Quando ele diz que está perdendo tempo, os outros compreendem o que ele diz. Mas às vezes sucede-lhe sentir que está perdendo tempo – e então ele nada dirá porque os outros não compreenderão. O dia de hoje passou, por exemplo. Sua surpresa é como se não tivesse pensado no dia de hoje o pensamento que só no dia de hoje viria. O que ele teria pensado ou feito hoje não poderia ter pensado ou feito nem ontem nem amanhã, pois há um tempo de rosas, outro de melões, e não comereis morangos senão na época de morangos. Sentia que havia um tempo inadiável correspondente a cada momento. Todo o seu esforço era o de conseguir que essa espécie de hora correspondesse à própria hora que não se perca.
Aliás, percebendo que a expressão perder tempo não explicava, escolheu outra que por um instante correspondeu à verdade: aproveitar a mocidade. Mas só por um instante correspondeu à verdade. Depois aproveitar a mocidade começou a encher-se de um sentido próprio – e ele começou a aproveitar a mocidade, a modo dele, que não era seu. E ele nunca conseguiu explicar como se perdera em tal trama, a mocidade. A mocidade é mulheres? Não sei.
Interesse em artigos raros e exóticos movimenta o mercado de leilões virtuais durante a pandemia. Abertos para qualquer pessoa com saldo bancário positivo e conexão com a internet, são a distração ideal para os endinheirados
São muitos os objetos que podem despertar o olhar de um comprador. Fãs de bebidas, carros, moedas e celebridades sempre foram os tradicionais participantes de leilões que não envolvem as tradicionais obras de arte, mas isso está mudando. Sem a necessidade de frequentar presencialmente um leilão, peças como autógrafos, garrafas centenárias de uísque e até uma das primeiras antologias do escritor William Shakespeare podem receber lances por parte de qualquer indivíduo cadastrado nas principais casas de leilões do mundo. A americana “Julien’s Auctions” vai homenagear a cantora e compositora britânica Amy Winehouse com um leilão repleto de itens pessoais da artista, morta em 2011, aos 27 anos.
Vestidos, sapatos, joias e acessórios que eram sinônimos de sua personalidade serão apresentados pela primeira vez com o objetivo de arrecadar dinheiro para a Fundação Amy Winehouse, que atua em diversas causas sociais. O evento ocorrerá entre os dias 6 e 7 de novembro e até lá as peças serão expostas em diversos países, como Estados Unidos, Chile e Inglaterra. Mas já é possível dar uma espiada no catálogo que contém uma das bolsas favoritas de Amy. Em formato de coração e criada exclusivamente para ela pela grife Moschino, terá como lance inicial a bagatela de U$ 20 mil (R$ 100 mil).
Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria (Provérbios 13.10).
O orgulho só gera discussões; a arrogância só produz conflitos. Da soberba só resulta a contenda. O orgulho é uma atitude execrável. É a tendência de querer ser maior e melhor do que os outros. O orgulhoso é aquele que se coloca no pedestal e olha a todos de cima para baixo, do alto de sua tola prepotência. Sente-se superior, mais sábio e mais forte do que os outros. E não apenas isso: o orgulhoso é aquele que busca ocasiões para humilhar os outros e desprezá-los. Sempre faz comparações para exaltar suas pretensas virtudes e diminuir o valor dos outros. A soberba, porém, precede a ruína, pavimenta a estrada do fracasso e conduz à queda. Onde a soberba entra, chega com ela a contenda. Onde o orgulho desfila, provoca discussões. Onde a arrogância mostra sua cara, produz conflitos. Totalmente diferente é a postura dos humildes. Eles não se julgam donos da verdade. Têm a mente aberta para aprender e o coração receptivo à instrução. Os humildes buscam conselhos e sabem que na multidão dos conselheiros está a sabedoria. O humilde é aquele que abre mão de suas ideias para abraçar a ideia do outro, quando convencido de que encontrou melhor entendimento. O soberbo, mesmo estando errado, mantém-se irredutível, preferindo o vexame do fracasso a abrir mão de suas posições inflexíveis.
Inteligência Artificial não é papo futurista. Ela está acontecendo agora e pode ajudar a sua empresa a alavancar no mercado
Mesmo já sendo tão diluída em nosso cotidiano, a Inteligência Artificial ainda chega ao imaginário como robôs dominando o planeta e acabando com a humanidade. A boa notícia é que ela já vem dominando as comunicações, mas aliada à comunidade. Com o apelido simpático de IA, além de ser uma temática de infinitos roteiros de cinema, permite que os algoritmos aprendam sozinhos sobre o comportamento humano e possam se adaptar com certa rapidez na hora de responder a ele, tornando as entregas mais assertivas e otimizando processos. Mas isso tudo não vem de hoje. A IBM começou a desenvolver a tecnologia nos anos 1990, tendo sucesso com o robô Watson, que acabou encaminhando pesquisas que viriam depois.
