A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

ABSTINENTES E FAMINTOS

Estudo explica o apetite de quem larga o cigarro, uma das fontes de recaídas

Sentir vontade de ingerir alimentos altamente calóricos é um sinal já bastante conhecido para aqueles que tentam largar o cigarro. A relação entre a compulsão alimentar e a abstinência de nicotina acaba de ser detalhada em um estudo publicado pela Escola de Medicina da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

A pesquisa mostra que os passiveis culpados disso são os receptores de alívio de estresse do cérebro, responsáveis pelo vício e a regulação do apetite. Segundo os pesquisadores, a abstinência aguda de nicotina pode estimular o consumo de alimentos ricos em sal, gorduras e açúcar, levando ao aumento de peso e o risco de recaída.

Largar o cigarro, como já demonstrou a ciência, é uma das tarefas mais árduas. Sete em cada dez pessoas que deixam de fumar sofrem recaídas depois de seis meses – sendo que 2/3desses episódios são nos primeiros 90 dias. A compulsão por comida nessa fase só atrapalha a batalha.

“O medo de ganhar peso é uma grande preocupação entre os fumantes que pensam em parar de fumar. A chave para remover essas barreiras é entender melhor os fatores que aumentam o desejo por alimentos altamente calóricos”, explica o professor do Departamento de Medicina da Família e Saúde Biocomportamental, Mustafa al’Absi, principal autor do estudo.

APETITE CALÓRICO

Para chegar aos resultados, a equipe de al’Absi estudou um grupo de voluntários fumantes e não fumantes, com idades entre 18 e 75 anos. Os participantes foram convidados a interromper o uso da nicotina por 24 horas e, no final de cada uma das duas sessões do estudo, deveriam escolher quais alimentos preferiam ingerir entre algumas opções. Além disso, todos eles receberam 50 mg de naltrexona, substância comumente indicada para o tratamento contra o tabagismo e o alcoolismo, ou um placebo.

Verificou-se, então, que a maior incidência de ingestão de calorias se deu no grupo dos fumantes, em comparação aos demais. Os participantes que receberam o placebo também estavam mais propensos a escolher alimentos ricos em açúcar e gordura. Além disso, os pesquisadores observaram que a naltrexona foi capaz de normalizar essa tendência de compensação, o que sugere que o cérebro pode ter um mecanismo de ingestão de calorias induzido pela abstinência.

Mas por que e como isso acontece? De acordo com o doutor em endocrinologia e metabologia pela USP, Antônio Carlos do Nascimento, esse mecanismo envolve o sistema límbico, composto por algumas regiões do cérebro responsáveis pelo comportamento emotivo, que mantém uma íntima relação com o sistema denominado ”centro da recompensa”.

Essa central da recompensa é ativada pela dopamina, que atua nos centros de prazer do cérebro. A substância é gerada por vários contextos, os quais incluem atitudes (a satisfação induzida por compras é bom exemplo), por substâncias viciantes (álcool, nicotina, cocaína, etc. ) e por ingestas alimentares prazerosas (seres humanos possuem predileção inata por alimentos ricos em carboidratos e gorduras), segundo Nascimento. Em outras palavras, sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos neurotransmissor, o que leva o organismo a tentar compensar essa falta.

“A abstinência promove desconforto emotivo pela diminuição da sinalização dopaminérgica (gerada regularmente pela nicotina no tabagista crônico). O sistema límbico acusa o incômodo emocional e aciona a via de recompensa”, explica o especialista. “Esse setor então induz a procura do caminho mais rápido para a compensação, e sem a possibilidade do tabaco, promove desejos para generosa quantidade de alimentos ricos em gorduras e açúcares. É uma resposta esperada em um jogo que conhecemos o modus operandi, mas não sabemos ainda modificá-lo em sua essência”.

SUBSTÂNCIA INIBIDORA

E isso explica o efeito da naltrexona no estudo. O remédio atua no sistema nervoso, inibindo a vontade de consumir álcool e fazendo com que a pessoa tenha menos prazer nos efeitos da bebida. Pesquisa em animais já havia sinalizado que o fármaco reduz a quantidade de alimento ingerida.

Os cientistas induziram ratos a desenvolver o transtorno da compulsão alimentar periódica, fornecendo a eles uma dieta com altos níveis de açúcar e sabor de chocolate. Ao mesmo tempo, outro grupo foi alimentado só com alimentas saudáveis. Após duas semanas, os dois grupos foram submetidos ao tratamento com a droga. A naltrexona provocou a redução da quantidade de alimento consumida pelos dois grupos, mas mais fortemente nos animais que apresentavam o transtorno. Com os dados da pesquisa da Universidade de Minnesota, a equipe de al’Absi agora quer entender qual o impacto dessas mudanças de apetite e como elas podem aumentar os riscos de recaídas. Novos estudos devem ser conduzidos para identificar esses mecanismos e buscar soluções terapêuticas.

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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