EU ACHO …

CAIU NAS REDES …

A exclusão de Donald Trump do Twitter e de outras plataformas é um bom ou um mau sinal?

Em um texto muito difundido entre a extrema-direita norte-americana, The Dark Enlightemment, escrito pelo filósofo inglês Nick Land, é reproduzida a seguinte frase de um dos apoiadores de Donald Trump, o fundador do Pay-Pal, Peter Thiel: “Não acredito mais que liberdade e democracia sejam compatíveis”. Desde a primeira campanha eleitoral, Trump parece ter seguido esse ditame, conseguindo articular a extrema-direita em seu apoio, lançando nas redes digitais toda a sorte de desinformação, da simples mentira à descontextualização de fatos. Após perder as eleições de 2020, tentou golpear a democracia.

Com pronunciamentos que visavam mobilizar suas hordas radicais, da supremacia branca aos ativos militantes do 4chan, acusou sem evidências, sem provas, que sua derrota não teria sido legítima, que ela ocorreu devido a uma fraude eleitoral.

Trump praticou diversos crimes durante a sua gestão. O que gerou uma fracassada tentativa de impeachment. Ao perder as eleições, amplificou seus ataques à democracia. Inflamou seus partidários, conclamou sua base para agir.

Suas atitudes culminaram com a invasão do Capitólio. Em seguida, foi bloqueado em algumas redes sociais on-line. Logo, gente comprometida com a defesa da democracia aplaudiu as plataformas de relacionamento que adotaram essa postura. Diante da ausência de ação das autoridades judiciárias, cabia ao Twitter o bloqueio da conta do presidente.

O episódio articulou diversos elementos bem problemáticos. O primeiro foi a inação do Ministério Público, que não agiu como deveria diante do ataque frontal à Constituição. Segundo, nos Estados Unidos, o bloqueio de expressões públicas, mesmo a de grupos como a Ku Klux Klan, é demasiadamente controverso.

Terceiro, a censura privada é bem mais tolerada, principalmente a executada pelas plataformas de relacionamento, autointituladas redes sociais. Quarto, existe uma crença amplamente disseminada da neutralidade política e ideológica das plataformas.

A transferência da defesa da democracia e de decisões que deveriam caber ao Poder Judiciário para as estruturas privadas tem como efeito colateral o fortalecimento do arbítrio e do poder privado sobre o interesse social. Alguns leitores e leitoras poderiam afirmar: as redes sociais são espaços privados e podem bloquear quem elas quiserem. Aí está um dos maiores equívocos. As plataformas de relacionamento social colocam-se como espaços públicos e fazem de tudo para atrair as conversas do cotidiano para o seu interior. Dessa prática retiram os lucros. São estruturas privadas, verticalizadas, que se colocam como espaços digitais nos quais deve ocorrer a conversação social, ampla e particular.

Nenhum debate e nenhuma campanha massiva, política, cultural ou comercial podem ser bem-sucedidos, hoje, sem interações nessas redes de relacionamentos sociais. Nelas ocorrem as principais inter-relações no cenário digital, na internet. Repare que, no início de 2020, o Facebook ultrapassou o total de 2 bilhões de usuários, o YouTube transpôs a marca do 1,9 bilhão, o WhatsApp chegou a 1,5 bilhão, o Instagram atingiu 1 bilhão e o Twitter suplantou 326 milhões de inscritos.

O grande número de usuários é o ativo estratégico dessas plataformas, que, na economia da atenção, as torna indispensáveis para o marketing e para a comunicação em geral. Além disso, as plataformas concentram um poder econômico gigantesco e nunca visto. O maior grupo de mídia tradicional do Brasil, a Rede Globo, faturou em 2019, aproximadamente, 14 bilhões de reais, o equivalente a 3,8 bilhões de dólares. No mesmo ano, o faturamento do Twitter, a 15ª rede social em número de usuários do mundo, foi de 3,4 bilhões. O faturamento do Grupo Alphabet, controlador do Google e do YouTube, atingiu 161,8 bilhões de dólares. O Facebook e suas empresas, que incluem o WhatsApp e o Instagram, faturaram 70,7 bilhões. A soma do faturamento unicamente dessas duas corporações perfaz a quantia de 232,5 bilhões de dólares. É importante ressaltar que a receita das cinco grandes plataformas norte-americanas (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft), no mesmo ano, atingiu 899,093 bilhões de dólares. Mas, o que isso representa na economia mundial?

Para responder à questão, vou comparar a soma do faturamento dos grupos Alphabet e Facebook com o PIB de alguns países. Em 2019, o Brasil teve um Produto Interno Bruto de 1,83 trilhão de dólares. A receita das duas plataformas no mesmo ano correspondia a 12,6% do PIB brasileiro. Equivalia a 52,2% do PIB da       Argentina., 71,8% do PIB da Colômbia, 82,3% do PIB do Chile, mais que cinco vezes o PIB da Bolívia e quatro daquele do Uruguai. Para que a comparação não fique apenas na América do Sul, o faturamento dos grupos Alphabet e Facebook atingiu, em 2019, a dimensão de 97,3% do PIB de Portugal.

