OUTROS OLHARES

PÍLULA CONTRA A COVID

Remédio que inibe replicação do vírus tem sucesso em teste

A farmacêutica Merck. Sharp & Dohme (MSD) anunciou, em uma conferência médica que seu antiviral de uso oral molnupiravir se mostrou eficaz contra variantes da Covid·19, em testes de laboratório.

O fármaco, apresentado na forma de pílulas, está em fase 3 de estudos em duas frentes: a profilaxia – que é a proteção preventiva após a exposição a um agente infeccioso – e otratamento para infectados que ainda não necessitam de hospitalização.

O trunfo contra as variantes, informou a agência Reuters, seria por conta do foco de ação do fármaco. Em vez de mirar na proteína S, parte do vírus que sofre algumas alterações graças às mutações, o medicamento age em uma enzima responsável pela replicação do coronavírus. O alvo da ministração do remédio é introduzir “erros” no código genético do agente infeccioso, inibindo sua replicação.

De acordo com a empresa, o novo antiviral seria potente, inclusive, contra a variante Delta, cepa mais transmissiva e responsável pela maioria de casos de Covid-19 sequenciados em países como o Brasil, Reino Unido e Estados Unidos.

OUTROS ESFORÇOS

A Merck não é a única. A Pfizer anunciou nesta semana o início de testes intermediários para seu candidato a medicamento profilático contra a Covid-19. Os estudos incluem pessoas acima de 18 anos que moram em casas com alguém com teste positivo para a Covid-19. Participam da pesquisa por volta de 2,6 mil pessoas que tomarão o medicamento duas vezes ao dia, por cinco ou dez dias. Está previsto, também, o uso de placebo para ratificar o bom desempenho do fármaco.

Outras farmacêuticas também trabalham no desenvolvimento de medicamentos antivirais contra a Covid-19. Entre elas, estão as norte-americanas, Enanta Pharmaceuticals e Pardes Biosciences, a Shionogi do Japão e a Novartis AG, da Suíça.

Um medicamento com potencial para prevenção e tratamento para Covid-19 funcionaria nos moldes do oseltamivir, comercializado como Tamiflu, desenhado para combater o vírus da gripe (lnfluenza). Com um fármaco do tipo em mãos, é possível dentro de um esquema que é chamado entre os médicos de “mandala de prevenção”.

Nesse esquema, o primeiro passo são os cuidados não farmacológicos, como máscaras, distanciamento social e a higiene das mãos. Depois, há as medidas farmacológicas de proteção, como as vacinas e medicamentos profiláticos, e também os utilizados como tratamento.

“Para nenhuma doença usa-se uma única estratégia de combate. É necessário um pacote (de ações combinadas). Assim, é possível salvar muitas vidas”, diz Alexandre Naime  Barbosa, membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação      Médica Brasileira (AMB) e chefe da Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Naime explica que os maiores beneficiados per um medicamento comprovadamente eficaz contra a Covid-19 seriam os idosos e imunossuprimidos. Justamente os grupos que apresentam deficiências no sistema imunológico e que, por esse motivo, podem precisar de um tratamento adicional, mesmo após a vacinação.

MISSÃO DESAFIADORA

Os medicamentos antivirais contra a Covid-19 figuram como um desafio maior do que o necessário para criar as vacinas hoje em uso, explicam os especialistas. Isso por conta da rapidez com que agem os vírus respiratórios. Os únicos fármacos de sucesso nesse campo são, justamente os dedicados a tratar e prevenir o vírus influenza.

“Um antiviral para doenças respiratórias é sempre muito desafiador. As doenças respiratórias têm um mecanismo de patogênese, que é a agressão muito rápida. Assim que o vírus entra no seu organismo, ele rapidamente se alastra, replica-se muito rápido e provoca os sintomas. Você tem uma janela de oportunidade de intervenção muito pequena”, explica o professor da Santa Casa de São Paulo Marco Aurélio Sáfadi, também presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Sáfadi faz uma analogia para entender a dificuldade da tarefa de desenvolver um medicamento antiviral para doenças respiratórias e utilizá-lo no momento oportuno:

“É como um incêndio em uma floresta. Se você chega com um extintor no começo do fogo, você protege a floresta. Mas se você chegar em um momento que o fogo ganhou mais força, seu extintor trará pouco benefício”, explica.

