EU ACHO …

UMA NOVA LIDERANÇA PARA UM NOVO MUNDO

De repente, vimos nossa rotina ser alterada por conta da pandemia do novo coronavírus. As relações pessoais ganharam novos vieses e as profissionais, dinâmicas até então impensáveis.

Nossa geração não se preparou para uma pandemia, muito menos na proporção como a da Covid-19. Então tivemos que nos adaptar. A crise nos revelou lacunas — e os grandes líderes foram desafiados pela necessidade de inovar e se adiantar ao que estava por vir.

Os primeiros grandes desafios, logo que os casos começaram a surgir pelo mundo, foram analisar a pandemia de forma preditiva e medir os seus impactos no dia a dia.

A criatividade e agilidade foram fundamentais para as ações iniciais. Era hora de assumir riscos. As ações tiveram que ser ágeis (afinal, o vírus tomou o mundo de sobressalto), o home office começou a fazer parte do cotidiano das corporações e as lideranças tiveram que se desapegar de práticas tradicionais para apostar em novas estratégias e conceitos, buscando sempre suportar a adaptação das (novas) realidades dos funcionários. Uma equipe conectada e integrada é fundamental nesse momento.

A pandemia mostrou que a famosa “zona de conforto” não existiria mais. Ela provou também que nossa capacidade de se adaptar ainda está longe do limite. Resiliência virou palavra de ordem dentro e fora das empresas, novos conhecimentos precisaram ser adquiridos e outros, reaprendidos. Isso é primordial para análise e tomada de decisões.

Reconhecer a importância de sentimentos para o momento, como empatia e pertencimento, é essencial para a valorização e segurança dos membros de uma corporação, e fazem a diferença em situações de crise. Isso é parte das “seis inteligências” listadas recentemente pelo Fórum Econômico Mundial: contextual; moral; social e emocional; generativa; tecnológica; e transformadora. Cada uma delas é imprescindível e a sua combinação gera o verdadeiro poder da liderança inteligente.

Vale ainda citar os papéis exitosos desempenhados por lideranças de países como Alemanha, Islândia e Nova Zelândia, com mulheres como chefes de Estado e que já se tornaram exemplo de sucesso na nova economia. Algumas características foram indispensáveis para isso como a capacidade de tomar iniciativas, resiliência, investimento no autodesenvolvimento, foco nos resultados e demonstrações abertas de integridade e honestidade, como aponta um estudo realizado pela consultoria de desenvolvimento e líderes Zenger|Folkman.

Diante de um cenário sem precedentes como o que vivemos, não há como ignorar as habilidades dos líderes e esquecer as inovações tecnológicas que desempenham papel urgente para que as atividades sejam realizadas remotamente, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), e também responsáveis por serviços, ferramentas e infraestruturas importantes para o combate ao novo coronavírus.

Sem a tecnologia não teríamos mecanismos para manter a saúde dos colaboradores e das corporações. É em momentos altamente dinâmicos que precisamos inovar de forma ágil e colocar à prova nosso potencial de adaptação. É assim que traremos novas soluções para um mundo completamente novo.

GISSELLE RUIZ – é diretora geral da Intel Brasil

OUTROS OLHARES

A DIETA DO JEJUM

Famosos e anônimos são adeptos do novo regime, que prevê longos períodos sem nenhuma alimentação. A estratégia funciona, mas é preciso ter cuidado

A modelo Gisele Bündchen, as atrizes Jennifer Aniston e Deborah Secco, a apresentadora Sabrina Sato e muitas outras celebridades garantem ter uma estratégia infalível para cuidar da boa forma. Elas ficam muitas horas, às vezes um dia inteiro – ou, nos casos radicais, até mais tempo -, sem comer. Por mais banal que possa parecer, a dieta do jejum prolongado tem conquistado adeptos por uma simples razão: a possibilidade de perder peso rapidamente. Gisele, que tem como objetivo principal não ganhar nem um quilo a mais, costuma fazer refeições completas apenas cinco dias na semana. Nos outros dois, ingere míseras 500 calorias, ou um quarto do que um adulto precisa. Certas vertentes permitem o consumo de alimentos leves durante a pausa, como frutas, café preto e chás. Outras defendem fechar a boca por 24 horas de uma a três vezes por semana. Antes do jejum, a última alimentação deve ser pobre em carboidratos, o que faz com que as taxas de insulina caiam e o corpo se prepare para queimar gordura. Depois dessa janela, os adeptos do jejum fazem uma refeição normal, de preferência rica em nutrientes e com pouca gordura. Laticínios e alimentos com muito glúten, portanto, devem ficar de fora.

