OUTROS OLHARES

TERRENO INFÉRTIL

Novas regras e projeto em tramitação limitam reprodução assistida no país

A professora de inglês e assistente virtual Vivian Cerqueira Sampaio, de 40 anos, sonhava ser mãe. Aos 36, começou a tentar engravidar, mas o processo se mostrou mais difícil do que imaginava. Depois de um aborto espontâneo e mais de um ano de tentativas, ela e o marido resolveram buscar um especialista. Após muitos exames e a notícia de que a endometriose poderia estar atrapalhando, eles partiram para a fertilização in vitro (FIV). Mas o tão desejado bebê não chegou. Ao menos não imediatamente. Foi só na terceira tentativa que isso aconteceu, e hoje, grávida de cinco meses, ela espera radiante a chegada do pequeno Cadu.

Nesse processo. Vivian pensou em desistir em diversosmomentos. Mas logo a vontade falava mais alto.

“Para mim, ser mãe é um sonho. O problema é que eu tinha medo de muitas coisas e isso aumentou depois da primeira perda. Acredito que precisamos usar os recursos da medicina a nosso favor e estou superfeliz que deu certo”, comemora.

O caso dela está longe de ser isolado. A reprodução assistida vem ajudando a realizar o sonho de um número cada vez maior de pessoas. O último levantamento disponível, feito pela Anvisa, revela que em 2019 foram 44.663 procedimentos. O número é 3,6% maior que no ano anterior e mais que o dobro da quantidade de ciclos realizada e, 2012. Além da  FIV, existem outras opções de tratamento para infertilidade, incluindo indução da ovulação com sexo em dia programado e inseminação intrauterina – a famosa inseminação artificial. Mas, em muitos casos, a fertilização in vitro, quando o embrião é formado em laboratório, é a única indicação possível.

RESOLUÇÃO RESTRITIVA

Nas últimas décadas, o procedimento evoluiu muito, com a incorporação de novas tecnologias que aumentaram a taxa de sucesso, ao mesmo tempo em que o tornaram o  procedimento mais seguro. Entretanto, alguns acontecimentos recentes no Brasil colocam o futuro da prática em risco. Por exemplo, a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), válida desde 15 de junho, restringe a oito o número de embriões que podem ser gerados em laboratório em tratamentos do gênero.

Em tratamentos de fertilização, ocorre o chamado funil da fertilidade. Da fecundação ao desenvolvimento dos embriões, as perdas são grandes. Para se ter ideia, um estudo feito pelo Brigham Women’s Hospital, ligado à Universidade Harvard, nos EUA, indica no mínimo o dobro – 16 óvulos – para obter bons resultados. Para o ginecologista Maurício Chehin, especialista em reprodução assistida e coordenador científico do Grupo Huntington, é difícil entender os motivos que levaram à decisão.

“Do ponto de vista científico, é um retrocesso técnico, porque à medida que eu limito o número de embriões, limito as chances de gestação e o custo do tratamento. Cada país tem regras próprias, mas a enorme maioria tem regras menos restritivas”, diz.

Outro fato recente que pode impactar o futuro do acesso ao procedimento é a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que desobrigou os planos de saúde a custear a fertilização in vitro, “salvo disposição contratual expressa”. Na prática, a maioria dos planos não cobria os tratamentos, mas o que aconteceu nos últimos anos é que muitos pacientes passaram a judicializar a questão e ganhar.

A decisão foi dada em recurso repetitivo, ou seja, deverá ser seguida por todos os juízes e tribunais do país. Ela também é relevante por tratar de um procedimento caro, com preço médio de R$ 20 mil. Alguns centros do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem o serviço, mas a oferta é baixa pela demanda e a fila de espera pode chegar a três anos.

“A decisão não é uma novidade, mas ela enterra qualquer esperança de que os planos de saúde pudessem vir a cobrir os procedimentos. A infertilidade é uma doença como qualquer outra e quem a enfrenta deveria ter acesso a tratamento. Além disso, o direito ao planejamento familiar está previsto na Constituição” – ressalta o especialista em medicina reprodutiva Matheus Roque, da Clínica Mater Prime, em São Paulo.