A concentração de poder econômico nessa escala e a importância que possuem na comunicação cotidiana de bilhões de indivíduos no planeta tornaram as plataformas um evidente problema para as democracias. Elas não podem se tornar um Poder Judiciário privado e passar a julgar o que faz bem ou mal para as sociedades nem podem estar acima das legislações democráticas. Outro grave problema é a coleta permanente de dados de seus usuários. As plataformas concentram as interações nas redes, por isso são fontes privilegiadas de rastreamento do comportamento online. As operações nas plataformas são realizadas por sistemas algorítmicos projetados para monetizar as interações e vender perfis dos usuários em amostras para quem tem dinheiro a oferecer. O Google possui um registro gigantesco de dados pessoais de milhões de usuários. O Facebook, do mesmo modo, tem dados das preferências e das vontades de diversas conversas realizadas por milhões de seres humanos. Desse modo, as plataformas alimentam seus algoritmos de aprendizado de máquina com a finalidade de extrair padrões de consumo e de comportamento. Por isso concentram a maior parte da publicidade de diversos países.

Nesse cenário, em que plataformas operadas por sistemas de algoritmos opacos têm o poder de controlar os conteúdos que os usuários podem ver, que podem reduzir a visualização de adversários enquanto aumentam a circulação de postagens e vídeos de aliados, temos uma esfera pública obscurecida. Assim, não concordo com a remoção e o bloqueio de conteúdos sem a devida ordem judicial. Mais que isso, está na hora de reivindicarmos uma legislação de supervisão das plataformas pela sociedade civil. Precisamos de um conselho com a participação de entidades dos diversos segmentos que possam auditá-las. Sabemos que nas plataformas o poder econômico tem primazia, pois pode escolher os segmentos e os microssegmentos atingidos por suas mensagens. A sociedade precisa lançar luz na obscura operação das plataformas.

***SÉRGIO AMADEU DA SILVEIRA – é sociólogo, professor da Universidade Federal do ABC, pesquisador de redes digitais e criador do podcast Tecnopolítica.

OUTROS OLHARES

ELES QUEREM MAIS

Com resultados surpreendentes durante a pandemia, os gigantes da tecnologia expandem seus tentáculos por setores cruciais, como o de saúde

Em meio à hecatombe que atingiu a economia global com a pandemia de Covid-19, não deixam de impressionar a força e a vitalidade que os gigantes da tecnologia vêm mostrando durante a crise, mesmo considerando-se que pessoas em todo o planeta têm usado como nunca seus serviços. Enquanto CEOs dividem seu tempo entre implorar dinheiro dos governos para não ir à bancarrota e decidir quantos empregos vão cortar, o dono da Amazon, Jeff Bezos, anunciou que a empresa fez 175.000 contratações só em março e espera lucrar mais de 6,5 bilhões no primeiro semestre do ano. Facebook, Apple e Microsoft também apresentaram uma saúde financeira notável em plena pandemia. Mas mais importante que o lucro de hoje é o que fazer com ele amanhã: as chamadas big techs, todas com valor de mercado na casa de 1 trilhão de dólares, querem fincar raízes em áreas cruciais como saúde, educação e defesa. “Elas não têm tantas opções para onde crescer, e há muita gente querendo justamente seu desmembramento em empresas menores”, afirma Scott Galloway, autor do livro Os Quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google, o Segredo dos Gigantes da Tecnologia. “Essas companhias não podem se contentar em caçar ratos. Elas precisam capturar elefantes”.

E atrás dos elefantes elas vão. Sob a orientação de Bill Gates, que deixou o dia a dia da empresa, mas segue sendo seu maior acionista, a Microsoft havia criado, em janeiro, a iniciativa AI for Health (IA para a Saúde, em português), com foco no uso de inteligência artificial no setor. Com a expansão da pandemia, o projeto foi rapidamente alinhado ao esforço pela busca de uma vacina contra o coronavírus. O Facebook contribui para a mitigação dos efeitos da crise sanitária global com seu projeto Data for Good (Dados para o Bem, em português). Apple e Google estão trabalhando no desenvolvimento de um sistema para o rastreamento de pacientes infectados. Cientes do receio de governos e cidadãos pela quebra da privacidade, já anunciaram que não se valerão de GPS, mas do uso anônimo do Bluetooth dos smartphones.

