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BRASIL TEM 7 MIL ASSASSINATOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR ANO

 Estudo também revela que, anualmente, 45 mil sofrem abuso sexual; mortes violentas atingem majoritariamente meninos negros

Por ano, 7 mil crianças e adolescentes no Brasil são mortos de forma violenta e ao menos 45 mil sofrem violência sexual. Os dados são do Panorama da Violência Letal e Sexual Contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado pela Unicef, braço das Nações Unidas para a infância, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ( FBSP).

O estudo diz que a violência ocorre de formas variadas, conforme a faixa etária da vítima. Crianças morrem na maior parte das vezes em decorrência de violência doméstica, cujo autor é conhecido, como um pai ou um padrasto.

Em 2020, 300 menores de até 9 anos foram mortos de forma violenta no País. Praticamente um caso por dia, grande parte em casa. O mesmo vale para a violência sexual, em geral cometida no lar por pessoas próximas. Já os adolescentes, a maioria das vítimas, são mortos majoritariamente na rua. O estudo ainda revela a alta proporção de mortos em ações policiais.

“A violência doméstica é um crime contra a infância. A violência urbana é um crime contra a adolescência, que atinge principalmente meninos negros”, diferencia Florence Bauer,   representante no Brasil da Unicef. “Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é crucial entende-los também em suas diferenças para desenhar políticas públicas de prevenção e resposta às violências”, acrescenta ela.

MORTES E ABUSOS

O trabalho é uma análise inédita de boletins de ocorrência feitos nos últimos cinco anos nas 27 unidades da federação. Abrange mortes violentas intencionais (homicídio, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, morte decorrente de intervenção policial e violência sexual contra crianças e adolescentes. Entre 2016 e o ano passado, foram identificados 35.626 assassinatos de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil. Uma média de 7 mil mortes violentas por ano. São cerca de 20 por dia.

A maioria das vítimas de homicídio no período era de adolescentes, 3 mil deles na faixa de 15 a 19 anos. No mesmo período, foram identificadas pelo menos 1.449 homicídios de crianças de até 9 anos. O número dessas mortes vem subindo desde 2016, chegando a 300 crianças em 2020.

Olhando apenas para a primeira infância (até 4 anos), os dados são ainda mais preocupantes. Nos 18 Estados que dispunham de informações completas para o período, os assassinatos de crianças nessa faixa etária aumentaram 89% de 2016 a 2020, indo de  121 para 229. O crescimento foi puxado pela alta de mortes na primeira infância por arma de fogo, que triplicaram nesse período: de 28 para 85.

MENINOS NEGROS

Em todas as idades, as principais vítimas de morte violenta são os meninos negros. A faixa etária dos 10 aos 14 anos marca a transição da violência doméstica para a urbana. Quando o adolescente chega à faixa de 15 a 19 anos, essa violência letal está consolidada. Mais de  90% das vítimas são meninos e 80% são negros.

Em 2020, nos 24 Estados em que há dados (exceções são Bahia, Distrito Federal e Goiás), um total de 787 óbitos de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram identificados como mortes decorrentes de intervenção policial, o que representa 15% do total nessa faixa e indica uma média de mais de duas mortes por dia.

Por causa de problemas com os dados de 2016, a análise dos registros de violência sexual refere-se ao período entre 2017 e 2020. Nesses quatro anos, foram registrados 179.277 casos de estupro ou estupro de vulnerável com vítimas de até 19 anos. Uma média de quase 45 mil por ano. Crianças de até 10 anos representam 62 mil vítimas – um terço do total.

Meninas são a maioria dos que sofrem abuso sexual – quase 80%. Entre elas, um número muito alto de casos envolve vítimas entre 10 e 14 anos, sendo 13 anos a idade mais frequente. Para os meninos, o crime se concentra na infância, especialmente na faixa etária entre 3 e 9 anos.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 23 DE NOVEMBRO

O REI ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS

Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina (Provérbios 21.1).

