POESIA CANTADA

MUNDO COLORIDO

VANUSA

COMPOSIÇÃO: VANUSA.

O meu mundo é colorido
Porque eu assim o quis
Fiz de cada tristeza
Um motivo pra ser feliz

Sou tão negra quanto os negros
Que são brancos como a mim
Uma flor em vez de arma
Pra lutar até o fim

O meu mundo é colorido
Como o verde da esperança
Pelo sorriso da criança
Que por si já é colorido

Sou guerreira tanto quanto
Quero explicar porquê
Sou capaz de odiar
Da mesma forma que amar

O meu mundo é colorido
Porque preciso viver
Para quê? Nada fizemos
Para quê? Nada sofremos

Somos jovens e é preciso
Não morrer na guerra assim
Eles não tem culpa
De ser negra a cor até o fim

O meu mundo é colorido!
O meu mundo é colorido!
O meu mundo é colorido!
O meu mundo é colorido!

OUTROS OLHARES

O NOVO MELHOR AMIGO

Cães cibernéticos já são usados em ambientes de alto risco na indústria petroquímica e de mineração, mas sua aquisição por forças policiais gera polêmica

A passeata no centro de Dallas, no estado americano do Texas, transcorria de forma pacífica, apesar do motivo do protesto: a morte de dois negros por policiais brancos na Louisiana e em Minnesota. A paz acabou quando Micah Johnson – um jovem negro de 25 anos munido de fuzil – disparou contra a polícia, ferindo sete guardas e matando outros cinco. Depois de uma infrutífera negociação, Johnson, acantonado em uma garagem próxima, recebeu a visita de um robô de controle remoto que explodiu ali mesmo, tirando sua vida. Essa ação sem precedente, ocorrida em julho de 2016, atiçou a imaginação das pessoas. Afinal, se a polícia podia fazer aquilo com uma máquina comum, até onde ela iria com um robô inteligente? Um ano e meio depois do caso Dallas, a série Black Mirror projetou, em um de seus episódios, a imagem de um cão-robô perseguindo sua vítima – cena perturbadora, porém restrita ao terreno da ficção, pelo menos segundo as empresas que estão fabricando o novo melhor amigo do homem.

A robótica, é bom lembrar, já faz parte do cotidiano, seja em fábricas automatizadas, seja dentro de casa. Algoritmos são chamados de robôs e estão espalhados pela internet. Nada disso, porém, é tão interessante quanto as máquinas da Boston Dynamics, empresa americana fundada em 1992 e hoje controlada pela sul-coreana Hyundai, que tem milhões de visualizações toda vez que posta vídeos de seu robô humanoide Atlas dançando ou vencendo obstáculos. Do laboratório da Boston, já saiu uma dezena de modelos, incluindo o BigDog, um quadrúpede de carga que nunca chegou a ser comercializado. O sucesso do momento, vendido por 74.500 dólares – preço que pode dobrar com os opcionais -, é Spot, um cão-robô com mais de 500 unidades em operação, prestando serviço para empresas de atividades insalubres e para a polícia – não sem causar polêmica, é verdade.

Recentemente, o departamento de polícia de Honolulu, no Havaí, adquiriu uma unidade completa por 150.000 dólares, utilizando recursos do fundo de combate à Covid-19. Desde então, Spot vem sendo usado para monitorar assentamentos de desabrigados que contraíram o coronavírus. Ele é capaz de conferir a temperatura da pessoa escaneando os olhos a 2 metros de distância. Leva água e comida para os sem-teto e se torna um elo de comunicação com eles. A polícia se mostra satisfeita com o resultado, mas não os munícipes, incomodados com o investimento feito em um robô com verba que poderia ser doada à população empobrecida pela crise. Em Nova York, Spot – rebatizado de DigiDog pela polícia local – foi usado em operações em conjuntos habitacionais, provocando a revolta de comunidades que ainda se lembram do caso Dallas. Segundo a União Americana pelas Liberdades Civis, é questão de tempo até que as forças de segurança sejam tentadas a armar os cães. Sob pressão, a polícia de Nova York achou por bem devolver o equipamento.

