EU ACHO …

ESBOÇO DO SONHO DO LÍDER

O sono do líder é agitado. A mulher sacode-o até acordá-lo do pesadelo. Estremunhado, ele se levanta, bebe um pouco de água, vai ao banheiro onde se vê diante do espelho. O que vê ele? Um homem de meia-idade. Ele alisa os cabelos das têmporas, volta a deitar-se. Adormece e a agitação do mesmo sonho recomeça. “Não, não!” debate-se com a garganta seca.

É que o líder se assusta enquanto dorme. O povo ameaça o líder? Não, pois se foi o povo que o elegeu como líder do povo. O povo ameaça o líder? Não, pois escolheu-o no meio de lutas quase sangrentas. O povo ameaça o líder? Não, porque o líder cuida do povo. Cuida do povo?

Sim, o povo ameaça o líder do povo. O líder revolve-se na cama. De noite ele tem medo. Mesmo que seja um pesadelo sem história. De noite vê caras quietas, uma atrás da outra. E nenhuma expressão nas caras. É só este o pesadelo, apenas isso. Mas cada noite, mal adormece, mais caras quietas vão-se reunindo às outras, como na fotografia em branco e preto de uma multidão em silêncio. Por quem é este silêncio? Pelo líder. É uma sucessão de caras iguais como numa repetição monótona de um rosto só. Parece uma terrível fotomontagem onde a inexpressão das caras dá-lhe medo. Nesse painel monstruoso, caras sem expressão. Mas o líder se cobre de suores porque os milhares de olhos vazios não pestanejavam. Eles o haviam escolhido. E antes que eles enfim se aproximassem definitivamente, ele gritou: sim, eu menti! Juro, acredite em mim – a sala de visitas estava escura – mas a música chamou para o centro da sala – uma coisa acordada estava ali – a sala se escureceu toda dentro da escuridão – eu estava nas trevas – senti que por mais escura a sala era clara – agasalhei-me no medo – como já agasalhei de ti em ti mesmo – que foi que encontrei? – nada senão que a sala escura enchia-se de uma claridade que não iluminava – e que eu tremia no centro dessa difícil luz – acredita em mim embora seja difícil explicar – sou alguma coisa perfeita e graciosa – como se eu nunca vira uma flor – e com medo pensei que aquela flor é a alma de quem acabara de morrer – e eu olhava aquele centro iluminado que se movia e se deslocava – e a flor me impressionava como se houvesse uma abelha perigosa rondando a flor – uma abelha gelada de pavor – diante da irrespirável graça desse bruxuleio que era a flor – e a flor depois ficava gelada de pavor diante da abelha que era muito doce das flores que ela no escuro chupava – acredita em mim que não entendo – um rito fatal se cumpria – a sala estava cheia de um sorriso penetrante – tratava-se apenas de um esbranquiçar das trevas – não ficou nenhuma prova – nada te posso garantir – eu sou a única prova de mim – e assim te explico o que os outros não entendem e me põe no hospital – não entendo que se possa ter medo de uma rosa – experimentaram com violetas que eram mais delicadas – mas tive medo – tinha cheiro de flor de cemitério – e as flores e as abelhas já me chamam – não sei como não ir – na verdade eu quero ir – não lamente a minha morte – já sei o que vou fazer e aqui mesmo no hospital – não será suicídio, meu amor, amo demais a vida e por isso nunca me suicidaria, vou mais é ser a claridade móvel, sentir o gosto de mel se eu for designada para ser abelha.

*** CLARICE LISPECTOR

OUTROS OLHARES

BELEZA SEM RETOQUES

Um movimento que se espalha nas redes sociais prega a valorização da imagem real, perdida atrás dos onipresentes filtros que produzem rostos perfeitos

Abrir o Instagram e verificar as últimas postagens dos amigos é o modo como uma multidão de indivíduos começa, segue e termina seu dia. Na tela de celular ou do laptop aparecerá um desfile de rostos perfeitos: pele sem marcas, lábios grossos, cílios volumosos, contorno primoroso. Não é a expressão da realidade, mas passa a ser, porque quase todo mundo faz igual – aplica sobre a foto nua e crua um filtro que se encarrega de apagar imperfeições. De tanto olharem para si mesmas e para os outros com uma percepção deformada pelas edições do visual, muitas pessoas acabam embarcando em uma perturbação mental que ganhou até nome e sobrenome: dismorfia do Snapchat, menção ao aplicativo de mensagens que primeiro popularizou o trânsito de fotos pessoais na web. Reagindo ao exagero, um movimento pela valorização da beleza real vem ganhando adeptos na rede: a hashtag #semfiltro já tem mais de 8 milhões de marcações, boa parte delas de celebridades exibindo seus traços naturais. “É uma questão de liberdade de escolha. Quem se expõe ao natural encoraja outras pessoas a admirar a própria imagem independentemente dos padrões vigentes”, diz a antropóloga Hilaine Yaccoub.