Aqueles que estão assentados no trono e dirigem as nações são governados por Deus. Aqueles que estão investidos de autoridade e dominam sobre seus súditos estão nas mãos de Deus. O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer. Para o Senhor Deus, controlar a mente de um rei é tão fácil quanto dirigir a correnteza de um rio. Aquele que está assentado na sala de comando do universo governa o coração dos reis que governam o mundo. Deus inclina o coração dos líderes segundo o seu querer. Eles podem até se sentir inabaláveis, mas Deus os move conforme o seu propósito. Isso significa que, antes de ir aos reis, devemos ir ao Rei dos reis. Quando falamos, por intermédio da oração, com aquele que está assentado no alto e sublime trono e reina sobranceiro sobre todo o universo, vemos mudanças profundas no curso da história. Deus é poderoso para intervir no rumo dos acontecimentos. Ele é quem opera em nós, inclusive no coração dos reis, tanto o querer como o realizar. A vontade de Deus é soberana, e ninguém pode frustrar os seus desígnios. O mesmo Deus que dá um leito a cada rio também inclina o coração do rei segundo o seu querer.

GESTÃO E CARREIRA

COMO O MERCADO DE TRABALHO (NÃO) LIDA COM O HIV

Cartilha auxilia profissionais com o vírus a saber seus direitos constitucionais; especialistas pedem mais atenção ao tema

Pensar em diversidade e inclusão também é pensar em pessoas com HIV e aids que estão no mercado de trabalho, ainda que muitas vezes esse grupo seja “invisível” às pautas. O mais recente boletim de HIV e aids, do Ministério da Saúde, indica que 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil – um contingente que, por conta do preconceito, é alvo da omissão do mundo corporativo.

”É uma doença que precisa dessa atenção e, por isso, vem um pouco para o mundo da diversidade e inclusão – ou deveria vir. É raro ter programas de diversidade e ações nas empresas que lidam com isso”, diz Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.

O Fórum é um dos responsáveis, ao lado de Unaids, AHP Brasil e Tauil & Chequer Advogados, pela cartilha Direito de Profissionais que vivem com HIV/AIDS. Lançada neste ano, orienta pessoas que vivem com HIV sobre direitos garantidos pela Constituição.

Reinaldo diz que nos anos 1990 e 2000 havia maior articulação das empresas com relação a HIV e AIDS, mas isso se perdeu – e por isso é preciso voltar a focar no tema. “Há empresas que estão lidando com isso, mas a grande maioria deixou ou abandonou”.

Para Lua Mansano, mulher travesti que vive com HIV, graduada em comércio exterior e atualmente trabalhando com arte e produção cultural, ser soropositiva desperta menos compaixão do que outras doenças. “Todo mundo tem dó de quem tem câncer. Com o HIV, as pessoas têm nojo.”

Reinaldo explica que, ao trabalhar a temática no meio corporativo por meio do Fórum, sente que é preciso envolver a área da medicina do trabalho, pois, para pessoas com HIV, o exame médico admissional pode ser um momento doloroso. “Eu sempre me senti coagida quando me perguntam (na admissão) se tenho alguma doença. Tenho medo de falar que sou positiva e o recrutador falar que não sou capaz de completar a vaga. Isso  tudo é por causa do estigma”, relata Lua. Segundo o Índice de Estigma 2019 Brasil, 64,1% dos entrevistados disseram já ter sofrido discriminação pelo fato de viver com HIV ou aids. Outras formas de discriminação também foram mapeadas, como assédio verbal (25,3%) e perda de fonte de renda ou emprego (19,6%).

EU ACHO …

A MÁ MEDICINA COMO ELA É

A carreira médica sempre foi o topo da aristocracia profissional burguesa

Qualquer família de classe média alta do Brasil que conseguir pagar de 10 a 15 mil reais por mês para uma faculdade de medicina pode ter seu filho médico à vontade.

Medicina ainda é a profissão de maior valor para as famílias, apesar de que o glamour associado a ela, quando olhado de perto, já é distante do cotidiano dos médicos.

Entrar em medicina, devido à gigantesca competição e ao difícil cotidiano da formação, sempre significou que os jovens na carreira eram acima da média em termos cognitivos e de resiliência.

