EU ACHO …

OS VERDADEIROS DESAFIOS: ACEITAR-SE E SER ACEITO

Autoafirmação, descobertas e adrenalina são características da adolescência. Nessa fase, os jovens necessitam provar (para eles mesmos e para os outros) que cresceram e já são capazes de lidar com as responsabilidades caminhando sozinhos. Em virtude disso, muitos não somente se mostram bastante abertos a novas experiências, como desejam ousar. Aliás, ousadia é outra marca desse complexo e conturbado período repleto de sentimentos intensos. Aceitar-se e ser aceito são grandes desafios e para isso não se medem esforços. Arriscar-se é praticamente uma filosofia, entretanto essa tendência de optar por ‘manobras arriscadas” pode custar caro. Em algumas situações o custo é a própria vida.

Recentemente, casos de suicídios entre adolescentes ganharam os noticiários do Brasil e do mundo e reacenderam muitos debates acerca das motivações para esse ato. Estudiosos avaliam uma gama de traumas emocionais que podem desencadear o desejo de morrer, como bullying, uso de drogas, problemas familiares, vazio existencial e depressão precoce.

Essa última, inclusive, é a principal causa de incapacidade e doença entre adolescentes. Diversos estudos demonstram que metade das pessoas com alguma doença psicológica a desenvolveu antes dos 14 anos.

Mas os acontecimentos noticiados chamaram atenção por estarem envolvidos em modelos de competição que levam esses adolescentes a testarem seus limites ao extremo e que ultrapassaram fronteiras de diversos países por meio da conexão virtual.

Precisamos analisar esse comportamento e buscar a compreensão do estímulo do flerte com o perigo, que os tem levado a consequências mortais.

“A  juventude sempre flertou com a morte, os jogos tipo roleta-russa foram frequentes na era vitoriana, como também os desafios em defesa da honra e os duelos, afinal, para nos tornarmos adultos é preciso matar, simbolicamente, a criança que um dia fomos”, explica a psicanalista Luciana Saddi. Porém, ela ressalta que é fundamental olharmos para além dos jogos e desafios tópicos da idade e enxergarmos a saúde emocional dos jovens. A pressão e a vulnerabilidade pungentes a que estão expostos precisam ser levadas em conta na avaliação desse fenômeno, assim como o que significa ser adolescente nos dias de hoje.

Muito se falou sobre jogos como baleia azul ou da asfixia como fontes de preocupação, quando o foco deveria ser olhar com atenção para o sofrimento dos jovens. Tememos o virtual quando deveríamos estar de fato assustados com o real à nossa volta.

OUTROS OLHARES

MATEMÁTICA DA PESTE

Compreender o padrão por trás do crescimento exponencial da Covid-19 é a maneira mais inteligente de criar um planejamento efetivo para combater a doença. Além dos médicos, a estratégia prevê o envolvimento de outros especialistas: os matemáticos

Um equívoco no início da pandemia foi negar a importância da ciência – o contágio certamente teria sido menor se os cientistas tivessem sido ouvidos mais amplamente. Além dos médicos, outros especialistas são importantes para definir as estratégias de enfrentamento à Covid-19: é o caso dos matemáticos. A peste que assola o planeta segue um padrão lógico, e identificá-lo é um passo importante para planejar possíveis soluções.

A teoria matemática que pode ser aplicada à Covid-19 é a do crescimento exponencial, ou seja, quando o número inicial é multiplicado por ele mesmo e assim indefinidamente. Nesse caso, 100 pessoas infectam outras 100, que irão infectar outras 100. O que é importante determinar em relação à pandemia é o período de tempo que essas pessoas levam para se infectar, para então detectar e compreender esse padrão. O monitoramento desses números também pode levar a um plano mais adequado a respeito do relaxamento das medidas sanitárias. A maior dificuldade no momento, no entanto, é que os dados não são 100% confiáveis.