Alguns fármacos utilizados contra a Covid-19, porém, receberam registro de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há, pelo menos, quatro com uso emergencial (controlado e temporário) aprovado, além do remdesivir, que conta com registro, ou seja, a aprovação total, desde março.

Especialistas médicos apontam, porém, que o uso desses fármacos ainda tem alcance aquém do esperado para fazer diferença no controle da pandemia. Daí a necessidade de seguir pesquisando até que surja um medicamento indiscutivelmente eficaz contra o vírus.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 09 DE NOVEMBRO

GANHE SEU PÃO COM O SUOR DO SEU ROSTO

Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia (Provérbios 20.17).

A esperteza funciona por um tempo. Muitas pessoas entram em esquemas de corrupção para acumular fortunas. Fraudam licitações. Buscam informações privilegiadas. Patrocinam campanhas de políticos desonestos a fim de receber mais adiante benefícios especiais para seus negócios sujos. Compram sentenças a peso de ouro para fugir dos rigores da lei. Subornam, oferecem propinas, tornam-se especialistas na arte da enganação e conseguem aumentar de forma exponencial seu patrimônio. Mas o fim dessa linha não é luminoso. Esse pão suave ganho por fraude faz mal ao estômago. O apartamento comprado com dinheiro desonesto torna-se uma prisão. O ouro acumulado com roubo torna-se combustível para sua própria destruição. O trigo macio do conforto transforma- se em pedrinhas de areia na boca. Aquilo que parecia dar vida transforma-se em instrumento de morte. A riqueza só é bênção quando vem como resultado do trabalho honesto e como fruto da bênção de Deus. Vender a alma ao diabo para enriquecer é uma consumada loucura. Isso não tem sabor de pão; é como estar com a boca cheia de pedrinhas de areia. Produz desconforto, tormento e morte.

GESTÃO E CARREIRA

GESTORES TROCAM POUPANÇA POR CARTEIRA DE AÇÕES PARA OS FILHOS

Estratégias consideram que retorno de longo prazo ameniza eventuais riscos

Muita gente deve se recordar de ter recebido quando criança dos pais ou dos avós algum valor depositado na caderneta de poupança, de modo a contribuir com o pagamento dos estudos ou de outros objetivos pessoais mais à frente.

No entanto, quando os pais são gestores profissionais de recursos no mercado financeiro, o conservador investimento na poupança acaba dando espaço para portfólios de viés bem mais arrojado, formados por um grupo selecionado de ações na Bolsa de Valores.

Antes de depositar as futuras economias dos herdeiros nas apostas de maior convicção no mercado, no entanto, a formação de algum tipo de reserva financeira de caráter mais conservador é sempre um ponto destacado pelos especialistas.

Gestor da Versa Fundos de Investimentos, Luiz Fernando Alves diz que uma das primeiras providências que tomou após o nascimento da filha Liz, hoje com 2 anos e 10 meses, foi quitar o apartamento que estava financiado no banco em que mora com a família, na capital paulista.

Tendo se assegurado que os seus terão um lugar onde viver, Alves afirma que a reserva financeira restante é toda destinada aos cinco fundos de investimento de alta volatilidade sob sua gestão na Versa.

“Ao mesmo tempo em que nos preocupamos em oferecer alguma solidez para nossa filha, por outro lado, pelo fato de ela ser muito jovem e ter ainda a vida pela frente, com chances de acertar e errar, depois de ter alcançado o nível mínimo de segurança com o imóvel, o excedente deixo no risco”, afirma o gestor, com cerca de RS600 milhões sob gestão na Versa.

Ele acrescenta que, se as economias guiadas pelas apostas do pai no mercado não correrem de acordo com as expectativas, a filha terá mais à frente as condições necessárias para correr com as próprias pernas em busca dos objetivos.

Não é uma preocupação deixar a ela uma grande quantia em dinheiro a partir dos rendimentos dos fundos”, diz Alves. “A nossa ideia é dar para a Liz a vara, e não o peixe”.

Pai da Laura, de 6  anos, Roberto Reis, sócio fundador e diretor de investimentos da gestora Meraki Capital, diz que não só ele como outros pais na empresa miram a estratégia de maior volatilidade da casa – por meio do título Meraki Long Biased – quando pensam no dinheiro que planejam destinar aos filhos.

