Oia aí, mah. Bem na beirinha. Torózim no fim de tarde seria bom, nera não?” Assim, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) avisou no dia 10 de novembro, no Twitter sobre as nuvens carregadas que avançavam pelo mar rumo ao estado. “Chuvinha, só você sabe agradar, fazer qualquer um se apaixonar”, comemorou o tuíte da fundação no dia seguinte. “Quem quer mais chuva levanta a mãozinha”, acrescentou. “Sexta com sol truando, hein. Pra hoje, não há expectativa de chuva em nenhuma das regiões. Haja mão na testa pra limpar suor”, noticiou, dois dias depois.
Quem entra na página da Funceme no Twitter não tem como evitar um sorriso, às vezes uma risada. Numa linguagem bem-humorada e sem receio de acrescentar às informações uma penca de regionalismos, memes e letras de música, os comunicados da fundação são uma novidade em previsão de tempo, quebrando a formalidade que em geral cerca as notícias meteorológicas. E faz isso sem dispensar os dados científicos, apresentando gráficos, mapas e imagens de satélite.
A Funceme é uma instituição estadual criada em 1972 com o objetivo não apenas de estudar o clima, mas auxiliar na busca de soluções para as estiagens e secas no Ceará, historicamente um dos estados mais afetados por esses problemas no Brasil. Por isso, ainda que não caia na forma de ”toró”, a chuva é sempre um “mimo” no Twítter da fundação. “Quartinha toda trabalhada no céu claro, viu? Porém, quinta e sexta deve rolar uns mimos, ó. Cedinho, chuva passageira entre os litorais de Fortaleza e Pecém”, anunciou o tuíte de 21 de outubro.
“Comunicação de qualidade não é só aquela coisa séria. As pessoas estão conseguindo entender mais as coisas quando elas são transmitidas com humor. O humor também é qualidade”, diz o jornalista Felipe Lima, assessor de Comunicação da Funceme, a pessoa por trás dos avisos gaiatos da fundação.
Felipe Lima, 33 anos, nasceu em Fortaleza, mas foi criado em Caucaia, na região metropolitana da capital, onde viveu por três décadas. Teve infância e adolescência modestas, ao lado da mãe, que trabalhava como enfermeira, e da irmã mais nova. Para ir à escola, precisava pegar dois ônibus. Quando não tinha dinheiro para as quatro conduções de ida e volta, percorria parte do trajeto a pé. De vez em quando, ficava por um fio de dar uma “pilôra” de fome na escola, ou seja, desmaiar.
Foi professor de reforço escolar pulando de casa em casa dos alunos. Prestou vestibular para odontologia, veterinária e química industrial. Em 2007, acabou entrando na faculdade de comunicação social, no turno da noite. De manhã e à tarde, dava aulas no ensino fundamental. Em 2009, arrumou um estágio no jornal O Povo e largou o ensino. Perdeu o salário de professor, mas realizou o sonho de entrar para uma redação.
Naquela época, a transição para o digital ainda deixava os jornais em polvorosa no Ceará. Martins foi convocado para trabalhar no portal do diário na internet, onde aprendeu a lidar com a pressa das informações e os novos modos de comunicação online. Mas ele gostava mesmo era de caminhar vagarosamente pelas ruas, onde encontrava as pautas para sugerir aos editores. “Jornalismo é mais sentimento do que teoria”, diz ele.
Formou-se em 2011, passou por outras redações e, depois de oito anos de trabalho como repórter tornou-se assessor de comunicação da Funceme. Não sabia a diferença entre clima e tempo. Mas tratou logo de se informar sobre tudo – “tempo” se refere à situação atmosférica de um local em dado momento; ”clima”, à média das variações de tempo num período de pelo menos trinta anos. Resolveu que deveria aproximar as pessoas da fundação e dos comunicados meteorológicos, recorrendo à sua experiência na imprensa. “As pessoas diziam que a Funceme errava tudo, mas meteorologia não é determinação, é probabilidade”, conta.
O erro talvez fosse apenas de comunicação. As redes sociais da fundação estavam desativadas, e o assessor quebrou tabus na Funceme ao defender que “estar nas redes às vezes é melhor que estar num jornal”. Em 2018, ele criou a página da instituição no Twitter e passou a fazer os comunicados sobre o “bichinho teimoso” – que é como o assessor define o tempo. Hoje, seu trabalho nas redes sociais é apreciado pela equipe da Funceme, que o estimula a dar as notícias sempre em linguagem simples, sem muitos termos científicos e, claro, em bom cearês.
No Ceará, tempo bom é quando o céu está com nuvens carregadas, ”bonito pra chover”, nas palavras de Lima. Para ele, um momento de felicidade é quando pode avisar pelo Twitter que nuvens carregadas estão se aproximando e parecem disposta despejar suas águas sobre o estado. “Principalmente no interior. É de extrema satisfação.” O jornalista compara a expectativa com que o sertanejo aguarda a chuva com a da mãe que espera pelo filho voltar da escola ou do trabalho.