O desejo do Google e da Apple de se estabelecer no ramo de saúde é antigo. O gigante das buscas na internet toca um projeto chamado Nightingale, em parceria com um dos maiores planos de saúde americanos, para procurar padrões e tendências – e, é claro, oportunidades de negócio – nos dados dos pacientes. E, para não depender apenas de informações repassadas por terceiros, comprou em novembro último – por 2,1 bilhões de dólares – a Fitbit, pioneira na produção dos relógios inteligentes que medem a atividade física, batimentos cardíacos e a qualidade do sono. O mamute fundado por Steve Jobs, por sua vez, já se protege da perda de lucratividade no mercado de smartphones justamente com seu Apple Watch. “Se, no futuro, alguém se perguntar qual a maior contribuição da Apple para a humanidade, dirá que foi no campo da saúde”, afirmou recentemente em entrevista o presidente da empresa, Tim Cook.

No campo da educação, o Google trava com a Microsoft uma corrida pela massificação do ensino a distância por meio da internet. A empresa sediada em Mountain View, de Larry Page e Sergey Brin, porém, está à frente da rival nessa disputa que se estende por todo o planeta. O Google Classroom (Google Sala de Aula, no Brasil), sistema para criar, distribuir e avaliar conteúdo didático para os alunos, dobrou seu número de usuários, de 50 milhões para 100 milhões, entre março e abril, em um efeito decorrente do isolamento social imposto pela Covid-19.

Dado seu tamanho, dificilmente as big techs são desafiadas por concorrentes. Em meio a quarentenas e lockdowns por todo o mundo, o Zoom, aplicativo que permite a realização de videoconferências com várias pessoas ao mesmo tempo, conseguiu uma rara brecha ao se popularizar da noite para o dia. O feito, entretanto, não durou muito tempo. O Facebook já lançou o Messenger Rooms para avançar sobre esse mercado, oferecendo mais robustez e confiabilidade na conexão. Google e Microsoft, por sua vez, deixaram de cobrar pelo uso de suas ferramentas de videoconferência Meet e Teams.

Medir as empresas de tecnologia pela régua das quatro big techs é um erro, e se ilude quem busca uma fórmula para apontar quem tem mais chance de ir bem ou mal na atual debacle. Uma hipótese é que os serviços 100% digitais têm melhor performance que os de companhias com um pé no mundo físico. Isso explicaria porque a Netflix dobrou sua base de usuários em apenas dois meses, enquanto Airbnb e Uber perderam o chão. O raciocínio desmonta com a Tesla. Ainda são questionáveis os motivos que levaram a empresa de automóveis elétricos a ter uma valorização surpreendente – o.k., estamos em meio à queda no preço do petróleo, mas mesmo assim… Tanto que até seu excêntrico fundador, Elon Musk, tuitou que as ações estavam sobrevalorizadas. Obviamente, o ataque de sincericídio derrubou o valor dos papéis em 10%. E comprovou que, embora o Vale do Silício seja pródigo em indicar para onde o mundo vai no futuro, seus gênios às vezes passam do ponto.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE SABEDORIA PARA A ALMA

DIA 31 DE JANEIRO

A BOCA DO JUSTO, FONTE DE SABEDORIA

A boca do justo produz sabedoria, mas a língua da perversidade será desarraigada. Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, somente o mal (Provérbios 10.31,32).

A boca do justo é uma fonte de vida; a do perverso, uma cova de morte. Quando o justo abre a boca, jorra a sabedoria como água fresca para o sedento; quando o perverso fala, sua língua é fogo que destrói e veneno que aniquila. A sabedoria do justo leva os homens a olharem para a vida com os olhos de Deus, a sentirem com o coração de Deus e a agirem para a glória de Deus. A maldade do perverso, ao contrário, afasta os homens de Deus e os seduz para um caminho de transgressão, cujo paradeiro final é a morte. A língua é como o leme de um navio: pode conduzi-lo em segurança para o seu destino, ou pode direcioná-lo para as rochas submersas e provocar um grande naufrágio. A língua do justo é manancial perene de sabedoria; por meio dela, os homens aprendem os caminhos da vida. Porém, a língua do perverso, que será desarraigada, maquina o mal, e toda a sua instrução produz incredulidade, rebeldia e desastre. Precisamos falar aquilo que exalta a Deus, edifica os homens e promove o bem. Nossa língua deve ser um manancial de sabedoria, e não um instrumento de iniquidade; um bálsamo do céu para os aflitos, e não um chicote de tortura para os abatidos.

GESTÃO E CARREIRA

A CASA DOS COWORKINGS CAIU?

As medidas de isolamento atingiram em cheio os escritórios compartilhados. Muitos deixaram de existir, outros tiveram de cortar o cafezinho para sobreviver. Mas os que aguentaram as pontas até agora têm tudo para renascer mais fortes.