Segundo o especialista, a infertilidade é uma das cinco doenças mais comuns em todos o mundo, afetando de 15 a 20% dos casais. Ela vem associada a diversas outras condições, como aumento de depressão, ansiedade e problemas no relacionamento.

PROJETO DE LEI

Outro movimento com potencial prejudicial aos tratamentos é um projeto de lei sobre reprodução assistida proposto em 2003 que tramita na Câmara dos Deputados. Criado pelo então senador Lucio Alcantara (PSDB-CE), o PL.1184/2003 prevê a limitação da fertilização de apenas dois óvulos, a proibição da biópsia embrionária, do congelamento de embriões e da doação de óvulos, e ainda retira a anonimidade dos doadores de sêmen e da ovodoações já realizadas. A PL ainda prevê a proibição da gestação de substituição, popularmente conhecida como barriga solidária, na qual uma mulher cede o útero para gestar o feto de outra pessoa sem participação genética.

“Caso seja aprovado, isso poderia acabar com a reprodução assistida no Brasil. Esse projeto contraria tudo o que está acontecendo no mundo. Em 2003, quando foi criado ele já era retrógrado, imagina 18 anos depois. A técnica evoluiu muito nesse período”, alerta Edson Borges, especialista em reprodução humana e diretor científico do Fertility Medical Group, em São Paulo.

A infertilidade, definida pelo fracasso em engravidar após um ano ou mais de sexo frequente sem proteção, vem crescendo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela afeta entre 48 milhões de casais e 186 milhões de indivíduos. No Brasil, são cerca de 8 milhões. As causas do problema são diversas. Estima-se que cerca de 35% dos casos estão relacionados à mulher, outros 35% ao homem, 20% a ambos e  10% são provocados por causas desconhecidas.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 25 DE NOVEMBRO

O CULTO QUE AGRADA A DEUS

Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício (Provérbios 21.3).

Os homens sempre pensaram que poderiam agradar a Deus com a abundância de seus sacrifícios. Sempre levaram suas ofertas ao altar imaginando que aquilo que impressiona os homens também impressiona Deus. O Senhor, porém, não se deixa enganar. Ele se agrada mais de obediência do que de sacrifícios. Exercitar justiça e juízo é mais aceitável aos seus olhos do que lhe apresentar milhares de oferendas. Fazer o que é direito e justo é mais agradável a Deus do que lhe oferecer sacrifícios. Antes de receber a oferta, Deus precisa aceitar o ofertante. Não pode existir um abismo entre a vida do ofertante e a sua oferta. A Palavra de Deus diz que Deus rejeitou Caim e sua oferta. Uma vez que a vida de Caim não era correta, sua oferta não foi aceita. Quando o ofertante está com a vida errada, seu sacrifício se torna abominável para Deus. Muitas vezes, o povo de Israel tentou comprar Deus com suas ofertas. A vida estava toda errada, mas queriam impressionar Deus com a abundância de seus sacrifícios. Pela boca do profeta Miqueias, Deus disse ao povo: Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus (Miquéias 6.8).

GESTÃO E CARREIRA

AS LIÇÕES DE QUEM PEDIU DEMISSÃO PARA BUSCAR MAIS ALEGRIA NO TRABALHO

De falta de compaixão da chefia a jornadas excessivas, motivos não faltam para repensar a carreira no pós-pandemia

Há uma  tendência nos Estados Unidos de se acreditar que, quando as pessoas estão passando por dificuldades, é porque elas não seguiram “as regras”: estudar com afinco, trabalhar duro, conseguir um diploma, continuar no caminho, aposentar-se na idade prevista e não reclamar. Mas os trabalhadores que estão pedindo demissão voluntariamente estão descobrindo que as regras habituais não se aplicam a todos os casos. E que, em alguns deles, não há nada de errado em tentar algo novo.

MUDANÇAS EM SÉRIE

Anthony Fuscellaro, de Biddleford, Maine, pulou de emprego em emprego na maior parte de sua vida profissional desde que largou a faculdade. Em março de 2020, Fuscelllaro, 30 anos, foi contratado como operador de empilhadeira em um armazém. Durante o primeiro ano, ele disse, em um e-mail, “gostava de trabalhar e acreditava que, se continuasse dando o meu melhor para a empresa, a recíproca seria verdadeira”.