Reis aponta igualmente o tempo que a filha ainda tem à frente como grande aliado para permitir que a carteira de ações selecionada mature de maneira adequada.

“É um dinheiro que vai estar investido por um bom tempo, até porque não tenho a intenção de entregar antes que ela complete 18 anos. Tendo um horizonte de mais de dez anos, e por meu DNA sempre ter sido de investir em ações, faço um pouco do mesmo que sempre fiz ao longo da carreira quando penso nos investimentos para minha filha”, aiu·. ma o diretor da.’-1eraki, que ten1 cerca de R$ 2, 4 biU1ões sob gestão.

“Sempre tive um apetite a risco mais alto e minha forma de investir não mudou depois que a Laura nasceu, mas o meu ímpeto de consumo, sim, que hoje é mais ponderado”, diz Reis, que enfatiza a importância de ter claro qual o horizonte disponível para um planejamento financeiro familiar bem-sucedido. Ele afirma ainda que, independentemente da economia que deixará com base nos resultados dos investimentos na Bolsa, considera importante iniciar desde cedo dentro de casa uma cultura de educação financeira, para que a filha cresça com uma boa noção sobre as melhores formas de fazer uso do dinheiro.

Na mesma linha, Sara Del fim, sócia cofundadora da gestora Dahlia Capital e mãe dos gêmeos Catarina e Bruno, de 8 anos, diz que a preocupação com os filhos passa tanto pelo legado financeiro, por meio da formação de uma poupança, como pelo trabalho de conscientização a respeito do valor que a conquista do dinheiro traz no tempo. “Vejo que essa sensibilidade e entendimento sobre o dinheiro e sobre o poder e não poder fazer as coisas, as crianças percebem bem mais cedo do que anos atrás, até pelo nível de informações a que elas têm acesso”, afirma a gestora. A sócia da Dahlia, empresa com cerca de R$ 12 bilhões em ativos sob gestão, conta que já têm alguns meses que seus filhos vêm pedindo a ela e ao marido que compre um cachorro para a família.

O acordo que ficou acertado entre eles – de forma até a postergar um pouco a chegada do bicho de estimação, brinca a gestora – é que as crianças irão economizar parte do dinheiro que recebem de mesada para ajudarem financeiramente na missão de trazer o cachorro para casa. “Com isso, eles passaram a ter um objetivo definido e se mostram mais conscientes em como cuidar do dinheiro da mesada”, diz a cofundadora da gestora, que confessa que a filha demonstra um zelo maior com as economias em comparação com o menino. Sara a filha também que, por conta do esquema de trabalho em casa nos últimos tempos, os filhos acabaram tendo uma interação maior com o seu dia a dia na empresa de investimentos, e até já pedem a ela que leve suas economias para os fundos da gestora para que o cachorro chegue mais rápido.

“O que sempre digo para eles é que o investimento que fazemos não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona, em que vamos ganhar em alguns dias, mas podemos perder em outros”, diz Sara, que afirma ter parte dos recursos destinados aos filhos no fundo de previdência da casa, Dahlia Global 50 Prev.

Além de contar com o benefício da regressão da alíquota tributária no longo prazo, ela assinala que não há cobrança de come-cotas sobre o fundo de previdência, que tampouco entra em inventário – o valor é transmitido aos herdeiros sem maiores burocracias. ”É uma maneira de deixar uma liquidez imediata na sua falta”, afirma.

Enquanto coordena as expectativas dentro de casa sobre a chegada de um novo morador, Sara afirma que as ações da rede Petz estão entre as preferidas da Dahlia na Bolsa. No radar da gestora, estão empresas com resiliência para conseguir se destacar em meio aos pares, a despeito do ciclo econômico.

Independentemente de o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), os donos seguirão cuidando de seus bichinhos, com gastos diversos relacionados à alimentação, medicamentos e mimos. Reis, da Meraki, diz que, embora o cenário local e internacional esteja mais incerto em comparação com algumas semanas atrás, passou a olhar com mais carinho para as ações na Bolsa nas últimas semanas após as quedas recentes.

“Os valores já precificam num cenário muito ruim e avalio que estão em níveis bastante ausentes, em um bom ponto de entrada”, afirma o diretor de investimentos.