Mostrar uma versão melhorada de si mesma, próxima do visual das irmãs Kardashian – elas próprias aficionadas por filtros de toda espécie -, pode começar como brincadeira e virar problema. A apresentadora Ana Furtado, 47 anos, publicou um vídeo comparando seus traços originais com os modificados por efeitos. “A busca pelo impossível é nociva e atinge todas nós. É um exercido diário escapar das armadilhas da comparação”, escreveu em seu perfil, onde tem 4,8 milhões de seguidores. Asatrizes Larissa Manoela, 20 anos, e Bruna Marquezine, 25, também divulgaram fotos de cara limpa, bem como a apresentadora Patrícia Poeta (todas, claro, lindas de qualquer jeito). Paolla Oliveira, em entrevista recente, reclamou da “chatice” de ser perfeita sempre.

Na onda de exaltação da beleza natural, a influenciadora digital paulistana Dora Figueiredo, 27 anos, criou um filtro que, em vez de aperfeiçoamentos, contém frases para estimular a autoestima. Resultado: 27 milhões de aplicações. “Precisamos normalizar nossos defeitos”, pondera a sensata Dora. A estudante de publicidade Camila Hirt, 21 anos, de Brasília, confessa que adorava explorar as diversas possibilidades de efeitos em sua imagem – até se pegar consultando o preço de preenchimento labial em clínicas de estética. “Os filtros criaram incômodos que não existiam. Percebi que estava me comparando com minha própria imagem filtrada”, diz ela, que desde então reduziu drasticamente o volume de modificações.

Em grande parte por causa dos filtros, a busca por procedimentos estéticos tem, de fato, aumentado sem parar. As pesquisas no Google sobre harmonização facial e rinoplastia cresceram, respectivamente, 2000% e 700% no último ano. A dermatologista Ligia Kogos conta que muitos pacientes chegam a sua clínica em São Paulo com as próprias selfies filtradas como referência para a aparência que desejam. “A parte boa é que os médicos conseguem entender melhor o que querem. O problema é que muitas vezes isso é inatingível”, ressalta.

Sem excessos, os filtros podem, sim, ser aliados nos dias em que a imagem no espelho não agrada. A professora de ioga catarinense Gabriela Bez, 29 anos, deixou de usar Photoshop em todas as imagens compartilhadas da rotina de academia e de biquíni e recebeu muitos elogios, mas nem por isso excluiu o app do seu cotidiano. “Busco uma relação de equilíbrio. Os filtros não são necessariamente danosos, mas abandonei os que fazem intervenções radicais”, afirma. Para o psicólogo Cristiano Nabuco, a melhor forma de lidar com essas ferramentas é se questionar sempre sobre motivos e consequências. “A recomendação é não se deixar levar por aquilo que todos estão fazendo e pensar sobre o que se posta”, ensina. Em resumo, o exagero e a dependência são sempre nocivos – ainda que se esteja em busca da beleza.

Abrir o Instagram e verificar as últimas postagens dos amigos é o modo como uma multidão de indivíduos começa, segue e termina seu dia. Na tela de celular ou do laptop aparecerá um desfile de rostos perfeitos: pele sem marcas, lábios grossos, cílios volumosos, contorno primoroso. Não é a expressão da realidade, mas passa a ser, porque quase todo mundo faz igual – aplica sobre a foto nua e crua um filtro que se encarrega de apagar imperfeições. De tanto olharem para si mesmas e para os outros com uma percepção deformada pelas edições do visual, muitas pessoas acabam embarcando em uma perturbação mental que ganhou até nome e sobrenome: dismorfia do Snapchat, menção ao aplicativo de mensagens que primeiro popularizou o trânsito de fotos pessoais na web. Reagindo ao exagero, um movimento pela valorização da beleza real vem ganhando adeptos na rede: a hashtag #semfiltro já tem mais de 8 milhões de marcações, boa parte delas de celebridades exibindo seus traços naturais. “É uma questão de liberdade de escolha. Quem se expõe ao natural encoraja outras pessoas a admirar a própria imagem independentemente dos padrões vigentes”, diz a antropóloga Hilaine Yaccoub.

