POESIA CANTADA

ALMA GÊMEA

FÁBIO JR.

COMPOSIÇÃO: PENINHA.

Por você eu tenho feito
E faço tudo que puder
Pra que a vida seja
Mais alegre
Do que era antes

Tem algumas coisas
Que acontece
Que é você
Quem tem que resolver
Acho graça quando
Às vezes louca
Você perde a pose
E diz: Foi sem querer

Quantas vezes
No seu canto em silêncio
Você busca o meu olhar
E me fala sem palavras
Que me ama, tudo bem
Tá tudo certo

De repente você põe
A mão por dentro
E arranca o mal pela raiz
Você sabe como me fazer feliz

Carne e unha
Alma gêmea
Bate coração
As metades da laranja
Dois amantes, dois irmãos
Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver
Estou morrendo de vontade
De você!

Carne e unha
Alma gêmea
Bate coração
As metades da laranja
Dois amantes, dois irmãos
Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver
Estou morrendo de vontade
De você!

Quantas vezes no seu canto
Em silêncio você busca
O meu olhar
E me fala sem palavras
Que me ama, tudo bem
Tá tudo certo

De repente você põe
A mão por dentro
E arranca o mal pela raiz
Você sabe como me fazer feliz

Carne e unha
Alma gêmea
Bate coração
As metades da laranja
Dois amantes, dois irmãos
Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver
Estou morrendo de vontade
De você!

Carne e unha
Alma gêmea
Bate coração
As metades da laranja
Dois amantes, dois irmãos
Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver
Estou morrendo de vontade
De você!

Bate coração!
As metades da laranja
Dois amantes dois irmãos
Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver
Tô morrendo de vontade
De você!

OUTROS OLHARES

COMO ALIMENTOS FERMENTADOS PODEM MELHORAR SUA SAÚDE

Ingestão de microrganismos presentes no iogurte, no chucrute e na kombucha reduz os níveis de inflamação, mostra estudo

Alimentos fermentados como iogurte, kimchi, chucrute e kombucha estão há muito tempo na dieta básica em muitas partes do mundo. De fato, por milhares de anos, diferentes culturas dependeram da fermentação para produzir pão e queijo, conservar carnes e vegetais e realçar os sabores e texturas do que comem.

Agora os cientistas estão descobrindo que os alimentos fermentados podem ter efeitos intrigantes em nosso intestino. Comer esses alimentos pode alterar a composição das trilhões de bactérias, vírus e fungos que habitam nosso trato intestinal, conhecidos como microbioma intestinal. Eles também podem levar a níveis mais baixos de inflamação em todo o corpo, que os cientistas associam cada vez mais a uma série de doenças ligadas ao envelhecimento. As últimas descobertas vêm de um estudo publicado na revista Cell, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford. Eles queriam ver que impacto os alimentos fermentados poderiam ter no intestino e no sistema imunológico, e como isso poderia se comparar a uma dieta relativamente saudável e rica em fibra, cheia de frutas, vegetais, feijão e grãos integrais.

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 36 adultos saudáveis e os dividiram aleatoriamente em grupos. Um deles foi designado para aumentar o consumo de vegetais ricos em fibras, enquanto um segundo foi instruído a comer muitos alimentos fermentados, incluindo iogurte, chucrute, kefir, kombucha e kimchi.

Esses alimentos são feitos pela combinação de leite, vegetais e outros ingredientes crus com microrganismos como fermento e bactérias. Como resultado, os alimentos fermentados costumam estar repletos de microrganismos vivos, bem como subprodutos do processo de fermentação que incluem várias vitaminas e ácidos lático e cítrico.

ACOMPANHAMENTO

Os participantes seguiram as dietas por dez semanas, enquanto os pesquisadores rastreavam marcadores de inflamação em seu sangue e procuravam por mudanças em seus microbiomas intestinais. Ao final do estudo, o primeiro grupo dobrou a ingestão de fibras, de cerca de 22 gramas por dia para 45 gramas diárias, o que é quase o triplo da ingestão média americana. O segundo grupo partiu de quase nenhum alimento fermentado para a ingestão de seis porções por dia. Para chegar lá, bastam uma xícara de iogurte no café da manhã, uma garrafa de kombucha no almoço e uma xícara de kimchi no jantar.

