”, disse Horvath, que não estava envolvido na pesquisa.

SIMULAÇÃO DE ESTROGÊNIO

Ingraham concordou. “Nós presumimos que esse circuito funcione em humanos também”, disse, e, se for o caso, o novo estudo pode ajudar a explicar, em parte, porque a inatividade tão comum em mulheres depois da menopausa, e, também oferecer algumas possíveis estratégias para superar esse cansaço. Aumentar os níveis de estrogênio em mulheres mais velhas, por exemplo, pode, em teoria, estimular mais movimento, embora a terapia de reposição de estrogênio continue um assunto complicado por causa dos riscos elevados de câncer e outros problemas.

O estudo sugere, no entanto, que poderia, eventualmente, ser possível contornar o estrogênio e recriar seus efeitos com novas terapias que visariam diretamente o gene Mc4r, ou neurônios relevantes, e simular os efeitos do estrogênio sem o hormônio em si. Qualquer avanço médico, porém, está no futuro, diz Ingrahm

“Sabemos a importância de se exercitar mais tarde na vida para promover e manter a saúde, então o desafio para nós agora e entender as melhores maneiras de permanecer   ativo durante a grande transição hormonal que é a menopausa”, disse Paul Ansdel, professor de fisiologia do exercício na Universidade de Northumbria, na Inglaterra. “Conhecimento é poder”, concluiu lngraham. Ela observou que, como muitos de nós estamos vivendo mais agora, entender melhor porque – e se –  escolhemos nos mover pode ajudar a tornar esses anos mais saudáveis.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

DEPRESSÃO E ANSIEDADE AFETAM O CORPO DE MODO GRAVE

Organismo humano não reconhece a separação que os médicos fazem entre as doenças mentais e as físicas

Não causa surpresa quando uma pessoa fica ansiosa ou deprimida ao ser diagnosticada com doença cardíaca, câncer ou outro problema físico que limite ou ameace sua vida. Mas o contrário também pode ser verdade: a ansiedade ou a depressão em excesso podem contribuir para o desenvolvimento de uma doença física séria e até impedir a capacidade de suportá-la ou de se recuperar.

As potenciais consequências são especialmente oportunas, porque o estresse atual e as disrupções da pandemia continuam impondo um peso à saúde mental.

O organismo humano não reconhece a separação feita pelos médicos entre doenças mentais e físicas. Ao contrário, a mente e o corpo formam uma via de mão dupla. O que acontece dentro da cabeça de uma pessoa pode ter efeitos nocivos por todo o corpo, assim como o inverso. Uma doença mental não tratada pode aumentar de maneira significativa o risco de a pessoa adoecer fisicamente. e problemas físicos podem resultar em comportamentos que agravam as condições mentais.

Em estudos que acompanharam pacientes com câncer de seio, por exemplo, o doutor David Spiegel e seus colegas na escola de medicina da Universidade Stanford mostraram, décadas atrás, que as mulheres cuja depressão estava diminuindo viviam mais que aquelas cuja depressão estava se agravando.

Sua pesquisa e outros estudos mostraram claramente que “o cérebro está intimamente conectado ao corpo, e o corpo ao cérebro”, disse Spiegel. “O corpo tende a reagir ao estresse mental como se fosse um estresse físico”.

Apesar dessa evidência, ele e outros especialistas dizem que o transtorno emocional crônico muitas vezes é desprezado pelos médicos. É comum um profissional prescrever  uma terapia para problemas físicos, como doença cardíaca ou diabetes, mas não entender porque alguns pacientes pioram em vez de melhorar.

Muitas pessoas relutam em buscar tratamento para problemas emocionais. Algumas podem ter medo de ser estigmatizadas e tentam tratar o transtorno emocional adotando comportamentos como beber demais ou usar drogas.

E as vezes parentes e amigos inadvertidamente reforçam a negação de transtorno mental de uma pessoa rotulando-o como “é apenas o jeito dela”, e não fazem nada para incentivá-la a buscar ajuda.

Os transtornos de ansiedade afetam quase 20% dos adultos nos EUA. Isso significa que milhões de pessoas são alvo de uma abundância de reações de “lutar ou fugir”, que preparam o corpo para agir.

Quando você está estressado, o cérebro responde provocando a liberação do hormônio cortisol, o sistema de alarme da natureza. Ele evoluiu para ajudar os animais a enfrentarem ameaças, aumentando o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos e redirecionando o fluxo de sangue dos órgãos abdominais para os músculos que ajudam a enfrentar ou escapar do perigo.

Essas ações protetoras derivam dos neurotransmissores epinefrina e norepinefrina, que estimulam o sistema nervoso simpático e colocam o corpo em alerta. Mas, quando eles são invocados com demasiada frequência e de maneira indiscriminada, o superestímulo crônico pode resultar em todos os tipos de males físicos, incluindo indigestão, caibras, diarreia ou constipação, e um risco maior de ataque cardíaco ou derrame.

É normal se sentir deprimido de vez em quando, porém mais de 6% dos adultos têm sentimentos tão persistentes de depressão que eles perturbam os relacionamentos pessoais, interferem no trabalho e na diversão e prejudicam a capacidade de enfrentar os desafios do dia a dia.

Para potencialmente agravar as coisas, o excesso de ansiedade e a depressão muitas vezes coexistem, deixando as pessoas vulneráveis a uma série de problemas físicos e incapazes de adotar e manter a terapia necessária. A ansiedade persistente e a depressão são altamente tratáveis com medicamentos e terapia, mas sem tratamento essas condições tendem a se agravar.

Segundo o doutor John Frownfelter, o tratamento de qualquer condição funciona melhor quando o médico entende “as pressões que o paciente enfrenta que afetam seu comportamento e resultam em danos clínicos”.

Frownfelter é diretor médico de uma startup chamada Jvion, que usa inteligência artificial para identificar não somente fatores médicos, mas psicológicos, sociais e comportamentais que podem impactar a eficácia do tratamento para a saúde do paciente. Seu objetivo é promover abordagens mais holísticas do tratamento, que lidam com o paciente inteiro, corpo e mente combinados.

As análises usadas por Jvion podem alertar um médico quando a depressão subjacente talvez esteja prejudicando a eficácia do tratamento prescrito para outra condição. Por exemplo, pacientes que são tratados de diabetes e se sentem desanimados podem deixar de melhorar porque tomam a medicação prescrita apenas esporadicamente e não seguem a dieta adequada, disse Frownfelter.

“O que não falamos o suficiente é que a depressão pode levar a doenças crônicas. Pacientes com depressão podem não ter motivação para se exercitar regularmente ou cozinhar refeições saudáveis. Muitos têm dificuldade para dormir adequadamente”, escreveu  Frownfelter em julho na revista Medpage Today

Algumas mudanças no atendimento médico durante a pandemia permitiram o acesso a psicoterapeutas que podem estar em outro país. Os pacientes também podem conseguir se tratar sem a ajuda direta de um profissional.

Spiegel  e seus colegas criaram um aplicativo chamado Reveri, que ensina as pessoas técnicas destinadas a melhorar o sono, reduzir a dor e a suprimir ou abandonar o fumo.

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