Ele aponta as ações da incorporadora Multiplan da empresa de combustíveis BR Distribuidora e da Magazine Luiza entre as principais apostas nos fundos da gestora. Alves, da Versa, diz que também está mais debruçado neste momento sobre as teses na Bolsa que mais se beneficiam do tema de reabertura da economia local, que ele considera em níveis excessivamente descontados.  “Por mais que reconheça que a situação econômica é pior do que se previa inicialmente, principalmente com uma inflação mais alta e persistente, os preços já sofreram sobremaneira e o prêmio de risco está muito alto”, afirma o gestor.

Ele aponta ações de empresas relacionadas aos setores imobiliário e de consumo, como Grupo Soma, Guararapes, Vivara e BR Properties, bem como da Petrobras, entre as principais apostas nos fundos da Versa.

De todo modo, frente ao aumento nos riscos percebidos nos últimos dois meses, o gestor conta que tem mantido uma alocação próxima de 25% em caixa, em recursos de baixo risco e alta liquidez, para funcionar como um tipo de proteção nos momentos de maior estresse nos mercados. “Se o navio virar, é uma posição que funciona como uma boia”, diz Alves.

EU ACHO …

CONSELHOS SÁBIOS?

Viver é fascinante. Defeitos? Primeiro: não há manual de instruções. Segundo: nunca dá tempo para um bom ensaio, tudo é apresentação real. Como superar tais deficiências? A Bíblia indica: ”Escuta o conselho e aceita a correção para seres sábio no futuro” (Provérbios 19, 20). Conselhos seriam úteis?

Os teólogos acreditam em ser sábio ao ouvir o conselho correto. Os filósofos acreditam que eu possa me tornar amigo da sabedoria refletindo. Selecionei algumas ideias para seu exame. Dizem que,  se conselho fosse bom, não seria dado, porém vendido. Não é o caso aqui: você pagou a assinatura do post ou, ao menos a luz elétrica que abasteceu o aparelho… Não foi gratuito, logo, pode ser válido. Não se trata de um manual de instruções. Eu diria que  é uma “pesquisa de mercado” de consumidores experientes sobre cuidados com o produto vida.

1) Aprenda logo: não importa sua decisão, haverá críticos. Decidiu se casar ou tem horror ao compromisso matrimonial? Terá um filho? Optou por dois? Nenhum? Corre todo dia? Viaja bastante? Nunca sai de casa? Contribui para uma ONG de amparo a cães abandonados? Não importa. Lá estará seu detrator: um amigo, um familiar, um vizinho… Por vezes, dorme com você. Se tudo é alvo de algum ataque, tome a decisão, escute quem desejar  e “vá fundo”. A universalidade da crítica o liberta. Em outras palavras: já que sempre haverá quem reclame, ao menos conviva com críticos sendo feliz. Gostou da ideia? Procure ler, em qualquer versão, a história do “velho, o menino e o burro” de Esopo e reflita muito.

2) Os seguintes vêm do filósofo Michel de Montaigne. No capítulo 39, livro primeiro, dos seus Ensaios, ele pensa sobre estar só ou com muitas pessoas. Ponto importante: “O contágio é muito importante na multidão”. Significando que podemos, sem querer, imitar hábitos alheios ao insistir em estar sempre cercados de pessoas, especialmente as de maus hábitos. “Onde quer que a alma esteja ocupada, ali está inteira”, assim ele recomenda o cuidado com sua própria casa ou o governo de um país. Nossos defeitos nos acompanham em todas as viagens, pois “carregamos conosco nossos grilhões”. Buscar estar bem mesmo sozinho é uma meta de sabedoria. O ideal é que nosso contentamento dependa de nós. E na maturidade? “Já vivemos por outros o suficiente; vivamos para nós pelo menos esse final de vida” (segui a tradução de Rosemary Costhek Abílio, editora Martins Fontes).

3) Indiquei ignorar opiniões muito negativas, já que parecem inevitáveis. Apoiei-me em um renascentista francês: para defender a felicidade sem a necessidade de estar acompanhado. O terceiro não contradiz, todavia coroa os dois anteriores: tenha poucos, pouquíssimos amigos. São fundamentais e fruto de uma grande maturidade. A vida é muito difícil sem uns dois ou três amigos realmente sinceros. Siga o conselho de Polônio (Hamlet ) ao filho: ”Os amigos que tens por verdadeiros, ata-os com fios de aço a tua alma”.  Se preferir sabedoria mais recente, reflita com Vinícius de Moraes: “O amigo: um ser que a vida não explica/ Que só se vai ao ver outro nascer/ E o espelho de minha alma multiplica…”. Repito: serão milhares de transeuntes na sua vida, muitos colegas e poucos, escassos, raros amigos. Invista seu tempo e afeto neles, seja simpático com os colegas e  tolere, resignado, os outros seres humanos.