Entrar no estresse da competição para se formar médico sempre foi um indicativo de um maior conjunto de skills profissionais, mesmo que, com o passar do tempo, o desgaste do cotidiano de trabalho muitas vezes acabasse por aniquilar as promessas de inteligência acima da média que havia na partida. A vida como ela é faz tudo ficar como ela é.

Claro que a medicina continua sendo uma grande carreira, cheia de profissionais grandiosos, responsáveis que salvam vidas, como vimos na pandemia – hoje, no mundo das redes sociais e da estupidez que assola a recepção dos conteúdos do pensamento público, fazem-se necessários sempre reparos óbvios como este.

Feito esse disclaimer, o que essas faculdades que custam de 10 a 15 mil reais mensais têm a ver com os escândalos recentes de operadoras de saúde de baixo custo?

De partida, elas indicam que a única seleção nessas faculdades de medicina de ocasião é quem pode pagar essa grana. Nem a qualidade do curso nem a qualidade de quem entra nele importa muito.

Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, a “democratização” das faculdades de  medicina inundou o mercado de formação na carreira.  Esse fato, por sua vez, inundou o mercado com profissionais medíocres e mal formados.

Hoje, há uma faculdade de medicina em toda esquina, quase na mesma quantidade de supermercados e quitandas. A intenção dos governos, supostamente, era aumentar a oferta de médicos – para ampliar o quadro do SUS, já que as boas oportunidades de emprego não assimilariam tamanha “democratização” na oferta de médicos, muitas vezes de qualidade bastante duvidosa. Mas nem tudo aconteceu como as “boas intenções” esperavam.

Pelas vias em que o mercado capta oportunidades, como sempre, investidores perceberam que aí estava uma grande oportunidade para abrir operadoras de baixo custo, empregando médicos jovens que mal conhecem medicina e que dificilmente conseguiriam espaço em instituições mais competitivas , identificadas com faculdades de medicina mais tradicionais e de maior qualidade histórica. A carreira médica sempre foi o topo da aristocracia profissional burguesa.

Resultado, uma massa de maus médicos correu para esse mercado que agora se faz objeto de escândalos.

Portanto, há uma “parceria” entre oportunistas nesse processo que vai além dos furos jornalísticos da CPI. Essa parceria reúne investidores no mercado da saúde, médicos mal formados em busca de carreiras e salários, agências reguladoras, associações de classe de comportamento duvidoso e muito marketing mentiroso – pura redundância. A saúde sempre foi uma área de exploração do grande capital e da grande corrupção, que costumam andar lado a lado.

O mercado de seguradoras sabe que ninguém quer segurados idosos com baixa renda, como é o caso da imensa maioria da população que precisa de segurança de saúde. Idosos custam muito caro para as seguradoras, daí o altíssimo custo da operação.

O nicho dos idosos tende a ser ocupado por operadoras e profissionais dispostos a manobras de baixo caráter ético na lida com o sofrimento e de teor técnico muito abaixo da média. Quanto mais medíocre o profissional mais chance ele terá de crescer na instituição, já que ele  aceitará as práticas mais absurdas.

O caso Covid tornou isso evidente, apesar de que nada mudará uma vez esquecida a pandemia. O fundo da estrutura que gerou os maus-tratos permanecerá em outros quadros que atrairão menos mídia. A vida não vale nada em quase nenhuma parte do mundo, apesar do heroísmo de alguns.

*** LUIZ FELIPE PONDÉ

ESTAR BEM

ANTICONCEPCIONAL PARA HOMENS ‘BANHA’ OS TESTÍCULOS COM ULTRASSOM

Criado por alemã para ser usado em casa, aparelho que tira a mobilidade dos espermatozoides ainda está em estudo

Um aparelho projetado pela designer alemã Rebecca Weiss, em parceria com pesquisadores americanos, pode se tornar um dos poucos anticoncepcionais masculinos. Batizado de Coso, ele foi projetado para dar um ‘banho” de ultrassom nos testículos e, assim, impedir a mobilidade dos espermatozoides. O protótipo ganhou o prêmio nacional de design do James Dyson Awards.

O Coso funciona como uma pequena banheira para uso doméstico onde o homem coloca os testículos a cada dois meses para impedir a movimentação dos gametas masculinos responsáveis pela produção, e consequentemente, evitar que eles cheguem ao óvulo e o fertilizem. A ação é proporcionada por meio de um ultrassom.