Por isso, a mensagem dos sonhos de Lima é sempre uma variação deste tuíte ideal: “Prepara os baldes, gente. Tá tudo aprumado pra cair um toró amanhã e a cruviana vai truar! Tá só filé pra todas as regiões. Oia aí, mah. Cuida!”
Para combater a gravidez precoce, a ministra Damares propõe que os jovens desistam de fazer sexo, em vez de conscientizá-los sobre os métodos conceptivos: um retrocesso inominável
Fernanda* nasceu e cresceu no reduto das igrejas neopentecostais, assim como 40% dos 18 milhões de adolescentes brasileiros com idades de 15 a 19 anos, de acordo com o IBGE. Foi dentro da igreja que ela aprendeu a dizer “não” quando o assunto era sexo. Ela chegou à idade adulta em um lugar onde mulheres e homens que estabelecem relações sexuais antes do casamento são uma espécie de decepção para Deus. A abstinência sexual era uma imposição religiosa. Mas, ainda que frequentasse um meio social em que os jovens só deveriam estabelecer relações íntimas após o matrimônio, Fernanda não seguiu as regras. Aos 20 anos, se tornou tudo o que os seus pais, a igreja e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que agora transformou a abstinência em “política pública em construção”, não queriam: uma jovem sexualmente ativa. Não só ela. Durante acampamentos evangélicos, ela relembra que os adolescentes acordavam com camisinhas usadas espalhadas pelo lugar. Abolir o tema sexualidade não fez com que adolescentes deixassem o sexo de lado. E eles faziam com pouca ou nenhuma orientação. Felizmente, no caso dos colegas de Fernanda, o preservativo era usado.
Por tudo isso, a jovem de 23 anos, não acredita no projeto retrógrado de Damares e que é de um obscurantismo total. “Me aterrorizaram, dizendo que ter relações sexuais antes do casamento eu não ia ganhar o céu, mas mesmo assim fiz sexo”. Para Fernanda, a intenção do governo de transformar a abstinência sexual em política pública para combater a gravidez precoce, como quer Damares, além de fundamentalista é ineficaz e não trará qualquer resultado positivo. Para Cristane Cabral, do Departamento de Saúde Pública da USP, adotar abstinência implica em deixar de desenvolver “habilidades afetivas e emocionais sobre como se relacionar com o próprio corpo”. E mais: se adolescentes são afastados de discussões científicas sobre o tema, como pretende o governo, a que tipo de informação eles terão acesso? A abstinência sexual da ministra Damares começa a ser implementada em fevereiro deste ano.
“Necessitamos de uma política pública que inclua um projeto de educação sexual na adolescência e não de incentivos à abstinência”, explica a psicóloga Lucinéia Nicolau Marques. Em sua visão, a proposta da ministra é “incompatível”, na medida em que ignora a diversidade cultural, social e religiosa do País. Lucinéia parte do pressuposto de que a adolescência é uma fase de construção mental e emocional, um período em que o jovem busca conhecimento e se organiza para a maturidade e, consequentemente, define sua identidade. “Quanto menos debate houver, maior o nível de fantasia e de ideias equivocadas. Isso, aliado a um movimento impulsivo próprio da fase, pode deixar os adolescentes mais expostos aos riscos de DSTs e até mesmo ao suicídio”, completa.
A gravidez precoce é, de fato, um problema sério no Brasil. Em cada 1.000 jovens entre 15 a 19 anos, 62 estão grávidas, segundo dados da ONU. No mundo, são 44 para cada 1.000. Uma boa forma de reduzir essas altas taxas brasileiras é com informação de boa qualidade, que leve a um uso maior de preservativos e métodos contraceptivos. As camisinhas são menos populares do que deveriam ser. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que somente 39% dos brasileiros entre 15 e 64 anos usaram preservativo na última relação sexual. Quando se tratam de parceiros fixos, por conta da segurança, a porcentagem cai para 20%. Ou seja, o tabu sexual e a falta e políticas públicas voltadas à sexualidade é uma questão cultural brasileira.
O Brasil precisa falar mais sobre educação sexual – e não o contrário. E a camisinha (e não a fantasiosa abstinência) continua sendo o melhor meio de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce.
“UM PERÍODO DE TREVAS”
Há 20 anos envolvido em discussões sobre sexualidade, o presidente e fundador da Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual (Abrasex), Paulo Tessarioli, questiona a proposta da ministra Damares: “Quem dialoga com adolescentes sobre isso? Quem são os interlocutores?”. Ele considera a adolescência sem informação sexual “um período de trevas”. Entre outros problemas, Tessarioli acredita que se o adolescente não tiver acesso à informações científicas e médicas, ele buscará conhecimento na internet e tende a se envolver com a pornografia, que não é a melhor forma de evoluir na própria sexualidade. Em 2017, a Sociedade Americana pela Saúde e Medicina do Adolescente produziu um documento em que defendia a extinção de programas baseados na abstinência sexual por serem eticamente deficientes.