Mas, no último verão, uma onda de calor fez comque as temperaturas do armarem ficassem em 54ºC. Ele foi hospitalizado devido à insolação e suspenso por ter deixado de trabalhar nesse período. “Estávamos trabalhando entre 60 e 72 horas por semana e sendo obrigados a fazer hora extra”, lembra.

Depois de prometer contratar mais gente, a empresa demitiu 25 funcionários, sobrecarregando quem havia ficado. “Foi a gota d’água para mim. Pedi demissão. Foi a melhor decisão para minha saúde física e mental”, disse Fuscellaro. Desde então, ele tem trabalhado em empregos temporários.

“Todo mundo é perdoado por pular de um emprego para o outro entre 2020 e 2021”, disse, por e-mail, a coach de carreira Lauren Milligan, CEO da ResuMAYDAY,  lembrando  que hoje muita gente está em busca de uma transição de carreira.

CURSOS: VALE A PENA?

Vários leitores disseram que estão fazendo cursos de programação e treinamentos intensivos em software. Doug, gerente de contratação de uma startup de São Francisco, cujo nome não pode ser revelado, disse receber uma enxurrada de currículos de gente que acabou de sair desse tipo de treinamento.

Portanto, a menos que você saiba que um curso é o melhor meio para um objetivo especifico, invista em conjuntos de habilidades amplo, que poderão ser usados em várias áreas.

TENHA VOZ

Os trabalhadores estão mais propensos a deixar seus empregos quando não é dada atenção às suas preocupações. Ellen Goldlust queixou-se inúmeras vezes da sobrecarga de trabalho em uma editora na Carolina do Norte. Por isso, quando recebeu uma oferta de uma editora da Virgínia, Ellen deixou de lado a angústia com a mudança. “Estou muito feliz por ter tomado essa decisão”, disse Ellen. ”Meus novos colegas me tratam com respeito e fazem eu me sentir valorizada.”

EXIJA LEALDADE

Uma das principais razões para os trabalhadores deixarem seus empregos são os gestores que colocam a hierarquia acima da gentileza. Para James, veterano da guerra do Iraque e estudante de MBA no Texas, a decisão de pedir demissão de seu emprego de gerenciamento de projetos foi desencadeada pelas demandas excessivas e pela falta de compaixão da chefia.

Embora sua equipe estivesse entregando bons produtos, dentro do prazo, enquanto trabalhava remotamente, James disse que os gestores “surtavam” quando o status do Microsoft Teams indicava que os funcionários estavam longe do teclado. A gota d’água, disse James, foi quando seus filhos contraíram covid-19. O chefe de James insistiu que ele fosse para o escritório. Em vez disso, James pediu demissão.

APRENDIZADOS

DE GALHO EM GALHO

Em períodos como o atual, trocar de emprego de forma constante não é mal visto, segundo gestores de RH. No pós-pandemia, muita gente  está buscando redefinir a própria carreira.

ALÉM DO ESPECÍFICO

Embora alguns tipos de curso – como os de programação – estejam muito ‘na moda’ atualmente, especialistas em RH dizem que eles só são uma boa ideia para vagas específicas.

RESPEITO É TUDO

Avalie se a sua chefia está entregando o que exige: a ordem é fugir de cargas de trabalho abusivas e de ambientes tóxicos.

EU ACHO …

O AVIÃO E O MEDO

Às cinco da manhã, já estava com a mala pronta a caminho do aeroporto. É bem verdade que não tinha dormido nada, nadinha mesmo, e passou a semana tentando esquecer que entraria em um avião naquele dia. O avião, seu aliado e maior tormento. Conhecer o mundo, as pessoas e suas vidas tão particulares em cada região a conectava com seu propósito, mas enfrentar o caminho, pelo ar, sempre foi sua maior fraqueza. A situação toda se tornava mais constrangedora tendo sido o pai um piloto reconhecido na 2ª Guerra Mundial e um apaixonado por aviação. Conviver com a própria covardia tendo como exemplo um pai herói, colocava mais “caldo” nas horas gastas em análise para tentar resolver o assunto.