Em 2005, o programador norte-americano Brad Neuberg vivia um dilema comum de muitos profissionais que deixam a vida de 8h às 17h para trás e se tornam freelancers. Embora gostasse da liberdade do home office, ele sentia falta do contato diário com outras pessoas (alô, quarenteners). Para resolver esse problema, então, ele teve uma ideia inusitada: convidar alguns amigos para dividir o aluguel de um apartamento em São Francisco, berço das empresas de tecnologia. Outras pessoas ficaram sabendo, gostaram da ideia e passaram a pagar a Brad para trabalhar em seu espaço, que ganhou um nome: Hat Factory. O americano ainda não sabia, mas estava criando um modelo de negócio milionário, que ganharia o mundo na década seguinte.

A proposta de ambientes modernos, com internet à vontade, boa localização e contratos flexíveis de aluguel, ou seja, prazos menores e sem cobrança de multas enormes no caso de distratos, caiu no gosto das startups. E com um empurrãozinho da crise financeira de 2008, que popularizou a chamada economia compartilhada, logo virou febre também entre gigantes, como Microsoft, IBM e HSBC.

De lá para cá, o setor disparou e originou grandes redes globais, como a WeWork e a Spaces. Segundo dados do Coworking Brasil, uma espécie de QuintoAndar de escritórios compartilhados, em 2019 existiam 1.497 negócios do tipo no Brasil. De acordo com a consultoria imobiliária Cushman & Wakefield, os coworkings saltaram de 53 mil m2 ocupados, em 2015 por aqui, para 354 mil m2 no ano passado. A previsão era de um aumento de 20 mil m2 no território dessas empresas neste ano. Era, porque isso é passado.

Se anos atrás uma crise ajudou a alavancar os coworkings, hoje outro revés econômico coloca à prova o modelo de negócio dessas empresas. A pandemia, que colocou boa parte da força de trabalho em home office na marra, atingiu em cheio os coworkings. Enquanto autoridades de saúde orientavam evitar escritórios, e home office virou norma, os coworkings assistiam suas finanças derreterem. Em julho, segundo um estudo do Coworking Brasil, 90% dos negócios do ramo haviam perdido mais de 15% da receita. Destes, 40% tiveram prejuízo de mais de 75% nos três meses anteriores e 23 espaços faliram de vez. “Foi um setor muito atingido pela pandemia. Cada uma em seu nível, tanto as gigantes como as pequenas tiveram de adotar atitudes para passar por esse momento”, diz Adriano Sartori, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

NEM O CAFEZINHO ESCAPOU.

 Para sobreviver à crise, todas as empresas de coworking ouvidas nesta reportagem tiveram de reduzir drasticamente suas despesas. Além de suspender jornadas e salários de funcionários e renegociar contratos, também abdicaram de algumas benesses famosas nesses escritórios, como frutas, snacks, garrafinhas de água – e até, vejam só, o cafezinho. A Co.W Cowork:ing, rede de escritórios criada em 2015 na cidade de Joinville (SC), foi do céu ao inferno em poucos dias. Com seis unidades em São Paulo e duas na cidade catarinense, em março a empresa havia aumentado o faturamento em 25% acima do esperado. Mas a chegada da quarentena, em abril, mudou tudo. A taxa de ocupação dos escritórios caiu de 70% ao mês, em média, para menos de 20%. “O respiro foram as empresas de serviços essenciais que continuaram no local”, afirma Renato Auriemo, sócio-diretor do Co.W.

Mas só a receita desses clientes não bancava o negócio. Por isso, a Co.W montou um comitê de crise para analisar possíveis cenários. “Fizemos um planejamento financeiro até dezembro de 2021 para que, mesmo com uma perspectiva ruim no médio prazo, pudéssemos manter os empregos e a operação”, diz Renato. A solução foi negociar descontos com os clientes para não perder a carteira e pausar reformas e outras melhorias no prédio – só escaparam os serviços de manutenção e limpeza.

O Penal Creative, espaço compartilhado com capacidade para 50 pessoas, localizado em Curitiba, também teve de cortar na carne. Além de cancelar o serviço de limpeza, que era terceirizado, e renegociar o contrato do imóvel alugado, também demitiu dois dos cinco funcionários. “Foram medidas difíceis, mas necessárias. Do contrário, não teríamos sustentabilidade para encarar esse período”, conta Diego Costi, fundador do espaço.

Outra saída foi se reinventar. Já que a demanda por lugares em que funcionários pudessem trabalhar fisicamente caiu, eles apostaram na oferta de escritórios virtuais. “Passamos a alugar endereços fiscais e comerciais para pequenas empresas. O Penal Creative fica responsável por gerir os serviços de correspondência, entregas, ligações e pagamentos nessa modalidade de contratação”, afirma Diego. Atualmente, cerca de 50 empresas são clientes à distância do espaço.

RACHADURAS VISÍVEIS

Se empresas que estavam crescendo enfrentam dificuldades, imagine aquelas que já não iam muito bem. Entre elas está o WeWork, umas das maiores redes de coworking do mundo – e aqui a crise merece um capítulo à parte.