Mostrar uma versão melhorada de si mesma, próxima do visual das irmãs Kardashian – elas próprias aficionadas por filtros de toda espécie -, pode começar como brincadeira e virar problema. A apresentadora Ana Furtado, 47 anos, publicou um vídeo comparando seus traços originais com os modificados por efeitos. “A busca pelo impossível é nociva e atinge todas nós. É um exercido diário escapar das armadilhas da comparação”, escreveu em seu perfil, onde tem 4,8 milhões de seguidores. Asatrizes Larissa Manoela, 20 anos, e Bruna Marquezine, 25, também divulgaram fotos de cara limpa, bem como a apresentadora Patrícia Poeta (todas, claro, lindas de qualquer jeito). Paolla Oliveira, em entrevista recente, reclamou da “chatice” de ser perfeita sempre.

Na onda de exaltação da beleza natural, a influenciadora digital paulistana Dora Figueiredo, 27 anos, criou um filtro que, em vez de aperfeiçoamentos, contém frases para estimular a autoestima. Resultado: 27 milhões de aplicações. “Precisamos normalizar nossos defeitos”, pondera a sensata Dora. A estudante de publicidade Camila Hirt, 21 anos, de Brasília, confessa que adorava explorar as diversas possibilidades de efeitos em sua imagem – até se pegar consultando o preço de preenchimento labial em clínicas de estética. “Os filtros criaram incômodos que não existiam. Percebi que estava me comparando com minha própria imagem filtrada”, diz ela, que desde então reduziu drasticamente o volume de modificações.

Em grande parte por causa dos filtros, a busca por procedimentos estéticos tem, de fato, aumentado sem parar. As pesquisas no Google sobre harmonização facial e rinoplastia cresceram, respectivamente, 2000% e 700% no último ano. A dermatologista Ligia Kogos conta que muitos pacientes chegam a sua clínica em São Paulo com as próprias selfies filtradas como referência para a aparência que desejam. “A parte boa é que os médicos conseguem entender melhor o que querem. O problema é que muitas vezes isso é inatingível”, ressalta.

Sem excessos, os filtros podem, sim, ser aliados nos dias em que a imagem no espelho não agrada. A professora de ioga catarinense Gabriela Bez, 29 anos, deixou de usar Photoshop em todas as imagens compartilhadas da rotina de academia e de biquíni e recebeu muitos elogios, mas nem por isso excluiu o app do seu cotidiano. “Busco uma relação de equilíbrio. Os filtros não são necessariamente danosos, mas abandonei os que fazem intervenções radicais”, afirma. Para o psicólogo Cristiano Nabuco, a melhor forma de lidar com essas ferramentas é se questionar sempre sobre motivos e consequências. “A recomendação é não se deixar levar por aquilo que todos estão fazendo e pensar sobre o que se posta”, ensina. Em resumo, o exagero e a dependência são sempre nocivos – ainda que se esteja em busca da beleza.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 22 DE ABRIL

QUANDO A JUSTIÇA FALHA

A terra virgem dos pobres dá mantimento em abundância, mas a falta de justiça o dissipa (Provérbios 13.23).

Há pobreza que não é resultado da indolência, mas da injustiça. Há pessoas honradas que lutam com grande empenho e trabalham com grande esforço, mas não usufruem o resultado de seu trabalho em virtude do sistema perverso e injusto que assalta o seu direito. O povo de Israel foi muitas vezes oprimido por inimigos políticos. Os israelitas plantavam suas lavouras e colhiam seus frutos abundantes, mas precisavam entregar o melhor de sua colheita para pagar pesados tributos aos reinos estrangeiros. Outras vezes eram explorados pelos próprios irmãos, que em tempos de aperto lhes emprestavam dinheiro com usura e depois, com juros pesados, acabavam tomando suas terras, suas lavouras, suas casas e até mesmo seus filhos. Essa dolorosa realidade acontece ainda hoje. Temos em nossa nação uma das mais pesadas cargas tributárias do mundo. Trabalhamos à meia com o governo. Nossa terra produz mantimento com abundância, mas o injusto sistema tributário dissipa o fruto do nosso trabalho. Aqueles que, por dever de consciência, não lançam mão da sonegação gemem para pagar seus impostos. E o pior: veem, estarrecidos, essas riquezas caindo no ralo da corrupção, desviadas para abastecer contas nababescas de indivíduos inescrupulosos.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

INTOLERÂNCIA: QUE VENHAM OS DIFERENTES!