4) Leia sempre, todo dia, a vida inteira! Um livro por semana é algo muito bom. Não consegue? Dois por mês. Um único mensal, ao menos. O feito é melhor do que o perfeito. Livro é banho: tem de fazer diariamente ou o cérebro exalará odores fétidos. Livro é alimento: suas ideias morrem de inanição sem eles. Livros são o sangue do pensamento: nunca deixe que a anemia o domine. Romances, livros técnicos da sua área, poesia, livros de viagem, biografias, análises de temas atuais, reportagens, clássicos: leia tudo! Domine suas desculpas esfarrapadas. Em caso de dúvida, leia mais. Tem filhos? Vacine, ame, alimente e leia para eles. É uma herança maravilhosa, a maior que você possa deixar.

5) Tristeza faz parte da existência. Assuma a dimensão trágica do existir. A vida, fora do Instagram, tem dias ruins. Não confunda tristeza com infelicidade e alegria com felicidade. Seria como misturar chuva (estado passageiro) com clima (característica mais duradoura). Se as coisas deram errado, você perdeu seu emprego, terminou um afeto de forma dolorosa ou você foi traído ou traída, a dor vem e deve ser sentida. Chorar não é erro moral. Nos dias tristes, muito respeito consigo e com seu momento. Há dores mais prolongadas e outras que necessitam de ajuda profissional. Todas necessitam de amigos. Lembra-se do conselho? São nosso espelho e, por vezes, devo olhar para ele. Receita de superação: tempo + chá calmante + sono + amigos. Ler ajuda muito também.

Inspirado no estoicismo, tratei de como enfrentar a crítica permanente do mundo. Segui apelando a Montaigne e a necessidade de ser feliz consigo. Vagas memórias de Aristóteles e outros reforçam a necessidade de amigos como parte da vida tortuosa. Onde posso justificar o hábito de leitura? Basta ver como agem as pessoas públicas que você sabe que  não buscam livros. Excelente exemplo! Por fim, busquei um pouco de Byung-Chul Han para pensar na positividade tóxica que nos acomete. Foi lendo que tive mais ideias. Lendo, você acompanhou meu pensamento e dos meus preceptores. Lendo, você pode criticar a mim e a eles. Boas leituras.

*** LEANDRO KARNAL

ESTAR BEM

O TIQUE-TAQUE DA FOME

Jejum intermitente volta repaginado em apps. Conheça as vantagens (e os riscos) da dieta

Ficar horas, às vezes um dia inteiro – ou, nos casos mais radicais, até mais tempo sem comer. É assim que funciona a dieta mais popular nos Estados Unidos e no Brasil, o jejum intermitente. Agora, ela ganhou mais força ainda com o apoio da tecnologia de ponta. Na forma de aplicativos de celular que ajudam a cumprir as regras radicais do regime.

Em inglês e português, os apps (veja alguns exemplos abaixo) não se limitam a alertar sobre os horários de comer e jejuar. Entre os recursos sofisticados, explicam em tempo real como o corpo reage durante os períodos sem comida, contabilizam a quantidade de água ingerida (tomar líquidos é primordial no jejum),dão cardápios variados e emitem mensagens de relaxamento para os usuários. Há versões gratuitas e pagas.

A lógica geral do regime é a seguinte: intercalar momentos de pausa com de alimentação faria com que esses toques de gordura fossem mais facilmente eliminados e promoveriam um ambiente metabólico favorável à saúde.

O método estourou em 2013, com o lançamento do livro “A dieta dos 2 dias”, escrito pelo médico inglês Michael Mosley. Com o tempo, saiu de moda, para recentemente voltar a  explodir. A atriz Jennifer Aniston, a modelo Gisele Bündchen e apresentadora Sabrina Sato estão entre as adeptas.

