EU ACHO …

HORA DE SE REINVENTAR

Aos 85 anos, Renato Aragão virou tiktoker e conta como a rotina nas redes o mantém “adolescente”

Quando me questionam como é ser idoso em uma pandemia, rebato de bate-pronto com outra pergunta: é comigo mesmo? Eu não sou um idoso, tenho é juventude acumulada. Alguns dias acordo com 30 anos, em outros com 16. Nunca com a minha idade cronológica. Estou sem sair de casa há quase três meses e sigo à risca todas as orientações para proteger a mim e a minha família Sou do grupo de risco, embora não me sinta assim. E tenho medo desse vírus. Enquanto isso tudo não passa, tento ir levando a situação com energia e humor. Outro dia mesmo postei no Instagram uma cena em que eu dizia ao telefone que ia sair, e minha mulher (Lilian Aragão) me interrompia falando que não iria a lugar nenhum. É ela quem manda. Faço esse papel de incentivar as pessoas a ficarem casa, com leveza. E aí, em pleno isolamento social e em busca de novas distrações, eis que acabei, por estímulo de minha filha, Lívian, e amigos, aderindo ao TikTok (aplicativo com vídeos curtos usado por milhões de crianças e adolescentes no mundo todo).

Eu me encontrei como tiktoker. Tenho mais de 700.000 seguidores lá e quase 2 milhões de pessoas já curtiram meus vídeos. É uma linguagem rápida, despretensiosa e, mesmo sendo um novato na área, ela não é tão nova assim para mim. Sempre gostei de fazer minhas coreografias na televisão, com Os Trapalhões. Agora, em casa, faço ainda mais: já postei de tudo um pouco – dancei sucessos como Despacito, o funk Lacraia, Don’t Start Now, Pump It e Braba, de Luísa Sonza. Esse é o repertório, variado. O segredo é não ter medo do ridículo, e eu não tenho. Queria ser como o Didi Mocó (seu personagem), que pensa zero no dia seguinte. Eu não sou exatamente desse jeito, mas não tenho problema nenhum em me expor. Aliás, gosto disso. Corro pelo quintal, subo em pedra, rego o jardim, faço flexão, uso bambolê, planto bananeira – e depois posto.

Duas coisas ajudam a me manter atualizado, com o espírito jovem. Uma delas é o fato de eu nunca ter deixado de me exercitar; isso desde os tempos em que servi no Exército, ainda no Ceará. Meu manequim continua exatamente o que sempre foi ao longo da vida – 1,64 metro e 61 qui1os. A outra vantagem, fonte de meu ânimo permanente, é justamente minha relação com a tecnologia, com a internet e com as redes sociais. Eu mesmo faço questão de responder aos amigos no Instagram. Passo tanto tempo conectado que a Lilian (que também faz suas aparições no TikTok) vive dizendo que pareço um adolescente.

Às vezes me bate uma tristeza. Sou emotivo demais. Choro todos os dias assistindo ao noticiário. Tenho até evitado ver direto. Como tanta gente, experimentei a dor de perder uma pessoa muito querida nesta pandemia. Também não pude me despedir do meu irmão, que não resistiu a uma cirurgia para colocar um marca-passo, em Fortaleza. Para diminuir o peso, eu me exercito pela casa, faço meditação, escrevo meus esquetes de humor. Por ora, extravaso no Instagram, no TikTok, e por aí vai. Volta e meia imito um aluno tendo aulas on-line e cheio de desculpas por estar atrasado, mesmo confinado. Já estou com um estoque de piadas prontinho e repleto de projetos. Não vejo a hora de voltar a trabalhar, poder sair para jantar com meus grandes amigos, como o Dedé Santana, com quem falo quase todos os dias, e abraçar meus filhos. O Ricardo, que mora em Portugal, e a Livinha, que estava nos Estados Unidos, chegaram há pouco mais de uma semana e vieram para casa. Só não posso me aproximar deles, o que é bastante angustiante. Estão tendo de cumprir quarentena nos quartos, isolados por precaução, mesmo depois de o teste para o novo coronavírus de ambos ter dado negativo. Em um momento assim, quando está tudo tão mudado, você também precisa se reinventar e se reconectar ao mundo da maneira que dá.

