EU ACHO …

MORTES DE CRIANÇAS NEGRAS E APARTHEID BALÍSTICO

No Brasil, quando se trata de criança negra, pobre, moradora das franjas das metrópoles, a condição de barbárie nacional é diária

Do Brasil que se tornou especialista em matar crianças, com as balas que sempre encontram o alvo territorializado e racializado, as mortes de Emilly Vitoria, 4, e Rebeca Beatriz, 7, que estavam brincando na porta de casa, escalam patamares ainda mais inaceitáveis. A cada assassinato de crianças negras por bala de fuzil vem a certeza granítica, que se esgarça na pele e na voz, de que a trama de coincidências que conseguimos metabolizar foi super dosada. O crime aconteceu na Comunidade Santo Antônio, em Duque de Caixas, Baixada Fluminense, no último dia 5. A cena do pai fechando o túmulo da filha e da sobrinha com as próprias mãos foi dilacerante, uma espécie de convocação à sociedade brasileira para que a monotonia da indiferença seja interrompida em face de um quadro no mínimo brutal: só em 2020 tivemos 12 crianças baleadas em condições semelhantes às de Emilly e Rebeca.

Desde quando o tema da infância e da adolescência ingressou como expediente do reconhecimento e, portanto, da garantia de direitos, o que só ocorreu na ascensão do período moderno o Estado brasileiro, de base escravagista, sempre desconsiderou solenemente os direitos da criança. Algumas mudanças foram sopradas com os ventos da Constituição de 1988, que pavimentou o caminho do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Mas, ora, ora, eis que em pleno 2021 retrocedemos nas denúncias e reivindicações. Quando se trata de uma criança negra, pobre, moradora das franjas das metrópoles brasileiras, que ganha em Achille Mbembe à designação de topografias da crueldade, o que está em causa é a proteção da vida contra balas de fuzis. Se realmente nos deixarmos afetar pela imagem do pai e da sobrinha das meninas cimentando o túmulo das duas, atestaremos o quanto tais mortes nos devolvem ao território da barbárie, por cujas fronteiras nunca deixamos de habitar.

O efetivo engajamento em prol dos direitos da criança no Brasil exige mudanças de escala e de prioridade em torno das lutas e reivindicações até aqui empreendidas. Certamente é este o caminho para que num futuro não muito distante possamos reivindicar, na rubrica dos marcos civilizatório, por direito à escola, à alimentação, ao lazer, à moradia, à saúde das nossas crianças. Enquanto essas crianças seguem vítimas de balas de fuzil, a prioridade é o fim do apartheid balístico que vítima alvos sempre certeiros de balas quase sempre perdidas.

*** ROSANE BORGES

OUTROS OLHARES

FAÇA VOCÊ MESMO

A quarentena contaminou muita gente com a vontade de reformar ou redecorar a própria casa e de se arriscar nos trabalhos manuais

Tradicionalmente cheias antes da quarentena, as lojas da Leroy Merlin assim continuam. Houve mudanças, claro. Para a ocupação não passar dos 30%, agora só entram cerca de 200 clientes por vez. Há farta distribuição de álcool em gel e marcações na entrada e na área dos caixas para incentivar o distanciamento. A limpeza foi redobrada e o uso de máscaras passou a ser obrigatório para todos os funcionários – e também para os clientes nas cidades onde foram impostas pelo poder público.

Incluída na lista de atividades essenciais por vender material de construção, a rede de origem francesa ficou fechada por apenas uma semana no Brasil, logo no início do surto viral. Das 43 unidades espalhadas pelo país, 41 retomaram as atividades. O intuito, expresso em todos os canais de divulgação da marca, é atender ”emergências do lar e da construção civil”.

Mas, a bem da verdade, o que levou muita gente a furar a quarentena para bater perna na Leroy foi a vontade incontrolável de repaginar a própria casa. ”Ficamos surpresos com a quantidade de clientes decididos a fazer melhorias neste momento”, diz Paulo José, diretor de comunicação da rede. Sua explicação para o fenômeno: ”As casas nunca foram tão frequentadas como agora, e problemas que eram imperceptíveis passaram a incomodar”. Aumentaram, por exemplo, as vendas de tintas e plantas. Registrou-se, também, a inusitada e elevada procura pelo material necessário para a montagem de balanços. ”Estão sendo instalados em salas de estar para entreter crianças e adultos”, acredita José. Sobre o impacto da pandemia no faturamento, não divulgado, diz o seguinte: ”Como qualquer empresa de varejo, não dá para dizer que estamos crescendo no cenário atual”.