VIDAS SALVAS

Para desenvolver um sistema matemático que consiga calcular quantos podem ser os infectados e mortos é necessário analisar três variáveis principais: número de hospitalização e letalidade; desenvolvimento da imunidade ou desenvolvimento de uma vacina; taxa de propagação da doença. O primeiro item não pode ser controlado no curto prazo, ou seja, não é possível construir novos hospitais do dia para a noite nem prever o número de pessoas internadas que vai se curar ou não. Em relação ao segundo, não se sabe ainda como as pessoas desenvolvem a imunidade nem quando a vacina estará pronta. A solução é pensada a partir da terceira variável, a taxa de propagação da doença. Os cálculos, portanto, são realizados em cima da estratégia de distanciamento social.

O professor do Instituto de Matemática da Unicamp, Dr. Paulo José Silva e Silva, explica que, mesmo com muitos defeitos, “as medidas propostas de distanciamento social salvarão 35 mil vidas no Brasil nos próximos 14 dias, uma vida a cada 36 segundos”. O professor explica que esse número é subestimado, uma vez que os dados não são exatos. Isso significa que o número de vidas salvas é maior, assim como o número de mortos, já que há a subnotificação dos casos.

Em conjunto com um grupo de pesquisadores, o matemático da Unicamp desenvolveu um sistema (https://github.com/pjssilva/Robot-dance) que sugere a alternância das cidades no isolamento social. A justificativa é que, além da capacidade produtiva não entrar em colapso, seriam reduzidos os transtornos que o longo distanciamento provoca. A sugestão é que a tomada de decisões sobre esse escalonamento das cidades seja feita de maneira centralizada. A principal variável seria a taxa de ocupação dos hospitais. O isolamento, nesse caso, seria decretado imediatamente quando as UTIs atingissem 50% dos leitos. O sistema ainda não começou a ser utilizado, mas o professor Paulo disse que já foi procurado por órgãos públicos.

Um dado importante para os cálculos de infecção é a possibilidade de realizar mais testes. No horizonte próximo, no entanto, não existe, a promessa de que isso será realizado em massa, como seria o ideal. A opção pelo lockdown, o fechamento total, teria sido mais adequada se tivesse sido usada no início da pandemia. Hoje, no Brasil esta curva está em crescimento. Segundo o médico infectologista do hospital Beneficiência Portuguesa de São Paulo, João Prats, “não existe uma tendência de queda, os casos ainda estão subindo”. Uma outra estratégia é a chamada “imunidade de rebanho”, quando grande parte da população adquire a doença e se cura, deixando, portanto, de passá-la adiante. Há dúvidas sobre o percentual que seria necessário para essa abordagem, além do alto número de vítimas fatais que a estratégia causaria, uma vez que ela funciona de maneira mais assertiva quando existe uma vacina. “Essa estratégia só funcionaria quando atingíssemos mais de 50% da população”, afirma Prats. A estimativa atual é que entre 4 e 6% da população esteja imunizada e cerca de 10% já possua anticorpos. O médico alerta que todos esses dados não são conclusivos pela falta de pesquisa e pelo pouco tempo de observação. Em qualquer cenário, só nos resta uma opção: confiar que a ciência vai apontar os caminhos que devemos seguir.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE CONSOLO PARA A ALMA

DIA 20 DE JUNHO

DOUTRINA E VIDA, UM BINÔMIO NECESSÁRIO

Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina… (1Timóteo 4.16a).

O apóstolo Paulo recomendou a Timóteo, seu filho espiritual e, pastor da igreja de Éfeso, a cuidar de si mesmo e da doutrina. Ortodoxia e piedade são irmãs gêmeas. Teologia e vida não podem ser separadas. Doutrina sem vida ou vida sem doutrina são posturas insuficientes. Precisamos associar à verdade o testemunho. O testemunho precisa ser regido pelo vetor da verdade. Há muitas pessoas ortodoxas que se descuidam da vida. Abominam as heresias e professam a sã doutrina, mas falham na prática. São ortodoxos de cabeça e hereges de conduta. Têm luz na mente, mas lhes falta amor no coração. São como a igreja de Éfeso segundo a avaliação de Cristo: elogiada por manter-se firme na sã doutrina, mas repreendida por ter abandonado o seu primeiro amor. Outros, porém, desprezam a sã doutrina, mas são zelosos na prática do amor. Era assim a igreja de Tiatira, que estava abrindo as portas para uma falsa profetisa ao mesmo tempo que era zelosa na prática do amor. Também essa igreja foi repreendida por Jesus por tal atitude. Não podemos separar o que Deus uniu. Não podemos voar com uma asa apenas. Não podemos correr com uma perna apenas. Não podemos viver de forma agradável a Deus com doutrina apenas, sem vida; nem podemos atender aos preceitos de Deus com vida apenas, sem doutrina. Doutrina e vida são um binômio necessário. A ordem de Paulo a Timóteo cruza os séculos e chega até nós: Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.