Grávida da pequena Elis há oito meses, a jovem Laís Oliveira, de 20 anos, manifesta indignação com o fato de a abstinência sexual ser tratada como política de governo. Mesmo que sua gravidez não tenha sido planejada, ela foi capaz de assimilar a notícia e teve apoio da família, que a acolheu plenamente. “A medidas do governo assustam e afastam”, diz Laís. “Nós queremos uma escola que nos deixe prontos para respeitar jovens que são abstinentes e para jovens que façam sexo, dependendo da opção de cada um, para que todos tenham a possibilidade de desenvolver sua sexualidade de forma mais segura”.
Os bens do rico são a sua cidade forte; a pobreza dos pobres é a sua ruína (Provérbios 10.15).
Há alguns mitos acerca do dinheiro. O primeiro deles é que o dinheiro produz segurança. Será isso verdade? Não, absolutamente não. A Bíblia nos ensina a não colocar a nossa confiança na instabilidade da riqueza. O dinheiro não pode nos livrar dos maiores perigos nem consegue nos dar as coisas mais importantes da vida. O dinheiro pode nos dar uma casa, mas não um lar; pode dar bajuladores, mas não amigos; pode dar favores sexuais, mas não amor. Pode dar uma cama confortável, mas não o sono; pode dar uma mesa farta, mas não apetite; pode dar remédios, mas não saúde; pode dar um lindo funeral, mas não a vida eterna. É bem verdade que o rico considera os bens a sua cidade forte, até que chega a tempestade, e seus bens são dissipados e arrastados pela rua como lama. O pobre, que nada tem, pensa que sua pobreza é sua própria ruína e lamenta. Quando chega a crise, contudo, perecem tanto o rico como o pobre, tanto o velho como o jovem, tanto o doutor como o iletrado. O rico não pode se gloriar na sua riqueza, o forte não pode se gloriar na sua força, nem o sábio na sua sabedoria. O único refúgio verdadeiro é Deus, a rocha dos séculos que jamais será abalada. Nele e só nele estamos seguros agora e eternamente.
Embora seja uma das três competências mais importantes para o trabalho em 2021, sete em cada dez pessoas não se consideram criativas. Descubra como desenvolver essa habilidade essencial para profissionais e empreendedores de todos os segmentos
Se existe uma competência cercada por uma aura de mistérios, é a criatividade. Ela é tão mitificada que parece que nós, meros mortais, nunca seremos bons o bastante para alcançá-la. E as histórias extraordinárias dos processos criativos de pessoas que revolucionaram suas áreas de atuação só reforçam nosso sentimento de impotência. Já ouvimos falar, por exemplo, que Wolfgang Amadeus Mozart não fazia esforço nenhum para compor e que suas obras apareciam prontinhas em sua cabeça nos momentos em que ele estava sozinho e de bom humor. Ou então que Albert Einstein concebeu a teoria da relatividade enquanto estava, simplesmente, conversando com um amigo. Ou ainda que o artista plástico Wassily Kandinsky criou uma de suas telas mais famosas, pintura com a borda branca, em apenas uma tarde.
Essas histórias são altamente românticas, mas, sinto informar, não passam de mitos – e são desvendadas no livro A História Secreta da Criatividade, de Kevin Ashton. Mozart, na verdade, era um assíduo estudante de composições, ensaiava suas obras ao piano e escrevia cartas para a família dizendo que estava enfrentando bloqueios criativos. Einstein só chegou à Teoria da Relatividade depois de muito tempo observando a natureza e estudando teorias de outros cientistas para ir, pouco a pouco, se aproximando de uma descoberta autêntica. Kandinsky levava dias em um método complexo de planejamento de suas pinturas antes de colocar as tintas na tela. Ou seja, até as mentes mais geniais sofrem e precisam trabalhar duro para criar algo inovador. E isso é ótimo, pois faz com que você e eu estejamos muito mais próximos dos gênios do que imaginávamos. Pelo menos quando se trata de criatividade.
NO TOPO
O que precisamos fazer é desenvolver essa competência – e ela pode ser lapidada, assim como qualquer outra. E quem se dedicar a isso terá grandes chances de se destacar no mercado. De acordo com o relatório Future of Work, publicado em 2018 pelo Fórum Econômico Mundial, a criatividade é a terceira habilidade mais importante para o trabalho em 2021 – atrás apenas da resolução de problemas complexos e do pensamento crítico. Em 2015, a criatividade aparecia em décimo lugar na lista do fórum. Além disso, um levantamento do LinkedIn mostrou que, em 2019, essa foi a soft skill mais procurada pelos recrutadores.