Dificuldades à parte, ele aposta que o do it yourself, ou DIY, a versão anglófona do bom e velho ”faça você mesmo”, sairá fortalecido – a rede prefere usar um termo enferrujado, ”bricolagem”. A profusão de influenciadores digitais que ganham a vida ensinando a confeccionar móveis e acessórios confirma que a cultura de arregaçar as próprias mangas já andava em alta. Um deles é o curitibano Paulo Biacchi, que viu a audiência de seus vídeos e posts crescer durante a quarentena. O mesmo vale para arquitetos especializados em decoração, a exemplo de Maurício Arruda, apresentador do programa Decora, do GNT. Quer entrar na onda? Conheça a seguir quais são as novas tendências do design de interiores, saiba como acertar na compra de móveis sem sair de casa e como virar expert em organização e jardinagem, entre outras atividades manuais. Boa leitura, boa reforma e bons trabalhos.

CASA SÓ PARA DORMIR? NÃO MAIS

Ao se converter em influenciador digital do ramo do it yourself, o curitibano Paulo Biacchi, de 40 anos, se impôs o desafio de só ensinar a confeccionar produtos que, no fim das contas, pareçam ter sido comprados prontos. ”O comum nessa área eram dicas com papelão e cola quente, mas por que não ensinar a usar a parafusadeira, o serrote?”, indaga ele, que é formado em desenho industrial. ”Para quem confeccionou algum produto não há maior satisfação do que ouvir alguém perguntar: ‘Você comprou onde?”’ Com 452.000 inscritos em seu canal no YouTube e 161.000 seguidores no Instagram, Biacchi elaborou tutoriais que ensinam desde a pintar a geladeira até a montar uma bancada com decks de madeira para a pia da cozinha. Ele e a mulher, a designer Carol Armellini, são donos do estúdio Fetiche, que elabora produtos para redes como Artefacto e Tok & Stok. O casal trocou Curitiba por São Paulo há cinco anos. Com dois filhos pequenos, mudou de apartamento em maio, em plena quarentena, felizmente no mesmo prédio, em Cerqueira César. ”Como todo mundo, estou descobrindo cada canto de onde vivo e tentando resolver o que não funciona”, conta. ”Tenho a impressão de que ninguém mais vai encarar a casa como ‘um lugar só para dormir’.”

INVESTIMENTOS DE LONGO PRAZO

Maurício Arruda conversou, por telefone, sentado no chão da cozinha. É o único local do apartamento dele, na Bela Vista, em São Paulo, onde bate sol pela manhã. ”Como muita gente, só agora descobri como minha casa funciona ao longo do dia”, diz o apresentador do Decora, do GNT. O período de reclusão também o levou a pôr urna poltrona perto da janela da sala, onde bate sol à tarde, e a raspar o cabelo. Segundo o arquiteto, um saldo inegável da quarentena é a percepção generalizada da importância de investir na própria casa. ”A quantidade de gente que decidiu fazer pequenas reformas sozinha ou está planejando transformações maiores é enorme”, afirma. Em sua visão, os cômodos sociais sairão fortalecidos. ”A curto ou até no longo prazo, receber pequenos grupos de amigos e familiares será um hábito mais corriqueiro do que marcar encontros em bares e restaurantes”, prevê. Diretor criativo do escritório de arquitetura Todos, ele está decidido a continuar trabalhando no esquema home office até o fim do ano. É essa empresa que toca as reformas destrinchadas pelo Decora – perto de 120 desde que Arruda assumiu o comando do programa em 2015. Interrompida pela pandemia, a gravação de novos episódios deve ser retomada no próximo mês.