Conviver com pessoas que pensam, sentem e preferem coisas diversas daquelas com as quais estamos acostumados pode ser desconfortável, mas há grandes benefícios na diversidade étnica e religiosa, de gênero e de orientação sexual: essa convivência contribui para o amadurecimento psíquico, nos torna mais criativos. E para as empresas, pode ser muito lucrativa

A primeira coisa a ser reconhecida sobre a diversidade é que ela não é fácil. A discussão sobre inclusão está relativamente avançada em muitos pontos, mas a mera menção da palavra “diversidade” pode gerar ansiedade e conflito. Talvez seja razoável perguntar que benefícios a diversidade nos traz. Quando se trata de especialização, as vantagens parecem óbvias, pois provavelmente você não cogitaria passar por uma cirurgia delicada se não fosse com médicos preparados para cuidar do seu caso específico. Mas como reagimos se o assunto é diversidade social? Que benefício traz a diversidade étnica e religiosa.de gênero e orientação sexual? Vários estudos têm mostrado que a diversidade nos grupos pode gerar desconforto, interações ásperas, desconfiança, conflito interpessoal, dificuldades de comunicação, menos coesão, mais preocupação com desrespeito e até violência. Mas. Então, qual a vantagem de insistirmos em conviver com quem é diferente de nós?

O fato é que, cada vez mais, integrar equipes ou organizações capazes de inovar requer a convivência com formas variadas de ser e estar no mundo. Em outras palavras, diversidade intensifica a criatividade, estimula a busca de novas informações e perspectivas, levando a processos mais eficientes de tomada de decisões e solução de problemas. Em termos econômicos, a diversidade pode melhorar os resultados financeiros de empresas e levar a descobertas e inovações revolucionárias.

Do ponto de vista psicológico, o simples fato de ser exposto à diversidade pode mudar o modo como você pensa. E esse não é apenas um desejo mirabolante: é a conclusão de décadas de pesquisas realizadas por cientistas, sociólogos, economistas e demógrafos. E principalmente psicólogos.

OUTRO JEITO DE SABER

O segredo para entender a influência positiva do conceito de diversidade se baseia na informação. Quando pessoas são reunidas para resolver problemas em grupos, costumam trazer dados, opiniões e perspectivas variadas. Pense numa equipe interdisciplinar construindo um carro, formada por engenheiros, físicos, projetistas, designers, especialistas em controle de qualidade. A mesma lógica se aplica à diversidade social. Pessoas distintas em termos de etnia, gênero e outras características contribuem com informações e experiências únicas para executar uma tarefa. Um engenheiro e uma engenheira podem ter perspectivas tão diferentes quanto um engenheiro e um físico – e isso é algo positivo.

Estudos sobre organizações grandes e inovadoras mostraram isso reiteradamente. Os pesquisadores Cristian Deszó, da Universidade de Maryland, e David Ross, da Universidade Columbia, estudaram o efeito da diversidade de gênero nas principais empresas da lista Standard & Poors Composite 1500, um grupo desenvolvido para refletir o mercado acionário geral americano. Primeiro, eles examinaram o tamanho e a composição de gênero da cúpula administrativa de empresas. Em seguida, analisaram seu desempenho financeiro. Eles descobriram que a presença feminina no alto escalão administrativo leva a um aumento médio de US$ 42 milhões no valor da empresa. Deszó e Ross também mediram a “intensidade inovadora” da companhia recorrendo à proporção entre gastos em pesquisa e desenvolvimento e bens – e constataram que empresas que priorizavam inovação registravam ganhos maiores quando havia mulheres nos níveis hierárquicos superiores.

Diversidade étnica pode proporcionar os mesmos tipos de benefícios. Em um estudo realizado na Universidade do Texas, em Dallas, o professor de administração Orlando Richard e seus colegas avaliaram executivos de 177 bancos nacionais nos Estados Unidos e, em seguida, compilaram um arquivo de dados comparando desempenho financeiro, diversidade étnica e ênfase que os presidentes das instituições conferiam à inovação. Nos bancos voltados para inovação o aumento na diversidade racial se mostrou claramente associado ao melhor desempenho financeiro.

Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Banco Suisse divulgou relatório de pesquisa com 2.360 empresas ao redor do mundo. com resultados do exame de uma possível associação entre diversidade de gêneros em conselhos administrativos corporativos e desempenho financeiro. Como já era esperado, os pesquisadores constataram que empresas com uma ou mais mulheres no conselho geraram retornos médios sobre o patrimônio mais altos, menor dívida líquida em relação ao capital e maior crescimento médio.

Estudos de grandes conjuntos de dados têm uma limitação óbvia: eles só mostram que a diversidade está associada ao desempenho melhor e não que ela produz melhor desempenho. Já as pesquisas sobre diversidade racial em pequenos grupos permitem algumas conclusões causais. Mais uma vez, os resultados são claros: para grupos que valorizam inovação e novas ideias, a diversidade ajuda.

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