“O princípio é muito interessante, ele faz com que a cauda do espermatozoide perca mobilidade. É uma ideia antiga, testada com sucesso em animais, e que, em tese, pode funcionar em humanos”, diz Edson Borges, especialista em reprodução humana e diretor científico do Fertility Medical Group, em São Paulo.

O estudo por trás do coso foi conduzido por pesquisadores dos EUA e publicado na revista cientifica Reproductive Biology and Endocrinology. O experimento feito com ratos foi bem-sucedido, mas os responsáveis destacaram que ainda são necessárias mais pesquisas para lançar a tecnologia para humanos.

Borges ressalta que não se sabe o quanto a redução da mobilidade será suficiente para evitar a fecundação.

A criadora da Coso espera que o prêmio do James Dyson, ajude a financiar testes clínicos para uma eventual confirmação da eficácia e aprovação pelas agências reguladoras.

Desde a invenção da pílula anticoncepcional na década de 1960, utilizada hoje por mais de 214 milhões de mulheres no mundo, cientistas buscam um método contraceptivo que funcione de forma parecida e possa ser direcionado aos homens. Porém existem dois principais motivos que tornam esse procedimento um desafio para a medicina, explica Borges.

O primeiro tem a ver com a produção dos óvulos, e os masculinos, os espermatozoides. A mulher, mesmo antes de nascer, na vigésima semana de gestação, já produziu todos os óvulos que serão liberados durante a sua vida. Assim, o processo de ovulação é responsável apenas pela liberação de um desses gametas por mês. Já os espermatozoides são produzidos pelo homem a cada 75 dias, e em quantidade suficiente para que, a cada ejaculação, sejam liberados até 200 milhões de gametas.

“Essa dinâmica de produção torna bastante difícil que um anticoncepcional atue, porque, a cada 75 dias, tem uma população nova dos gametas”, explica o especialista.

Além disso, uma segunda dificuldade é em relação aos principais hormônios responsáveis pelos ciclos reprodutivos: o estrogênio e a progesterona, no caso da mulher, e a testosterona, no caso do homem. Enquanto que a ingestão dos hormônios femininos não causa efeitos colaterais, o mecanismo de ação da testosterona é bem mais amplo no corpo, e sua inibição oferece uma série de efeitos considerados mais graves, como perda de libido, mudanças de humor e disfunção erétil.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

SAIBA POR QUE IR AO PSICÓLOGO PODE SER UMA IDEIA BEM LEGAL

Christian Dunker conta como funciona a terapia e de que maneira ela é útil

Um dia, Leticia ouviu dos pais que talvez fosse a hora de começar a ir a um psicólogo. Ela tinha oito anos naquela época. A família explicou à menina que todo mundo precisa de alguém para conversar e desabafar, e que isso também podia ser bom para ela. Letícia aceitou a proposta e foi.

Ela já tinha uma ideia de como funciona o trabalho de um psicólogo, porque todos na sua casa em algum momento da vida frequentaram um consultório desse tipo. Acontece que nem todo mundo sabe o que um psicólogo faz na prática e, quando escuta que precisa começar a se encontrar com um, pode se sentir inseguro – afinal, será que eu estou ficando maluco para precisar desse tipo de ajuda?

Calma, que a resposta é “não”. Um psicólogo é, antes de tudo, um especialista em escutar pessoas. Quem explica isso é Christian Dunker, um cara bem importante na sua profissão (olha quanta coisa vem escrita no cartão de visitas dele: “psicanalista, professor titular em psicanálise e psicopatologia do Instituto de Psicologia da USP”).

“A gente vai a um psicólogo para falar e descobrir coisas sobre nós e especialmente coisas que não estão indo muito bem com a gente. Ele é um amigo? Mais ou menos. Um médico? Mais ou menos, começa Christian.

“Ele ou ela é especializado em ouvir coisas estranhas da gente, do mundo, da vida. Coisas que às vezes a gente nem sabe dizer o nome delas, coisas que a gente está sentindo sem saber que está sentindo, coisas que a gente quer dizer, mas não encontra as palavras”.