A OPÇÃO PELO APÊ ”PINTEREST”

Era a consequência recorrente: aluguel em conta, paredes detonadas. Três anos atrás, o fotógrafo Matheus Ilt, de 25 anos, precisou se render à equação para conseguir morar com o namorado num apartamento no centro de Curitiba. Filho de um pedreiro faz-tudo, resolveu ele mesmo repaginar o endereço, a começar pela fiação elétrica em petição de miséria. Em seguida atualizou a pintura, privilegiando faixas horizontais com cores fortes. ”Ficamos em dúvida se valia a pena investir em um imóvel alugado, mas decidimos que moraríamos em um apartamento ‘pinterest’ ”, diz, em referência ao aplicativo de fotos. Ilt ainda repaginou um armário embutido e construiu uma bancada para a cozinha, entre outras mudanças. Tudo sem ajuda externa e devidamente registrado no YouTube, no qual soma 190.000 inscritos, e no Instagram, onde amealhou quase 300.000 seguidores. O sucesso das postagens o levou a deixar a fotografia de lado e a investir na carreira de influenciador digital do segmento do it yourself. ”Dou soluções para quem não pode gastar muito com decoração, como eu, e que não envolvam mudanças de alvenaria”, resume ele, que adotou o cabelo rosa como marca registrada e o slogan ”Senta que lá vem reforma”. ”Desde o início da quarentena, que cumpro à risca, a procura pelas minhas dicas cresceu muito”, conta.

SOBE E DESCE ESTÉTICO

O que é tendência e o que deixou de ser no mundo da decoração

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 04 DE FEVEREIRO

RIQUEZAS, UM FRÁGIL BORDÃO

As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte (Provérbios 11.4).

Há dois mitos acerca das riquezas. O primeiro é que as riquezas produzem felicidade. Há muitos que se casam e se divorciam por causa das riquezas. Outros morrem e matam por causa do dinheiro. Há aqueles que se corrompem e são corrompidos pelo amor ao dinheiro. Contudo, quando chegam ao topo dessa pirâmide social, descobrem que a felicidade não está lá. O apóstolo Paulo diz que aqueles que querem ficar ricos caem em tentação e cilada e atormentam a sua alma com muitos flagelos. O segundo mito é que as riquezas produzem segurança. O dinheiro oferece uma falsa segurança. Por essa razão, o apóstolo ordena aos ricos que não coloquem sua confiança na instabilidade das riquezas, mas em Deus. O sábio diz que as riquezas de nada aproveitam no dia da ira; ao contrário, elas podem atrair ainda maior fúria e devastação. Porém, a justiça livra da morte. Os justos são aqueles que foram justificados por Deus, estão sob o manto da justiça de Cristo, e sobre eles não pesa mais nenhuma condenação. É melhor ser justo do que ser rico. A riqueza sem justiça é pobreza; a justiça, ainda que desprovida de riqueza, é grande tesouro. No dia do juízo o dinheiro não nos livrará, mas revestidos com o manto da justiça de Cristo estaremos seguros.

GESTÃO E CARREIRA

ORDEM NA CASA

Depois da Lava Jato, 59% das empresas brasileiras investiram em políticas de compliance e criaram um boom de contratações na área.

Todos sabemos: a cueca é uma das aplicações financeiras mais populares no Brasil. O resto do mundo também tem ciência disso. O país ocupa o 106° lugar entre 180 países no índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado pela ONG Transparência Internacional. Cada nova edição do índice é um 7 X 1. Na mais recente, de 2019, aparecemos com 35 pontos. É a nossa pior posição desde 2012, e mesmo patamar de países como Albânia, Egito e Cazaquistão. Na cabeça do ranking, há 22 países com mais de 70 pontos – entre eles o Uruguai, numa demonstração de que você não precisa ser escadinavo ou neozelandês para fazer bonito nessas listas.

Todo mundo associa corrupção a governo. Mas nem sempre precisa haver dinheiro público no esquema para que surjam grandes problemas. Que o diga o IRB Brasil. Em 2020, a resseguradora assumiu que foi vítima de diretores corruptos, que roubaram RS 60 milhões do caixa da companhia – no meio do caminho, essa turma fraudou balanços e lançou o boato de que o conglomerado Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, iria comprar uma fatia da empresa (desmentido imediatamente pela Berkshire). Feio. E o IRB Brasil, que antes era uma empresa vista com bons olhos pelos investidores, perdeu praticamente todo o seu valor de mercado.