Após o período de acompanhamento, nenhum dos grupos apresentou mudanças significativas nas medidas de saúde imunol6gica geral. Mas o grupo de alimentos fermentados mostrou reduções marcantes em 19 compostos inflamatórios. Entre eles a interleucina – 6, uma proteína que tende a ser elevada em doenças como diabetes tipo 2 e artrite reumatoide. O grupo rico em fibras, em contraste, não mostrou uma diminuição comparável.

Para as pessoas no grupo dos fermentados, as reduções nos marcadores inflamatórios coincidiram com as mudanças em seus intestinos. Eles começaram a abrigar uma gama mais ampla e diversa de micróbios, algo semelhante ao que foi observado em estudos recentes com esses alimentos. A nova pesquisa descobriu que quanto mais alimentos fermentados as pessoas comiam, maior o número de espécies microbianas que floresciam em seus intestinos. Ainda assim, surpreendentemente, apenas 5% dos novos micróbios em seus intestinos pareciam vir  diretamente dos itens acrescidos à dieta.

“Acho que havia micróbios de baixo do nível de detecção que floresceram ou os alimentos fermentados fizeram algo que permitiu o rápido recrutamento de outros micróbios para o intestino”, diz Justin Sonnenburg, autor do estudo e professor de microbiologia e imunologia em Stanford.

Níveis mais altos de diversidade do microbioma intestinal são geralmente considerados uma coisa boa. Estudos relacionaram taxas mais baixas a problemas como obesidade, diabetes tipo 2, doenças metabólicas e outros males. Pessoas que vivem em nações industrializadas tendem a ter menos diversidade microbiana em seus intestinos do que aquelas que vivem em sociedades mais tradicionais e não industrializadas.

VIDA MODERNA

Alguns cientistas especulam que fatores do estilo de vida moderno, como dietas ricas em alimentos processados, estresse crônico e inatividade física, podem suprimir o crescimento de micróbios intestinais potencialmente benéficos. Outros discutem que a correlação entre diversos microbiomas e boa saúde é exagerada e que os baixos níveis de diversidade de microbiomas comuns em nações desenvolvidas podem ser adequadamente adaptados aos dias de hoje.

Entre os especialistas, os benefícios de uma dieta rica em fibras são inegáveis. Além de ajudarem a reduzir a incidência de doenças crônicas, elas são consideradas aliadas da saúde intestinal. Os micróbios presentes nesse ambiente se alimentam delas e contribuem com subprodutos benéficos, como ácidos graxos de cadeia curta, que podem reduzir a inflamação.

Os pesquisadores de Stanford esperavam que o consumo de mais fibras teria um grande impacto na composição do microbioma. Em vez disso, o grupo que incluiu esses alimentos mostrou pouca mudança na diversidade de micróbios. Mas, quando os cientistas olharam com mais atenção, descobriram algo impressionante. Pessoas que começaram com variedade maior de microrganismos tiveram reduções na inflamação comendo mais fibras, enquanto aqueles que tinham um ambiente menos múltiplo apresentaram ligeiros aumentos na inflamação.

Ospesquisadores disseram suspeitar que as pessoas com baixa diversidade de microbioma podem não ter os micróbios certos para digerir todas as fibras que consumiram. Isso ajudaria a explicar porque algumas pessoas experimentam inchaço e outros problemas gastrointestinais desconfortáveis quando comem muita fibra. Para Suzanne Devkota, diretora da Microbiome Research do Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles, apesar dos indícios anteriores de que comer alimentos fermentados traz benefícios, a nova pesquisa fornece algumas das primeiras “evidências concretas”.

A pesquisadora sugere que uma das explicações para esses benefícios pode ser a produção de nutrientes durante a fermentação. “Quando você come um alimento fermentado, está consumindo todos os produtos químicos dos micróbios que são bons para você.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 09 DE SETEMBRO

FAÇA O SEU TRABALHO BEM FEITO

Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador (Provérbios 18.9).