A Boston não está sozinha no mercado. A empresa suíça ANYbotics já vendeu vinte unidades de seu cão cibernético, batizado de ANYmal, e espera comercializar dez vezes mais nos próximos três anos. Ela tem clientes de peso como a petrolífera Petronas e a mineradora brasileira Vale, para as quais vende unidades customizadas por 165.000 dólares. Conversamos com Cheila Marques, gerente da ANYbotics, que esclareceu que o cão-robô é ideal para ambientes de alto risco, como plataformas de petróleo e indústrias químicas: “Ele sobe e desce escadas, agacha-se, tem sensores e pode inspecionar lugares de difícil acesso”.  Perguntada sobre o uso militar do ANYmal, Cheila diz que essa modalidade contraria o estatuto da companhia.

Não se sabe se a chinesa Xiaomi terá a mesma postura antibelicista com o CyberDog, anunciado há poucos dias. Ainda na fase de protótipo, ele tem um aspecto futurista e até mesmo ameaçador. Ainda não está claro onde será empregado, mas, segundo a empresa, serão produzidas inicialmente 1.000 unidades destinadas a “entusiastas da robótica”. O fato é que as três marcas ainda estão no estágio preliminar da inteligência artificial, no qual dispositivos dependem da intervenção humana. Isso deverá mudar nas próximas décadas, quando serão lançados robôs totalmente autônomos. Até lá, é bom que os parâmetros morais de uso tenham sido configurados – de preferência, universalmente.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 24 DE SETEMBRO

O VALOR DO AMIGO VERDADEIRO

O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão (Provérbios 18.24).

O renomado cantor brasileiro Milton Nascimento diz que amigo é coisa para se guardar no coração. Há muitas pessoas que nos cercam na hora da alegria, mas poucas permanecem do nosso lado na hora da crise. O amigo verdadeiro é aquele que chega quando todos já foram embora. O amigo ama em todo tempo, e na desventura se conhece o irmão. A Bíblia fala a respeito do filho pródigo, que saiu a esbanjar sua herança num país distante. Lá dissipou todos os seus bens vivendo dissolutamente, cercado de amigos. Quando a crise chegou, contudo, esses amigos de farra se dispersaram. Os amigos da mesa de jogo, os amigos de boteco e os amigos das baladas apenas se servem de você, mas nunca estarão prontos para servi-lo. Os amigos utilitários só se aproximam buscando alguma vantagem. Eles não amam você, mas o que você tem e o que você lhes pode dar. Algumas amizades não duram nada, baseiam-se meramente em interesses; mas o amigo verdadeiro é mais chegado do que um irmão. Está sempre ao seu lado, especialmente nos tempos de desventura. Jesus é o nosso verdadeiro amigo. Sendo rico, fez-se pobre para nos tornar ricos. Sendo Deus, fez-se homem para nos salvar. Sendo bendito, fez-se maldição para nos tornar benditos aos olhos do Pai.

GESTÃO E CARREIRA

O ESTRESSE DO RETORNO

Com o regresso das atividades presenciais, empresas e trabalhadores combinam esforços para facilitar a readaptação e tratam de criar o novo normal

O mundo mudou e o normal não é mais o mesmo de antes. No momento em que muitas pessoas começam a voltar ao trabalho presencial depois de um longo tempo de isolamento, há uma mistura de sensações e uma grande curiosidade sobre como as coisas irão se desenvolver a partir de agora. Para gente que teve excelente adaptação ao home office, voltar à antiga rotina pode ser desafiador e até estressante. Outros não viam a hora de retomar a convivência com os colegas e a agitação do ambiente corporativo. De qualquer forma, são inúmeros os casos em que o retorno ao trabalho representa uma nova realidade. Há empresas que mudaram de endereço e outras que alteraram inclusive sua estrutura organizacional.

“Ficou tudo diferente, vai ser um novo processo de adaptação”, afirma Lucas do Nascimento Araújo, 27, que trabalha no setor de administração e financeiro da empresa Eppendorf, uma multinacional fabricante de insumos e equipamentos de laboratório, que fornece, inclusive, para o Instituto Butantan. Sua readaptação começou pela localização da sede administrativa da empresa que ficava na zona Oeste da capital paulistana, na região da Lapa, durante o confinamento. “Era uma casa que foi transformada em sala comercial e, agora, ela fica em um prédio”, conta. Nesse momento, Lucas tem que ir ao trabalho uma vez por semana, às terças-feiras, na Vila Madalena, nova localização da empresa. “Agora vou de Metrô, e o escritório fica a dez minutos da estação”, diz. Apesar de gostar do relacionamento empresarial e das vantagens logísticas do novo endereço de trabalho (antes ele perdia três horas para fazer o percurso de sua casa até a Eppendorf), Lucas sente-se inseguro devido à pandemia. Ele já tomou a primeira dose, mas entende que nem todas as pessoas se cuidam devidamente. O que lhe deixa mais aliviado é o fato de a empresa ter adotado medidas de controle sanitário.