Na prática, como funciona? Um dia, você seleciona filmes na Netflix e, no dia seguinte, ela oferece coisas como se pudesse ler seu pensamento. Quanto mais você clica ou consome as opções, melhor ela fica em “adivinhar” o que você quer. Isso é IA básica – algoritmos que aprendem com seu comportamento e deixam seu perfil cada vez mais personalizado.
Estudos apontam que a IA vai somar US$ 15,7 trilhões à economia global em 2030. Ficou assustado com o número? Pois basta olhar para o mercado para perceber que estamos mais perto disso do que imaginamos. Se a tecnologia já era mais do que tendência antes da pandemia, números mostram que a Covid-19 acelerou os processos de digitalização dos negócios e tornou o on-line praticamente uma nova forma de estar no mundo. Separados pelo confinamento, os cidadãos estão mais interativos do que nunca. Para se ter uma ideia, um estudo da consultoria Kantar mostrou que, em um período de dez dias de março deste ano, Facebook, WhatsApp e Instagram cresceram seu uso em 40%.
NA PRÁTICA
O que isso tem a ver com a pequena e média empresa? Absolutamente tudo! As vendas, o atendimento, a captação de fãs da marca, o pós-venda… Todos os processos podem passar pelo on-line de alguma maneira e, quanto mais o empreendedor entende seu público, maior a conversão e a qualidade de entrega. ”A proposta da Inteligência Artificial é se aliar à inteligência humana e facilitar cada vez mais a nossa vida. Aqui na Olho no Carro, aplicamos a Inteligência Artificial para gerar nosso banco de dados e fazer com que, em poucos cliques, os clientes possam levantar todas as informações de que precisam sobre determinado veículo. Também é possível aplicar a IA em programas de gestão, onde serão concentradas todas as informações de sua PME, de forma centralizada e organizada, gerando aumento no controle de todos os processos e melhora na produtividade”, conta o diretor comercial da Olho no Carro, Yago Almeida.
O CEO da B4A, que atua no segmento de beleza, Daniel Barzilay, diz que fazem uso de diversas ferramentas de IA – algumas são proprietárias, desenvolvidas por nós, e outras são soluções abertas. ”Utilizam os essa tecnologia para customizar a vivência das clientes, garantindo a melhor experiência a elas. Além disso, enviamos mensalmente para nossas consumidoras produtos exclusivos, levando em conta suas necessidades e preferências, tudo feito por meio da IA”, conta acrescentando ainda que também a empregam na seleção de produtos do portfólio do e-commerce men’s market e glam shop, dando um match com os clientes. “Isso beneficia igualmente as marcas parceiras com aumento de vendas e fidelidade do cliente à marca”, completa.
Cruzando o oceano, o head de Atuarial e Data Science da Cleer, startup de seguro de automóveis localizada na Espanha, Alejandro Schwartz, conta como a IA auxilia a rotina da empresa, já que são utilizados algoritmos de classificação e predição para entender melhor os clientes e as suas necessidades. “Graças a técnicas de machine learning e bigdata, podemos processar uma grande quantidade de dados e obter insights que nos ajudam a melhorar a precisão e a qualidade de nossa proposta de valor”, mostra.
Na indústria de seguros, segundo ele, interpretar melhor o cliente significa poder criar coberturas adaptadas aos riscos reais que cada um tem no dia a dia. Isso quer dizer: novas categorias de produtos (ou melhores combinações entre as existentes), preços mais personalizados e uma prestação de serviços cada vez melhor em tempo real. “Por último, graças a nossa estrutura e algoritmos, podemos tabelar uma melhor relação com os clientes, oferecendo feedbacks relevantes para que possam ter condutas com benefícios não somente para eles mesmos, como para a comunidade e o meio ambiente. Nossa visão é poder predizer e prevenir”, explica.
Uma vez que a proposta da empresa é mais assertiva, maior a chance de o consumidor contratar aquele seguro. Schwartz ressalta ainda que, quanto menor a empresa, torna-se mais importante reservar recursos e tempo para agregar valor, melhorar produtos e inovar.