Funciona? A curto prazo, sim. Sem comida, o organismo passa a usar suas reservas de glicose, frequentemente guardadas como gordura. Mas é preciso ter cuidado. Isso porque o jejum interfere na ação natural de sentir fome na hora certa – quando falta glicose. Há o risco considerável de, pouco depois de o indivíduo parar de jejuar, o peso rapidamente voltar ao que era antes. Queda de cabelo, constipação, anemia, irritabilidade e falta de concentração são outras consequências possíveis de privar o corpo de alimentos. Por outro lado, os apoiadores da dieta afirmam que a prática reduz, por exemplo, o risco de doenças cardiovasculares. “Alguns estudos mostram que a dieta é promissora para gerenciar a obesidade e comorbidades associadas, desde que feita sob recomendação e com acompanhamento”, explica a nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Cristiane Hanashiro. Para a jornalista Layal Antanios, 34 anos, o novo regime a ajudou a perder 20 quilos em apenas dois meses. “Hoje em dia, faço jejuns de doze horas em média”, diz. “Estou mais disposta e feliz. O jejum virou meu estilo devida.”

De tempos em tempos, alguma dieta que promete resultados milagrosos conquista legiões de adeptos para depois desaparecer por completo. Na década de 70, uma delas, ancorada em supostos estudos científicos, anunciava que bastava comer uma toranja em cada refeição (veja no quadro abaixo) que o problema de excesso de peso estaria resolvido. Dizia-se que a fruta possuía uma enzima que digeria gorduras de forma veloz, mas a tal propriedade nunca foi comprovada. Há alguns anos, uma ideia bizarra virou moda: trocar as refeições normais por papinhas de bebê. Quem aderiu à maluquice não perdeu muito peso e acabou apresentando quadros de deficiência de fibras e proteínas no organismo. A nova dieta do jejum virou febre na pandemia do coronavírus porque pessoas engordaram com a inatividade forçada do home office. Agora, elas estão desesperadas para eliminar os quilos extras. Nesse caso, ficar sem comer obviamente ajudará, mas é preciso fazer isso respeitando uma velha máxima: procure antes um especialista. Até que surja uma nova onda de dieta.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE CONSOLO PARA A ALMA

DIA 08 DE AGOSTO

O BRADO DE TRIUNFO

Está consumado! (João 19.30).

A cruz não é um símbolo de fracasso, mas de vitória. Foi na cruz que Cristo triunfou sobre os principados e potestades. Foi na cruz que Cristo conquistou para nós eterna redenção. Jesus não foi para a cruz como um prisioneiro impotente, mas como um rei que caminha para a sua coroação. A penúltima palavra proferida por Jesus na cruz foi um brado de triunfo. Na língua grega, a expressão Está consumado! contém apenas um termo: Tetélestai. Essa palavra tem três significados: Primeiro, era usada para a conclusão de uma tarefa. Quando um filho terminava um trabalho, dizia ao pai: Tetélestai, ou seja, está concluído o trabalho a mim confiado. Segundo, era usada para quitação de uma dívida. Quando alguém ia ao banco pagar uma promissória, batia-se o carimbo no documento com a inscrição: Tetélestai, ou seja, a dívida foi paga. Terceiro, era usada para posse definitiva de uma escritura. Quando alguém comprava um imóvel e o quitava, recebia a escritura definitiva com a inscrição: Tetélestai, ou seja, agora você tem direito de posse definitiva. Quando Jesus foi levantado na cruz, ele concluiu o trabalho que o Pai lhe havia confiado, ou seja, de ser o nosso substituto. Além disso, na cruz Jesus pagou a nossa dívida e concedeu-nos o dom da vida eterna. Agora, temos perdão e salvação. Por causa da morte de Cristo, podemos tomar posse da vida eterna. O sacrifício de Cristo foi plenamente suficiente para nos oferecer eterna redenção!

GESTÃO E CARREIRA

DE OLHO NA SAÚDE (DO BOLSO)

Os efeitos devastadores da contaminação pelo coronavírus se alastram e afetam também a conta bancária dos brasileiros. Veja como minimizar o impacto da crise e proteger as finanças

No começo de abril, o Fundo Monetário Internacional divulgou um relatório indicando que os efeitos do coronavírus na economia mundial causariam uma crise comparável à da Grande Depressão, em 1929. Segundo o FMI, o isolamento social, medida que tem sido defendida por especialistas e autoridades em saúde como a mais eficaz contra a disseminação da doença, e a consequente paralisação de diversas atividades econômicas irão gerar uma retração de 3% na economia global em 2020. O momento atual, batizado pelo órgão como Grande Paralisação, será pior do que a crise de 2008 e, pela primeira vez desde os anos 30, fará tanto economias avançadas quanto emergentes entrar em recessão.