Desde que surgiu, em 2010, nos EUA, a startup teve um crescimento meteórico. Seu ambiente foi incensado durante anos como o futuro do trabalho, principalmente por oferecer algo que se tornou o carro-chefe dos escritórios compartilhados: o networking. Com happy hours semanais com suprimento infinito de mimosa (espumante com suco de laranja), seus espaços eram vistos como os lugares ideais para quem quisesse encontrar um parceiro de negócios dentro do próprio prédio onde trabalha.

A empresa logo atraiu atenção dos investidores, captando US$ 8,6 bilhões de empresas como o conglomerado japonês Softbank. O hype era tanto que, em 2019, o WeWork tinha um valor de mercado avaliado em US$ 47 bilhões, quarto maior do mundo entre startups. Sua estreia na bolsa de valores era dada como certa. Segundo o Morgan Stanley, um possível IPO da empresa faria com que ela passasse a valer US$ 104 bilhões. Mas, antes que botasse os pés em Wall Street, o reinado do WeWork caiu por terra. Em agosto de 2019 começaram a pipocar diversos escândalos sobre Adam Neumann, CEO e cofundador da empresa. O mais cabeludo deles foi o seguinte: Adam montou uma construtora em seu nome e passou a levantar edifícios para alugá-los para a WeWork, às vezes com empréstimos que ele adquiriu com a empresa – um baita conflito de interesses já que ele, como CEO, tinha a palavra final sobre quais edifícios alugar, e a quem a companhia poderia emprestar dinheiro.

Pior. Papéis apresentados para a CVM dos EUA, na ocasião do IPO, indicavam que a rede vinha acumulando prejuízos ano após ano. Só em 2018, o WeWork havia perdido cerca de R$ 1,6 bilhão em receita. As revelações deixaram os investidores ressabiados e levantaram dúvidas sobre a má governança do CEO. Poucos meses depois, Adam foi pressionado a abandonar o comando da empresa. Mas aí o estrago já estava feito. O jeito, então, foi correr atrás do prejuízo. No final de 2019, a empresa demitiu 2.400 pessoas que atuavam nas 843 unidades espalhadas pelo mundo. Também vendeu alguns dos negócios, como a empresa de gestão de escritórios Managed by Q.

Com a pandemia, o que era ruim piorou – inclusive porque, em abril de 2020, o SoftBank deu para trás de uma nova rodada de investimentos no valor de US$ 3 bilhões, alegando não cumprimento de contrato pelo WeWork. Resultado: unidades fechadas em diversos países – incluindo duas das 33 que a empresa mantinha no Brasil até o início do ano. “Desde 2019, a empresa está em um processo de adequação financeira no mundo todo com foco em se tornar mais rentável”, afirma Lucas Mendes, diretor geral do WeWork no Brasil.

De acordo com o balanço do segundo trimestre de 2020, de abril a junho, 81 mil clientes deixaram os escritórios da empresa. E, claro, o WeWork foi uma das redes que precisou renegociar contratos com proprietários de imóveis para não ir para o buraco. Mesmo diante do cenário difícil, porém, a rede tem esperanças de recuperar o passado glorioso. “A pandemia acelerou o conceito de flexibilidade. Empresas e pessoas estão interessadas em novos modelos de trabalho e, por isso, já estamos de olho em novas ofertas de serviços”, diz Lucas. Ele cita a iniciativa batizada de all access, em que, com uma assinatura, os clientes do WeWork podem acessar todas as unidades da rede, inclusive as internacionais.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Com o afrouxamento da quarentena em diversas regiões do Brasil, muitos escritórios compartilhados estão voltando às atividades e revertendo parte do prejuízo. De acordo com o mesmo estudo do Coworking Brasil, em abril, 73% dos escritórios estavam parcialmente ou completamente fechados. Em julho, o número caiu para 43%. Para Fernando Aguirre, cofundador da plataforma, o pior já passou. “Os coworkings que conseguiram chegar até aqui provavelmente não quebram mais. Agora já estão mais planejados e organizados para avançar”, diz.

Mas, se o auge da crise ficou para trás, isso não quer dizer que as coisas tenham voltado aos patamares de antes do coronavírus. Primeiro, porque muitas pessoas ainda estão receosas em retornar aos escritórios enquanto não houver uma vacina. Segundo que, para voltar com as atividades presenciais, as empresas de coworking estão tendo de investir pesado para garantir a segurança e diminuir o risco de contágio.