GESTÃO E CARREIRA

DASA FAZ AUTODIAGNÓSTICO

Depois de monitorar mudança no comportamento dos clientes durante a pandemia, o maior grupo de medicina diagnóstica da América Latina irá priorizar os atendimentos domiciliares no Brasil.

Briga comercial com a Europa. Cargas confiscadas pelos Estados Unidos. Produtos retidos na China. Esses fatos parecem fazer parte de um roteiro de filme de espionagem, mas narram os desafios enfrentados desde o início da quarentena pela empresa de medicina diagnóstica Dasa, para garantir equipamentos de proteção individual (EPIs) e insumos a mais de 800 unidades laboratoriais e hospitais distribuídos por 14 estados e o Distrito Federal. O maior grupo de medicina diagnóstica da América Latina – com atuação ainda na Argentina e no Uruguai – é detentor de 40 marcas de laboratórios no País, como Delboni Auriemo, Lavoisier e Salomão Zoppi, e da Rede Ímpar, que reúne sete hospitais em três capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Com faturamento de R$ 7,1 bilhões no ano passado, a holding estuda investir no aumento dos atendimentos e exames domiciliares, para ampliar também os testes de Covid-19 e recuperar a demanda. “O momento pede mobilização e agilidade. A gestão diária dessa crise reforça a importância de oferecer medicina diagnóstica embasada em rigorosos critérios técnicos e científicos”, afirma o CEO da Dasa, Carlos de Barros.

As metas estabelecidas pela diretoria são proporcionais às dificuldades encontradas pela Dasa desde o início da pandemia. Na semana que antecedeu a implantação da quarentena (que começou no dia 23 de março), os clientes lotaram as unidades. Uns para realizar exames de rotina, outros com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Diante desse cenário e para seguir as diretrizes traçadas pelo comitê de crise montado um mês antes, a empresa optou pelo fechamento de 40% dos estabelecimentos e viu dobrar a procura por exames residenciais. Com isso, o atendimento presencial despencou 70% nas semanas seguintes, percentual que diminuiu para 40% a 50% em maio.

O vice-presidente médico Emerson Gasparetto revela que a Dasa suspendeu momentaneamente os investimentos e optou por uma revisão estratégica, que inclui o direcionamento de capital para a coleta domiciliar e não mais para a abertura de novas unidades. “Aconteceu, sim, uma repriorização”, diz Gaspsaretto. “Teremos de investir melhor em estruturar a plataforma digital para apoiar os serviços de coleta domiciliar.” Ele diz que a provável alteração no plano não implica em corte de pessoal. No início da crise, a empresa afastou os colaboradores com mais de 60 anos e doenças crônicas e adotou o home office para grande parte da equipe.

O infectologista Renato Grinbaum, com doutorado em clínica médica e professor da Universidade Cidade de São Paulo, lembra que o cenário pós-pandemia é imprevisível, mas já provoca mudanças de comportamento nas pessoas, como constatado pela Dasa. Dentro dessa perspectiva, ele acredita ser uma oportunidade interessante a disponibilização de serviços e ferramentas que atendam a esse tipo de demanda. “Filas e salas de espera são ambientes que as pessoas evitarão sempre que puderem. Pagarão pelo espaço individual”, observa Grimbaum.

SEGURANÇA

Apesar de a Dasa reavaliar as prioridades, Emerson Gasparetto reforça as medidas adotadas para garantir a segurança dos pacientes e dos colaboradores durante o atendimento presencial. A companhia direcionou 71 unidades para realização dos testes diagnósticos de Covid-19 – e que realizam também todo o portfólio de exames – e criou dez centros para atender exclusivamente clientes de medicina fetal, cardiologia, geriatria, neurologia, oncologia e pediatria em São Paulo.

