POESIA CANTADA

A CRUZ E A ESPADA

RENATO RUSSO

A CRUZ E A ESPADA

COMPOSIÇÃO: LUIZ SCHIAVON / PAULO RICARDO

Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

Agora eu vejo
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

Agora eu vejo
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

Agora eu vejo
Aquele beijo era o fim, era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

Agora eu vejo
Aquele beijo era o fim, o fim
Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim

OUTROS OLHARES

DEZ MANDAMENTOS DO ATIVISMO ALIMENTAR

Mais do que bem-estar, dieta da vez mira ingredientes como preocupação social e ambiental

Para alguns, já não basta ser vegetariano ou flexitariano. A mudança de hábito alimentar é mais radical, uma dieta que vai além do bem-estar pessoal e inclui ingredientes como preocupação social e ambiental. Nessa sopa de letrinhas contemporânea, despontam movimentos que atendem  por nomes como Locavorismo e Climaterianismo que bebem na mesma fonte: redução de poluentes, trabalho justo e desperdício zero, entre outras bandeiras do ativismo alimentar.

Mestre em alimentação sustentável, Francine Xavier explica que ativismo neste campo é pensar o mundo a partir das escolhas que fazemos:

“Compro do pequeno produtor ou de uma grande indústria ? Se uma marca é poluente, por que não optar por outra? Se no meu estado encontro bons insumos, por que escolher os que vêm de longe? São práticas simples, que fazem a diferença.

Daniel Biron, do restaurante Teva, coloca algumas destas bandeiras em prática, como o uso de orgânicos de pequenos produtores locais.

“Ao abrir, não queríamos ser excessivamente militantes nas questões de orgânico, veganismo e sustentabilidade para não afugentar as pessoas. Mas nestes cinco anos percebemos uma mudança na mentalidade do público. E cada vez mais nos posicionamos nesse sentido”, conta.

A popularização de dietas com menos ou sem proteína animal, como o veganismo, faz parte desta tendência. A nutricionista Elaine Azevedo, do podcast “Panela de impressão” cunhou o termo “comedores políticos” para os adeptos dessas correntes.

Entre esses movimentos, estão o Climateriano, que propõe diminuir o consumo de carnes por questões ambientais, para evitar a emissão de gases e dar preferências a alimentos sazonais, que demandam menos recursos para serem produzidos. Tem pontos em comum com o Locavorismo (de locavore, local) -, que prega o consumo de  insumos produzidos por perto  -,  o Sustentarianismo – que defende, entre diversas práticas, o consumo dos alimentos da estação, a diminuição do uso de plásticos e o desperdício de alimentos – e o Reducitarianismo, que busca o bem-estar reduzindo a ingestão de carne. Todas práticas sem contra indicações.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 07 DE SETEMBRO

LÍNGUA INSENSATA, COVA PROFUNDA

A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma (Provérbios 18.7).

Uma pessoa sem juízo acaba se tornando vítima de suas próprias palavras. A língua do tolo é uma armadilha para seus próprios pés. Ele acaba caindo na cova profunda que cavou com a sua língua. A conversa do tolo é a sua desgraça, e seus lábios são um laço mortal para a sua alma. Quando um tolo fala, ele causa sua própria ruína, pois termina na armadilha das suas palavras. Foi isso o que aconteceu com Eva no jardim do Éden. Ela entrou num diálogo perigoso com a serpente. Torceu a palavra de Deus, diminuindo suas promessas e aumentando seu rigor. Sua insensatez abriu uma larga avenida para Satanás prosseguir em seu intento de levá-la à transgressão. Eva caiu na armadilha. Comeu do fruto proibido e ainda o deu a seu marido. Ambos perderam a inocência. Perderam a comunhão com Deus. Perderam a paz. Experimentaram vergonha e dor. Toda a raça humana foi atingida por essa queda. Aquilo que parecia tão inofensivo tornou-se o maior problema da raça humana. Eva tropeçou nas suas palavras e arruinou a si mesma e às gerações pósteras.

GESTÃO E CARREIRA

NEGOCIAÇÃO VERBAL

A comunicação é a base de qualquer gestão. Não existe uma instituição sem que antes se estabeleça um acordo para uma ação comum, após uma negociação, pelo menos entre duas pessoas

A negociação é uma peça-chave para qualquer estrutura organizacional. Sem uma estratégia de negociação, o processo comunicacional entrará em colapso em algum momento, trazendo danos gerais à instituição. Existem algumas formas já definidas de negociação, segundo a definição de Matus (1994):

COOPERATIVA: baseada em interesses distintos e objetivos comuns, dando lugar a um jogo de soma positiva quando as partes entram em acordo.