Nesse dia, o avião partiria às 8 da manhã, excelente horário segundo suas “pesquisas”: pilotos despertos? Menor tráfico aéreo? Aeromoças mais prestativas em caso de pânico? Tinha uma lista de checagem a cada viagem. O maior vilão, no entanto, não era algo controlado: era o mau tempo. A chuva torrencial dos dias anteriores já lhe causava taquicardia. “Está chovendo tanto esses dias, quinta-feira deve parar”, era o assunto que puxava aleatoriamente na semana. Não parou. A chuva noturna de quarta-feira anunciava a imagem da próxima manhã e, na madrugada insone, ela usou todos os métodos para se certificar de que entraria no avião no horário previsto.

Lembrar  nomes que admirava e que como ela tinham o mesmo pânico, mas seguiram suas carreiras e conseguiram administrar o terror a acalmava, então passou as horas pré-embarque em companhia de Oscar Niemeyer, um dos fundadores da arquitetura  moderna, que deixou de assistir a abertura de uma obra em Londres pelo seu conhecido medo de voar. O gênio, escritor e poeta Ariano Suassuna, que não assumia seu medo em público, afinal, ”um sertanejo não tem medo de nada”, dizia, também era constante em suas tentativas de solucionar a questão. Para ele, assim como para ela, assumir o medo era tão grave como senti-lo.

Às 7 da manhã lá estava ela no portão de embarque: mãos suando, pernas tremendo, chuva caindo sobre a potente máquina. Como seria bom e encorajador, para uma leitura de sábado, se ela tivesse entrado e seguido para a solar Paraíba e suas possíveis descobertas. Só que, dessa vez, ela não entrou.

*** ALICE FERRAZ

ESTAR BEM

BEBIDAS AÇUCARADAS ELEVAM RISCO DE TER CÂNCER

Estudo associa alta ingestão de refrigerantes e chás adoçados com tumores de intestino em jovens. Mecanismo pode estar relacionado a fatores como ganho de peso e desníveis de glicose, que também influem na doença

Os cânceres de cólon e retal estão aumentando entre jovens adultos, embora os pesquisadores não saibam exatamente por quê. Um novo estudo que analisou mulheres e suas dietas sugere que as bebidas adoçadas com açúcar podem ter algum papel nesses números.

As taxas de câncer color retal em pessoas com menos de 50 anos aumentaram acentuadamente nos últimos anos. Em comparação com pessoas nascidas por volta de 1950, aquelas nascidas na década de 1990 têm o dobro do risco de desenvolver câncer de cólon e quatro vezes o risco de ter câncer retal.

Embora as vendas de bebidas adoçadas com açúcar tenham diminuído nos últimos anos, a porcentagem de calorias consumidas em bebidas açucaradas aumentou drasticamente entre 1977 e 2001. Nesse intervalo, o número subiu de 5,1% do total de calorias consumidas para 12,3% na faixa entre 19 e 39 anos e de 4,8% a 10,3% entre crianças e jovens menores de 18 anos. Em 2014, esses números haviam caído, mas 7% das calorias consumidas pelos americanos em geral ainda provinham de bebidas açucaradas.

O novo trabalho, publicado na revista médica Gut, examinou a ligação entre câncer colorretal e bebidas doces em 94.464 enfermeiras que se inscreveram em um estudo prospectivo de saúde de longo prazo entre 1991 e 2015, quando tinham de 25 a 42 anos de idade.

Eles também analisaram um subconjunto de 41.272 enfermeiras que relataram o consumo de bebidas açucaradas quanto tinham idades entre 13 e 18 anos.

O estudo incluiu a ingestão de refrigerantes, bebidas esportivas e chás adoçados. Os pesquisadores também registraram o consumo de suco de frutas – maçã, laranja, toranja, ameixa, entre outros.

RISCO DOBRADO

Ao longo de quase 24 anos de acompanhamento no estudo, eles encontraram 109 casos de câncer colorretal entre as enfermeiras, enquanto que o risco total de câncer de cólon em pessoas mais jovens ainda é pequeno. Mas, em comparação com as mulheres que consumiam em média menos de uma porção de 240 ml de bebidas adoçadas com açúcar por semana, aquelas que bebiam dois ou mais porções tinham mais do que o dobro do risco relativo de contrair a doença. Cada porção adicional de bebidas doces aumentou o risco em 16%. Uma porção diária durante a adolescência foi associada a um risco 32% maior, e a substituição de bebidas açucaradas por café ou leite com baixo teor de gordura levou a uma redução de risco relativo de 17 a 36%. (Eles não tinham acesso a dados sobre café adoçado com açúcar).