Duas verdades depreendem-se do texto em apreço. A primeira é que uma pessoa relaxada no que faz não alcança sucesso em seu trabalho. Será sempre medíocre. Ficará sempre abaixo da média. O trabalhador preguiçoso jamais será perito no que faz. Nunca deslanchará na vida nem será expert em seu trabalho. Por ser acomodado, passará a vida na mesmice, sem sair do lugar. O negligente não se empenha, não trabalha até a exaustão, não se esmera no que faz. Prefere o comodismo, o descanso e o desleixo. Por não ter semeado em sua obra, sua única colheita é a pobreza. O perito no que faz assenta-se entre príncipes, pois quem semeia no seu trabalho colhe os frutos da prosperidade e do sucesso. A segunda verdade é que uma pessoa negligente na sua obra é um desperdiçador incorrigível. Desperdiça talentos, tempo e oportunidades. Desperdiça o investimento que os outros fazem em sua vida e os poucos recursos que chegam às suas mãos. O preguiçoso é um perdulário. Joga fora os bens mais preciosos: o tempo e a oportunidade. O negligente é um indivíduo ingrato, pois enterra seus talentos e arranja desculpas infundadas para não se esmerar em sua obra. A sabedoria nos leva a executar bem o nosso trabalho. Devemos fazer tudo com excelência, como para o Senhor e para a glória do Senhor.

GESTÃO E CARREIRA

SEIS DICAS PARA NÃO CAIR EM “ROUBADAS” AO USAR O PIX

O Pix vem ganhando cada vez mais aderência junto aos brasileiros.

Conforme divulgou a Febraban, a representatividade do sistema de transferências e pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) já chega a 30% – número bem superior aos 7% registrados em novembro de 2020, quando foi lançado.

E de novembro a junho, o montante em movimentações superou R$ 441 bilhões, há mais 274 milhões de chaves ativas, e o Pix está disponível em pelo menos 760 instituições bancárias, segundo dados do próprio BC.

Os números são expressivos, e novas funcionalidades devem ser anunciadas nos próximos meses – como o open banking, o Pix saque, que permitirá o saque de dinheiro em estabelecimentos autorizados, e o Pix offline, no qual o cliente poderá pagar contas mesmo sem conexão com a internet -, o que deve aumentar ainda mais o montante de usuários do Pix.

Com essa popularidade toda, Francisco Carvalho, CEO da Zipdin, techfin autorizada pelo BC e que opera através de uma plataforma 100% digital que objetiva facilitar o acesso a crédito para empresas e pessoas, acredita que o Pix tem tudo para se tornar o principal meio de pagamento no país e, consequentemente, um alvo de criminosos.

“Conforme os serviços financeiros avançam no ambiente digital, é fundamental que aumentem também os cuidados de quem faz compras ou pagamentos pelo celular e desktops

Pensando na segurança de quem usa o novo sistema, com base em recomendações do Banco Central, o CEO da Zipdin listou seis pontos de atenção:

1. Utilize apenas o site e aplicativo do seu banco para fazer pagamentos, cadastrar seu Pix ou realizar qualquer transação, e evite clicar em links recebi- dos via SMS ou por e-mail. Eles podem ser provenientes de sites falsos. E não passe nenhuma informação sobre a sua conta por telefone.

2. Não use wi-fi de shoppings, bares ou qualquer outro tipo de local público para realizar suas transferências. Pode haver vírus que colocam em risco seus dados.

3. Chave Pix à qual deve ser direcionada uma transferência é uma coisa, senha para concluir o Pix é outra. Nunca passe sua senha para ninguém, a informação a ser compartilhada para a realização de uma transação é seu CPF, e-mail, chave aleatória ou número

4. Atenção aos pagamentos por campo de proximidade, o famoso NFC. Alguns terminais para esse tipo de transação podem ter sofrido alterações para roubar dados. Se notar algo suspeito, opte por outra forma de pagamento para garantir sua segurança.

5. Desconfie dos pedidos de Pix que chegam via WhatsApp, mesmo que eles venham de números de conhecidos de amigos e parentes. A clonagem das contas de WhatsApp tem acontecido com frequência e o recomendado é sempre desconfiar, e confirmar por telefone ou pessoalmente a solicitação antes de efetuar o envio do dinheiro.