Com o Brasil não será diferente. O país será, inclusive, uma das nações em desenvolvimento mais afetadas. Isso porque antes mesmo do início da adoção de medidas de isolamento social a taxa de desemprego por aqui estava alta. No primeiro trimestre deste ano o índice subiu de 11,2% para 11,6%, o que representava 12,3 milhões de cidadãos sem trabalho. E as previsões são pessimistas. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), por causa da pandemia, nos próximos três meses essa taxa pode decolar ainda mais, atingindo 16,1% da população e fazendo com que mais 5 milhões de trabalhadores entrem na fila do desemprego.

Soma-se a esse cenário a publicação da Medida Provisória 936 no início de abril, que autoriza às empresas reduzirem até 70% do salário e da jornada dos trabalhadores, visando evitar demissões. Ou seja, num futuro próximo, parte das pessoas estará sem emprego, dependendo do auxílio emergencial de 600 reais fornecido pelo governo, e outros tantos estarão com o orçamento reduzido em mais da metade. Nesse contexto, torna-se urgente criar estratégias para proteger também a saúde do bolso durante a pandemia.

Na ponta do lápis Independentemente de estar com a conta bancária saudável antes do coronavírus, o período de instabilidade pede uma revisão geral do orçamento. “Tanto os trabalhadores com carteira assinada quanto os autônomos e empresários precisarão conhecer sua situação financeira. E a verdade é que a maioria das pessoas não sabe quanto gasta e quanto recebe por mês”, afirma Ricardo Hiraki, sócio fundador da consultoria financeira Plano. Um exemplo disso é que, segundo um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgado em janeiro, 48% dos brasileiros não monitoravam o orçamento. Outros 20% também não faziam nenhum registro de gastos ou recebimentos mensais.

Para aqueles que conseguiram poupar nos últimos anos, ter ciência do orçamento mensal é importante para mensurar por quanto tempo a reserva financeira irá durar enquanto a economia não voltar ao normal. “É lógico que será necessário fazer algumas mudanças de hábitos. Mas se você tem menos de seis meses garantidos é preciso realizar uma verdadeira operação de guerra”, diz Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). A dica de ouro é mexer nas economias apenas quando não existir mais nenhuma outra fonte de renda. Se o contexto for de redução de salário ou de existência de seguro-desemprego, o mais aconselhável é adaptar o orçamento para a nova realidade.

CORTANDO NA CARNE

Na hora de reajustar as contas, priorize três frentes: alimentação, saúde e educação. As duas primeiras estão relacionadas à manutenção da vida, logo, não devem ser reduzidas; já a última é importante para garantir capacitação profissional, algo imprescindível para se manter no mercado após a crise. “Nos próximos meses nós vamos ver uma concorrência maior no mundo do trabalho. Por isso, mesmo quem não perdeu o emprego precisa pensar em se atualizar. Isso sem contar que aprender algo novo pode ser uma boa oportunidade de obter renda extra”, afirma Reinaldo. Então, aproveite para garimpar descontos e cursos gratuitos que estão sendo oferecidos por diversas instituições durante o isolamento.

Gastos com roupas, carros e lazer podem ser cortados ou reduzidos ao máximo. E, embora seja preciso economizar nas contas de aluguel, luz e energia, estas últimas podem ser negociadas, uma vez que as concessionárias estão mais flexíveis com a cobrança dos serviços. O Senado, por exemplo, aprovou um projeto de lei que proíbe decisões de despejo por falta de pagamento de aluguel até o dia 30 de outubro. Por sua vez, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu por 90 dias os cortes no fornecimento de energia para os inadimplentes.

ESCOLHAS INTELIGENTES

Mas o não pagamento de despesas básicas deve ser adotado apenas em último caso. Isso porque as medidas citadas acima não impedem que o consumidor fique com restrições no nome, por exemplo. Sem contar que, após o período de crise, os serviços poderão ser interrompidos; e os valores devidos, cobrados normalmente. Uma opção melhor é aproveitar a prorrogação de pagamento de tributos federais, incluindo imposto de renda, simples nacional, PIS/Pasep e Cofins. Para os empreendedores, existe ainda a possibilidade de adiar ou parcelar a contribuição do FGTS dos funcionários. “Aproveite e verifique junto aos bancos e serviços contratados o pagamento de taxas e assinaturas desnecessárias. O ideal era já ter cortado esses gastos antes mesmo da crise”, afirma Ricardo, da consultoria Plano.