“Fiquei muito interessada em ver que o estudo era com mulheres” – , disse Caroline H. Johnson, epidemiologista da Escola de Saúde Pública de Yale, autora de inúmeros estudos sobre os riscos ambientais do câncer de cólon, mas que não esteve envolvida neste trabalho.

“O foco tem sido principalmente os homens. Será interessante ver se isso se confirma neles”, concluiu. Não houve associação do consumo de sucos de frutas ou bebidas adoçadas artificialmente com o câncer colorretal de início precoce. A análise controlou vários fatores que podem afetar o risco de câncer de cólon, incluindo raça, índice de massa corporal, uso de hormônio da menopausa, tabagismo, consumo de álcool e atividade física.

O estudo mostrou apenas uma associação, portanto não conseguiu provar causa e efeito. Mas Nour Makarem, professor assistente de epidemiologia da Escola de Saúde Pública Mailamn, em Columbia, que não esteve envolvido na pesquisa, disse:

“Esta é uma evidência robusta, uma nova evidência de que a maior ingestão de refrigerante está envolvida em um risco maior de câncer colorretal. Sabemos que bebidas adoçadas com açúcar têm sido associadas ao ganho de peso, desregulação da glicose e assim por diante, que também são fatores de risco. Portanto, há um mecanismo plausível que fundamenta essas relações.

OUTROS FATORES

O principal autor do estudo, Yin Cao, professor associado de cirurgia da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis , disse que problemas metabólicos, como resistência à insulina, colesterol alto, bem como a inflamação no intestino, podem desempenhar um papel maior entre as causas de câncer na população mais jovem do que em pessoas mais velhas, mas os potenciais mecanismos ainda não foram identificados com precisão.

“Uma hipótese é que o aumento do ganho de peso está causando o aumento do risco”, disse ela – , antes de concluir: ”Mas controlamos a obesidade. Ainda assim, pode ser uma das coisas que contribuem. Em estudos com camundongos, o xarope de milho com alto teor de frutose contribuiu para o risco de câncer, independentemente da ocorrência de obesidade.

Esta é a primeira vez que bebidas adoçadas com açúcar foram associadas ao câncer colorretal de início precoce” -, ela continuou:

“E este estudo ainda precisa ser replicado. Mas os pesquisadores e médicos devem estar cientes desse fator de risco amplamente ignorado para o câncer em idades mais jovens. Esta é uma oportunidade de rever as políticas sobre como as bebidas adoçadas com açúcar são comercializadas e como podemos ajudar a reduzir o consumo.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

A DIFÍCIL CAÇADA AOS DOADORES DE MEDULA

Após transplante, pacientes usam páginas nas redes sociais para mobilizar mais voluntários

Trista Parson, natural da Virgínia (EUA), foi a heroína da família do consultor comercial André Tôrres, cearense de Maranguape, na Grande Fortaleza. Eles vivem a aproximadamente 6.100 quilômetros de distância e jamais imaginariam se aproximar por um episódio tão particular que salvou a vida de um deles.

É que em junho de 2018 André foi diagnosticado com leucemia aguda indiferenciada – quando não é possível identificar o tipo da doença. Foi descoberta ainda uma mutação genética, chamada de cromossomo Philadelphia. “Comecei a sentir pequenas dores de cabeça durante o dia, e na piora de uma dessas dores, vi o meu chão se abrir. Era a leucemia”, recorda Tôrres.

O tratamento para leucemia se dá por meio de quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e, por fim, o transplante de medula óssea. Tôrres se viu diante de mais uma batalha, a de encontrar uma medula nova e compatível. E foi após viralizar na internet uma foto de seu filho Davi, na época com apenas um ano, que surgiu o projeto Caçadores de Medula.

“Tenho dois irmãos e achava que meu problema seria resolvido dentro de casa. Mas meus irmãos não foram compatíveis o suficiente. Começamos uma verdadeira caçada para encontrar um doador”, conta Tôrres.

Durante uma campanha de doação de sangue que ocorria na cidade, a mulher de André fez a foto de Davi carregando uma plaquinha que dizia “caçador de medula”. Em uma outra placa, pendurada na sua moto de brinquedo, Davi pedia: “Procuro uma medula para o meu papai e conto com você”. A foto sensibilizou muita gente.