A engenharia civil Thamiris Ferreira, 28, que atua na área de suprimentos da Nortis Incorporadora, detalha como está sendo o processo de readaptação ao modelo presencial. A empresa também adotou a esquema hibrido para os funcionários. “Os espaços dentro da empresa foram modificados, pensando nos cuidados relativos à pandemia”, diz. Com a intenção de minimizar os riscos de disseminação do vírus, a construtora desenvolveu um sistema para garantir o distanciamento. entre os funcionários. As cadeiras usadas por cada um tem que ser reservadas por aplicativo. Nela, há um código QR que o funcionário lê, por meio do smartphone, criando um vínculo. “Se a leitura não for feita, a cadeira vai para outra pessoa”, conta.

Os especialistas em comportamento empresarial afirmam que o retorno nesse momento de respiro da pandemia se, mal planejado, pode gerar estresse e ansiedade nas pessoas. José Raucci, psicólogo da Nuovavita Psicologia, afirma que por estarem se expondo a uma situação que não está totalmente dominada, as pessoas tendem a ficar ansiosas e desenvolver outros distúrbios emocionais. Porém, em pesquisa recente da consultoria Thomas Case & Associados mostrou que 76,3% dos trabalhadores preferem o modelo híbrido de trabalho. É o caso de Camila Mastrange, 37, química e matemática, que leciona para alunos do ensino médio, em uma escola privada na Zona Sul de São Paulo.

A docente explica que a causa de sua apreensão está relacionada com a forma mais comum com que os alunos se relacionam com o professor. Na hora de tirar dúvidas, se dirigem à mesa e ficam tête a tête com ela. “A Covid-19 levou um aluno meu, isso causa insegurança”, diz. Camila trabalha em diversas escolas e esclarece que apesar da instituição de ensino ter colocado em prática todas as medidas protetivas, acima das outras escolas em que atua, parece que os alunos ainda não compreenderam a necessidade de se manter distância do professor. Ela já tomou a primeira dose da vacina da Pfizer, mas, com certeza, preferiria continuar lecionando remotamente. “Ainda estou em confinamento, só saio de casa uma vez por semana e, mesmo assim, fico preocupada”. O retorno à vida normal também pode representar um alívio. Foi isso que aconteceu com Andresa de Almeida, CEO da Prime Guarantee Investment AS, e mãe de João Guilherme, de 13, e Ana Laura, de 9 anos. Há um mês, as crianças retornaram para as aulas presenciais. “Eles já estavam cansados de ficar em casa e eu finalmente também pude voltar à empresa”, desabafa.

EU ACHO …

UM REINO CHEIO DE MISTÉRIO

No dia 21 de setembro comemorou-se o Dia da Árvore, o que deve ter dado trabalho a muito menino do primário, do qual certamente exigiriam uma redação sobre o tema: com a alma bocejando, os meninos devem ter dito que a árvore dá sombra, frutos etc.

Mas, ao que eu saiba, não se comemora o dia da planta, ou melhor, da plantação. E esse dia é importante para a experiência humana das crianças e dos adultos. Plantar é criar na Natureza. Criação insubstituível por outro tipo qualquer de criação.

Lembro-me de quando eu era menina e fui passar o dia numa granja. Foi um dia glorioso: lá plantei um pé de milho com muito amor e excited. Depois, de quando em quando, eu pedia notícias do que havia criado.

Mais tarde, na Suíça, plantei um pé de tomates numa lata grande, bonita. Quando começaram a aparecer os ainda pequenos tomates verdes e duros achei inacreditável que eu mesma lhes tivesse provocado o nascimento: eu entrara no mistério da Natureza. Cada manhã, ao acordar, a primeira coisa que fazia era ir examinar minuciosamente a planta: é como se a planta usasse a escuridão da noite para crescer. Esperar que algo amadureça é uma experiência sem par: como na criação artística em que se conta com o vagaroso trabalho do inconsciente. Só que as plantas são a própria inconsciência.