6. Cuidado com QR Codes falsos. O QR Code, sem dúvida, facilita muito o dia a dia ao agilizar as transações por meio da captura do código. No entanto, certifique-se de que o valor que consta no QR Code e o destino do dinheiro estão corretos antes de realizar pagamentos e transferências.

FONTE E OUTRAS INFORMAÇÕES: https://zipdin.com.br/.

EU ACHO …

QUATRO JANELAS

Há obras de arte por todos os lados. Enchem museus, casas, praças e livros. Impossível ver todas, conhecer sequer a maioria. Conhecimento sempre implica dizer o que deixaremos de ver e analisar, mais do que o que faremos de verdade como projeto estético. Você se casa com uma ou duas pessoas. Significa que deixou de ter a experiência conjugal com bilhões! Tudo é sempre a mesma escolha: o que deixarei de lado e jamais saberei?

Quadros são janelas. Eu olho por elas e o mundo delas me observa. Vejo e sou visto,  percorro e sou perscrutado. A experiência de um quadro é como a de um texto: o livro também me lê. Se assim não for, vira aula chata e estetizante de arte. Exemplo? ”O pintor não utilizou linhas definidas de desenho, fez sombras coloridas, definiu quase tudo pela luz e registrou um instantâneo rápido da vida e, por consequência, há a chance de ser impressionista.” A observação anterior é útil, como um dicionário o é para a literatura. É importante não confundir mestre Aurélio ou Houaiss com Fernando Pessoa ou Clarice Lispector. Gramáticas de estilos são ferramentas para entender estética e emoção, jamais a arte em si. Imagine alguém dizer que ama boa comida e, indagado do motivo, cita como se deve glaçar, reduzir um molho ou distinguir entre creme brulêe e crema catalana… Quem ama chora com a arte e não classifica os pincéis quanto ao diâmetro. Arte é janela. Por ela, algo deve sair e outra coisa deve entrar. No caminho, o diálogo que muda a vida de alguém.

Quero falar de quatro quadros fundamentais na minha vida. Só usei o critério impacto subjetivo em mim. Logo por favor, não cobrem: “Você não incluiu um pintor do Camboja ou com estrabismo convergente”. Toda escolha implica perda. A minha tem uma arbitrariedade insuperável: minha emoção.

Eu era adolescente quando o vi pela primeira vez em uma enciclopédia de arte: A Tempestade, de Giorgione (L’Accademia, certa de 1508). Não entendi. Talvez seja isso: escapou da compreensão lógica: uma mulher amamentando, um soldado, uma espécie de raio e uma cegonha branca empoleirada. Estranhamento pode ser um começo. Intrigado, passei a ler sobre ele. Há um cipoal de interpretações. O pintor veneziano deve rir da maioria. Eu tinha 32 anos quando vi a obra ao vivo, na Itália. Já tinha dado aulas sobre Goirgione. Agora estava ali, pequeno e denso, quase do tamanho da Mona Lisa de Leonardo. Já sonhei com o quadro. A Tempestade funciona como trufas: entendo quem não ame, é algo fora do espectro, diferente de uma obra ampla e alegre como as Ninfetas de Monet. Reforço: minha seleção é arbitrária.

O segundo é também da península genial: Judite Halofenes, deCaravaggio (Palácio Barberiny Galeria Nacional de Arte Antiga, cerca de 1599). Aqui tudo é mais declarado: um general morrendo, uma heroína bíblica e uma criada ansiosa pela cabeça. Tenho uma experiência como professor de adolescentes: eles estão sonolentos com a aula sobre Barroco até eu mostrar esse quadro. Todos acordam. Descrevo a cena na Bíblia. Uns riem: “Deitou com o cara e cortou sua cabeça de manhã!”. Caravaggio continua causando efeito na Contrarreforma e na juventude da internet. É forte, é dramático, é arte em qualquer sentido do tempo, da técnica à emoção. Giorgione seria Ingmar Bergman, Caravaggio é Quentin Tarantino.