Ainda pior foi o caso da Enron, uma gigante de energia dos EUA. Em 2011 descobriu-se que a companhia usava lacunas contábeis para esconder mais de USS 25 bilhões em dívidas e inflacionar seus ganhos, de modo que os diretores garantissem seus bônus. Resultado: os acionistas perderam mais de USS 74 bilhões com o desabamento das ações da empresa, e ela foi à falência.

Histórias com o a da Enron e a do IRS parecem pequenas traquinagens perto dos esqueletos que a Lava Jato tirou do armário a partir de 2014, fazendo uma devassa no esquema de suborno das maiores empreiteiras do país e do uso da Petrobras como caixa eletrônico, entre outros desvios de conduta e de dinheiro.

A operação da Polícia Federal, de qualquer forma, levou a uma consequência interessante. Segundo uma pesquisa da Câmara Americana de Comércio no Brasil, 59% das organizações brasileiras investiram em melhores políticas de compliance após a Lava Jato. E essa maior preocupação em prestar contas acabou movimentando o mercado de trabalho para os profissionais da área.

O termo compliance vem de comply, que significa agir de acordo com as regras. Ou seja, dentro do ambiente corporativo, a área é responsável por garantir que as leis e regulamentos internos estão sendo cumpridos à risca. Também é função da área a criação de códigos de conduta, auditorias, controles de gestão de riscos, ações de prevenção, monitoramento de dados contábeis e a criação de canais de denúncias.

A profissão já é antiga, diga-se, e vem se desenvolvendo nas últimas décadas. “Depois da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, as agências reguladoras passaram a ser mais rigorosas e os bancos viram a necessidade de gerar credibilidade para o negócio. Foi quando surgiu o profissional responsável por verificar se as instituições tinham solidez e estavam de acordo com as normas exigidas na época. De lá para cá, já surgiram diversas legislações nesse sentido”, diz a presidente da Associação Nacional de Compliance, Elise Brites.

No Brasil, a área ganhou importância no início dos anos 1990 com a abertura comercial e chegada de multinacionais que exigiam de seus parceiros e fornecedores políticas de compliance. Mesmo assim, a Lei Anticorrupção, que prevê penalidades a corruptos corporativos, só foi criada em 2013.

PROFISSIONAIS MULTIDISCIPLINARES

Por muito tempo, as funções da área de compliance estavam dentro do departamento jurídico das companhias. E o motivo é que lá no início, no pós-1929, o compliance era visto apenas como uma adequação de alguns processos da empresa para que ela se mantivesse dentro da lei. Ainda há muitos advogados na área. O entendimento hoje, porém, é de que esse é um setor estratégico. Não se trata apenas de reduzir riscos jurídicos, mas também de aumentar a credibilidade da companhia no mercado. Por conta disso, o compliance se tornou uma área multidisciplinar. Agora ela conta também com profissionais de administração, contabilidade, recursos humanos, tecnologia, engenharia. Para trabalhar com compliance, o ideal é fazer uma pós-graduação na área (há várias) e cursos de curta duração sobre normas anticorrupção, antissuborno, governança corporativa, controles internos – entre outros semelhantes que envolvam a área de atuação da companhia.

“O principal é entender do negócio da empresa. Cada setor da economia tem as suas próprias normas e regulamentações. Se você trabalha no compliance de uma empresa de saúde e migra para uma de mineração, vai ter de se adaptar, se especializar no novo setor”, afirma Cláudio Carneiro, professor da pós em Compliance da FGV e vice-presidente do Ethical & Compliance International Institute.

Mas não basta se tornar um robô com todas as normas e códigos na cabeça. Se você não souber lidar com pessoas, vai dar ruim. “Acho que um dos maiores desafios é a parte da comunicação, porque o profissional precisa conversar com todos os níveis da empresa, desde o diretor até o operador de máquinas. É preciso saber fazer isso de maneira clara, para que todos os funcionários entendam o código de conduta”, completa Elise.