Nesse reino, que não é nosso, a planta nasce, cresce, amadurece e morre. Sem nenhum objetivo de satisfazer algum instinto. Ou estarei enganada, e há instintos os mais primários no reino vegetal? Meu tomateiro parecia ter tomates vermelhos porque assim queria, sem nenhuma outra finalidade que não a de ser vermelho, sem a menor intenção de ser útil. A utilização do tomate para se comer é problema dos humanos.

Um dos gestos mais belos e largos e generosos do homem, andando vagarosamente pelo campo lavrado, é o de lançar na terra as sementes.

E quando os tomates ficaram redondos, grandes e vermelhos? Chegara a hora da colheita. Não foi sem alguma emoção que vi num prato da mesa os tomates que eram mais meus que um livro meu. Só que não tive coragem de comê-los. Como se comê-los fosse um sacrilégio, uma desobediência à lei natural. Pois um tomateiro é arte pela arte. Sem nenhum proveito senão o de dar tomate.

O ritmo das plantas é vagaroso: é com paciência e amor que ela cresce.

Entrar no Jardim Botânico é como se fôssemos transladados para um novo reino. Aquele amontoado de seres livres. O ar que se respira é verde. E úmido. É a seiva que nos embriaga de leve: milhares de plantas cheias de vital seiva. Ao vento as vozes translúcidas das folhas de plantas nos envolvem num suavíssimo emaranhado de sons irreconhecíveis. Sentada ali num banco, a gente não faz nada: fica apenas sentada deixando o mundo ser. O reino vegetal não tem inteligência e só tem um instinto, o de viver. Talvez essa falta de inteligência e de instintos seja o que nos deixa ficar tanto tempo sentada dentro do reino vegetal.

Lembro-me de que no curso primário a professora mandava cada aluno fazer uma redação sobre um naufrágio, um incêndio, o Dia da Árvore. Eu escrevia com a maior má vontade e com dificuldade: já então não sabia seguir senão a inspiração. Mas que seja esta a redação que em pequena me obrigavam a fazer.

*** CLARICE LISPECTOR

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

PROBLEMAS RENAIS: MAIS UM FARDO DA PANDEMIA

Sobreviventes da Covid-19 podem precisar de diálise e até transplante de rim, mostra novo estudo; como são silenciosas e indolores, doenças no órgão são ainda mais perigosas, alerta nefrologista

Problemas nos rins costumam ser indolores e silenciosos, e agora configuram a mais recente complicação identificada a acometer uma grande quantidade de sobreviventes da Covid-19.

Danos ao órgão, responsável pela filtragem do sangue, podem ocorrer entre pessoas que se recuperam do coronavírus em casa e podem ficar mais graves diante de casos mais severos da Covid, descobriu um estudo publicado no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia. Mesmo os pacientes de Covid não hospitalizados e sem problemas renais têm um risco quase duas vezes maior de desenvolver doença renal em estágio terminai, em comparação com alguém que nunca teve Covid.

As descobertas destacam mais um fardo pernicioso da pandemia que já deixou doentes mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os dados mostram 7,8 pessoas a mais precisando de diálise ou transplante de rim a cada 10 mil pacientes de Covid-19 em quadros leves ou moderados.

“Esse não é um número pequeno, se você multiplicar pelo grande número de americanos e também globalmente que podem acabar desenvolvendo um quadro renal em estágio final“, disse Ziyad AI-Aly, diretor do centro de epidemiologia clínica do Veterans Affairs St. Louis Health Care System, no Missouri, Estados Unidos. “Essa constatação é realmente significativa e certamente moldará nossas vidas provavelmente na próxima década ou mais”.

Em abril, AI-Aly, que liderou o estudo, examinou, com seus colegas, dados coletados durante o tratamento de rotina no programa do Veterans Health Administration para registrar a enormidade de sequelas debilitantes que assoIam os sobreviventes de Covid meses após o diagnóstico, de coágulos sanguíneos, derrame, diabetes e dificuldades respiratórias até danos ao coração, fígado e rins, depressão e ansiedade.

A pesquisa mais recente de AI-Aly comparou os riscos de doenças relacionadas aos rins em 89.216 usuários do programa de saúde dos veteranos americanos que sobreviveram à Covid com mais de 1,7 milhão de pessoas que não tiveram a doença causada pelo Sars-CoV-2.