Não esperem muita lógica. A terceira janela é uma linha de quadros. Falo dos murais Seagram, de Mark Rothko (em parte na Tale Gallery de Londres, a partir de 1958). Aqui não foi um amor fácil. Precisei ler um pouco, ir à Capela Rothko no Texas, dar um curso sobre o pintor e ver a peça Vermelho, Antônio Fagundes e seu filho Bruno. Por fim, o que acendeu o rastilho da pólvora ainda úmida foi o livro O Poder da Arte, de Simon Schama, com o capítulo sobre os quadros. Finalmente, fez-se a luz e, todas as vezes que vou a Londres, entro naquela sala escura da Tale e fico extático e estático. Não consigo explicar. São minhas Janelas para a não razão e para o silencio que atordoa. Se fosse uma experiência religiosa, Giorgione seria católico, caravaggio, herege, e Rothko, budista.

A quarta janela será homenageada na Bienal de Veneza de 2022. Ela é anglo­ mexicana: Leonora Carrington. O quadro Offring (e vários outros dela) está na West Dean College (West Sussex, pintado em 1957). Quase tudo simbólico e surreal, algo sombrio, como se fosse permitida que a estética se libertasse de vez da aliança com o belo. A vida repensada pela imaginação, “o leite dos sonhos”, mote da mostra de Veneza que a curadora Cecilia Alemani elegeu para a festa pós-pandemia (assim esperamos). Nunca fui apaixonado pelo surrealismo. Leonora Garrington funcionou, para mim, como o cachorrinho que se dá a alguém que, até então, dizia ser avesso a mascotes e, ao acariciar o animal, se rende ao ato que contraria o discurso. Uma mulher genial no todo e no detalhe.

Descerrei quatro janelas da minha vida. Adverti: são aleatórias. O randômico é muito revelador. Quais seriam seus quatro quadros, querida leitora e estimado leitor? Quais janelas permitem que a luz entre na sua alma ou mostram sua pupila dilatada para um novo mundo? Faça sua lista! Boa semana com novas luzes!

*** LEANDRO KARNAL

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

DÉFICIT DE ATENÇÕES

Pessoas com deficiência têm menos chances de estudo e de emprego

Um estudo do IBGE traçou o perfil do abismo que separa os 17,3 milhões de brasileiros com pelo menos um tipo de limitação de suas funções do restante da população. Dados de 2019 mostram que 67,6%dessas pessoas não possuem instrução ou concluíram só o ensino fundamental, contra 30,9% daqueles que não têm deficiência. Os mais prejudicados são os que possuem alguma deficiência intelectual, que aparecem como os mais excluídos em todos os quesitos. O estudo é parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

“Os dados refletem baixa escolaridade e pouco acesso dessas pessoas às universidades. Apenas 5% concluíram o nível superior, enquanto os sem deficiência representam um número três vezes maior. Parte disso pode ser explicada pelo fato de que muitos não estão concluindo sequer o ensino médio. Nossos números convidam à investigar se há problemas no acesso ao ensino superior, se há falta de acessibilidade”, comentou a analista do IBGE Maíra Bonna Lenzi, que participou da pesquisa, e é deficiente auditiva.  “Há um desnível muito grande educacional, se comparado com as pessoas sem deficiência.

Contribuem para os números a idade das pessoas com deficiência no país. Praticamente a metade (49,4%) tem 60 anos ou mais. Pessoas com deficiência nessa faixa etária costumam ter menor escolaridade. Há mais mulheres do que homens nessa situação. As mulheres têm expectativa de vida maior (de 80,1 anos, contra 73,1 dos homens) e acabam ficando nessa condição por causa da idade.

O estudo detalha ainda a quantidade de pessoas com deficiência em cada estado. Enquanto em todo o Brasil eles representam 8,4% da população, em Sergipe, são 12,3%, o maior índice, seguido da Paraíba (10,7%), Ceará (10,6%) e Bahia (10,3%). São Paulo tem 7,4% da população com alguma deficiência, enquanto Rio de Janeiro tem 8,1% e Maranhão 9%.

APELIDOS E PRECONCEITO

Hoje bailarina, atleta de bocha – com pretensão de ir à próxima Paralimpíada – e ativista, embaixadora da Amigos da Atrofia Muscular Espinhal (AAME-Brasil), Laíssa Silva, ou melhor, Laíssa Guerreira, como é conhecida, aos 15 anos já sabe bem o que esse desnível traduzido em números representa. Paraibana de Campina Grande, dependente da cadeira de rodas  desde os 8 anos, Laíssa viu portas de escolas se fecharem por sua condição, sofreu bullying por parte de crianças e de profissionais de educação, mas hoje, mesmo com a pouca idade, já inspira e luta pelos direitos de pessoas com deficiência.