MUDANDO DE CARREIRA

Lilian Nascimento, de 30 anos, faz parte do grupo de profissionais que decidiram sair da sua área de formação e desbravar o mundo do compliance. Nascida nos EUA e filha de brasileiros, ela foi criada em Brasília, onde estudou Ciências Políticas e começou a sua carreira numa consultoria, ainda na faculdade.

Em 2013, ela passou no processo para trainee do Grupo Votorantim e se mudou para São Paulo. Na época, começou a trabalhar no setor de relações governamentais da Fibria – um dos negócios do grupo -, mas o seu mentor do programa de trainee era da área de GRC (Governança, Riscos e Compliance), e a incentivou a conhecer mais do setor. “Trabalhei na parte de assuntos corporativos por um ano e meio até que, em 2015, surgiu a oportunidade de atuar em compliance e contratos internos.

“A Fibria era uma empresa com capital aberto na Bolsa de Nova York e tinha uma área muito forte de controles e legislação.

Então, topei fazer a mudança de carreira”, relembra. O que ela gostou mais na área foi o dinamismo. “Não tem um dia que não apareça alguma situação mais complexa que você tem que parar para analisar. E, como não tem um curso de graduação específico, cada um da equipe tem uma visão diferente. Resolver esses quebra-cabeças, garantindo a conformidade, é muito legal.”

Ela também lembra que não é trivial se manter atualizado. “Hoje, eu sei quais são os riscos da empresa. Mas amanhã pode ter uma expansão, um novo tipo de negócio ou uma mudança de setor, e aí vão ser outros riscos. Um exemplo é a Lei Geral de Proteção de Dados, que demanda cuidados que antes não existiam”. Lilian ficou na Fibria até a fusão com a Suzano, em 2019. Então se mudou para a área de compliance da Votorantim Cimentos, e segue por lá.

UM DIA NA VIDA

ATIVIDADES CHAVE

Acompanhar processos internos para garantir o cumprimento de leis, normas e do código de conduta da empresa; desenvolvimento de atividades e treinamentos de prevenção a fraudes; auditoria interna e externa (em fornecedores, por exemplo); criação de canais de denúncia.

PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS

Habilidade em comunicação e uma visão geral sobre o negócio da companhia.

PONTOS POSITIVOS

Em boa parte dos casos, não há tédio. Trata-se de uma profissão dinâmica, em que você precisa se reinventar o tempo todo.

PONTOS NEGATIVOS

A oferta de emprego não é uma maravilha, já que pequenas e médias empresas não costumam ter um setor de compliance.

O QUE FAZER PARA ATUAR NA ÁREA

Pós-graduação em compliance e cursos de especialização em governança, anticorrupção e sobre o setor em que a empresa atua.

QUEM CONTRATA

Grandes empresas, multinacionais e consultorias.

SALÁRIO

Até R$ 8.500 (Analista)

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

TERAPIA INFANTIL, ISSO FUNCIONA?

Agressividade, mau comportamento e baixo rendimento escolar. Por vezes, é difícil contornar essas situações com a criança, não é mesmo? Por isso, cabe um alerta: essas atitudes podem expressar alguma dificuldade ou frustração que os pequenos estejam passando…

Filho de pais se parados, Renato, de 8 anos, mora com a mãe e passa a maior parte do tempo com os avós maternos. O pai se casou novamente, e a mãe tem um namorado. Suas queixas: medo de vento, da chuva, de dormir sozinho e do escuro. Além disso, apresenta baixo rendimento escolar e possui uma alimentação descontrolada.

Foi com essas características que Renato chegou às mãos de Adriana Nabahan Braga, psicóloga especialista no desenvolvimento infantil e adolescente e mestre em educação. “Ele veio encaminhado pela escola, pois a professora percebeu um sofrimento grande, com dificuldade, inclusive, para lidar com os conflitos aparentes”, relata a profissional, que deu início imediato a um tratamento com base nos preceitos da terapia infantil.

A psicoterapia infantil é uma prática da psicologia que trabalha com o objetivo de favorecer o bem-estar e a qualidade de vida da criança e de sua família. Essa prática também é útil na prevenção de problemas familiares e infantis e na redução de dificuldades já instaladas em casa. Geralmente, os pais ou os professores encaminham a criança para um acompanhamento psicoterápico quando observam algum comportamento não usual que os preocupa.