A alta demanda faz sentido. Afinal, para atuar num mercado globalizado, veloz e complexo, é preciso superar padrões e ir além das formas tradicionais. E isso não se trata simplesmente de inovação. A criatividade vem antes: tem a ver com a capacidade de enxergar o mundo de uma forma diferente e encontrar saídas não imaginadas até então. “É um diferencial competitivo que, em vez de alienar o humano, permite que ele seja o componente criativo dos processos”, diz Gabriela Viana, diretora de marketing da Adobe para a América Latina. Fabio Carvalho, gerente de inovação da Faber-Castell, que ministra workshops de criatividade, completa: “As empresas têm novos concorrentes, as startups surgem rapidamente e a velocidade da mudança é impressionante. Os profissionais criativos são mais preparados para lidar com o fluxo contínuo de novos problemas”.
O grande desafio é que a maioria das pessoas se sente impedida de criar no trabalho. É o que revela a pesquisa State of Create, da Adobe, feita com 5.000 adultos nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Japão. O estudo mostra que apenas uma em cada quatro pessoas acredita estar aproveitando seu potencial criativo e que 75% se sentem pressionados a ser mais produtivos do que inovadores no trabalho. E os pesquisadores descobriram algo interessante: os profissionais que se consideram criativos ganham, em média, 13% mais do que os demais colegas. Por isso, mesmo que seu ambiente não proporcione a criatividade, é melhor encontrar uma maneira de exercer essa competência – nem que seja para se preparar para um novo emprego ou para tocar um negócio próprio. Vai ser bom para sua carreira e para seu bolso.
NASÇO, LOGO CRIO
Mais do que uma habilidade, ser criativo é uma característica do ser humano. O problema é que ela perde força com o tempo. Um estudo conduzido pelo professor americano George Land com 1.600 crianças mostrou que, em 1968, ano em que nasceram, 98% delas eram criativas. Aos 10 anos de idade, o índice caiu para 30%. Aos 30 anos, desabou para 2%. Mas, se nascemos criativos, por que perdemos isso? “Somos condicionados a seguir padrões”, diz Denilson Shikako, diretor da consultoria Fábrica de Criatividade. Somos ensinados a acreditar que a melhor resposta é a correta e que, quanto mais rápido ela vier, melhor.
“A gente se limita e acaba fazendo tudo do mesmo jeito, não aprendemos de outra forma”, diz Denilson. Em muitas empresas, a situação se agrava. Afinal, várias ainda têm o ambiente de trabalho tradicional, com hierarquia rígida, competição acirrada e pouco espaço para se arriscar ou questionar. Estar estressado e pressionado para cumprir metas também mata qualquer impulso para fazer diferente.
E não é só isso: há muita confusão sobre o que é ser criativo. “As pessoas relacionam criatividade com produto ou tecnologia”, diz Jean Sigel, cofundador da Escola de Criatividade. Esse raciocínio faz com que ela pareça inatingível ou restrita a quem sabe usar determinadas ferramentas. “Aí vira algo muito complexo, e dizem que não dá para ser criativo sem recurso ou tecnologia.”
Na verdade, a criatividade não passa de uma forma de olhar para as coisas. “Ela é como você interage com o mundo”, diz Thiago Gringon, coordenador da pós-graduação em criatividade e ambiente complexo da ESPM. “A criatividade amplia a consciência para o que está acontecendo ao redor e capacita para o futuro, para aquilo que ainda não entendemos.”
SIM, VOCÊ PODE
Parece coisa de autoajuda, mas, para ser criativo, o primeiro passo é acreditar que você consegue. A vida toda deparamos com exemplos que colocam a criatividade em um pedestal, reservada somente a alguns afortunados – como falamos no começo desta reportagem. Quando essa percepção se combina a amarras como medo de rejeição e experiências negativas com erros, o resultado é a falta de confiança na própria capacidade de criar.
Não precisa ser assim. Não há certo ou errado, o importante é tentar – e relaxar. “A criatividade está ligada ao ócio, ao momento em que você se desloca do mundo real, faz uma viagem interna e usa suas memórias”, diz Sidarta Ribeiro, neurocientista diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e autor de O Oráculo da Noite. Portanto, se o dia for de estresse, não se cobre para ter ideias geniais. Mas também não encontre na correria a desculpa perfeita para não tentar nunca.
Na busca pela criatividade, dê um passo atrás: pense sobre quais são as amarras que impedem seu olhar inovador. Segundo Thiago, da ESPM, para cada uma das “atitudes criativas” existe um receio por trás [veja o quadro “Atitudes X Medos”. E é a aversão a esses desconfortos que nos torna menos propensos a experimentar coisas novas. Os medos sempre vão existir. O que precisamos aprender é a tolerá-los e tentar mesmo assim.