POR FALAR EM INOVAÇÃO…
Inovação é também palavra de ordem para o CEO da Eniwine, Marcelo Abrileri. Com o Digital Sommelier, a Inteligência Artificial cria o Enoperfil, que compreende, por meio de avaliações e notas, o estilo de vinho de que aquela pessoa mais gosta, oferecendo ao usuário os produtos que devem estar mais ao seu gosto.
As possibilidades não param por aí. Marcelo Jientara é CEO da Afana AI, uma criadora de Inteligência Artificial desenhada para marketing e customer experience. ”A Alana nasceu para escalar e humanizar o relacionamento entre marcas e clientes. Apesar de parecer, ela não é um bot, URA ou Atendente de Call Center, pois estes interagem com seus clientes sempre com a mesma comunicação. Ela consegue interagir com milhares – ou milhões – de consumidores de forma rápida, personalizada, humanizada e sem ser repetitiva, efetuando interações únicas com todos os contatos realizados”, explica.
Mas como ela funciona? Jientara diz que ela identifica o perfil dos contatos e analisa o relacionamento, histórico com a marca e concorrentes, criando um mapa de comportamento e atributos sobre cada pessoa; realiza análises contextuais por meio de análises descritivas, preditivas e prescritivas das interações para coletar a intenção, o sentimento, o contexto e possíveis oportunidades; gera interações criativas e únicas, 100% personalizadas, com o tom de voz, persona, cognição e histórico da marca”, explica.
COMO FAZER ISSO?
Nossos entrevistados ajudaram a montar um tutorial prático de como iniciar a Inteligência Artificial na sua empresa. Confira abaixo.
CUIDADOS DO EMPREENDEDOR
>> Não deixe a máquina fazer tudo sozinha sem supervisão.
>> Entenda o que o sistema está fazendo e por que ele está realizando aquela ação.
>> Tenha em mente que a máquina não está certa 100% do tempo e faça análise humana dos dados apresentados e decisões tomadas pelo algoritmo.
>> Uma IA só funciona corretamente se for bem estruturada, programada, parametrizada. Então, é muito importante investir um bom tempo nessas configurações.
>> Faça testes até estar tudo pronto para deixar a solução de IA funcionar sozinha.
>> Tenha um profissional na sua equipe capaz de se comunicar com a empresa fornecedora de IA para que ele siga as recomendações da ferramenta e esteja preparado para transbordar para outros humanos aquilo que não foi resolvido pela inteligência artificial.
>> Tenha foco estratégico. Sem planejar e entender a motivação para o uso da ferramenta, você pode perder tempo e dinheiro.
>> Verifique se a solução contratada está fornecendo dados reais e precisos.
>> Fique de olho! Existem diversas soluções que não são IA, mas estão sendo vendidas como se fossem.
POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS. O QUE TER EM MENTE?
>> Além de olhar os dados em geral, fique atento aos dados sensíveis, como informações bancárias e senhas.
>> Prefira armazenamentos de forma criptografada para dados sensíveis.
>> Esteja atualizado a respeito da nova LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, que foi sancionada recentemente.
>> Para utilizar os dados dos clientes, você precisa pedir a permissão de maneira clara, inclusive se quiser fornecer informações a empresas terceiras.
>> Pergunte-se se guardar aqueles dados será realmente útil para o seu objetivo e filtre a informação de que realmente precisa.
>> Seja transparente com o cliente a todo momento a respeito do uso dessas informações.
DICAS INFALÍVEIS
>> É importante alinhar todas as áreas da empresa para facilitar o processo de aprendizado da máquina e evitar futuras dores de cabeça.
>> Responda honestamente às perguntas: eu preciso de uma IA? Se sim, onde?
>> Elabore projetos que incrementem o trabalho, pequenas interações que melhorem os processos continuamente.
>> As soluções mudam com certa frequência, então é fundamental estar sempre atento a essas alterações e novidades do mercado.
ERROS COMUNS
>> Deixar tudo na mão da máquina, sem supervisão.
>> Desejar que a IA faça mais do que é capaz de fazer – trabalhe suas expectativas.
>> Baixa compreensão na hora da programação/parametrização.
>> Poucos testes antes de pôr em funcionamento.
>> Não ter uma equipe qualificada para lidar com a tecnologia.
ALGUNS USOS DE IA NA ROTINA
>> Auxílio na escolha de produtos.
>> Na agricultura, ajudando na quantidade de água de irrigação e de compostos de adubo, conforme leituras do meio ambiente e do solo.
>> Nos hospitais, para descobrir se aquele paciente que acabou de chegar precisa ou não de internação, antes mesmo de passar por um clínico geral, de acordo com as respostas que deue as medições que nele foram feitas, bem como seu perfil pessoal.