No caso de Renato, o tratamento, que contou com o total apoio dos pais, que, por sua vez, cumpriram com o combinado a respeito da rotina, durou 18 meses. “Trabalhei com interferência tanto de sessões semanais com ele quanto com as famílias envolvidas”, conta Adriana, que acrescenta: “também fiz contatos semanais com a escola para coleta de dados e informações necessários para o trabalho conjunto com toda a equipe pedagógica”.

Os sintomas desapareceram, Renato ficou mais seguro, com uma expressão mais alegre e comunicativa, falando dos conflitos com mais naturalidade e conseguindo lidar melhor com as próprias emoções.

QUANDO A TERAPIA SE FAZ NECESSÁRIA

Existem alguns exemplos de comportamentos infantis que são indicativos da necessidade de ajuda profissional. Bater, morder, chutar ou empurrar pessoas, destruir objetos, roubar e mentir em excesso, ser muito quieto, ter dificuldades para fazer amigos, ser muito tímido ou parecer triste são os mais comuns.

Entretanto, crianças que adoecem muito, que não obedecem aos pais, que apresentam dificuldade de aprendizagem ou têm déficit de atenção na sala de aula também podem ser beneficiadas com sessões de psicoterapia infantil. “Como a terapia promove o exercício da observação do comportamento, o profissional consegue identificar se aquilo que a criança vem fazendo é normal ou não”, explica Adriana Nabahan Braga.

A presença dos pais é sempre fundamental e eles são convidados pelo terapeuta a participar de uma entrevista inicial e, depois, de discussões sobre as mudanças alcançadas. “Um dos objetivos da terapia é fornecer conhecimento aos pais para que possam participar ativamente da melhora de suas interações com seus filhos”, diz a profissional. Isso porque, geralmente, as crianças levadas à terapia possuem relações familiares muitas vezes marcadas por brigas e discussões que acabam levando ao sofrimento de todos – sem contar nos sentimentos de culpa, arrependimento e insegurança. Desse modo, os pais encontram na terapia orientações sobre as maneiras corretas de lidar com as dificuldades.

QUANDO PROCURAR UM PSICÓLOGO

É importante buscar ajuda quando a criança apresenta:

*** Dificuldade para realizar tarefas simples do cotidiano devido aos seus pensamentos e suas emoções estarem interferindo negativamente;

*** Atraso no desenvolvimento cognitivo ou psicomotor;

*** Mudanças bruscas de comportamento;

*** Perdas, seja separação dos pais, quebra de vínculo com pessoas muito próximas ou morte;

*** Problemas em seus relacionamentos com a família, na escola ou outros meios de convivência social;

*** Agressividade;

*** Timidez;

*** Apatia;

*** Dificuldade de interagir com outras crianças;

*** Baixo rendimento escolar;

*** Distúrbios alimentares;

*** Agitação excessiva;

*** Medos e fobias;

*** Depressão;

*** Enurese (incontinência urinária);

*** Encoprese (incontinência ou retenção fecal);

*** Dificuldade em lidar com situações inesperadas, como o nascimento de um irmão ou mudança de escola;

*** Ansiedade excessiva;

*** Anorexia e bulimia.

1. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PSICOLOGIA, PSICANÁLISE E PSIQUIATRIA? QUAL DELAS VALE PARA AS CRIANÇAS?

A psicologia é uma ciência que estuda o comportamento psíquico e emocional do ser humano, área de atuação do psicólogo. É o mais recomendado para crianças, por atender a técnicas voltadas para a sua realidade, sempre respeitando a idade. Já a psicanálise pode ser trabalhada por profissionais formados em áreas diversificadas, uma vez que estuda traumas do passado que precisam ser trazidos para o consciente. Assim, para crianças, se torna algo muito abstrato, sendo, portanto, mais recomendado para adultos. Por fim, por psiquiatria entende-se uma área médica cujo tratamento introduz medicamentos.