CONFLITIVA: baseada em interesses opostos, dando lugar a um jogo de soma zero no qual alguém ganha quando o outro perde. Isso ocorre porque as partes não querem abrir mãos de nenhum item de seus interesses.

MISTA: baseada em interesses opostos combinados com motivações distintas, dando lugar a uma negociação mista. Esse é o jogo do ganha-ganha: todos saem com seus interesses (ou parte deles) resolvidos.

John Nash, matemático norte-americano falecido em maio deste ano, ganhou o Nobel de Economia em 1994 com a sua Teoria dos Jogos, que trata exatamente das possibilidades existentes em um ambiente de negociações. Largamente utilizada em várias áreas, essa teoria demonstra as principais estratégias usadas por lados opostos de uma negociação.

Uma dica valiosa é sempre colocar o problema antes da solução; é um bom método para atrair a atenção desde que sempre se possuam opções para finalizar o problema. De forma alguma é bem-vindo um interlocutor que sempre traz à tona problemas sem solução. Quem atua dessa forma passa a ser considerado um problema também e poucos vão querer participar de uma negociação com ele.

Ocorre que um dos mais graves problemas que podem surgir durante uma negociação é quando uma das partes não abre mão de sua posição. Sobre isso, os autores Fisher e Ertel (1997) demonstram que existe uma diferença entre posições e interesses. Quando só existe uma maneira de satisfazer uma das partes, isso é uma posição: Mas, quando existem várias maneiras de satisfazer uma exigência, trata-se de um interesse. Procurar levar sempre interesses ao plano da negociação é uma boa estratégia para se criar possibilidades de resolução.

Com o processo da negociação iniciado é importante esquecer as situações ruins que ocorreram no passado e focar apenas no futuro, que será gerado graças ao entendimento mútuo. Trazer os fracassos ao momento presente pode alterar a percepção emocional das partes e gerar frustações mesmo quando diante de excelentes soluções atuais.

Manter sempre a mente aberta para as várias possibilidades que podem surgir durante o diálogo é uma regra de ouro. Isso só é possível de fato se existir uma escuta ativa e uma comunicação clarificada. Não ter vergonha de pedir mais explicações sobre o posicionamento do outro, para diminuir os ruídos existentes no curso da ação, é garantia de entendimento pleno.

No momento em que uma contenda se inicia é necessário manter uma observação contínua para avaliar se as partes estão caminhando para um acordo que possa beneficiar a instituição ou as instituições envolvidas. O gestor deve encarar esse processo como um item da engrenagem de funcionamento e não como um problema recorrente. Sempre teremos negociações e as técnicas são úteis para diminuir os riscos de falha.

Jamais um interlocutor deve focar a dificuldade na pessoa que negocia uma solução. Na verdade, um bom negociador procura ser amável com a pessoa e rigoroso com o problema. O efeito dessa atitude cria uma dissonância cognitiva que, como fenômeno psicológico, deve criar um campo emocional mais adequado à resolução.

A empatia também é parte do ferramental de uma negociação em curso. A capacidade de se colocar no lugar do outro e, de forma estratégica, usar desse instrumento para dissociar o outro negociador. Provocar no outro um pensamento deslocado de sua própria pessoa: “O que você acredita que fulano faria se estivesse em sua posição agora? Como ele veria esse problema?”. Isso oferta a possibilidade de a pessoa tirar um pouco o peso do próprio ego e abrir novas possibilidades.

O silêncio, após uma pergunta bem elaborada, pode trazer uma reflexão do outro.

Tendo em vista que todas as opções podem ser válidas no final, o bom negociador não deve atacar a alternativa de resolução apontada pelo outro. Afinal, ela pode ser a única possível para atender a posição colocada pelo outro. Quando a sobrevivência da instituição é colocada em questão, medidas extremas podem ser praticadas mesmo que não sejam excelentes opções.

Não existe solução inalcançável. Sempre teremos possibilidades, mesmo que tenhamos de abrir mão de parte de nossos interesses. Quando criança, diante da desavença de dois irmãos que disputavam um pedaço de bolo, a sábia mãe disse: “Façam assim: um corta e o outro escolhe o pedaço que quiser!”.