>> Para precificação de mercadoria.
>> Para compreender comportamentos em mídias sociais.
>> Em jogos on-line, como xadrez.
>> No trajeto recomendado pelos apps de GPS.
>> Recomendações de música do Spotify.
>> Operações de investimento na bolsa.
>> Câmeras de vigilância que observam e reportam movimentos suspeitos.
O QUE MAIS POSSO FAZER?
>> Gerar insights a partir de relatórios de métricas que possam guiar passos em relação aos clientes.
>> Criar campanhas que mostrem exatamente o que o cliente quer comprar, captando novos
consumidores.
>> Aplicar IA no recrutamento de colaboradores para sua empresa.
>> Otimizar o SEO (maneira como sua empresa pode ser encontrada em mecanismos de busca).
>> Automatizar rotinas repetitivas que demandam multo tempo dos funcionários.
>> Atendimento diferenciado por chat – Chatbots de atendimento com IA vêm proporcionando interações cada vez mais orgânicas entre marcas e clientes.
>> Automatizar o departamento de marketing.
>> Melhorar o engajamento da marca com seus clientes nas redes sociais.
O perito pode observar a assinatura a fim de surpreender anormalidades gráficas, as chamadas grafopatologias, mas esse não deve ser o único critério
Não é raro pessoas acharem que por meio da observação da assinatura é possível reconhecer traços da personalidade do assinante. Será verdade? Não e sim. Não porque a assinatura, isoladamente, costuma ter poucos elementos de análise, e a maioria das firmas normalmente é estabelecida na adolescência e pouco se modifica ao longo da vida, automatizando-se, ou seja, a pessoa assina automaticamente.
Por outro lado, o exame atento da assinatura e da escrita pode revelar aspectos interessantíssimos para o perito, normalmente quando se trata de perícias póstumas retrospectivas, por exemplo em casos de anulação de testamento, quando o testador falece e os herdeiros descontentes alegam, em juízo, insanidade mental do testador.
O perito deve, nessas horas – além de examinar vários elementos, como o conteúdo do testamento, as causas da morte do testador, possíveis tratamentos psiquiátricos pregressos (quais remédios foram ingeridos etc.) –, observar a assinatura aposta na ata das últimas vontades, a fim de surpreender anormalidades gráficas, as chamadas grafopatologias.
Lembremos que a escrita manual é a impressão de pequenos movimentos psicomotores do indivíduo no papel, o que vale dizer, são gestos gráficos, os quais podem ser devidamente analisados.
Entre os dados que se observam é preciso atentar para o traço, se é forte ou fraco, vigoroso ou trêmulo, hesitante ou resoluto, rápido ou lento, alinhado ou desalinhado, indeciso, oscilante, se apresenta retoques e, o que é muito importante, se é falso ou verdadeiro.
Nesse ponto, os falsários estão cada vez mais aprimorados. Hoje usa-se o computador para a falsificação de firmas, e os métodos são deveras variados. Porém, ainda se veem falsificações manuais, algumas bem-feitas. Existem vários tipos de ardil. Todos exigem uma matriz, ou seja, uma assinatura que tenha sido feita pela vítima. Uma forma simples de copiá-la é colocando essa matriz sobre o documento a ser produzido, inserindo, entre as duas peças, folha de papel carbono, calcando sobre a matriz uma ponta dura e deslizante, a fim de marcar o documento falso. Após, cobre-se o debuxo (papel marcado pelo carbono) com tinta e apagam-se as marcas do carbono com uma borracha macia. Outro método é usar a ponta dura e deslizante sobre a matriz, pressionando-a fortemente. Terminando esse ato, no papel suporte ficará o sulco da firma transferida, que será coberto por tinta.
Há ainda outro tipo, que consiste em colocar a matriz e o papel suporte sobre um vidro e, por baixo do conjunto, uma luz forte. Dessa forma a imagem da firma verdadeira será vista por transparência, permitindo a sua recobertura direta com caneta. E tem a dita imitação livre, ou exercitada, quando o falsário reproduz muitas vezes a firma da vítima, a fim de automatizá-la até ficar satisfeito com o resultado.
Porém, se o perito for experiente e tiver outras assinaturas verdadeiras para analisar e comparar, a farsa sempre vai aparecer. Hoje em dia, com os recursos digitais, em que se tem variadas ferramentas de análise caligráfica, é fácil descobrir a fraude.
GUIDO ARTURO PALOMBA – é psiquiatra forense e membro emérito da Academia de Medicina de São Paulo.
"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos!" Ezequiel 33:11b
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