NO AZUL OU NO VERMELHO

A pandemia aumentou ainda mais o número de famílias brasileiras endividadas. Em janeiro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) registrou recorde no número de lares com contas atrasadas (67%). Em dezembro do ano passado, o índice se encontrava em 65%, por exemplo. A orientação para quem está no vermelho é a mesma de sempre: renegociação.

E a boa notícia é que, diante do iminente aumento da inadimplência, cinco grandes instituições financeiras nacionais (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander) passaram a oferecer condições especiais para aqueles que desejam rever os pagamentos. É possível, por exemplo, suspender parcelas de financiamento por períodos que variam de 60 a 180 dias ou então encontrar novas linhas de crédito.

Contudo, o cartão de crédito e o cheque especial, grandes vilões do orçamento, devem continuar sendo evitados. Ainda que projetos de redução das taxas de juro dos dois produtos estejam tramitando no Congresso, apenas a Caixa Econômica Federal anunciou, de fato, a diminuição do cheque especial de 4,9% para 2,9% ao mês. A taxa de juro do crédito rotativo da instituição também caiu, de 7,7% para 2,9% mensais. “O cenário ideal é pagar à vista e, de preferência, com desconto”, afirma Reinaldo, da Abefin.

Você pode estar se perguntando: “Minha renda reduziu, então não preciso separar uma quantia para investimentos, certo?”. Errado. Os especialistas são unânimes em dizer que, para aqueles que estão no azul, agora também é hora de pensar nas aplicações, seja para aproveitar a baixa da bolsa de valores, seja para melhorar a reserva financeira. “Existem oportunidades em títulos de renda fixa prefixada e ativos atrelados à inflação, por exemplo”, afirma Ricardo, da Plano.

Para quem deseja investir em renda fixa em meio à economia instável, a dica é escolher títulos com liquidez diária, como o Tesouro Direto. Dessa forma, é possível resgatar o dinheiro a qualquer momento. Além disso, os investimentos prefixados são aqueles que você sabe quanto irão render desde o momento da aplicação até a data de vencimento dos títulos. Por isso, são mais seguros e menos influenciados pelas oscilações do mercado.

Já o investimento em renda variável requer cuidados maiores, principalmente porque são aplicações de longo prazo, mais suscetíveis ao sobe e desce da bolsa e que exigem sangue-frio para resistir à tentação de resgatar os valores em meio a uma queda. Para quem deseja arriscar, alguns setores prometem crescer, mesmo durante a pandemia, e podem ser mais seguros. É o caso dos títulos atrelados às empresas de varejo, em especial as que já atuam com e-commerce, e de bancos – já os ativos de companhias aéreas e petroleiras devem ser evitados.

Alguns fundos de investimentos e ações também tiveram uma diminuição no valor da aplicação e se tornaram mais vantajosos, principalmente aqueles de ramos tradicionais, como saúde e energia, que não costumam oscilar muito. É o caso das ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) e da administradora de saúde Qualicorp (QUAL3), que caíram de 15,68 reais para 7,17 reais e de 44,99 reais para 25,75 reais, respectivamente (conforme cotação feita em 27 de abril). “Quem investiu em dólar também pode se preparar para resgatar, uma vez que a moeda não deve subir mais do que o patamar atual”, finaliza Ricardo.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Confira as opções para complementar a renda durante a crise do coronavírus

AUXÍLIO EMERGENCIAL:

O governo liberou o pagamento do auxílio emergencial, que varia de 600 a 1.200 reais, para trabalhadores autônomos e mulheres que são responsáveis por chefiar a família, respectivamente

FGTS:

Foi liberado o saque de até 1.045 reais de contas ativas e inativas do fundo de garantia do tempo de serviço desde 15 de junho. além disso, está disponível o saque­ aniversário, que permite resgatar parte do dinheiro disponível na conta

SEGURO-DESEMPREGO:

Os trabalhadores que tiveram jornada de trabalho ou salário reduzidos vão receber um adiantamento de 25% do que teriam direito mensalmente caso solicitassem o seguro-desemprego

PIS/PASEP:

Todos os pagamentos do abono salarial do PIS/Pasep foram adiantados até junho. Têm direito os trabalhadores inscritos no sistema há pelo menos cinco anos, que receberam até dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceram atividade remunerada durante, pelo menos, 30 dias em 2019

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

UM GRITO QUE RESSOA

Diversos são os danos que relacionamentos abusivos causam às vítimas, porém ainda há intervenções a serem feitas. Muitas são afetadas direta e indiretamente por comportamentos destrutivos do companheiro

Relacionamentos amorosos são estruturas complexas e dinâmicas. Espera-se, minimamente, que para a manutenção de uma relação saudável deva existir um cenário de harmonia, sintonia de valores, respeito, companheirismo, lealdade, dentre outras características funcionais. Porém essa instigante estrutura de relação humana pode apresentar disfunções altamente danosas para uma ou ambas as partes: a manifestação da violência, de forma visceral ou subjetiva.