OUTROS OLHARES

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Campanha propõe aguardar a idade adulta para iniciar a vida sexual

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 930 meninas com menos de 20 anos dão à luz todos os dias, totalizando mais de 434,5 mil mães adolescentes por ano. O Brasil registra a maior taxa entre os países da América Latina e Caribe, chegando a 68,4 nascidos vivos para cada mil adolescentes e jovens.

Em fevereiro deste ano o governo federal lançou a campanha “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”. A estratégia propõe que os adolescentes considerem a possibilidade de adiar o início da vida sexual como uma ferramenta para evitar a gravidez precoce.

Instituída por meio da lei nº 13.798, a campanha é voltada para adolescentes, jovens, pais ou responsáveis, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência.

Mas a campanha, que está sendo chamada de projeto da “abstinência sexual”, vem sendo alvo de críticas de entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Defensoria Pública da União. Entre os argumentos está o de que a estratégia não funciona, fere a liberdade do jovem sobre seu corpo e confunde.

Dados apresentados no lançamento da campanha apontam um crescimento das DST (doenças sexualmente transmissíveis) no Brasil nos últimos anos, especialmente entre os jovens. Os novos casos do Aids aumentaram 21% entre 2010 e 2018 no país, enquanto diminuíram no mundo, segundo a ONU.

Para a ginecologista e obstetra, Kadja Froés, a real medida para redução dos índices de DST e da gravidez na adolescência deve ser a educação sexual.

“Eu acho válido que seja incentivada uma redução da sexualização infantil. É necessário o conhecimento das doenças, do corpo da mulher e do homem e da importância do uso dos métodos de prevenção. Nessa fase os hormônios sexuais estão em níveis altos, levando a um desejo sexual maior, além da descoberta do prazer. Tornar esse prazer proibido é mais um incentivo para o adolescente querer tê-lo. Na minha opinião, a única maneira de conseguirmos reduzir os números de adolescentes grávidas é um programa bem feito de educação sexual, que pode ser nas escolas ou veiculado na mídia”, comenta.

A médica alerta sobre os riscos de uma gravidez precoce tanto para a saúde da mulher quanto do bebê.

“Se formos considerar o ponto de vista anatômico e fisiológico, a idade inicial para engravidar seria a partir dos 20 anos, quando o aparelho reprodutor está totalmente formado. Claro que pode variar para cada mulher, algumas se desenvolvem antes, mas pensando em uma média seria essa idade. A pré-eclampsia, que é a elevação da pressão arterial na gestação, é mais comum nos extremos etários, ou seja, adolescência e após 40 anos. É uma doença grave que pode levar ao óbito materno e fetal, se a gestante não for bem assistida no pré-natal. A gestação na adolescência também apresenta maior risco de parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer devido retardo de crescimento intra-uterino, com maiores índices de morbimortalidade fetal e neonatal”, explica.

Para a psicóloga e diretora administrativa da Uniser do Vale, Nilcéia Costa, uma campanha de incentivo ao início da vida sexual somente na idade adulta não têm o poder de mudar a vida das adolescentes.

“Só haverá mudanças saudáveis se houver medidas educativas sobre a vida sexual. A falta de orientação sexual, tanto na escola como na família, leva à gravidez precoce e às doenças sexualmente transmissíveis. Essa campanha não vai levar a nada se não houver efetivamente um trabalho feito desde a pré-adolescência falando sobre a vida sexual, sobre os seus valores e consequências, pois todo ato tem sua consequência e acho que o adolescente está precisando ouvir isso, tanto da família como na escola”, comenta.