“Eu estava internado quando a recebi e me emocionei. Meu filho, sem saber, lutava para salvar a vida do pai. Eu não era mais o herói dele. Naquele momento, ele se tornou o meu herói”, diz o consultor comercial. Ainda no hospital, André também iniciou uma  campanha de incentivo pelo cadastro para doação de medula. “Levamos a campanha para a internet e estamos como ‘Caçadores de Medula’ até hoje. É o meu propósito”, declara Tôrres. O perfil no Instagram tem mais de 17 mil seguidores. Na página, Tôrres compartilha histórias bem sucedidas sobre doações, além de quebrar preconceitos e receios sobre o transplante.

Foi por meio do Redome, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, que ele encontrou a medula certa, cinco meses após descobrir a doença. O Redome, coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer, é o terceiro maior banco de cadastros do tipo no País e representa, para pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador que não seja da família. A instituição se comunica com órgãos de outros países para encontrar um doador compatível. “Somente um ano e meio após o transplante o paciente pode pedir ao Redome a quebra de sigilo da identidade do doador e vice-versa, mas as duas partes precisam estar de acordo”, explica Tôrres. Foi então que ele e Trista se conheceram por videochamada. “Eu ganhei na loteria de vida”, vibra.

DUAS LOTERIAS

Se encontrar um doador compatível é acertar na loteria, a publicitária Ou da Dornela de 31 anos, vê um prêmio duplo. Ela, de Belo Horizonte, descobriu que tinha leucemia mieloide crónica em janeiro de 2015, quatro meses antes de se casar. “Foi um baque”, relata ela. “Será que vou morrer? Será que vou casar careca? Ou nem vou casar?”

Começou o tratamento e respondeu bem à medicação. Ela se casou como sempre sonhou, de cabelão. Mas, na volta da lua de mel, teve recaída. Os médicos decidiram, então, pelo transplante de medula. O doador foi o Thiago, de São José do Rio Preto (SP), e os dois também se conheceram.

“Ele tem a mesma idade do meu irmão, que não pôde me ajudar, porque não era compatível. Ganhei uma medula nova e mais: um irmão”, comemora. No Instagram, a publicitária também criou o perfil Valorizar a Vida, com mais de 5,1 mil seguidores, em que tira dúvidas e fala sobre a importância da doação.

Já Amanda Oliveira, do Rio, descobriu a doença seis meses após o casamento quando começou a sentir dores entre os seios. O diagnóstico não foi fácil. Um ano e meio depois ela descobriu que todos os problemas de saúde eram causados por uma infecção na medula óssea. Após refazer os exames, descobriu metástase no pulmão. A resposta era de tuberculose óssea

“A batalha foi grande até descobrir o câncer, mas eu estava tão saturada que só queria descobrir o que eu tinha. Os médicos disseram que eu poderia ficar infértil, que ia perder meu cabelo. Passei por mais de um protocolo de quimioterapia. Foram cinco meses internada, sem saber o que iria acontecer,” conta.

Em dezembro de 2018, Amanda fez o transplante, mas em um mês e meio o câncer voltou em outros órgãos e ela precisou de novo transplante.  No Redome, encontraram um  doador 100% compatível, mas o contato não foi em frente. O pai de Amanda era 50% compatível, mas tinha um problema no fígado, o que impossibilitou a cirurgia. O doador de Amanda estava na Inglaterra. “O dia do transplante foi muito emocionante. Fiz uma cartinha para ele. Depois de dois anos, pedi a quebra de sigilo, ele aceitou me conhecer epude ler a cartinha pra ele”, conta, emocionada.

É POSSÍVEL ENTRAR EM CADASTRO NACIONAL

A doação de medula óssea pode ser feita por qualquer pessoa entre 18 e 35 anos. Basta se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula (Redome), preencher uma ficha, incluindo o contato de duas pessoas próximas, e fazer a coleta de 5 ml de sangue. É preciso não ter doença Infecciosa ou incapacitante, não ter câncer, doenças do sangue ou do sistema imunológico. É importante que os dados sejam atualizados, caso haja mudança de endereço ou telefone.

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