Como muitas competências, despertar a criatividade exige uma boa dose de autoconhecimento e perseverança. É possível, por exemplo, que você consiga ter ótimas ideias quando está em casa, mas trave em uma reunião com o cliente. Por isso é tão importante seguir em frente e ter paciência. É como quando você começa a academia. Até fortalecer os músculos e ganhar resistência, continuar se exercitando vai demandar altas doses de motivação interna. Para se estimular, preste atenção em seus pontos fortes. “Cada um vai desenvolver a criatividade com base nos talentos e tipos de inteligência que domina mais”, diz Jean Sigel, da Escola de Criatividade.
ARSENAL PARTICULAR
Não existe nada totalmente inovador. “Uma ideia nova é sempre uma mistura de ideias velhas”, diz o neurocientista Sidarta. Esse milk-shake de insights tem nome científico: reestruturação de memória, momento no qual o cérebro reorganiza conhecimentos e informações que já possui de maneira a produzir algo diferente. Portanto, um grande aliado para os criativos é ter conhecimentos, experiências e interesses diversos. “Quanto maior o seu repertório, maior a chance de você inventar uma coisa nova”, diz Sidarta.
Por isso, ampliar os horizontes (e sair da zona de conforto de sua área de atuação) é tão importante. “Busque temas que você normalmente não estudaria”, diz Jean Rosier, sócio e cofundador da escola e consultoria Sputnik. O conselho vale para leituras, filmes e até séries que você escolhe assistir. Liste seus hábitos comuns e procure conteúdos que vão na direção oposta. Faça isso deliberadamente: os algoritmos de seu streaming vão, sempre, sugerir as mesmas coisas para você. O que, na prática, será mais do mesmo para a sua mente. Essa atitude também pode ser usada para chacoalhar a rotina de trabalho. Se você fica o tempo todo em frente às telas, escreva alguns de seus processos no papel, por exemplo. Ou então desenhe sua lista de tarefas em vez de escrevê-la. “Isso faz seu cérebro gerar neurossinapses diferentes “, diz Mariana Achutti, CEO e fundadora da Sputnik.
Outro exercício interessante é perguntar a si mesmo o que pode ser feito de diferente para executar uma tarefa que você realiza todo dia. Não se assuste, pois, no começo, provavelmente nenhuma ideia surgirá. Esse bloqueio, no entanto, não é totalmente verdadeiro. As ideias ficam presas porque, antes de pensarmos nelas, costumamos acreditar que elas são ruins. Abstraia a autoavaliação. O exercício pede que você anote tudo o que vier à sua mente. Só depois a análise será feita. Lembre-se: não há certo ou errado, o processo é o que importa. Depois do primeiro momento, é importante ver em que medida as ideias podem ser, de fato, praticadas e transformadas em algo novo. Apenas dizer para a equipe que você quer reuniões mais rápidas, por exemplo, não é tangível. No lugar disso, pode-se pensar em mudar a sala e usar mesas altas sem cadeiras – o que faria com que as pessoas fossem mais objetivas e, consequentemente, as reuniões encurtassem.
MATÉRIAS-PRIMAS
Ser criativo não é se tomar um gênio solitário no alto da montanha com respostas para tudo. Criatividade tem a ver com empatia e colaboração: exige que nós saibamos escutar e olhar para o outro. Só assim conseguiremos criar algo que tenha valor para todos e que, de fato, seja uma resposta a uma necessidade real. Muitas vezes, é no contato com os demais que temos os melhores insights para alguma questão que já estava em nossa cabeça. “É preciso sair, conversar, ouvir e reunir pontos de vista diversos”, diz Jean Sigel.
Nesse sentido, vale voltar à infância – lembra que as crianças são muito mais criativas do que os adultos? Pois bem. Resgate o hábito de fazer perguntas. Quaisquer perguntas. “Mesmo que sejam impertinentes, as crianças sempre perguntam, sem esperar respostas prontas”, diz Jean. “Deixamos de fazer isso porque o questionamento nos tira do conforto.” Mas esse é um péssimo hábito para quem quer ser criativo.
Além de repertório e questionamento, é preciso haver motivação para criar. E ela está por todos os lados. “A matéria-prima da criatividade são os problemas”, diz Denilson, da Fábrica de Criatividade. A questão é que estamos acostumados a enxergar os problemas como males a ser eliminados rapidamente, e não como oportunidades de melhorias. Analisar problemas de forma estruturada permite encontrar novos caminhos – muitos impensáveis à primeira vista.
Como tudo no desenvolvimento da criatividade, tornar-se um bom caçador de abacaxis é um processo que leva tempo. Urna forma de analisar situações e, consequentemente, encontrar problemas é o sistema conhecido como Six Thinking Hats (algo como “seis chapéus para pensar”). Ele foi desenvolvido por Edward de Bono, professor na Universidade de Oxford. De acordo com a teoria, devemos ter seis perspectivas para uma questão: o chapéu vermelho (olhar para a situação com as emoções e entender como se sente), o chapéu branco (ver de forma objetiva quais são os fatos), o chapéu amarelo (ver o lado positivo: o que vai funcionar?), o chapéu preto (ver pelo lado negativo: o que não vai dar certo?), o chapéu verde (tentar pensar em ideias alternativas) e o chapéu azul (no cenário geral, qual seria a melhor solução?). E, se você está diante de um problema que parece não ter solução, às vezes o melhor a fazer é sair para dar uma volta – nem que seja para falar com os colegas em outra sala ou tomar uma água. Com tempo e dedicação, as ideias vêm.