2. O QUE É PSICOTERAPIA?

Psicoterapia é um trabalho desenvolvido com técnicas projetivas que auxiliam no diagnóstico e nas interferências adequadas a cada indivíduo. É um trabalho que pode ser feito em grupo ou individual, atendendo desde crianças até adolescentes e adultos. Pode, ainda, ser feita como terapia de casal ou família, dependendo da necessidade e da queixa apresentada por quem procura ajuda. No caso da criança, ela pode ser encaminhada ao profissional tanto pela escola, por apresentar inadequações comportamentais que a prejudicam no desenvolvimento físico ou psíquico, quanto pela própria família, ao notar algo de estranho no comportamento dela. O objetivo da terapia é o ajuste de processos emocionais e a adaptação para uma vida social mais saudável.

3. COMO FUNCIONA A PSICOTERAPIA INFANTIL?

A psicoterapia infantil funciona com sessões semanais e, se necessário, às vezes até mais de uma sessão por semana, dependendo do diagnóstico. Ela pode ser feita de maneira individual (somente o terapeuta e a criança), ou contar com a presença da mãe e/ou do pai. Durante o tratamento, o profissional utiliza técnicas e levantamento de dados como subsídios para o diagnóstico preciso e, consequentemente, o tratamento correto. Vale lembrar que a interferência com a criança é sempre bastante lúdica, com uso de estímulos próprios para cada idade.

4. COMO A TERAPIA PODE AUXILIAR CRIANÇAS COM PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS, COMO DESOBEDIÊNCIA ÀS REGRAS DA CASA, BRIGA COM OS IRMÃOS, FALTA DE ORGANIZAÇÃO?

A terapia infantil sempre resolve quando ocorre o comprometimento dos responsáveis pela criança. Assim, pai e mãe têm papel fundamental no sucesso do trabalho. A criança, muitas vezes, chega até mim com muita insegurança, com necessidade de referenciais e com a autoestima comprometida. Cabe a mim auxiliar não apenas à ela, mas também à família, para que todos se conscientizem dessas necessidades da criança, que são reais. Com o tempo, o pequeno vai se fortalecendo com os estímulos e as respostas positivas tornam-se evidentes.

5. QUAIS OUTROS COMPORTAMENTOS INFANTIS PODEM SIGNIFICAR A NECESSIDADE DE PSICOTERAPIA?

Agressividade, introspecção, rebeldia, defasagem escolar, hiperatividade, sintomas de medo, déficit de atenção ou até mesmo quadros patológicos de doenças. Um motivo bastante comum que leva crianças aos consultórios terapêuticos é o caso de separação dos pais e de perdas de pessoas queridas.

6. A TERAPIA É, ENTÃO, UM BOM CAMINHO PARA RENOVAR O COMPORTAMENTO INFANTIL?

Com certeza, ela é sempre o melhor caminho. A renovação do comportamento da criança é benefício imediato para ela e para todos com quem ela convive. Levar um filho para a terapia significa encaminhar a família para um novo contexto de vida, com reformas, mudanças e adaptações nas rotinas, hábitos, regras e limites. Ao longo do processo, a criança vai se sentindo mais segura, se posicionando diante dos conflitos e passando a lidar melhor com suas frustrações, o que leva as pessoas do seu meio a perceberem e ressaltarem com ênfase tais mudanças.

7. EM QUAIS CASOS A TERAPIA É REALMENTE INDICADA E A PARTIR DE QUAL IDADE?

A terapia é indicada quando os comportamentos da criança se tornam repetitivos, prejudicando a rotina e o desenvolvimento social e emocional dela. A idade ideal é a partir dos 3 anos, quando as sessões acontecem com o acompanhamento dos responsáveis. Mas vale lembrar que cada caso requer uma avaliação e, depois, uma interferência diferenciada. Entretanto, em regra geral, quanto mais cedo se puder contar com a ajuda de um profissional, melhor será o resultado conquistado. Diante disso, os pais devem ficar atentos para conseguir contornar o comportamento da criança.

8. A PARTIR DE QUANTO TEMPO DE ANÁLISE OS PAIS PODEM AVALIAR AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO DO FILHO?

Geralmente, as crianças respondem muito bem e rapidamente às sessões, principalmente quando há comprometimento e participação dos responsáveis. O resultado, portanto, pode aparecer já nos primeiros seis meses – mas ainda assim é muito variável de caso para caso.

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