A GoWork, maior rede fundada no Brasil, com 15 unidades, gastou R$ 1 milhão em divisórias de acrílico, reforço na higienização dos ambientes e equipamentos de filtragem do ar-condicionado. O esforço valeu a pena. A procura por locação dos espaços da rede no mês de agosto foi a maior dos últimos 12 meses. “Novos perfis também estão aparecendo. Antes, cerca de 85% dos clientes eram da área de tecnologia. Agora existe uma procura por bancos, consultorias e escritórios de direito”, diz Fernando Bottura, CEO da GoWork. Mas a verdade é que a rede, focada no aluguel de andares inteiros, e que possui clientes como Rappi, Nextel e Grupo Globo, atravessou a crise de forma mais tranquila. “Cerca de 80% dos nossos clientes não cancelaram os contratos, alguns diminuíram postos ocupados, mas nada drástico”, diz Fernando.

Quem não tem tanto poderio acaba recorrendo a parcerias para continuar relevante. O Co.W, que tinha seis unidades, se juntou com outra rede, o ON Offices, para abrir mais duas em São Paulo. “Nosso objetivo é aumentar as opções regionais da marca. Neste momento é preciso juntar forças”, afirma Renato, diretor do Co.W. Além disso, a rede reformou outros dois escritórios, também em São Paulo. Estes últimos foram equipados para a produção de vídeos. Como resultado, a empresa recuperou 55% do faturamento de antes da pandemia.

Adriano, do Secovi-SP, salienta que a demanda de verdade chegará com a vacina – assim como em outros setores. Mas, até lá, os coworkings não devem sumir do mapa. “É um modelo de negócio que funciona. Não é preciso se preocupar em montar um escritório, nesses espaços vem tudo pronto. Fora que possibilita algo que o brasileiro gosta muito: contato humano”, afirma. Fernando Aguirre, do Coworking Brasil, compartilha da mesma visão. “O networking sempre foi um diferencial muito importante no negócio. Coworkings que conseguiram desenvolver comunidades se destacaram agora”, diz.

Este foi ó caso do O Penal Creative, por exemplo. No mês de setembro, cerca de dez clientes voltaram a ocupar o espaço diariamente depois que o fundador da empresa, Diego Costi, conversou diretamente com eles para informar as medidas de segurança, como sanitização dos espaços e distanciamento entre as mesas. “Também mantive o contato com os clientes durante todo o tempo, realizando consultorias e pesquisas”, diz ele.

COMO SERÁ O AMANHÃ

A consultoria Cushman & Wakefield destaca que haverá um aumento na demanda de escritórios compartilhados por profissionais individuais. A lógica é simples: de um lado, algumas empresas estão decretando home office de forma definitiva. Do outro, muitas pessoas que estão trabalhando em casa não possuem espaços ou equipamentos adequados para manter a produtividade no teletrabalho. É filho chorando, vizinho fazendo obra, cachorro, aquele “Olha o gás!” na hora do Zoom… Logo, a demanda por coworkings tende a subir agora que “todo mundo é frila”, mesmo que tenha carteira assinada. Outra possibilidade é explorar novos nichos. Começam a surgir coworkings que não são escritórios, mas cozinhas (para restaurante que só faz delivery) ou consultórios médicos. “Em comparação com os escritórios tradicionais, os coworkings ainda alcançam um público pequeno. É possível expandir para diversos outros setores e se especializar em certos públicos”, diz Adriano, do Secovi-SP.

Não são só os coworkings, claro. Todos os negócios de economia compartilhada estão sofrendo com a crise do coronavírus – caso do Air­ bnb e do Uber, símbolos da proposta de ter menos e dividir mais. Compartilhar qualquer coisa, afinal, virou sinônimo de contágio. Mas esse período foi um soluço. Quando a vacina chegar, a compartilhada será novamente a mais promissora das economias. E os coworkings voltarão para o futuro – o futuro brilhante que têm pela frente.

TEM PARA TODO GOSTO

Os coworkings apostam em nichos para sobreviver à crise.

O GASTRONÔMICO

Dark kitchens ou cloud kitchens são cozinhas compartilhadas, solução para empreendedores gastronômicos que não querem arcar com os custos de um espaço para receber clientes e preferem atender só por delivery. Até outro dia, o conceito era restrito a pizzarias, basicamente. Com a pandemia, se espalhou para todo o mercado de refeições. O maior exemplo no Brasil é a empresa Steam Cloud Kitchen do grupo Suprainvest, que, no início deste ano, anunciou um investimento de R$ 30 milhões para a construção de 30 espaços desse tipo nos próximos cinco anos.

O DE SAÚDE

O conceito do coworking de consultórios é o mesmo dos escritórios: aluguel de um espaço por horários específicos para uso em atendimentos, com flexibilidade de agenda e de localização. Focado em médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, empresas como a Livance e Buratto Consultórios exploram o modelo.