De acordo com Bittar e Nakano (2017), a violência na relação afetiva pode produzir impacto significativo para a vítima, resultando em danos diversos. em curto e em longo prazo, tais como: perturbações emocionais, baixa autoestima, depressão, raiva, ansiedade, ideação suicida, insucesso escolar, consumo de substâncias, disfunções de comportamento alimentar, estresse pós-traumático e comportamentos sexuais de risco. Muitas vezes, o problema se inicia ainda no começo da relação – e a esperança de que o cenário mude é um dos pontos mais difíceis para que o relaciona mento seja finalizado. A expectativa irreal, as ideias irracionais de que o problema está na vítima e as eternas promessas de mudança do agressor perpetuam as cenas de terror.

Segundo Beserri et ai (2016), a violência nas relações de intimidade (VRI) ocorre a partir da adolescência e durante a vida adulta, frequentemente no âmbito do casamento ou da coabitação. A começar no namoro, essa forma de violência é na maioria perpetrada pelo sexo masculino contra o sexo feminino, podendo ainda ocorrer no âmbito de relações de intimidade de pessoas do mesmo sexo, ressaltando que esse tipo de violência é uma pandemia que afeta essencialmente as mulheres e perpassa todos os grupos étnicos, culturais, níveis socioeconômicos ou educativos e tem raízes históricas e culturais. Certamente, as mulheres são afetadas direta e indiretamente por comportamentos destrutivos advindos do(a) companheiro (a) – e a percepção dos sintomas no início pode ser a grande válvula de escape para que outros problemas, ainda mais graves, possam ser manifestados. Os gritos de socorro ocorrem, mas será que sempre são ouvidos?

Além dos fatores objetivos que sustentam a relação amorosa problemática, Dias et ai. (2012) citam que existem duas narrativas românticas:

a) o conto de fadas do príncipe encantado que “venera” a princesa, sustentando crenças que legitimam a violência (e. g., que o melhor da relação supera o pior, que a mulher pode parar a violência se se aproximar do estereótipo da mulher ideal ); e

b) o romance negro, que retrata o homem como naturalmente controlado, e descreve as relações como tipicamente dolorosas para a mulher, naturalizando o seu sofrimento. Indubitavelmente esses dois modelos são manifestações frequentes do imaginário social – crenças disfuncionais de que “pelo amor tudo vale”, “o amor tudo vence”, “não podemos abandonar aquilo que Deus uniu”, todos pensamentos automáticos que relevam profundas feridas cognitivas no indivíduo. Necessitam-se intervenções apropriadas para essas vítimas, tanto de apoio de redes de proteção como do auxílio da justiça e do campo psicológico.

Silva, Coelho e Caponi (2007) debatem que, atualmente, as vítimas de agressores e outras formas de violência podem contar com programas de apoio na resolução de seus problemas familiares, tanto governamentais quanto não governamentais. Pela prática, nesses programas de atendimento à vítima percebe-se que a maioria das queixas (98%) parte de mulheres que são vítimas de alguma forma de violência no interior do espaço doméstico. Fica evidente que a violência doméstica tem se transformado numa forma cada vez mais brutal de agressão contra a mulher, mesmo que esta já possa contar com atendimento especializado. Infelizmente, assim como em outros fenômenos humanos, o tempo é fator essencial para resolução desta problemática, ou seja, não devemos esperar pelo pior para que a intervenção ocorra. Nesse cenário, ninguém deve ser espectador de brutalidades, sejam elas das mais sutis até as mais letais – violência é violência. E atenção, pois ela pode ser silenciosa, sutil, sem marcas físicas. Mas tão perigosa quanto qualquer outro tipo de violência, pois deixa marcas emocionais profundas. A identificação precoce e o tratamento são muito importantes.

IGOR LINS LEMOS – é doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental Avançada (UPE), terapeuta certificado pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas e psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Contato pelo Instagram @igorterapia

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