JOÃO OLIVEIRA – é psicólogo, mestre em Cognição e Linguagem, pós-graduado em Hipnose Clinica Hospitalar e Organizacional, em Psicologia Humanista Existencial e em Cultura, Comunicação e Linguagem. Diretor de Cursos do ISEC – Instituto de Psicologia Ser e Crescer. Autor dos livros Jogos para Gestão de Pessoas: a Maratona para o Desenvolvimento Organizacional. Saiba Quem Está à sua Frente: Análise Comportamental pelas Expressões Faciais e Comportamentais e Ativando o Cérebro para Provas e Concursos (todos pela Editora Wak).

EU ACHO …

ESTAMOS NOS TEMPOS DO IMPERADOR

Romantização da escravidão por novelas não aconteceria em um país sério

Há duas semanas, ao escrever sobre a brilhante série The Underground Railroad; disse que fui vê-la com um pouco de receio, pois como uma mulher negra brasileira, cresci vendo novelas de época que romantizam a escravidão, glorificam imigrantes europeus e expõem uma imagem depreciativa da comunidade negra.

Historicamente, movimentos negros denunciaram a tradição de canais de televisão de criar imaginários negativos de pessoas negras em novelas. Em 1999, par exempla, Sueli Carneiro escreveu sobre a novela “Terra Nostra: orgulho da época para a comunidade de imigrantes italianos, mas que reservava as mais depreciativas narrativas à população escravizada. Antes, durante e depois seguiram-se novelas atrás de novelas escritas, dirigidas e protagonizadas por pessoas brancas. No enredo,louros a personagens colonizadores, enquanto ao personagem negro e negra cabiam o “sim, senhor” ou o tronco. Quantas magníficas atrizes negras tiveram para si papeis de ridículas oportunidades…

Novelas têm um grande impacto na construção de ideários na população e de reforço de estereótipos. Com o fortalecimento da agenda da população negra, o descompasso da narrativa supremacista produziu algumas coisas interessantes. Em algum lugar da grade, na TV ou digital, em algum dia qualquer, podemos nos orgulhar de termos algo positivo sobre nós. De resto, é a programação hegemônica de sempre. Atualmente, está em curso mais uma novela dessa natureza. Do ponto de vista profissional, são produções que cumprem um papel de empregar pessoas brancas, da autoria a produção, passando pelos atores e atrizes protagonistas, direção etc. Há personagens negros, mas não são protagonistas. São pessoas brancas que detém o poder econômico no país, e enquanto grupo, adoram mecanismos para manter a concentração de renda.

Já em uma perspectiva narrativa, há o reforço da romantização da escravidão no país. Desta vez, o capítulo de glorificar dom Pedro 2. As seis da tarde, todo residente no Brasil e assinantes do canal no exterior podem ter acesso a uma peculiar versão da história brasileira, aquela que só se viu na TV. Várias cenas são curiosas, porém uma chamou a atenção. Há o inédito amor entre uma mulher bronca e um escravizado malê fugido da Bahia. O amor é repleto de insinuações de poder da mulher e de libertação do povo negro. Andando de mãos dadas, eles veem obstáculos para concretizar o amor por terceiros que não aceitam a união. Mas nada disso os abala, enquanto trocam juras de amor.

Em uma cena peculiar, Pilar, branca, está sentada em um banco de mãos dadas com Jorge, o personagem negro. Ele estava irritado, pois ela não havia sido aceita na Pequena África, local de refúgio para negros libertos e que tinha grande respeito de Pedro 2.  Irritado pela recusa, Jorge desabafa: “Só porque você é branca não pode morar na Pequena África? Como que queremos ter os mesmos direitos se fazemos com os brancos as mesmas coisas que eles fazem com a gente?

Seria mais uma cena de romantização da escravidão e de racismo reverso dramatizada para milhões de pessoas na história da maior emissora do país, não fosse a consciência, perspicácia e coragem do pesquisador e diretor de marketing do canal negro Trace Brasil, Ad Junior, que em suas redes denunciou o ocorrido: “São cenas como essa que viram verdades para pessoas desinformadas sobre o período da escravidão”.

Coube a Ad puxar para a realidade, pena que para sua conta no Instagram e não diante dos milhões de telespectadores atingidos pela narrativa: “Pessoas negras nem eram consideradas seres humanos e nem poderiam de fato segregar pessoas. Sem poder. Os brancos poderiam morar até lá no centro da Pequena África se quisessem. Eles são e eram donos de tudo”.