“O mais problemático sobre a doença renal é que ela é realmente silenciosa, ela realmente não se manifesta em dor ou quaisquer outros sintomas”, disse AI-Aly, que também trabalha como nefrologista.

AI-Aly e colegas descobriram que os pacientes não hospitalizados da Covid têm um risco 23% maior de sofrer lesão renal aguda em seis meses do que quem não foi infectado. Esta condição impede a remoção de resíduos e toxinas do sangue.

E, até seis meses após a infecção, os sobreviventes da Covid apresentaram probabilidade cerca de 35% maior do que os pacientes não infectados por Covid de sofrer algum tipo de declínio substancial na função renal, disse Al-Aly.

Especialistas alertam para limitações nas comparações feitas pelo estudo, pois, enquanto um grupo havia histórico de infecção por Covid, o outro, por mais que não tenha tido contato com o coronavírus, pode ser constituído por pacientes com vários outros problemas de saúde.

Os pesquisadores tentaram minimizar as diferenças com análises detalhadas que se ajustaram a uma longa lista de características demográficas, condições de saúde preexistentes, uso de medicamentos e se as pessoas estavam em lares de idosos.

Outra limitação é que os pacientes do sistema de veteranos eram, em grande parte, do sexo masculino e brancas, com uma idade média de 68 anos, portanto não está claro o quão generalizáveis podem ser os resultados.

Um ponto forte da pesquisa, dizem os especialistas, é que ela envolve mais de 1,7 milhão de pacientes com registros médicos eletrônicos detalhados, tornando-se o maior estudo até agora sobre problemas renais relacionadas à Covid.

Embora os resultados provavelmente não se apliquem a todos os pacientes da Covid, eles mostram que, para aqueles no estudo, “há um impacto bastante notável na saúde dos rins dos sobreviventes de Covid-19 longa, especialmente aqueles que ficaram muito doentes durante a fase aguda da infecção”, disse C. John Sperati, nefrologista e professor associado de medicina da Johns Hopkins, que não esteve envolvido no estudo.

Para avaliar a função renal a equipe de pesquisa avaliou os níveis de creatinina, um produto residual que os rins supostamente eliminam do corpo, bem como uma medida de quão bem os rins filtram o sangue, chamada taxa de filtração glomerular estimada.

Adultos saudáveis perdem gradualmente a função renal ao longo do tempo, cerca de 1% ou menos ao ano, começando na casados 30 ou 40 anos, disse Perry Wilson, nefrologista e professor de medicina em Yale, não envolvi do no estudo. Doenças e infecções graves podem causar perda de função mais profunda ou permanente que pode levar a doença renal crônica ou doença renal em estágio terminal.

O novo estudo descobriu que 4.757 sobreviventes de Covid perderam ao menos 30% da função renal no ano após a infecção, disse Al-Aly.

“Isso é equivalente a aproximadamente “30 anos de declínio da função renal”, disse Wilson.

Os pacientes da Covid tinham até 25% mais probabilidade de atingir esse nível de declínio do que as pessoas que não tinham a doença, mostrou o estudo.

Um número menor de sobreviventes de Covid teve declínios mais acentuados. Mas os pacientes da Covid tinham 44% mais probabilidade do que os pacientes não Covid de perder pelo menos 40% da função renal, e 62% mais chances de perder pelo menos a metade dela.

MISTÉRIOS PERMANECEM

A doença renal em estágio final, que ocorre quando pelo menos 85% da função renal é perdida, foi detectada em 220 pacientes com Covid, disse Al-Aly. Os sobreviventes da Covid tinham quase três vezes mais chances de receber o diagnóstico do que os pacientes sem Covid, descobriu o estudo.

AI-Aly e os demais pesquisadores também analisaram um tipo de insuficiência renal súbita chamada lesão renal aguda, que outros estudos encontraram em até metade dos pacientes de Covid hospitalizados. A condição pode ser curada sem causar perda prolongada da função renal.

Mas este estudo de agora descobriu que, meses após a infecção, 2.812 sobreviventes da Covid sofreram lesão renal aguda, quase o dobro da taxa em pacientes não Covid, disse AI-Aly.

Os médicos não sabem ao certo porque a Covid pode causar danos aos rins. Os órgãos podem ser especialmente sensíveis a surtos de inflamação ou ativação do sistema imunológico, ou os problemas de coagulação do sangue frequentemente vistos em pacientes com Covid podem perturbar a função renal, disseram os especialistas.

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