Ferramentas como essa estimulam a criatividade de maneira estruturada, principalmente no trabalho. Mas o importante é lembrar que não há um único jeito de ser criativo. Cabe a cada um encontrar o método que mais funciona para si mesmo – e você só vai encontrá-lo quando se dedicar diariamente a essa habilidade. Começar agora é simples, pense: o que você pode fazer de diferente hoje?
ATITUDES X MEDOS
Thiago Gringon, coordenador da pós-graduação em criatividade e ambiente complexo da ESPM, estudou os comportamentos mais importantes para a mente inovadora e os contrapôs aos principais receios que essas atitudes geram. Ter receio é normal, mas é preciso combatê-lo. “O criativo é quem convive com esses medos, olha-os de frente e lida com eles”, diz Thiago.
ATITUDE: INICIATIVA
O momento em que saímos da zona de conforto e resolvemos ousar. É o primeiro passo da criatividade.
MEDO: EXPOSIÇÃO
Sair da bolha exige se tornar vulnerável, e isso causa apreensão. É natural se sentir exposto por não dominar um terreno novo.
ATITUDE: ENTUSIASMO
Não basta só ir a lugares diferentes, é preciso se entusiasmar, ter interesse pelo inéditoe desafiar seu ponto de vista.
MEDO: PERDA DE CONTROLE
Ao se colocar em situações novas, não dá para saber exatamente o que você vai vivenciar. Por isso, tente relaxar e experimentar o que está por vir.
ATITUDE: DETERMINAÇÃO
A criatividade exige trabalho constante e tranquilidade para entender que muitas tentativas serão fracassadas. Ter determinação é a chave para ser resiliente diante dos desafios e problemas.
MEDO: FRUSTRAÇÃO
Muitos dizem ter medo de que a criação falhe, mas no fundo isso é um tipo de proteção para não se frustrar depois de um esforço. A tolerância à frustração se constrói aos poucos, e para chegar a resultados de valor é preciso passar por percalços.
ATITUDE: AUTENTICIDADE
Tudo que criamos é extensão de nossa singularidade. Ou seja, para conseguirmos criar algo de impacto, precisamos saber quem somos e ser leais a isso.
MEDO: REJEIÇÃO
Quanto menos sabemos quem somos, mais medo temos de que não nos aceitem. Precisamos enfrentá-lo, saber o que nos trouxe até aqui e desapegar do que os outros pensam.
ATITUDE: FLUÊNCIA
Todas as criações contam uma história e é preciso ter repertório de linguagem para comunicá-la – seja por meio oral, seja pela escrita.
MEDO: INCOMPREENSÃO
Esse temor surge quando a ideia ainda não está totalmente desenhada e a pessoa não consegue se expressar do modo como gostaria. Trabalhe seu poder de comunicação para explicar quais são os objetivos da ideia no médio e no longo prazo – e saiba que nada, nunca, está 100 % pronto.
ATITUDE: INTUIÇÃO
É a sensibilidade para entender o que os outros desejam. A intuição surge do repertório acumulado e da inteligência emocional características importantes para a leitura de sinais e cenários.
MEDO: O DESCONHECIDO
Na prática, precisamos aceitar que tudo pode acontecer – tudo mesmo, até as coisas saírem bem diferentes do que esperávamos. É normal sentir raiva ou se frustrar, mas entenda que o desconhecido faz parte do processo criativo.
CÍRCULO VIRTUOSO
No livro Libertando o poder criativo, o guru da criatividade, Ken Robinson, descreve como funciona o processo de inovação. Acontece assim:
A CRIATIVIDADE ESTÁ NO AR
Como transformar o ambiente de trabalho num local que proporcione novas ideias
TOLERE ERROS
Errar é parte importante do processo criativo. Mas, se a pessoa tiver medo de falhar, não vai conseguir se arriscar e ficará bloqueada. É importante estimular as conversas sobre os erros e encará-los como oportunidades de desenvolvimento.
JULGUE AS IDEIAS, NÃO AS PESSOAS
A competência de alguém não deve ser medida por suas ideias ruins. Ter insights cheios de problemas é natural, ainda mais em um momento de brainstorming. Toda ideia é válida – até as problemáticas, que podem levar a soluções surpreendentes. quando não fazemos julgamentos pessoais, todos se sentem mais à vontade para ousar.
ESTIMULE A COLABORAÇÃO
Juntar pessoas de áreas e perfis diferentes para falar sobre um tema em comum pode ser um grande estímulo para a criatividade. O ideal é que o clima seja de colaboração. Por isso, é preciso evitar a construção de culturas agressivas com alta competição interna.