A empresa já constatou retomada dos exames pelos pacientes oncológicos, cardiopatas e diabéticos que tinham abandonado as suas investigações diagnósticas. “Atrasar três, quatro meses em diagnóstico de câncer de mama, por exemplo, pode ser letal”, diz. Hoje, a diretoria tem como principal desafio obter insumos para o processamento de testes de RT-PCR (um dos principais para diagnóstico da Covid-19), em que se detectam rastros genéticos do coronavírus. Apesar de ter capacidade de processar 6 mil exames por dia (com preços a partir de R$ 180), a Dasa não atinge metade do volume por falta de material. A empresa concorre com os Estados Unidos e países da Europa.

“Cargas de insumos foram confiscadas, outras não saíram da China. Remessas de EPI ficaram presas nos Estados Unidos. Mas chegamos num volume de testes diários que acredito estar atendendo a esse momento de crise”, afirma o vice-presidente médico. A empresa ainda ampliou o estoque dos testes sorológicos, que detectam imunoglobulinas IGM e IGG e mostram se o organismo está criando anticorpos. A confirmação revela que o indivíduo já foi exposto ao coronavírus.

APOIO

A Dasa fechou parceria com o Ministério da Saúde para a realização de 3 milhões de testes de RT-PCR, por seis meses, para pacientes do Sistema Único de Saúde. A capacidade inicial é de 30 mil exames por dia. Cerca de 200 pessoas trabalham no centro emergencial de diagnóstico erguido em Alphaville, na Grande São Paulo, próximo ao centro de produção da Dasa. A companhia disponibiliza, de forma gratuita, os profissionais e a infraestrutura para o processamento dos exames e insumos cedidos pelo governo federal. A iniciativa poderá ser ampliada para até 10 milhões de testes, dependendo da disponibilidade de equipamentos e da adesão de outras empresas. “A expectativa é de que outros empresários do setor se integrem à mobilização e contribuam para ampliarmos, juntos, a capacidade produtiva e o acesso aos exames para o maior número de brasileiros, num momento tão desafiador para a saúde global”, destaca Gasparetto.

O executivo lembra, ainda, que a companhia fechou unidades, perdeu receita com a queda de demanda, fez parcerias com o governo federal e não poupou recursos na aquisição de EPIs para os 30 mil colaboradores, além de 5 mil médicos. “Posso dizer que a nossa empresa estava saudável, com bom caixa antes da crise, o que nos permitiu fazer o que é melhor para os pacientes e os colaboradores”, afirma. Outro impacto se dá no hábito dos clientes. Segundo Gasparetto, a Covid-19 promoveu a transformação digital da saúde, ao, por exemplo, acabar com o receio das pessoas de pegar o resultado do exame pela internet ou de fazer uma consulta virtual.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

O ABC DA CONTROVÉRSIA

A questão sobre com que idade as crianças devem realmente ser alfabetizadas volta a rondar os noticiários e a gerar dúvidas entre profissionais da educação e entre os pais

Historicamente a alfabetização se dá em nosso país no primeiro ano do ensino fundamental, e essa determinação resistiu há anos de discussões sobre os métodos pedagógicos envolvidos, achados científicos a respeito da maturidade infantil, estudos sobre a psicogênese da escrita e depois do letramento e várias questões de diferentes ordens. Criou-se, no século XIX, um aparato jurídico para garantir a obrigatoriedade escolar, em consonância com diferentes países europeus, nos quais já havia “leis de obrigatoriedade escolar”, que conferiram visibilidade social à idade da meninice (por volta dos 7 aos 14 anos).

É simples compreender por que a Lei nº 11.274/2006, responsável pela ampliação do ensino fundamental de 8 para 9 anos, tenha despertado polêmica em torno da questão da alfabetização das crianças que passaram a entrar no chamado “1º ano” com 6 anos.