A dieta descrita por Mosley tem a seguinte cartilha: a pessoa se alimenta normalmente por cinco dias da semana (fast food não está liberado) e nos outros dois dias a ingestão deve ser restrita a 500 calorias – o que equivale a uma refeição balanceada ou vários pequenos lanches. Pode-se beber água, chás e café sem a adição de açúcar ou adoçante.

Hoje, são vários protocolos de jejum intermitente, em que o período sem comer pode variar de 14 a 24 horas. Normalmente, a suspensão de alimentos começa após o jantar, entre 19h e 20h, e se estende até o café da manhã, almoço, lanche da tarde ou o próximo à refeição noturna. O início à noite é estratégia, pois usa-se o período de sono, quando naturalmente não sentimos fome. O método deve ser seguido de duas a três vezes na semana, em dias alternados. O que restringe as calorias por 24h é recomendado apenas uma vez.

QUEIMA DE ESTOQUE

Os apps ganham ainda mais importância nesse tipo de dieta repleta de regras. O grande truque do regime, por exemplo, é ativar no corpo um mecanismo que utiliza os estoques como fonte de energia para desempenhar funções vitais do organismo. Mas é fundamental que a privação não ocorra em dias consecutivos para não haver o risco de ocorrer o efeito contrário. Quando o corpo passa vários dias sem alimentação adequada, há a tendência de estocar gordura para o caso de escassez completa de comida.

“Com a industrialização e uma alimentação mais acessível, o homem foi deixando de jejuar e, coincidência ou não, o número de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes  aumentou substancialmente. A novidade é que estudos validaram essa estratégia como uma boa opção não só para o controle do peso, mas para a melhora da saúde em geral”, defende Priscilla Proença, médica e especialista em medicina do estilo de vida, da Essence Clinicspa de Brasília.

RISCOS E CUIDADOS

Há riscos, claro. Longos períodos sem se alimentar pode deflagrar um quadro de hipoglicemia, que é a queda do nível de glicose no sangue. Por isso, o regime não deve ser feito por gestantes, lactantes e pessoas com diabetes sem o acompanhamento profissional. Idosos, menores de idade, pessoas com um índice de massa corporal (IMC) muito baixo também devem ser acompanhados. Os adeptos podem sentir dores de cabeça, tontura e dificuldade de concentração – além da fome.

“Assim como acontece com todo tipo de dieta restritiva, o risco de abandono é grande. Além disso, não é um programa alimentar que eduque as pessoas a comerem bem, o que é fundamental para o emagrecimento a longo prazo”, diz a endocrinologista Claudia Cozer Kalil, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtorno Alimentar do Hospital Sírio -Libanês.

Fazer jejum pode ajudar a viver mais. Este foi o resultado de um estudo publicado recentemente na revista Nature. A pesquisa mostrou que ficar cerca de 20 horas sem comer seguido por um dia de recuperação aumenta em até 18% a expectativa de vida dos insetos, no caso das fêmeas.

O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York, ainda mostrou que a restrição alimentar melhorou a função muscular e neuronal. Os cientistas descobriram que o ganho está atrelado a um mecanismo ocorrido após o jejum. O processo, conhecido como autofagia, consiste em mesclar componentes danificados das células do corpo, recurso que retarda o envelhecimento.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MÁ QUALIDADE DO AR AFETA FUNÇÕES DO CÉREBRO

Estudo que monitorou ambientes de escritórios por um ano associa poluição por partículas a pior desempenho cognitivo. Especialistas sugerem sistemas de filtragem para criar edifícios saudáveis e aumentar produtividade

Quão saudável é o ar em seu local de trabalho? É uma pergunta que muitos de nós estamos fazendo agora para nos proteger da Covid-19. Mas, a qualidade do ar interno também é algo sobre o qual devemos falar mesmo depois do fim da pandemia. Porque não apenas a qualidade do ar do seu local de trabalho pode influenciar o número de dias de licença médica que você tira a cada ano, mas pode até mesmo afetar o funcionamento do seu cérebro no escritório.

Um novo estudo mostra que a má qualidade do ar interno está associada a deficiências sutis em uma série de funções cognitivas, incluindo nossa capacidade de concentrar e processar informações. O estudo acompanhou 302 funcionários de escritórios em prédios comerciais de seis países. Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Índia, México e Tailândia, por 12 meses.

Os cientistas usaram monitores para medir a ventilação e a qualidade do ar interno dos prédios, incluindo níveis de partículas finas, que incluem poeira e fragmentos minúsculos do fumo, produtos de limpeza e poluição do ar externo que penetra no prédio.