A especialista esclarece sobre os efeitos psicológicos de uma gravidez na adolescência. “Se os pais não tiverem maturidade para a maternidade e a paternidade, isso pode acarretar efeitos psicológicos negativos, como a insegurança, frustrações diante de outros sonhos que não são realizados, como liberdade para sair com amigos, viajar, estudar. Muitas vezes, o filho ocupa grande parte do tempo e a mãe deixa de fazer as coisas que deseja e isso pode acarretar efeitos negativos como a depressão. É muito comum a depressão pós-parto diante dessas frustrações. Alguns abandonam a escola e têm dificuldade para conseguir emprego. Muitas vezes a maternidade ou paternidade é vista como gravidez não planejada, não desejada. Eles ficam rotulados e isso é uma privação para os adolescentes”, explica.

A psicóloga destaca a importância do apoio familiar nesses casos. “O apoio da família é fundamental em toda gestação. Mas na gestação precoce, muito mais. O apoio dos familiares é muito importante para a adolescente conseguir continuar seus estudos, ter contato com amigos e conseguir dividir o seu tempo, não só com o filho. Ela será mais feliz e, consequentemente, será uma boa mãe. É um momento da vida de amadurecimento e o apoio da família, como suporte emocional, pode fazer toda a diferença para o desenvolvimento da criança e da mãe. Só é preciso ter cuidados para que os avós não assumam a criança. Em muitos casos os avós assumem para suprir as necessidades, principalmente quando se trata da filha. Por acreditar que a filha não é capaz, muitas vezes erram por excesso de cuidados. A mãe adolescente deve assumir o papel de mãe com o apoio dos avós, mas a avó não deve assumir esse papel. O pai adolescente, muitas vezes, se ausenta por medo, pressão e mesmo até por exclusão. A família da adolescente assume toda a responsabilidade e exclui o pai. Segundo pesquisas e estudos, o papel do pai favorece o aumento do bem-estar da mãe e revela que a participação do pai levaria ao melhor desenvolvimento social da criança”, esclarece.

A auxiliar administrativa, de 25 anos, Janaína Kelly Dias Fernandes, conta que engravidou de sua filha Sophia quando tinha apenas 17 anos.

“Não foi uma gravidez programada. Me senti assustada, não acreditava que era verdade que eu estava grávida. Foi um susto enorme para a minha família, eles sabiam que eu já tinha uma vida sexual ativa, mas não imaginavam que eu fosse engravidar tão nova. Engordei bastante na gestação, foram 16 quilos no total. Meu parto foi normal, mas bem difícil e eu sofri muito. Tive que abrir mão dos estudos, depois eu precisei fazer um supletivo para terminar o colegial e deixei de fazer muitas coisas, viagens, faculdade. Acho correto o incentivo para que as pessoas esperem a vida adulta para iniciar a vida sexual, afinal de contas nem sempre é bem-vinda uma criança sem planejar antes”, comenta.

Janaína destaca a importância do apoio familiar e do pai da criança. “Tive que amadurecer mais rápido devido a chegada da minha filha. Hoje vejo que minha vida poderia ter tomado outro rumo, e devido ao comportamento que eu tinha na época, poderia não ser nada bom. Fui mãe muito nova e acho que não estava preparada psicologicamente para ser mãe, mas no meu caso, deu tudo certo. O apoio que recebi da minha família e do pai da minha filha, que hoje é meu marido, fizeram toda a diferença”, conclui.

ALIMENTO DIÁRIO

GOTAS DE CONSOLO PARA A ALMA

DIA 13 DE JUNHO

JESUS RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS

Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia (Mateus 28.6).

A ressurreição de Cristo é o seu brado de triunfo. É o amém de Deus à agonia da cruz. O túmulo vazio de Cristo é o berço da igreja. Jesus nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Aquele que andou por toda a parte, fazendo o bem e libertando os oprimidos do diabo, foi preso, condenado, pregado numa cruz e sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Seu túmulo foi aberto de dentro para fora. Os grilhões da morte não puderam retê-lo. Ele arrancou o aguilhão da morte e matou a morte com a sua própria morte, pois ressuscitou dentre os mortos como primícias daqueles que dormem. Agora a morte não tem mais a última palavra. A morte foi vencida e tragada pela vitória de Cristo. Jesus é a ressurreição e a vida. Aquele que nele crê não está mais debaixo do jugo da morte, o rei dos terrores, mas passou da morte para a vida. Não precisamos mais ter medo do amanhã, pois a morte não é o ponto final da existência. Caminhamos não para uma sepultura coberta de pó, mas para a gloriosa ressurreição. Nosso destino não é uma noite eterna de escuridão, mas a cidade santa, o paraíso de Deus, onde o Cordeiro será a sua lâmpada. Receberemos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Podemos, então, dizer como Paulo: Porquanto, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro (Filipenses 1.21).