USE JOGOS
A gamificação traz o lado lúdico das pessoas à tona. Além disso, essa tática ajuda os profissionais a relaxar, mesmo quando estão diante de problemas complexos de negócio. Brincar faz o cérebro encontrar novas soluções para abacaxis corporativos que pareciam totalmente sem saída.
DÊ CONFORTO
Quando o ambiente físico de trabalho é agradável, tem um clima amigável e permite que as pessoas se vistam como preferirem (e se sintam seguras para ser quem são), as ideias tendem a fluir com mais facilidade. Isso acontece porque, nesse contexto, os profissionais se sentem livres para arriscar.
QUAL É O SEU ESTILO?
A Adobe desenvolveu um teste que mapeia os perfis predominantes de criatividade. Nós costumamos ter um pouco de cada um, mas um deles se sobressai. Veja quais são:
ARTISTA
É movido pelo desejo de expressar a si mesmo e de transformar o que o cerca. Esse perfil vive entre o mundo interior e o exterior e se manifesta para os outros em níveis profundos.
PONTO DE ATENÇÃO: Pode sofrer com falta de confiança e com medo de julgamento.
PENSADOR
É um eterno estudante: o mundo é uma oportunidade sem fim para aprendizados e para a busca pela verdade. Essas pessoas são boas em detectar cenários e em encontrar significados por trás de contextos.
PONTO DE ATENÇÃO: Há certa dificuldade em aplicar as ideias na prática.
AVENTUREIRO
Curiosidade define esse perfil apaixonado por novidades. A inspiração vem de diversas fontes, razão pela qual esse pessoal costuma ter hobbies, projetos diversos e várias áreas de estudo.
PONTO DE ATENÇÃO: A falta de foco e de rotina pode se transformar em frustração.
REALIZADOR
Determinado, focado e dedicado ao processo criativo, o realizador domina a arte de concretizar ideias e visões. Essas pessoas desenvolvem sistemas, estruturas e ferramentas que, depois, são usadas coletivamente.
PONTO DE ATENÇÃO: A racionalização pode prejudicar a autenticidade. Por isso, é preciso ouvir também a intuição e as emoções.
PRODUTOR
Analítico, pragmático e dinâmico. Seu lado criativo é equilibrado pelo aspecto realista. Para esse perfil, uma ideia só tem valor quando pode se transformar em algo prático.
PONTO DE ATENÇÃO: O foco constante em resultados pode deixá-lo desconectado do propósito, o que prejudica os projetos.
SONHADOR
O mundo é cheio de beleza e mágica para quem tem esse estilo. Essas pessoas veem significados e símbolos onde outros só enxergam fatos e formas. Assim, conseguem dar voz a emoções universais, muitas vezes por meio da arte.
PONTO DE ATENÇÃO: Devaneios podem dificultar a compreensão do momento presente e a construção de ações disciplinadas para atingir um objetivo.
INOVADOR
Para o inovador, tudo é visto por meio das lentes da possibilidade. Os problemas são encarados como oportunidades excelentes para aplicar seus talentos intelectuais e criativos. Seu objetivo é melhorar a forma como as coisas são feitas.
PONTO DE ATENÇÃO: A ânsia por inovar o tempo todo pode fazer com que a pessoa se desconecte da progressão do projeto.
VISIONÁRIO
O mundo é cheio de possibilidades para o visionário, que vê as coisas como elas poderiam ser, e não como são. Por isso, uma das características desse perfil é ser questionador e romper barreiras.
PONTO DE ATENÇÃO: Transformar sua visão única em ações diárias, colocando em prática aquilo que só ele consegue enxergar.
A prática de atenção plena auxilia no bom desempenho corporativo, trazendo atenção, calma e criatividade
Quantas vezes em nosso dia sofremos antecipadamente por alguma coisa que ainda vai acontecer, imaginando as consequências que talvez nem ocorram? E aquele erro simples que você cometeu na semana passada, mas que já foi resolvido: ainda incomoda a ponto de perder um bom tempo pensando nele?
Se você vive mais o passado ou o futuro do que o momento presente, é bom rever seus conceitos. E uma das maneiras de focar no que está se passando agora é praticando a técnica mindfulness. Traduzido para o português como atenção plena, tem como objetivo induzir a concentração intencionalmente na experiência do momento presente, desprendida de julgamentos.
AMBIENTE PROFISSIONAL
A prática vem sendo, cada vez mais uma aliada na melhora da produtividade, do foco e do relacionamento dos empregados e empreendedores. Nos Estados Unidos, empresas como Google, Facebook, Samsung e eBay têm um momento para que seus colaboradores possam meditar. A técnica da atenção plena é a favorita dos executivos pois “feita diariamente, clareia ais ideias e amplia a ‘visão de águia’”, o que nos faz ter um panorama mais abrangente de qualquer assunto para tomar a melhor decisão nos negócios, explica o consultor empresarial Rafeek Albertoni. O método ainda aumenta a comunicação entre áreas do cérebro, trazendo a percepção e o foco para o momento.