Os trabalhadores foram solicitados a usar um aplicativo para fazer testes cognitivos regulares durante a jornada de trabalho. Os testes incluíam problemas simples de matemática, bem como uma provocação complicada chamada de teste Stroop, em que uma palavra como “azul” ou “roxo” é Impressa em tinta verde ou vermelha. O teste pede que você nomeie a cor da tinta, mas nosso cérebro tende a querer ler a palavra.

O estudo descobriu que os trabalhadores de escritório em edifícios com a pior qualidade do ar interno tendem a ter um desempenho pior nos testes. Embora o efeito não tenha sido dramático, as descobertas se somam a uma crescente onda de evidências sugerindo que o ar que respiramos afeta a saúde do nosso cérebro.

“Esse estudo observou como vários fatores no ambiente interno tem um impacto imediato em nossa função cognitiva e desempenho”, diz o diretor do programa Harvard Healthy Buildings e autor sênior do estudo Joseph G. Allen. “Ele mostra que o ar que você está respirando em sua mesa naquele momento tem um impacto em como você pensa.

MUDANÇAS EM CURSO

No passado, o controle da qualidade do ar nos prédios se concentrava principalmente na eficiência energética e no conforto, com pouca consideração dada ao controle de infecções ou à saúde geral do trabalhador. Mas a pandemia fez com que muitos locais de trabalho examinassem mais de perto a qualidade do ar interno. A boa notícia é que muitas das mudanças que estão sendo feitas para evitar a disseminação da Covid-19 são as mesmas melhorias que precisam ser feitas para melhorar a qualidade geral do ar associada à função cognitiva e à produtividade do trabalhador.

“Há um reconhecimento recente de quanto o ambiente interno influencia nossa saúde”, diz Allen.

“Prédios saudáveis”, disse ele, e não devem ser considerados apenas “algo que fazemos durante a Covid ou uma crise. Tem que ser o novo normal, não a exceção, daqui para frente”.

Em geral, você quer ouvir que seu prédio atualizou seus filtros de ventilação para um com maior eficiência de filtragem. Você também deseja saber se os administradores do prédio tomaram medidas para aumentar o ar externo ou adicionaram filtro de ar portáteis ao espaço. Desconfie se alguém disser que o sistema de ventilação do prédio não pode ser melhorado ou que está usando uma tecnologia nova e não comprovada.

Allen observa que mesmo a iniciativa de adicionar um filtro de ar portátil com um filtro HEPA ao centro da sala pode fazer uma diferença significativa em escritórios com sistemas de ventilação menos eficientes. A chave para escolher um filtro de ar é selecionar o  dispositivo certo para o tamanho da sala. O pesquisador informa que, para um espaço de trabalho mais comum, deve ser escolhido um filtro que tenha uma taxa de entrega de ar limpo, ou CADR, de 500m3/h para cada 45m2, o que fornece aproximadamente o equivalente a trocar todo o ar do ambiente a cada 15 minutos.

PRÉDIOS SAUDÁVEIS

Allen é co- autor de um novo livro, “Edifícios Saudáveis: Como espaços internos impulsionam o desempenho e a produtividade”. Ele afirma que foi encorajado a ver mais empresas e indivíduos levando a qualidade do ar interior mais a sério como consequência da pandemia. Recentemente, ele viu um anúncio de emprego de uma grande companhia buscando um “chefe de prédios saudáveis” para atuar em sua divisão imobiliária global.

“Isso mostra que empresas sérias estão mudando a forma como abordam seus edifícios e não estão pensando nisso como algo isolado durante a Covid.

Embora alguns dos detalhes técnicos sobre a qualidade do ar possam ser confusos para leigos, não se deixe intimidar. Você não precisa ser um especialista em ventilação para determinar se as precauções que seu empregador está tomando são adequadas para mantê-lo seguro durante a pandemia no futuro.

“A pressão está vindo de funcionários, pais de crianças na escala, professores. Há um alto nível de consciência e especialização”, diz o autor. “Quantas pessoas estavam falando sobre os filtros MERV 13 antes da pandemia? Esse conhecimento de que nossos espaços internos têm tido um desempenho insatisfatório não vai desaparecer agora. Acho que as pessoas estão, com razão, frustradas e fartas disso.

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