GESTÃO E CARREIRA

A ERA DA INOVAÇÃO ACELERADA PELA CRISE GLOBAL

Usado de forma recorrente e muitas vezes sem critério no ambiente corporativo, o termo inovação já começava a ficar obsoleto. Até que a pandemia do novo coronavírus impôs a necessidade de reinvenção para a maior parte das empresas, em todo o planeta. E a inovação voltou à ordem do dia. Agora, atualizada: a Inovação 4.0.

A inovação consiste em um conjunto de novas ideias que são implementadas com sucesso econômico e geração de valor para o cliente e para a empresa. Independentemente do tipo ou da classificação, é natural que a forma de fazer a inovação tenha acompanhado a história do desenvolvimento da indústria. Hoje, chamamos de Indústria 4.0 o processo de renovação das cadeias produtivas a partir de tecnologias que permitem um ganho transformacional e uma gestão mais inteligente.

Da mesma forma, o termo Inovação 4.0 reconhece um momento que se demanda novos processos de gestão da inovação nas grandes empresas. A crise causada pela pandemia fez com que muitas barreiras à inovação caíssem, forçando as empresas a correrem mais riscos e acelerando esse novo estágio da inovação. Elas estão intensificando sua capacidade criativa, sua flexibilidade e desenvolvendo novas habilidades que são as alavancadas para acelerar a capacidade de inovar.

O conceito de Inovação 4.0 precisa amadurecer com a contribuição de empresas e academia, mas algumas características são ponto de partida para esse conceito:

COLABORAÇÃO

As empresas se tornam efetivamente mais abertas à participação de diferentes áreas, pessoas, parceiros e clientes no processo de inovação. Co-desenvolver, colaborar e co-criar se tornam naturais.

DESCENTRALIZAÇÃO

A inovação no centro da estratégia das empresas e impulsionando o processo de Transformação Digital, que pode mover a empresa para novos mercados e negócios. Isso gera necessidade de envolver todas as áreas da empresa na geração de inovação.

USO INTELIGENTE DE DADOS

Quantas ideias a empresa gerou ou implementou no ano? Quais são os resultados gerados e previstos para esses projetos? O custo de responder essas perguntas hoje é enorme, mas uma gestão onipresente está nascendo através de ferramentas inteligentes de acompanhamento.

CULTURA

A gestão da inovação deixa de ser processual e passa a ser cultural. A cultura determina o que é considerada a forma certa de fazer as coisas. Se dar ideias e tentar novos caminhos para melhorar a performance não for um elemento compartilhado pelos colaboradores, é de se esperar resultados medianos e processos de inovação cheios de obstruções.

OUSADIA

Quando o mais arriscado é não fazer nada, muitas empresas têm se movimentado muito além de sua zona de conforto, preparando a organização para trabalhar inovações com maior nível de ousadia.

IMPACTO

O cenário de investimento de impacto tem se tornado cada vez mais relevante. Investidores de todo o mundo trazem mais consciência para seu capital. Isso chega nas empresas através da pressão de investidores para uma prática mais sustentável, e da expectativa de seus clientes quanto à atuação delas. Esse movimento faz com que a estratégia de inovação da empresa incorpore rotas de impacto em um ciclo muito positivo para o mundo.

Não é a tecnologia em si que faz a inovação evoluir, mas o uso e entrelace dela com os processos inerentemente humanos da gestão e da tomada de decisão. A Inovação 4.0 é o momento em que a inovação passa a ser guiada e conduzida por novos paradigmas.