O INFANTIL

Iniciativa do centro de educação Espaço Criançar, do Recife, o empreendimento conta com berçário e creche para crianças de até 4 anos, além do coworking destinado aos pais. Elaborada durante a quarentena, a solução parece datada a essa altura. Mas não: pode ser uma tendência para pais que curtiram a proximidade com os filhos no isolamento e pretendem continuar dessa forma, mas com profissionais por perto para ajudar. Com 270 m2 o local conta ainda com serviço de “vale night”, em que os filhos podem permanecer, em datas determinadas previamente, também durante o período noturno.

O HOTEL

O serviço hoteleiro está entre os que mais sofrem com a pandemia, você sabe. Uma das alternativas para angariar clientes foi transformar quartos de hotel em espaços de trabalho. Chamado de roam office, ou de hotel office, o serviço permite que pessoas usem os dormitórios para trabalhar por algumas horas. A Accor Hoteis, maior rede de hotéis do país, foi uma das pioneiras no serviço, e alugou quartos dessa forma para cerca de 500 clientes.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

FORA DE CONTROLE

A fobia age no inconsciente e pode ser um obstáculo em diversas áreas da vida – algumas que você nem imagina!

O que seria do ser humano se não fosse o seu contato e convívio com o outro? Muitos estudiosos justificam a ascensão da espécie graças à nossa capacidade de nos desenvolver e viver em sociedade. O filósofo grego Aristóteles, por exemplo, credencia esse fato como algo natural aos humanos, já que somos os únicos com consciência do que é certo ou não, do bem ou do mal, além da capacidade de organização. Outros pensadores defendem a ideia de que os homens possuem um “contrato social”, um acordo mútuo para viver em sociedade. De fato, é difícil imaginar o desenvolvimento de um indivíduo que vive isoladamente, fato que pode afetar diversas funções motoras e cognitivas.

No entanto, apesar da importância da convivência social, muitos possuem aversão à maioria dos contatos com outras pessoas e, isso tem um nome: fobia social. Os motivos que levam a esse quadro parecem simples, mas podem causar uma espécie de terror. De acordo com dados norte-americanos e canadenses do início deste século, pelo menos 10% da população mundial sofre com esse mal.

O QUE É FOBIA?

Para muitas pessoas, a definição de fobia pode ser confundida com a de medo. Apesar de haver certa semelhança, o medo está relacionado com o instinto de sobrevivência. “Já a fobia é uma aversão excessiva, exagerada, irracional, persistente em relação a um objeto, animal ou alguma situação que represente pouco ou nenhum perigo real, mas que é sentida como se fosse”, explica o médico Gilberto Katayama. Isso ocorre em uma ocasião específica, que é entendida pela pessoa com o transtorno como uma ameaça terrível. É possível identificar esse tipo de quadro por meio dos comportamentos e recursos apresentados na tentativa de afastar o que causa incômodo. “Para muitas pessoas, torna-se relativamente simples perceber um indivíduo fóbico, porque as suas atitudes se tornam socialmente inadequadas no conceito social no momento em que esse medo extremo se manifesta”, frisa Gilberto.

A AÇÃO NA MENTE

Assim como a maioria dos casos, a fobia tem início por meio dos estímulos captados pelos sentidos. Após isso, as informações são levadas ao cérebro para serem processadas em áreas específicas e especializadas. “O sentimento de medo, por exemplo, é processado inicialmente pelo sistema límbico, mais especificamente pela amígdala. Este sentimento, associado às sensações físicas, será processado pela mente, que buscará atribuir um significado lógico ao que estamos experimentando. Quando o objeto fóbico se faz presente, surgem nossos comportamentos reativos e reações comportamentais de fuga ou desistência”, esclarece Gilberto. Além disso, a memória é outro fator importante nas respostas dos indivíduos. Isto é, ao vivenciar uma situação, o cérebro busca experiências semelhantes como forma de comparação. “A cada estímulo, buscamos na memória, de forma inconsciente, as experiências passadas similares. E estas bagagens se apresentam como memórias vivas, ou seja, vêm acompanhadas das sensações, sentimentos e pensamentos”, complementa Gilberto. Com isso, de maneira inconsciente, a mente soma as lembranças antigas com as novas a cada situação vivida, as deixando disponíveis para experiências futuras.

OBSTÁCULO SOCIAL

Asfobias interferem em diversos aspectos do dia a dia e, entre as principais, está a questão da convivência com o mundo ao redor. “Fobia social é um transtorno de ansiedade que se caracteriza pelo desconforto e pela esquiva de situações sociais e de desempenho”, descreve o psiquiatra Tito Paes. Dessa forma, a relação interpessoal do indivíduo sofre com um tipo de bloqueio, interferindo no seu dia a dia.

Ir a festas, construir um relacionamento, participar de reuniões, falar em público… Tudo isso parece muito distante das pessoas que sofrem com esse temor. Segundo Tito, isso ocorre porque há “um receio de ser avaliado negativamente pelas pessoas nas situações sociais e de desempenho”.