Não importa qual seja a sua idade, você já deve ter percebido que a vida tem momentos alegres e tristes. E que é comum sentir medo de alguma coisa, ou tristeza, até raiva. “Acontece que, às vezes, a gente sente essas coisas muito mais forte do que deveria sentir”, continua Christian.

“Como se aquilo virasse um monstro dentro da gente, como se a gente começasse a brigar com aquilo. Às vezes, a gente perde o gosto por brincar, por dormir, comer, fazer coisas de que a gente gosta. Descobrir porque isso está acontecendo é o que a gente faz no psicólogo”.

Letícia, a menina do começo do texto, hoje tem 12 anos, então faz bastante tempo que ela visitou uma psicóloga pela primeira vez. Mesmo assim, ela se lembra bem de como foi essa consulta inicial.

“Meu pai entrou comigo, começou a conversar com a recepcionista, e ela me pediu para eu seguir no corredor porque, lá no fundo, ia ter a sala da psicóloga. Cheguei lá, ela se apresentou, sentei na cadeira e era tudo muito bem decorado, tinha vários jogos e várias plantas espalhadas, um tapete e um sofá também”, conta. Além de conversar e fazer algumas perguntas, a psicóloga da Letícia propôs uma brincadeira. “Era um jogo que tinha que empilhar algumas taças e tirar uma por uma sem deixar a do topo cair. Era muito legal. Quando sai, ela conversou com meu pai e ele veio me perguntar se eu queria continuar fazendo. Eu disse que sim”.

Christian explica que os consultórios dos psicólogos são muito diferentes uns dos outros, seja para atender adultos ou crianças. “Mas, em geral, eles têm lugares pra gente sentar, têm brinquedos de muitos tipos, uma mesa pra jogar. E eles são feitos pra gente se sentir à vontade, resume. E sabe aquela cama engraçada que às vezes aparece nos filmes e desenhos quando alguém vai ao psicólogo, e a pessoa se deita ali de costas para quem está atendendo? Pode ser que você encontre uma – ela se chama divã -, e, se quiser, vai poder se deitar nela também.

As consultas duram em média uma hora. É provável que vocês conversem e brinquem. Tem psicólogos que caminham com a criança pelo quarteirão, pela praça, andam até algum lugar. E a gente pode discutir filmes, TikToks, Youtchubes…” (sim, o Christian chama o Youtube  de Youtchube e é famoso por isso também).

Letícia faz terapia, que é o jeito que a gente chama esse tratamento com psicólogos, até hoje. Ela já parou por um tempo e depois voltou porque sentiu vontade. “Uma das coisas mais importantes que aprendi com a minha terapeuta é que a gente faz terapia para lidar com pessoas que não fazem terapia”, ensina.

“Por outro lado, é muito difícil falar sobre mim mesma, contar sobre os meus problemas para outra pessoa. Ainda me sinto um pouco desconfortável. Mas, a partir do momento que você começa a ir frequentemente, fica muito legal, você pega e ela vira sua amiga”.

Christian explica uma parte importante, da qual muita gente desconfia: será que o psicólogo conta para alguém o que a gente conta para ele? “Ele não vai contar; a não ser que ele te diga que vai ter que contar. Porque, às vezes, pra parar de doer; para atacar o problema, a gente vai precisar da ajuda da família, de outros médicos, dos irmãos, de professores, e até da escola. Mas você vai autorizar isso”, diz.

E os segredos da gente, será que ele vai descobrir? “você vai descobrir seus segredos!”, entusiasma-se Christian. “Essa é a ideia, se tudo der certo. E é bom que aconteça”, tranquiliza.

Letícia confirma que a terapia a ajuda muito. “Já consegui passar de vários episódios ruins da minha vida com a terapia porque eu sinto que lá ela vai me ajudar a achar os problemas e a solução pra eles”, relata.

“Já consegui parar de fazer muitas coisas ruins que eu fazia comigo mesma. E nem sempre você vai ter uma coisa ruim pra contar; e que bom se só tiver coisa boa. E, quando tiver coisa ruim pra contar; conta, desabafa e fala, porque isso vai te fazer bem”.

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