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MARCAS INDELÉVEIS

As consequências que o abuso sexual na infância e na adolescência desencadeiam ao longo do desenvolvimento têm sido tema de diversos estudos

Os transtornos psiquiátricos na idade adulta, relacionados a eventos traumáticos com cunho sexual sofridos na infância e na adolescência, podem ter influência de diversos aspectos, entre eles: idade do início do abuso, sua duração (por exemplo: episódio isolado ou múltiplos – ao longo do tempo), ameaça ou gravidade da violência (em alguns casos, com risco de vida), grau de relacionamento da vítima com o agressor, diferença de idade entre a criança e o perpetrador. A futura adaptação social das vítimas varia de indivíduo para indivíduo, conforme o tipo de violência sofrida, ausência de figuras parentais protetoras e da capacidade de reação individual diante de circunstâncias que geram sofrimento.

O abuso sexual ocorrido na infância tem sido considerado como um fator de risco para ideações e/ ou tentativas de suicídio; e também apresenta uma relação estreita com outros transtornos psiquiátricos, como a depressão, o estresse pós-traumático e a dependência química (uso de drogas). Além dos mencionados anteriormente, há relação do abuso sexual na infância com disfunções sexuais, transtornos de ansiedade e perturbações do sono.

As sequelas emocionais comumente relatadas compreendem: sentimentos de baixa autoestima, dificuldades de dizer não, culpa, sensação de descontentamento e / ou raiva com o próprio corpo, impressão de estar “sujo”, em alguns casos, surgem pensamentos obsessivos, como lavar- se constantemente; além disso, é frequente a dificuldade no estabelecimento de relações de confiança com outros indivíduos adultos. Também estão descritas dificuldades no desenvolvimento emocional em adultos que vivenciaram abuso sexual na infância, e, por consequência, na sua maturidade comportamental. Vários indivíduos adultos referem problemas em dar e receber afeto, alegrarem-se em ocasiões habituais da vida, além de apresentarem desinteresse por atividades recreativas e que propiciem satisfação.

Outro aspecto que merece consideração é o risco para doenças sexualmente transmissíveis, associado ao fato da imaturidade física; ou seja, pelos órgãos genitais não estarem completamente desenvolvidos, as chances de contaminação aumentam. Alguns países têm dados da relação entre abuso sexual e contaminação pelo vírus da Aids, como exemplo quase 5% das crianças infectadas na Nigéria foram contaminadas em circunstâncias que envolviam abuso sexual. No Brasil, os dados epidemiológicos sobre essa relação são escassos, apesar dos esforços empreendidos pelas autoridades nessa averiguação. Por sua vez, para outra doença sexualmente transmissível, o condiloma acuminado, verifica-se que a principal via de transmissão em crianças é em decorrência de abuso sexual; além dessa, o papiloma vírus (HPV) tem como meio de transmissão relevante essa conjuntura.

Há situações nas quais o provedor da família (geralmente o pai ou padrasto) é o perpetrador, e muitas famílias podem ficar vulneráveis na dimensão econômica com a possibilidade de se retirar essa pessoa do convívio familiar (não é incomum o acobertamento da situação de abuso sexual por parte dos familiares próximos à criança). Muito embora não seja a melhor alternativa, há circunstâncias nas quais é recomendável que a criança seja encaminhada para um local fora do ambiente familiar, como parentes próximos, casas de apoio institucionais, ou uma família adotiva; situações essas que implicarão numa ruptura e rearranjo familiar, e sem dúvida são casos que merecem assessoramento profissional especializado.

Além do que foi considerado, está descrito que há relação entre um indivíduo – na grande maioria das vezes do gênero masculino – ter sido abusado sexualmente durante a infância e ele mesmo ser um possível abusador no futuro, entretanto mais estudos são necessários para identificar as variáveis que compõem essa associação. No entanto, cada criança reagirá de forma diferenciada ao abuso sexual. Estudos que contemplem indivíduos abusadores sexuais que não tenham vivenciado essa situação durante a infância poderão contribuir para o melhor esclarecimento dessa situação, que imprime marcas indeléveis no psiquismo.

GIANCARLO SPIZZIRRI – é psiquiatra doutorando pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP, médico do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do IPq e professor do curso de especialização em Sexualidade Humana da USP.

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