A ORIGEM

Mas, de onde vem essa preocupação que impede o indivíduo de viver e conviver em sociedade? Apesar de não existir nenhuma comprovação científica, alguns estudos apresentaram hipóteses para a origem desse quadro. “As causas da fobia social ainda não estão bem elucidadas. Admite-se que um componente genético tenha um papel na eclosão desta fobia. Uma vulnerabilidade biológica maior para manifestação de sintomas de ansiedade na infância pode contribuir para o surgimento dos sintomas”, alerta Tito.

Contudo, o psiquiatra ressalta que o fator familiar é outro possível de desencadeante e merece um cuidado a mais – principalmente a relação entre pais e filhos e o incentivo ao contato com outras pessoas. “O ambiente em que a criança foi criada também pode exercer uma influência importante. Assim, é possível que ela adquira a falta de interesse dos pais pela vida social. Em alguns casos, os responsáveis podem desencorajar seus filhos de terem vida social”, explica Tito.

Além disso, alguns pais dão muita ênfase a opiniões alheias e isso afeta na maneira de agir dos filhos, que podem se preocupar demais com o que os outros pensam. Há também os indivíduos que enfrentam longos períodos de isolamento, como em caso de doenças, dificultando o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

O CORPO FALA

Esse medo em demasia gera diversos sintomas por todo o corpo da pessoa. Isso ocorre porque o cérebro se apronta e prepara o físico para encarar uma situação de perigo. “É provocada uma liberação de hormônios que informam a pessoa que eia irá enfrentar uma luta ou uma possível fuga”, cita Cristianne Vilaça.

Dentre os principais sintomas estão taquicardia, sudorese e falta de ar, mas eles não são os únicos. “Diante das situações sociais ou de desempenho, o fóbico social manifesta sintomas físicos como tremor, tensão, abalos musculares e ruborização, bem característica nesses casos”, descreve Tito.

E não para por aí. A psicóloga clínica Cristiane Maluhy Gebara afirma que o fóbico também pode sofrer com sintomas psíquicos, abrangendo os sentimentos de vergonha e humilhação, a autodepreciação, antecipação negativa, o medo da avaliação negativa e a timidez excessiva”. Com isso, há uma degradação psicológica da pessoa e ela busca o isolamento, alterando sua rotina e suas atividades diárias. “Os sintomas da fobia são muito desagradáveis e provocam sofrimento e ansiedade a ponto de interferirem na qualidade de vida”, ressalta Gilberto.

COMO VENCÊ-LA?

Não existe uma fórmula mágica, nem é da noite para o dia, mas é possível reverter uma fobia (sim, há esperança! Segundo Gilberto, dentre as técnicas utilizadas, está a “reprogramação de memórias, que, se feita com técnica específica e bem aplicada, pode eliminar a fobia, além de proporcionar ao indivíduo uma boa qualidade de vida”.

É importante que os pacientes busquem ajuda profissional para superarem seus medos excessivos, apesar de o isolamento ser uma forma de evitar certos desconfortos. Afim de reverter os quadros de fobia, a psicanalista Cristianne Vilaça elenca algumas linhas de tratamento que podem ser aliadas na batalha contra o mal:

• DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA: “pode ser feita com o objeto real causador do medo ou de modo virtual. Basicamente, consiste em aproximar a pessoa daquilo que causa o seu temor”, cita Vilaça;

• TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: “trabalha com a dessensibilização e com técnicas específicas para tentar acalmar o paciente”, explica;

• HIPNOSE: “são utilizadas técnicas de sugestão na tentativa de mostrar que o objeto do temor não representa perigo”, afirma;

• PSICANÁLISE: “busca a origem dos temores nos aspectos mais profundos do inconsciente, uma vez que acredita que a solução do problema está em trazer estes aspectos à tona e trabalhar com eles”, menciona.

FOBIAS INUSITADAS

Se o medo de conviver com outras pessoas pode causar estranhamento há outras fobias um tanto incomuns. Confira algumas abaixo:

ANATIDAEFOBIA: medo de ser observado ou perseguido por patos

ESTRUMINOFOBIA: receio de morrer enquanto defeca;

PENTEROFOBIA: medo do sogro ou da sogra;

EISOPTROFOBIA: receio de olhar no espelho, principalmente por temer visões sobrenaturais ou de fantasmas e espíritos.

AFOBIA: receio de não ter medo em situações em que essa sensação é necessária.

TIMIDEZ X FOBIA SOCIAL

Apesar de causarem sintomas e sinais relativamente semelhantes, há uma grande diferença entre os dois conceitos. Ambos afetam a parte social do indivíduo, porém, a fobia impede a convivência e o torna solitário. Enquanto isso, uma pessoa tímida continua realizando suas atividades diárias, caracterizando-se apenas como um traço de personalidade.

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