Embora escolas particulares, principalmente, já iniciassem tal processo no último ano da educação infantil, a idade passou a ser antecipada oficialmente em todas as escolas. E, com base em diferentes argumentações, o dispositivo de antecipação da alfabetização passou a operar no primeiro ano do ensino fundamental, mas se entendendo que o processo se consolidaria no terceiro ano do ensino fundamental, quando as crianças têm geralmente 8 anos de idade.

Entretanto, é fato, e reconhecido em diferentes estudos, que exageros vêm sendo praticados de modo que o primeiro ano se transformou em um período em que os professores se dedicam quase que exclusivamente à alfabetização: em Rondônia, em São Paulo, em Belo Horizonte, entre outros, o achado se multiplica e não apenas na escola particular.

Alfabetizar significa compreender o funcionamento do Código Alfabético. Esse código refere-se à correspondência entre as letras do alfabeto (grafemas) e os fonemas da língua que eles representam. Corresponde a um complexo processo, que não começa exatamente nos bancos escolares, mas neles se desenvolve e solidifica. Obviamente existe uma parcela (mínima) de crianças que se alfabetizam praticamente sozinhas, mas não é de longe uma regra, pois esse procedimento exige planejamento, estímulo a partir de competências, de habilidades individuais, e vai sendo concretizado através de trocas com o meio, de treino, de oportunidades de aprendizagem variadas.

Mas, recentemente, o quadro se complicou com o anúncio da terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo Ministério da Educação, que antecipa para o segundo ano a alfabetização plena das crianças. A discussão é ampla, mas já se inicia por um fato prático: reduzindo o tempo final para a consolidação dessa aprendizagem, a solução será usar dos últimos anos da educação infantil para o início da alfabetização, o que já é feito por algumas escolas, especialmente as particulares. E há famílias que apoiam e até buscam esse tipo de conduta…

Afirmar que dessa forma aproximaríamos o rendimento das crianças do sistema público de ensino às do ensino particular não basta, até porque não se encontrou até hoje vantagem alguma em fazer uma criança se tornar um leitor precoce. Além disso, os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014 apontaram que a proposta atual não está dando resultados positivos: 20% dos alunos da rede pública que frequentam o quarto ano (10 anos de idade) não sabem ler adequadamente. E os resultados das escolas particulares nem sempre são diferentes.

Oferecer uma boa pré-escola foi o caminho que países de educação reconhecidamente de qualidade encontraram: deixaram para o ensino fundamental o aprendizado formal da leitura e escrita, deram tempo para que neurologicamente a criança alcançasse um grau de desenvolvimento que lhe permitisse aprender sem prejuízo a outras atividades igualmente importantes para seu amadurecimento global.

Não foi uma decisão impensada: foi fundamentada em estudos científicos que mostram que o cérebro infantil precisa desenvolver-se durante os seis primeiros anos de vida através de atividades como brincar, exercitar-se com dinamismo, correr, experimentar coisas novas com crianças da mesma idade, ampliar a linguagem, a atenção, a memória, sensibilizando-se para o mundo das letras por meio de contato com histórias, dramatizações, músicas, artes.

Determinar que a consolidação da alfabetização, ou seja, que a criança seja capaz de codificar e decodificar com autonomia, atribuindo sentido a textos e escrever textos compreensíveis por outros leitores ocorra no segundo ano do ensino fundamental (aos 7 anos de idade), em todas as escolas, é um objetivo ambicioso e tangível para uma parcela de nossas crianças, mas não sem ônus para elas e para seus professores. Além disso, saber ler e escrever perfeitamente aos 7 anos não evita problemas na vida escolar e não garante o sucesso profissional futuro, nem muda o quadro da educação brasileira.

Estender até os 8 anos o processo de alfabetização não significa perda de tempo, pois a criança estará desenvolvendo outras múltiplas habilidades e adquirindo novos conhecimentos compatíveis com seu neurodesenvolvimento, sua cognição, capacidade psicomotriz, socioemocional, todas fundamentais para as outras aprendizagens que virão.

MARIA IRENE MALUF – é especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Neuroaprendizagem. Foi presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia – ABPp (gestão 2005/07). É autora de artigos em publicações nacionais e internacionais. Coordena curso de especialização em Neuroaprendizagem. irenemaluf@uol.com.br

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