TUDO COMEÇOU COM JOBS
Antes de fundar a Apple, comprar a empresa de animação Pixar e se tornar milionário aos 25 anos, Steve Jobs foi até a Índia atrás de um guru buscando iluminação espiritual. Ele percorreu diversas aldeias e voltou para os Estados Unidos determinado a continuar com a prática de meditação, que realizou até o fim da sua vida.
Em sua biografia autorizada, Jobs conta: ao altar depois de sete meses em aldeias indianas, vi a loucura do mundo ocidental bem como sua capacidade para o pensamento racional. Se você simplesmente sentar e observar, verá como sua mente é inquieta”. O último desejo do dono da Apple foi que em seu funeral todos os participantes recebessem o livro Autobiografia de um Iogue, do indiano Paramahansa Iogananda, que fala sobre autorrealização, e o seu pedido foi atendido.
Steve Jobs foi quem popularizou a prática de mindfulness ligada ao empreendedorismo, já que muitas de suas ideias e inovações vieram dos momentos em que o empresário esteve apenas consigo meditando. “Sua mente simplesmente fica mais lenta e você vê uma expansão tremenda do momento. Você enxerga tanta coisa que poderia ter visto antes. É uma disciplina, você tem de praticá-la”, conta o livro Steve Jobs: A biografia.
E não parou por aí: com sua influência, outros grandes gestores seguiram a mesma linha, como Arianna Huffington, (fundadora do portal de notícia The Huffington Post), Jack Dorse (criador do Twitter), e o executivo da Apple, Craig Federighi, acompanhando os passos do fundador da empresa.
BENEFÍCIOS NA VIDA LABORAL
O dia a dia nas empresas, muitas vezes, sobrecarrega os funcionários e empreendedores por causa dos prazos, acúmulo de tarefas, mau relacionamento com colegas e chefias, consumo do tempo, entre outras causas. Com a popularização da atenção plena, muitas corporações relatam aumento na produtividade, foco e disposição dos empregados, além do melhor convívio com outras pessoas.
“O ambiente de trabalho determina a qualidade da empresa e dos funcionários que ela irá manter ou atrair. Quanto mais os colaboradores conseguem se livrar de comportamentos destrutivos, como surtos de raiva, inveja e a tendência para reclamação inútil, mais agradável se torna trabalhar nessa equipe”, explica o mestre espiritual Giridhari Das.
Além disso, os líderes das companhias também são beneficiados quando praticam o mindfulness, já que a técnica “faz uma conexão com os nossos sentimentos e nos ajuda a gerenciá-los com inteligência emocional, ampliando o conhecimento de nós mesmos e a maneira como lidamos com os problemas, com as outras pessoas e com o nosso trabalho”, conta Rafeek Albertoni.
FOCO NO DHARMA
Giridhari Das explica um conceito empregado na prática do yoga e da atenção plena chamado dharma, palavra em sânscrito, que significa “viver uma vida centrada em cumprir nosso dever”. Ou seja, são pequenas tarefas que devem ser realizadas no momento, como preparar uma refeição, divertir-se em uma recreação ou fazer um relatório do trabalho.
Ainda segundo o mestre espiritual, mesmo que seu dharma mude repentinamente com um incidente ou imprevisto a consciência não deve se dispersar; mas, pelo contrário entender o novo momento e aproveitá-lo aqui e agora.
“Se realizarmos nossas lições esperando pelos resultados ficaremos invariavelmente cheios de estresse e ansiedade. Não é necessária nem útil, se preocupar (ocupar a mente com o futuro) com o resultado no momento da ação. O planejamento e a construção de metas são por si só, atos, e devem ser feitos por quem possui este dever. Então não é que focar na ação implica em não planejar ou em não buscar objetivos”, esclarece o mestre espiritual.
A alteração bruta de dharmas pode deixar a mente inquieta, estressada e ansiosa. Contudo, a prática do mindfulness traz a resiliência, que é a capacidade de se adaptar às mudanças.
Melhorar essa habilidade é essencial para o mundo corporativo, já que é preciso resolver de modo prático os problemas e tomar decisões certas rapidamente.
SÍNDROME DE BURNOUT
Cansaço físico e mental, isolamento social, dificuldade de concentração, falta de energia, sentimento de não ser bom o suficiente e alterações repentinas de humor. Esses são alguns sintomas da síndrome de burnout, que significa “queimado por completo” em inglês. Contudo, a prática da atenção plena promete ajudar os pacientes com a síndrome ou com sintomas de exaustão laboral, já que “quando aprendemos a conviver e a relaxar profundamente dentro do aqui e do agora, o passado deixa de nos angustiar e o futuro já não nos causa mais ansiedade”, conta Rafeek Albertoni.
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