“Já passei por muito preconceito, antes mesmo de conseguir ir para a escola. Diziam que pessoas com deficiência não podiam entrar porque dariam trabalho, porque precisariam de pessoas para ajudar e que não era responsabilidade deles. Mas era. Está na Constituição. No colégio, os próprios alunos e profissionais tinham preconceito comigo. As outras crianças me chamavam de quatro rodas, aleijada. Antes de eu parar de andar totalmente -, diziam que eu tinha um defeito, enquanto minha doença avançava rapidamente. Os pais dos outros alunos, então… só o jeito que olhavam para mim, já me colocavam para baixo”, lembra a bailarina.

Para Laíssa, o problema começa na educação de base e termina na falta de ocupação no mercado de trabalho. Ela criticou declarações dadas esta semana pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, de que algumas pessoas com deficiência atrapalham as aulas regulares.

“Temos deficiência, mas isso não nos deixa pior ou menor que ninguém. Infelizmente, vimos o que aconteceu, de o ministro falar que nós atrapalhamos. O que atrapalha, infelizmente, é o  excelentíssimo ministro, porque com essas palavras, ele acaba com a esperança e com a oportunidade de várias pessoas com deficiência. Precisamos de acolhimento e empatia e que saibam que somos pessoas normais. O que precisamos realmente é de investimento na área de acessibilidade e inclusão.

Segundo a jovem, as dificuldades enfrentadas hoje têm se traduzido em problemas que vão além dos mais variados tipos de deficiência, e têm afetado a saúde mental.

“Aspessoas estão ficando cada vez mais tristes, excluídas e dentro de casa, porque não têm sequer a oportunidade de ir à escola. É como se estivessem separadas da sociedade, como uma nuvem branca separada de um céu azul. É algo muito nítido. Isso tudo gera ansiedade, sintomas psicológicos, depressão. É muito triste você ouvir que uma criança perdeu a esperança de ir à escola, que se sente um peso, que só vai atrapalhar.

A pesquisa do IBGE mostra que o perfil médio do deficiente no Brasil hoje seria o de uma mulher (9.9% de toda a população), negra (9,7%), idosa, nascida no Nordeste ou no Norte, com baixa ou nenhuma escolaridade e oportunidades reduzidas de emprego.

DIVISÃO NA DIVISÃO

Se a educação não vai bem, a situação no mercado de trabalho também está longe de ser a ideal. O levantamento ocupacional dos brasileiros com algum tipo de deficiência , levando em consideração empregos formais ou informais, e dividindo-os entre cada tipo de limitação, mostra uma grande separação com aqueles sem deficiência, como também entre cada segmento. Hoje, apenas 2S,4 % de todos os trabalhadores do Brasil são pessoas com algum tipo de deficiência. Dentro deste percentual, as pessoas ainda mais prejudicados são as com deficiência intelectual (4,7% dos  trabalhadores), com limitações nos membros superiores (16,3%) e inferiores(15,3%).

“Embora os dados de pesquisa não façam distinção de trabalho formal e informal, mostram um desnível se comparadas as pessoas com ou sem deficiência. É uma população que está disponível para trabalhar, que poderia estar trabalhando”, comenta a analista Mafra Lenzi. “Há de se incentivar essas pessoas a entrarem no mercado de trabalho, valorizar o trabalho delas, seja formal ou informal, potencializá-los.

Fundador do Instituto Serendipidade, ONG que atua pela inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Henri Zylbentajn comentou o cenário retratado no estudo.

“A inclusão de pessoas com deficiência ainda não é uma realidade em nossa sociedade. Associações equivocadas como a de deficiência com incapacidade ou como doença são muito frequentes e contribuem para a criação de barreiras. A inclusão não deveria ser vista como um favor ou como uma obrigação legal, mas como uma solução para um mundo mais justo e plural. Informar-se sobreo tema e buscar oportunidades de convívio inclusivo costumam ser bons aliados.

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