“Pessoas negras viviam em regime de exceção. Um homem preto sentado num banco de uma praça com uma mulher branca seria um E.T. que está visitando a sua namorada em Marte. Primeiro porque pessoas negras não podiam “vadiar”, ou seja, andar sem destino e sentar no banco da praça!’

Nos comentários, a autora fez o mea-culpa afirmando que a cena havia sido escrita no ‘longínquo” 2018 e somente depois passou a contar com a consultoria do fantástico Nei Lopes.

Sabemos que se esse país fosse sério, novelas que romanceiam a colonização nem poderiam ser feitas. E, quando feitas, no caso de um desserviço dessa natureza, seriam devidos capítulos de reparação e indenização à coletividade. Em casos reincidentes, a série seria interrompida, seus responsáveis afastados e de fato haveria preocupação em contratar profissionais negros. Mas, repito, isso se fosse em um país sério…

*** DJAMILA RIBEIRO – Mestre em filosofia política pela Unifesp e coordenadora da coleção de livros “Feminismos Plurais”

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

COMBATE À HIPERTENSÃO EM HOMENS FALHA NO PAÍS

Prevalência do problema vascular entre mulheres brasileiras caiu na última década, ao mesmo tempo em que subiu na população masculina, revela levantamento global encomendado pela Organização Mundial da Saúde

Nos últimos dez anos, o combate à hipertensão obteve números de sucesso no Brasil. O país conseguiu reduzir razoavelmente a prevalência desse problema na década passada, após vê-lo se agravando nas duas anteriores. Essa melhora, porém, foi praticamente toda puxada pela saúde das mulheres. Entre os homens, a presença desse problema continuou entre as mesmas taxas.

No ranking de incidência do problema entre as mulheres para a população entre 30 e79 anos, o  Brasil desceu da posição 19 para 52, depois de ter uma redução pequena de 45% para 42%. Entre os homens, o número subiu de 47% a 48% (o Brasil desce da posição 27 para 24 no ranking, apenas porque outros países tiveram pioras mais acentuadas.

Esse foi o cenário delineado para um novo estudo do Imperial College, de Londres, que, a pedido da OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um novo mapeamento global da hipertensão, um dos principais fatores de risco para infartos e AVCs. A entidade publicou uma nova série de diretrizes para monitoramento e tratamento do problema, junto do mapeamento global do problema.

O cenário mundial é preocupante porque o problema se agrava muito em países da África Subsaariana e da região do Pacífico. E, apesar de avanços expressivos terem sido registrados em países de renda alta e média, o aumento da população global elevou muito o número absoluto de hipertensos no mundo. Hoje há 1,28 bilhão de pessoas hipertensas no mundo, das quais 700 milhões não estão sendo tratadas.

“Quase meio século depois de termos começado a tratar a hipertensão, que é fácil de diagnosticar e tratada com baixo custo, é um fracasso de saúde pública ver tantas pessoas com alta pressão no  mundo ainda sem o tratamento necessário”, afirmou o sanitarista Majid Ezzati, professor do Imperial College e coordenador da pesquisa.

DESEQUILÍBRIO

Em muitos países existe um desequilíbrio entre a prevalência do problema entre os gêneros, com os homens em geral mais afetados que as mulheres. Não há muitos casos como o Brasil, porém, em que um dos gêneros obteve melhoras e outro não.

Segundo especialistas brasileiros da área, o Brasil e outros países da América Latina têm um traço cultural que atrapalha o monitoramento e o tratamento.

“O homem brasileiro não tem o costume de monitorar a saúde e só procura atendimento quando tem sintomas, mas, como a hipertensão é essencialmente uma doença não sintomática, o homem só busca apoio quando o problema já avançou muito”, diz o médico Luíz Bortolotto, do Incor (Instituto do Coração), presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão. “A mulher cria um hábito, porque vai ao ginecologista a partir do momento que começa a menstruar, e esse monitoramento contribui para uma identificação mais precoce.”

Segundo Roberto Dischinger Miranda diretor para a área na Sociedade Brasileira de Cardiologia, o diagnóstico tardio faz com que o Brasil desperdice a sua capacidade de combater o problema, porque o SUS está bem equipado para oferecer o tratamento, e os medicamentos são acessíveis.

“O combate à hipertensão também é por medidas não farmacológicas que incluem controle do sal na alimentação, controle do peso, estilo de vida ativo, moderação no consumo de álcool e evitar o cigarro”, afirma. “A mudança de hábitos é uma barreira forte, e no homem é uma barreira um pouco maior.”

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